Estudo Textual: Hebreus 3:1-4:16
Um Descanso
Permanece
No capítulo 1 de
Hebreus, o autor afirmou que Jesus é superior tanto aos outros profetas de Deus
como aos anjos. Ele continua sua afirmação no capítulo três, observando que
Jesus é superior até mesmo a Moisés! Os judeus tinham muito respeito por
Moisés, porque ele recebeu a velha lei de Deus e o escritor de Hebreus
reconhece sua fidelidade. Mas Jesus é superior até mesmo a Moisés, do mesmo
modo que o construtor de uma casa tem mais honra do que a casa que ele constrói
(3:3),
assim como o filho
do dono da casa é superior a um servo daquela casa
(3:1-6).
De fato, é sua
casa! O escritor fala da igreja
(3:6- “qual
casa somos nós”;
veja também
1 Timóteo 3:15).
Mais tarde, no
livro, o escritor estenderá este argumento da superioridade de Jesus,
observando que sua aliança é também superior àquela dada através de Moisés
(capítulos 9 e
10).
Os cristãos,
contudo, precisam guardar “firme até ao fim”
(3:6).
É este comentário
do autor que introduz o segundo trecho de advertência do livro
(veja também
2:1-4;
5:11-6:20;
10:19-39;
12:25-29).
Ele cita o Salmo
95:7-11
para introduzir a
descrença e o fracasso de Israel, o povo escolhido por Deus, no passado. O
restante do capítulo 4 é dedicado a advertir seus leitores a não repetirem o
erro de Israel, em se afastar de Deus
(4:11).
A Israel foi
prometido um descanso, mas a nação não herdou esse descanso. O autor afirma que
eles não poderiam entrar no descanso prometido por causa da descrença
(3:19),
por causa da
desobediência
(3:18).
Por que Israel foi
forçado a peregrinar no deserto? Descrença ou desobediência? Ambos: sua
descrença resultou em sua desobediência
(4:6)!
É possível para o
povo escolhido por Deus, nestes dias, afastar-se do Deus vivo, ao endurecer-se
através do engano do pecado
(3:12-14).
O autor observa
que o descanso prometido ainda permanece
(4:1, 9)! Aqueles
a quem ele foi prometido inicialmente não o herdaram; eles morreram nas
peregrinações no deserto. Mesmo quando a nação de Israel entrou finalmente na
terra de Canaã, o descanso ainda permaneceu
(4:8);
de outro modo o
salmista não teria escrito muitos anos depois da conquista de Canaã como se o
descanso permanecesse
(Salmos 95:7;
Hebreus 4:6-9).
O descanso que
agora permanece não é a terra física de Canaã, nem mesmo o dia do sábado; é o
próprio céu!
O capítulo três
começa chamando nossa atenção para os papéis de Jesus como Apóstolo e Sumo
Sacerdote. O capítulo 4 termina encorajando o cristão a conservar-se firme na
sua confissão e apelar para seu Sumo Sacerdote, por auxílio no tempo da
necessidade
(4:14-16).
Perguntas para
estudar:
1. Jesus é considerado
digno de mais glória do que quem?
2. O descanso
prometido ainda permanece?
3. É possível para
um cristão não entrar no descanso prometido?
4. Existem coisas
que podemos esconder de Deus?
Jesus Cristo é Superior a Josué
Jesus Cristo é superior a Josué; pois embora
Josué tenha feito Israel entrar na terra de Canaã, Cristo conduzirá aos crentes
ao lugar de repouso eterno, nos céus, onde Deus descansa de Sua obra criativa
(vide 4:1-10).
É óbvio que Josué não conseguiu fazer Israel entrar
nesse repouso celestial; porquanto muito tempo depois de Josué ter vivido e
morrido, Davi falou do lugar de repouso de Israel como lugar ainda não atingido
(vide Salmo 95:7,8).
(Outra interpretação é que o “descanso” ao qual
Jesus conduz os crentes não é o futuro repouso celeste, após as boas obras do
viver cristão, mas é o presente repouso espiritual, ou cessação da justiça
própria mediante as obras da lei, ante a redenção já realizada por meio de
Cristo. Todavia, o aviso intimamente relacionado acerca da apostasia, com suas
temíveis conseqüências, e o paralelo entre o fato que Deus descansou de Sua
(boa) obra da criação e nosso repouso do trabalho favorecem a interpretação acima.
Ainda uma outra opinião diz que o descanso do crente não é a própria salvação
(quer presente quer futura), mas um viver cristão bem sucedido, tipificado pela
conquista de Canaã por Josué. Novamente, porém, essa interpretação tende por
cortar a conexão entre a passagem e os avisos contra a apostasia.) A comparação
entre Jesus e Josué é bem mais impressionante no Novo Testamento grego, pois o
apelativo hebraico “Josué” assume a forma “Jesus”, no grego. Noutras palavras,
o texto grego desconhece a distinção entre o nome próprio Josué, do Antigo
Testamento, e o nome próprio Jesus, do Novo Testamento.
Em prosseguimento, o autor exorta os seus leitores a entrarem no descanso celestial, através da fidelidade à sua profissão cristã
(vide 4:11-16).
Essa ênfase posterior sobre a total suficiência da
obra expiatória de Jesus elimina qualquer implicação de que a continuação das
boas obras, na vida do crente, merece a salvação. Entretanto, as boas obras e o
desviar-se da apostasia são coisas necessárias para demonstração da genuinidade
da profissão de fé cristã. O décimo segundo versículo contém a famosa
comparação da Palavra de Deus com uma espada de dois gumes, que penetra e
desnuda o ser mais interior do homem. Por conseguinte, os crentes devem provar
que sua externa profissão de fé se origina de uma realidade interna.
Ler Hebreus 3 e 4.
1.Por isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai
a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,
3.Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a
edificou.
5.E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para
testemunho das coisas que se haviam de anunciar;
6.Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa
somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da
esperança até ao fim.
7.Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz,
8.Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da
tentação no deserto.
9.Onde vossos pais me tentaram, me provaram, E viram por quarenta anos as
minhas obras.
10.Por isso me indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em
seu coração, E não conheceram os meus caminhos.
11.Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso.
12.Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel,
para se apartar do Deusvivo.
13.Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se
chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado;
14.Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa
confiança até ao fim.
15.Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos
corações, como na provocação.
16.Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que
saíram do Egito por meio de Moisés.
17.Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os
que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
18.E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram
desobedientes?
19.E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.
1.Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu
repouso, pareça que algum de vós fica para trás.
2.Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a
palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a
fé naqueles que a ouviram.
3.Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse:
Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso;
4.Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia.
5.E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.
6.Visto, pois, que resta que alguns entrem nele, e que aqueles a quem
primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência,
7.Determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se
ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações.
11.Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo
exemplo de desobediência.
12.Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que
espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e
das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do
coração.
13.E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas
estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.
LIÇÃO 4 – JESUS É SUPERIOR A JOSUÉ – O MEIO
DE ENTRAR NO REPOUSO DE DEUS
Classe:
Adultos - Lições Bíblicas: CPAD - 1° Trim. de 2018
TEXTO ÁUREO
“Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.”
“Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.”
(Hb 4.11)
VERDADE PRÁTICA
O descanso provido por Josué foi
terreno, temporário e incompleto; o descanso provido por Cristo é celestial,
eterno e completo.
LEITURA DIÁRIA
Hb 4.2: A mensagem de Deus deve ser
recebida pela fé
Hb 4.6: A mensagem de Deus deve ser
acompanhada pela obediência
Hb 4.7: A mensagem de Deus dever ser
acolhida com contrição
Hb 4.8,9: A mensagem de Deus promove
um descanso real e total
Hb 4.11: A
mensagem de Deus promove um descanso eterno
Hb 4.12: A
Palavra de Deus é viva e eficaz
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 4.1-13:
1 TEMAMOS, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás.
2 Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.
3 Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.
Hebreus 4.1-13:
1 TEMAMOS, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás.
2 Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.
3 Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.
4 Porque em certo lugar disse assim
do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia.
5 E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.
6 Visto, pois, que resta que alguns entrem nele, e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência,
5 E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.
6 Visto, pois, que resta que alguns entrem nele, e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência,
7 Determina outra vez um certo dia,
Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a
sua voz, Não endureçais os vossos corações.
8 Porque, se Josué lhes houvesse dado
repouso, não falaria depois disso de outro dia.
9 Portanto, resta ainda um repouso
para o povo de Deus.
10 Porque aquele que entrou no seu
repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.
11 Procuremos, pois, entrar naquele
repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.
12 Porque a palavra de Deus é viva e
eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à
divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir
os pensamentos e intenções do coração.
13 E não há criatura alguma encoberta
diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com
quem temos de tratar.
HINOS SUGERIDAS: 47,146, 212 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Demonstrar que Jesus é superior a
Josué na mensagem e no provimento de repouso para o povo de Deus.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I. Mostrar que a mensagem de Jesus é superior a de Josué;
II. Mencionar a provisão de um descanso superior ao de Josué;
III. Apontar a superioridade da orientação de Jesus em relação à de Josué.
I. Mostrar que a mensagem de Jesus é superior a de Josué;
II. Mencionar a provisão de um descanso superior ao de Josué;
III. Apontar a superioridade da orientação de Jesus em relação à de Josué.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O texto de Hebreus 4 mostra o que a história de Josué representa para a Igreja de Cristo. Enquanto o ministério do sucessor de Moisés foi de caráter terreno, temporário e incompleto – primeiro porque Israel não conquistou toda a terra; depois, as guerras continuaram -, Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo.
Na lição desta semana, é preciso fazer o contraste entre os ministérios de Jesus e Josué, conforme abaixo:
JOSUÉ —> Terreno -> Temporário -> Incompleto
JESUS -> Celestial -> Eterno -> Completo
Devido à popularização da teologia da prosperidade, bem como o aumento da “politização ideológica” dos movimentos evangélicos, é comum alguns cristãos
virarem as costas para a dimensão celestial e eterna do ministério de Jesus, alegando que se dermos ênfase ao “céu” formaremos cristãos “escapistas”. O problema é que eles se esqueceram de combinar isso com o autor de Hebreus. A
natureza celestial, eterna e esperançosa do ministério de Cristo é cristalina nas Escrituras! Por isso, embora a obra de Cristo tenha consequências presentes como uma antecipação das bênçãos futuras, claro que podemos vivê-las hoje, aqui e agora, não tenha receio de enfatizar a natureza do porvir da obra de Cristo, pois Ele nos prometeu a vivência da comunhão no Reino Celestial (Mt 26.28,29).
O texto de Hebreus 4 mostra o que a história de Josué representa para a Igreja de Cristo. Enquanto o ministério do sucessor de Moisés foi de caráter terreno, temporário e incompleto – primeiro porque Israel não conquistou toda a terra; depois, as guerras continuaram -, Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo.
Na lição desta semana, é preciso fazer o contraste entre os ministérios de Jesus e Josué, conforme abaixo:
JOSUÉ —> Terreno -> Temporário -> Incompleto
JESUS -> Celestial -> Eterno -> Completo
Devido à popularização da teologia da prosperidade, bem como o aumento da “politização ideológica” dos movimentos evangélicos, é comum alguns cristãos
virarem as costas para a dimensão celestial e eterna do ministério de Jesus, alegando que se dermos ênfase ao “céu” formaremos cristãos “escapistas”. O problema é que eles se esqueceram de combinar isso com o autor de Hebreus. A
natureza celestial, eterna e esperançosa do ministério de Cristo é cristalina nas Escrituras! Por isso, embora a obra de Cristo tenha consequências presentes como uma antecipação das bênçãos futuras, claro que podemos vivê-las hoje, aqui e agora, não tenha receio de enfatizar a natureza do porvir da obra de Cristo, pois Ele nos prometeu a vivência da comunhão no Reino Celestial (Mt 26.28,29).
INTRODUÇÃO
A conquista de Canaã sob a liderança de Josué é retratada pelo autor da Carta aos Hebreus como um tipo da Canaã celestial. Deus havia prometido a conquista da terra a Moisés e Josué (Êx 3.8; Js 1.2,3). Mas ao longo da jornada do Êxodo muitos ficaram pelo caminho. A incredulidade e a desobediência, somadas à falta de ânimo, fizeram com que o povo não vivesse as promessas de Deus em sua plenitude. O mesmo processo estava se repetindo agora com os crentes da Nova Aliança e pelas mesmas razões. A única forma de voltar para a corrida e completar o percurso, entrando no descanso de Deus, era observando a sua Palavra.
PONTO CENTRAL
Enquanto Josué proporcionou um
descanso terreno, temporário e. incompleto para Israel, Jesus Cristo proveu um
descanso celestial, eterno e completo para a Igreja.
I – JESUS PROVEU UMA MENSAGEM
SUPERIOR A DE JOSUÉ
1. Uma mensagem que deve ser recebida pela fé.
O autor inicia sua argumentação com uma afirmação e uma declaração.
Primeiramente ele afirma que as boas-novas foram pregadas a seus contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos dias de Josué (Hb 4.2). Tanto aqui como no versículo seis, o autor usa o verbo gregoeuangelizomai, que significa “evangelizar”, “pregar as boas-novas a alguém”.
É a mesma raiz que dá origem à palavra “evangelho”. Em segundo lugar, o autor declara que “a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram” (Hb A.2). Muitos crentes do Antigo Pacto haviam ficado de fora da Terra Prometida porque não receberam a mensagem com fé, o que se poderia esperar então dos que receberam a mensagem em sua plenitude, mas não lhe deram crédito?
1. Uma mensagem que deve ser recebida pela fé.
O autor inicia sua argumentação com uma afirmação e uma declaração.
Primeiramente ele afirma que as boas-novas foram pregadas a seus contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos dias de Josué (Hb 4.2). Tanto aqui como no versículo seis, o autor usa o verbo gregoeuangelizomai, que significa “evangelizar”, “pregar as boas-novas a alguém”.
É a mesma raiz que dá origem à palavra “evangelho”. Em segundo lugar, o autor declara que “a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram” (Hb A.2). Muitos crentes do Antigo Pacto haviam ficado de fora da Terra Prometida porque não receberam a mensagem com fé, o que se poderia esperar então dos que receberam a mensagem em sua plenitude, mas não lhe deram crédito?
2. Uma mensagem que se fundamenta na obediência.
O autor passa a mostrar a razão de alguns não terem entrado no descanso de Deus: “Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro
foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência” (Hb 4.6).
A desobediência (gr. apeitheia) é a manifestação ativa da incredulidade. Essa palavra ocorre seis vezes no texto original e foi usada pelo apóstolo Paulo para se referir aos “filhos da desobediência” (Ef 2.2). O crente, quando não crê, age da mesma forma do incrédulo. O autor de Hebreus usa essa palavra novamente no versículo 11, do mesmo capítulo, quando alerta o crente a não “cair no exemplo de desobediência”. A mensagem de Deus só tem proveito quando acompanhada pela obediência.
3. Uma mensagem que conduz à contrição.
A mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações receptivos, abertos: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 4.7b).
O autor usa o termo sklerynô – traduzido como “duro”, “endurecido” – quatro vezes nesta carta. Esse termo deu origem a palavra portuguesa “esclerose”, “esclerosado”, isto é, “endurecido”, “enrijecido”. É a mesma palavra usada por
Lucas em Atos 19.9 para dizer que os judeus se “mostraram endurecidos” e por essa razão rejeitaram a mensagem de Paulo. Aqui em Hebreus, como em outros lugares do Novo Testamento, é o homem, e não Deus, que endurece o seu próprio coração. Deus só endurece quem já está anteriormente endurecido (Rm 1.28,29).
Para que a mensagem tenha efeito é preciso encontrar corações contritos.
SÍNTESE DO TÓPICO l
A mensagem de Jesus deve ser percebida peia fé, praticada com obediência e recebida em contrição pessoal.
SUBSIDIO DIDATICO
Professor (a), o recebimento da Palavra com fé, o viver em obediência e o coração contrito e aberto à Palavra são os três aspectos do ouvinte da mensagem de Jesus que devem ser enfatizados neste primeiro tópico. Deixe claro que sem fé é impossível agradar a Deus; sem obediência à Palavra não há fundamento na vida cristã; sem coração contrito não há arrependimento.
lI – JESUS PROVEU UM DESCANSO
SUPERIOR AO DE JOSUÉ
1. Um descanso total.
Quando contrastamos o capítulo 11.23 com o 13.1 do livro de Josué surge uma pergunta: Josué conquistou ou não Canaã? Especialistas em línguas semíticas avaliam que Josué 11.23 refere-se a uma avaliação otimista das campanhas do líder do povo de Deus. Ora, o povo peregrino ansiava por vir chegar o dia de herdar a Terra Prometida. Nesse sentido, e como era comum à época, o exército de Josué estabeleceu a supremacia militar por sobre toda Canaã assim que chegou ao território, embora não tivesse pleno controle de cada cidade e vila, conforme deixa patente Josué 13.1. Logo, os capítulos 11 e 13 não são contraditórios, mas confirmam que o descanso dado por Josué ao antigo povo de Deus foi incompleto e parcial. Por outro lado, o que o autor de Hebreus está mostrando é que o descanso
provido por Jesus foi completo, total. Nada ficou para ser conquistado.
1. Um descanso total.
Quando contrastamos o capítulo 11.23 com o 13.1 do livro de Josué surge uma pergunta: Josué conquistou ou não Canaã? Especialistas em línguas semíticas avaliam que Josué 11.23 refere-se a uma avaliação otimista das campanhas do líder do povo de Deus. Ora, o povo peregrino ansiava por vir chegar o dia de herdar a Terra Prometida. Nesse sentido, e como era comum à época, o exército de Josué estabeleceu a supremacia militar por sobre toda Canaã assim que chegou ao território, embora não tivesse pleno controle de cada cidade e vila, conforme deixa patente Josué 13.1. Logo, os capítulos 11 e 13 não são contraditórios, mas confirmam que o descanso dado por Josué ao antigo povo de Deus foi incompleto e parcial. Por outro lado, o que o autor de Hebreus está mostrando é que o descanso
provido por Jesus foi completo, total. Nada ficou para ser conquistado.
2. Um descanso real.
A redação de Hebreus 4.8, diz: “Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia”. A conquista de Canaã era apenas um tipo
da qual a Canaã celestial é o antítipo. A conquista da Terra Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual Jesus é a realidade. Quem proveu, de fato, um descanso para o povo de Deus foi Jesus, não Josué: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).
3. Um descanso eterno.
Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas incompleto e tipológico, ele foi também temporário: “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hb 4.9). O descanso não é aqui! Embora desfrutemos das bênçãos do reino na era presente, todavia, o futuro aguarda a sua plenitude. A estrada é longa e ninguém pode se deixar fatigar pelo caminho. É preciso caminhar com dedicação e vigilância: “Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência” (Hb 4.11).
SÍNTESE DO TÓPICO II
O descanso que Jesus proveu para o seu povo é completo, real e eterno.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
O repouso de Deus, no qual os crentes são convidados a entrar, é algo para o presente ou para o futuro? Certamente o repouso de Deus em seu sentido mais amplo aguarda a era por vir, mas há também um sentido presente de entrar pela fé, como é indicado pelo versículo 3: ‘porque nós, os que temos crido [tempo passado], entramos [tempo presente] no repouso’ (cf. a ênfase do tempo presente em 4.1,10,11). A fé torna possível, no presente, realidades que são futuras, invisíveis, ou celestiais (cf. 11.1). Em 4.3-5, são enfatizados dois fatos importantes:
1) O repouso de Deus é uma realidade presente e completa (4.3c,4) e
2) Os israelitas não puderam entrar no repouso de Deus (4.3b,5b) por causa de sua incredulidade e desobediência (3-19; 4.6). Note que nosso autor cita Génesis 2.2 em Hebreus 4.4 e se refere ao Salmos 95.11 (duas vezes) em Hebreus 4.3,5. Sua preocupação por seus leitores é que entrem no repouso de Deus agora pela fé e que não o percam para sempre, como fez a geração que peregrinou no deserto. A incredulidade fecha o coração para Deus e torna sua promessa sem efeito.
O repouso de Deus, no qual os crentes são convidados a entrar, é algo para o presente ou para o futuro? Certamente o repouso de Deus em seu sentido mais amplo aguarda a era por vir, mas há também um sentido presente de entrar pela fé, como é indicado pelo versículo 3: ‘porque nós, os que temos crido [tempo passado], entramos [tempo presente] no repouso’ (cf. a ênfase do tempo presente em 4.1,10,11). A fé torna possível, no presente, realidades que são futuras, invisíveis, ou celestiais (cf. 11.1). Em 4.3-5, são enfatizados dois fatos importantes:
1) O repouso de Deus é uma realidade presente e completa (4.3c,4) e
2) Os israelitas não puderam entrar no repouso de Deus (4.3b,5b) por causa de sua incredulidade e desobediência (3-19; 4.6). Note que nosso autor cita Génesis 2.2 em Hebreus 4.4 e se refere ao Salmos 95.11 (duas vezes) em Hebreus 4.3,5. Sua preocupação por seus leitores é que entrem no repouso de Deus agora pela fé e que não o percam para sempre, como fez a geração que peregrinou no deserto. A incredulidade fecha o coração para Deus e torna sua promessa sem efeito.
O que é o
repouso de Deus? É um repouso baseado na conclusão de sua obra na criação
(4.3c,4), do qual o sábado sagrado é um testemunho duradouro. Nossa participação
em seu repouso é baseada na obra consumada de Cristo na cruz; o fato de Ele
estar ‘assentado’ (que inclui o pensamento de repouso) à direita do Pai é o
testemunho duradouro. O fato de Deus ter repousado não significa que Ele, por conseguinte,
tenha estado ou esteja em um estado de ociosidade, mas apenas que não há nada a
se acrescentar àquilo que Ele fez. Deus repousou após criar todas as coisas
porque sua obra (de criar) foi terminada ‘desde a fundação do mundo’ (4.3c)”
(ARR1NGTON, French L; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.1563,64).
CONHEÇA MAIS
O Descanso
A preocupação pastoral do autor se torna novamente evidente: Que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para
trás’ (cf.3.12,13; 4.11). Entrar no repouso de Deus não é algo que acontece automaticamente após a conversão a Cristo, da mesma maneira que Israel não entrou; automaticamente em Canaã após a sua redenção do Egito. Como Bruce
observa, os leitores ‘farão bem em temer a possibilidade de perder a grande bênção que nos está prometida, da mesma maneira que a geração de israelitas que morreu no deserto perdeu a Canaã terrestre, embora este fosse o objetivo que tinham diante de si quando saíram do Egito’.” “Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento”, CPAD, p.1563,64.
III. JESUS
PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ
1. Uma palavra viva.
Já vimos que o autor de Hebreus
afirma que a geração do Êxodo ouviu as boas novas da Palavra de Deus, mas não
lhe deu ouvido. Novamente o povo de Deus estava diante de sua Palavra. Essa
Palavra não foi anunciada por um anjo, Moisés nem tampouco por Josué, mas pelo
próprio Filho de Deus — Jesus. Essa Palavra não mais se limita à letra, a Lei,
porque ela é “viva” (Ez 37.3,4). Jesus afirmou que suas palavras “são espírito
e vida” (Jo 6.63). Como devemos nos portar diante da Palavra Viva de Deus?
2. Uma palavra eficaz.
A Palavra de Deus é viva, ela produz vida. Mas além de viva, ela é eficaz. Produz resultados: “sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre” (1Pe 1.23).
O autor mostra que essa palavra é produtiva. O termo energes, traduzido como “eficaz”, é usado na Bíblia para se referir à atividade divina que produz resultados:
“assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei” (Is 55.11).
3. Uma palavra penetrante.
A Palavra de Deus é retratada como um instrumento vivo, eficaz e cortante, “mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). A metáfora usada pelo autor é muito forte e serve para mostrar que a Palavra de Deus possui um grande poder de penetração. Ela
não fica na superfície, mas vai até o centro do ser humano. Os israelitas falharam por não ouvir as palavras de Moisés e Josué, e os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para responder a essa Palavra.
SÍNTESE DO TÓPICO III
A orientação de Jesus foi manifesta por meio de uma Palavra viva, eficaz e penetrante.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Ao terminar a exposição deste tópico, e com o auxílio das seções objetivos específicos e sínteses dos tópicos, faça uma breve recapitulação dos assuntos abordados nesta aula. Não esqueça também de trabalhar com a classe as questões
da seção Para Refletir.
CONCLUSÃO
A palavra chave desta lição é “descanso”. Todos nós nos fatigamos na caminhada da vida. O problema, portanto, não é se cansar, mas permitir que fatores diversos interrompam a nossa jornada de fé. Com os israelitas o desânimo veio como consequência da infidelidade, incredulidade e desobediência. As mesmas coisas podem acontecer conosco se não atentarmos para a santa, viva e eficaz Palavra de
Deus. Nessa jornada temos como guia não um Moisés ou um Josué, mas Jesus, o autor e consumador da nossa fé.
A palavra chave desta lição é “descanso”. Todos nós nos fatigamos na caminhada da vida. O problema, portanto, não é se cansar, mas permitir que fatores diversos interrompam a nossa jornada de fé. Com os israelitas o desânimo veio como consequência da infidelidade, incredulidade e desobediência. As mesmas coisas podem acontecer conosco se não atentarmos para a santa, viva e eficaz Palavra de
Deus. Nessa jornada temos como guia não um Moisés ou um Josué, mas Jesus, o autor e consumador da nossa fé.
PARA REFLETIR
A respeito de Jesus é Superior a Josué – O meio de entrar no Repouso de Deus, responda:
• Qual a primeira afirmação do autor aos Hebreus?
Que as Boas-novas foram pregadas aos seus contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos dias de Josué (Hb 4.2).
• O que é preciso para que a mensagem tenha efeito?
A mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações receptivos, abertos.
• Segundo a lição, o que foi a conquista de Canaã?
A conquista da Terra Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual Jesus é a realidade.
• Para o autor de Hebreus, o que foi o descanso de Josué?
Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas incompleto e tipológico, ele foi também temporário: “Portanto, resta ainda um repouso para o
povo de Deus” (Hb 4.9).
• Se os israelitas falharam ao não ouvir as palavras de Moisés e Josué, qual o cuidado que os cristãos devem ter?
Os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para responder a essa Palavra.