LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS – 1º Trimestre de 2019
Título: Batalha Espiritual — O povo de Deus e a guerra contra as
potestades do mal – Comentarista: Esequias Soares
Lição 9: Conhecendo
a armadura de Deus
TEXTO ÁUREO
“Portanto,
tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo
feito tudo, ficar firmes” (Ef 6.13).
pegai toda a armadura de Deus – não
“fazei”, Deus fez isso: você tem apenas que “pegar” e colocá-la. Os efésios estavam familiarizados com a
ideia de os deuses darem armaduras aos heróis míticos: assim, a alusão de Paulo era apropriada.
no dia do mal – o dia dos ataques especiais de satanás (compare Ap 3:10). Devemos ter sempre a nossa
armadura, para estar prontos contra o dia mau que pode ser qualquer momento,
uma guerra perpétua (Sl 41:1).
fizerdes tudo – em vez disso, “realizadas
todas as coisas”, ou seja, necessário para a luta e se tornar um
bom soldado. [JFB]
VERDADE PRÁTICA
A metáfora do sistema militar, usada
por Paulo, mostra que estamos em guerra no mundo espiritual. Estejamos, pois, cingidos
com a armadura espiritual!
LEITURA DIÁRIA
2Co 10.4 As
armas do cristão são espirituais
As armas com as quais lutamos não são humanas; ao
contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas.
Cl
2.1 Pastorear o rebanho do Senhor também é um combate
Quero que vocês saibam quanto estou lutando por vocês,
pelos que estão em Laodiceia e por todos os que ainda não me conhecem
pessoalmente.
1Ts
2.2 Pregar o Evangelho já é um grande combate
espiritual
Apesar de termos sido maltratados e insultados em Filipos,
como vocês sabem, com a ajuda de nosso Deus tivemos coragem de anunciar o
evangelho de Deus a vocês em meio a muita luta.
1Ts
5.8 A couraça e o capacete são armas espirituais no
combate ao pecado
Nós,
porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo a couraça da fé e do amor e
o capacete da esperança da salvação.
1Tm
1.18 O apóstolo Paulo compara a nossa missão como a de
um militar
18
Timóteo, meu filho, dou a você esta instrução, segundo as
profecias já proferidas a seu respeito, para que, seguindo-as, você combata o
bom combate, 19 mantendo a fé e a boa
consciência que alguns rejeitaram e, por isso, naufragaram na fé.
2Tm 4.7 O
apóstolo Paulo combateu o bom combate e venceu
Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 6.13-20.
13
— Portanto, tomai toda a
armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo,
ficar firmes.
14
— Estai, pois, firmes, tendo
cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça,
15
— e calçados os pés na
preparação do evangelho da paz;
16
— tomando sobretudo o escudo
da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
17
— Tomai também o capacete da
salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus,
18
— orando em todo tempo com
toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e
súplica por todos os santos
19
— e por mim; para que me seja
dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o
mistério do evangelho,
20
— pelo qual sou embaixador em
cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.
A armadura de Deus
10 Por
fim, meus irmãos, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
11 Revesti-vos
de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as ciladas do
diabo.
12 Pois
temos de lutar não contra carne e sangue, mas sim contra os domínios e poderes,
contra os senhores das trevas deste mundo, contra os males
espirituais nos lugares celestes.
13 Portanto
pegai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal, e depois que
fizerdes tudo, continuar firmes.
pegai
toda a armadura de Deus –
não “fazei”, Deus fez isso: você tem apenas que “pegar” e colocá-la. Os efésios estavam familiarizados com a
ideia de os deuses darem armaduras aos heróis míticos: assim, a alusão de Paulo era apropriada.
no
dia do mal – o dia dos
ataques especiais de satanás (compare Ap
3:10). Devemos ter sempre a nossa armadura, para estar prontos
contra o dia mau que pode ser qualquer momento, uma guerra perpétua (Sl
41:1).
fizerdes
tudo – em vez disso, “realizadas
todas as coisas”, ou seja, necessário para a luta e se tornar um bom
soldado. [JFB]
14 Estai,
pois, firmes, com a vossa cintura envolvida com o cinturão da verdade, e
vestidos com a couraça da justiça;
Estai – A repetição em Ef
6:11, 14, mostra que ficar de pé, isto é,
manter o nosso fundamento, não ceder ou fugir, é o grande objetivo do soldado
cristão.
com
a vossa cintura envolvida com o cinturão da verdade – Traduzido do grego: “Cingindo
os teus lombos da verdade”, isto é, com verdade, sinceridade e boa consciência
(2Co
1:12; 1Tm
1:5, 18; 1Tm
3:9)
. A verdade é a cinta que envolve e mantém juntas as vestes, de modo que o
soldado cristão possa estar livre para a ação. A Páscoa foi comida com os lombos
cingidos, e os sapatos nos pés (Êx
12:11; compare com Is
5:27; Lc
12:35). A fidelidade (Septuaginta, “verdade”) é o cinto do Messias (Is
11:5): também a verdade de seus seguidores.
couraça
da justiça – (Is
59:17), da mesma forma que o Messias. A “justiça” é aqui unida à
“verdade”, como em Ef 5:9: justiça nas obras, verdade nas palavras
(Estius) (1Jo
3:7).
A justiça de Cristo foi forjada em nós pelo Espírito. “Fé e do amor”, isto é, a fé que opera a
justiça pelo amor, é a “couraça” em 1Ts 5:8.
[JFB]
15 e
calçados os pés com a prontidão do evangelho da paz.
calçados
os pés –
(referindo-se às sandálias ou aos sapatos militares então usados).
a
prontidão – Em vez, “a
preparação”, isto é, que brota do “Evangelho” (Sl
10:17). Preparação para fazer e sofrer por tudo o que Deus quer;
prontidão para a marcha, como um soldado cristão.
evangelho
da paz –
(compare Lc
1:79; Rm
10:15). A “paz” interna forma um belo contraste com a fúria do
conflito externo (Is 26: 3; Fp
4:7). [JFB]
16 Em
tudo pegai o escudo da fé, com o qual podereis apagar todas as flechas
inflamadas do maligno.
Em
tudo – sim, “Acima de tudo”; de modo
a cobrir tudo o que foi colocado antes. Três coberturas são especificadas, o
couraça, cinturão e calçados; duas defesas, o capacete e o escudo; e duas armas
ofensivas, a espada e a lança (oração).
escudo – o grande escudo oval oblongo,
semelhante a uma porta, dos romanos, com um metro e vinte de comprimento por
oitenta centímetros de largura; não o pequeno escudo redondo conhecido dos
filmes.
com
o qual podereis –
O escudo da fé certamente interceptará, e então “apagará, todos os
dardos inflamados” (uma imagem dos antigos dardos de fogo, formados de
cana, com um tufo inflamável e a cabeça da flecha, de modo a incendiar
madeiras, tendas, etc.).
do
maligno – A fé o
conquista (1Pe
5:9)
e seus dardos de tentação à ira, luxúria, vingança, desespero, etc. Ela vence o
mundo (1Jo
5:4)
e assim o príncipe do mundo (1Jo
5:18).
[JFB]
17 Pegai
também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
Pegai – uma palavra grega diferente
daquela em Ef
6:13, 16; melhor traduzida para “receber”,
“aceitar”, ou seja, o capacete oferecido pelo Senhor, a saber, apropriada “salvação”,
como em 1Ts 5:8, “capacete
da esperança da salvação”; não uma esperança incerta, mas que traz consigo
nenhuma vergonha de frustração (Rm
5:5). É subjugada ao escudo da fé, como sendo seu acessório
inseparável (compare Rm
5:1, Rm
5:5).
A cabeça do soldado estava entre as principais partes a serem defendidas, pois
nela os golpes mais mortais poderiam ser feitos, e é a cabeça que comanda todo
o corpo. A cabeça é a sede da mente que, quando se apodera da segura esperança
evangélica da vida eterna, não receberá falsas doutrinas, nem dará lugar às
tentações de Satanás. Deus, por esta esperança, “levanta a cabeça” (Sl
3:3; Lc
21:28).
espada
do Espírito –
isto é, provida pelo Espírito, que inspirou os escritores da palavra de Deus (2Pe
1:21).
Novamente a Trindade está implícita: o Espírito
aqui; e Cristo em “salvação” e Deus Pai, Ef
6:13(compare
isto com Hb
4:12; Ap
1:16; Ap
2:12).
A espada de dois gumes, cortando os dois lados (Sl
45:3, 5), atingindo alguns com convicção e
conversão, e outros com condenação (Is
11:4; Ap
19:15),
está na boca de Cristo (Is 49:2), nas mãos de Seus santos (Sl
149:6). O uso dessa espada por Cristo na tentação é o nosso padrão
de como devemos maneja-la contra Satanás (Mt
4:4, 7, 10). Não há armadura especificada para
as costas, mas apenas para a frente do corpo; implicando que nunca devemos
voltar as costas para o inimigo (Lc
9:62); nossa única segurança é resistir até o fim (Mt
4:11; Tg
4:7).
[JFB]
18 orando
em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito, e vigiando nisso com toda
perseverança e súplica por todos os santos,
em
todo tempo – implicando
oportunidade e urgência (Cl
4:2).
Paulo usa as próprias palavras de Jesus em Lc
21:36 (um
Evangelho que ele cita em outro lugar, em consonância não planejada com o fato
de Lucas ser seu companheiro nas viagens, 1Co
11:23,
etc .; 1Tm
5:18).
Compare com Lc
18:1; Rm
12:12; 1Ts 5:17.
súplica – um termo comum para um tipo
especial de oração (Harless), um pedido implorante. “Oração” para
obter bênçãos, “súplicas” para evitar os males que tememos (Grotius).
no
Espírito – unir-se a
“orar”. É ele em nós, como o Espírito de adoção, que ora e nos capacita a orar
(Rm 8:15, Rm 8:26; Gl 4:6; Jz 1:20).
com
toda perseverança e súplica – Constância
perseverante e (isto é, exibida em) súplica devem ser elementos em que nossa
vigilância deve ser exercida.
por
todos os santos –
como ninguém é tão perfeito a ponto de não precisar das intercessões de seus companheiros
cristãos. [JFB]
19 e
por mim; a fim de que, quando eu abrir a boca, me seja dada palavra com
ousadia, para tornar conhecido o mistério do evangelho,
quando
eu abrir a boca –
(quando eu me comprometo a falar; uma fórmula usada em discurso fixo e
solene, Jó 3:1; Dn
10:16).
me
seja dada palavra com ousadia –
Ousada clareza de discurso era o mais necessário, como o Evangelho é um
“mistério” encoberto para a mera razão, e só conhecido por revelação. Paulo
cuidou para que sua fala expressasse que não dependia de seu poder natural ou
adquirido. O caminho mais curto para qualquer coração é através do céu; ore a
Deus para abrir a porta e abrir a boca, de modo a aproveitar todas as aberturas
(Jr
1:7-8; Ez
3:8-9,11; 2Co
4:13).
[JFB]
20 pelo
qual sou embaixador acorrentado; para que dele eu possa falar com ousadia, como
devo falar.
pelo – grego, como em Ef
6:19, “Em nome de qual.”
embaixador
acorrentado –
um paradoxo. Os embaixadores eram considerados invioláveis pela lei das
nações e não podiam, sem insultar todos direitos sagrados, ser acorrentados. No
entanto, o “embaixador de Cristo está em uma corrente!” O grego é singular. Os
romanos costumavam prender um prisioneiro a um soldado por uma única corrente,
numa espécie de custódia livre. Assim, At 28:16, 20, “Estou preso a esta corrente”. O
termo “correntes” (plural), por outro lado, é usado quando as mãos ou os pés do
prisioneiro são amarrados juntos (At
26:29);
compare At
12:6.
O singular é usado apenas do tipo particular de custódia descrito acima; uma
indesejada coincidência (Paley). [JFB]
HINOS SUGERIDOS
9, 212 e 305 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Conscientizar que é a vontade de Deus
que sejamos revestidos de toda a armadura espiritual.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I.
Mostrar a guerra e
seu sentido metafórico;
II.
Discutir a metáfora
bíblica da armadura;
III.
Elencar outras armas
usadas como ilustração.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
É
importante ter em mente que esta lição é um desdobramento da anterior. Se na
lição anterior vimos que há uma guerra espiritual, pois nossa “luta não é contra carne e sangue”,
aqui, o apóstolo usa a metáfora da armadura para mostrar a realidade dessa
guerra. Assim, veremos que o apóstolo usou os instrumentos bélicos como
metáfora de uma realidade que todos vivemos. Há uma batalha espiritual e, para
enfrentá-la, precisamos estar bem preparados com as armas espirituais. Devemos
estar prontos, e armados, afim de lutarmos e vencermos essa guerra. Boa aula!
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A
presente lição é a continuação da anterior. Lá vimos que existe uma batalha espiritual
e invisível entre os crentes em Jesus e o reino das trevas. Aqui, vamos estudar
como o apóstolo Paulo usou os instrumentos bélicos do sistema da época como
metáfora. Essa ilustração é um recurso didático importante porque facilita a
compreensão dos cristãos para o bom combate.
PONTO CENTRAL
Estamos em guerra no mundo espiritual.
Estudo Bíblico Sobre a Armadura de Deus e Seus 7
Significados
A armadura de Deus é
composta por elementos espirituais fundamentais para uma caminhada cristã
saudável e frutífera. Não é à toa que Paulo recomendou a Igreja de Eféso, que
em meio as suas lutas e dores eles deviam estar preparados.
Assim como eles, precisamos nos revestir de toda a graça de Deus e
de todo conselho espiritual. Os dias são maus e não são poucas as lutas e
dificuldades que enfrentamos para manter a nossa fé.
Por isso, neste
estudo bíblico sobre a armadura de Deus, eu quero ver com você de maneira
detalhada, tudo o que precisamos fazer para ser vencedores nas diversas
batalhas espirituais da vida.
Portanto, leia até
o final e divirta-se!
A Armadura de Deus e a Batalha Espiritual
Finalmente,
fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus,
para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo, pois a nossa luta não é
contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores
deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões
celestiais. (Efésios 6:10-12)
A armadura de Deus
tem papel fundamental na batalha espiritual. Com ela, estamos protegidos dos
mais diversos tipos de ataques do Diabo e de seus
agentes.
Depois de
aconselhar os Efésios sobre diversos assuntos, o apóstolo Paulo utiliza uma
expressão que não podemos deixar passar: “Finalmente, fortaleçam-se no
Senhor e no seu forte poder”.
Por último, Paulo
quer que eles não percam de vista alguns aspectos fundamentais da batalha
espiritual que cerca o cristão.
Por isso ele diz,
“fortaleçam-se”. Esta palavra no original grego é endunamoo e
significa: ser forte, revestir-se com força, fortalecer, receber força,
ser fortalecido, crescer em força. (Concordância de Strong)
Ou seja, devemos
nos REVESTIR COM FORÇA do poder de Deus. Devemos estar abertos a direção do
Espírito Santo para que as habilidades, ou os dons espirituais se manifestem
em nossas vidas de maneira contundente.
O Verdadeiro Inimigo
De acordo com
Paulo, só poderemos permanecer firmes diante dos ataques do Diabo, se
estivermos revestidos da armadura de Deus. “Vistam toda a armadura de Deus,
para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo”.
Além disso, há aqui
uma poderosa revelação para a carreira cristã: “pois a nossa luta não é
contra pessoas…”
A história da
Igreja nos mostra que desde o início e pelo decorrer dos séculos, os cristãos
sinceros são severamente perseguidos e maltratados das mais diversas maneiras.
Contudo, diante de
tamanhas dificuldades não encontramos estas pessoas com rancor, ódio,
ressentimento. Algo completamente atípico a realidade mundana e humana.
O grande segredo é
revelado aqui por Paulo. A nossa luta não é contra as pessoas, mas contra
Satanás e seus demônios.
Daí, ao ser
maltratado, perseguido ou falsamente acusado por alguém, o cristão sincero sabe
que todo aquele mal tem uma origem espiritual e não humana. Por isso, o Senhor
Jesus nos exortou a amar ao próximo, mesmo diante de afrontas e maus-tratos.
Como Vestir a Armadura de Deus?
Por
isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e
permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. (Efésios 6:13)
A armadura de Deus
nos ajuda a resistir as aflições do dia mau. “Mau” aqui é poneros no
grego, e significa: cheio de labores, aborrecimentos, fadigas,
pressionado e atormentado pelos labores, que traz trabalho árduo,
aborrecimentos perigos. (Concordância de Strong)
Ou seja, quando
estivermos vivendo dias ou estações em que tudo está sinalizando contrariedade,
aborrecimento e dor, precisamos estar revestidos da armadura de Deus para
suportar tudo em fidelidade ao Senhor.
O “dia mau” é uma
realidade na vida de qualquer ser humano, seja ele cristão ou não, é um
resquício do pecado. Na vida de cada um de nós ele se manifesta de maneira
diferente em intensidade e forma, mas é certo que teremos de enfrentá-lo.
Por isso Paulo
diz: “vistam toda a armadura de Deus”. Isso mesmo!
Não apenas as
partes fáceis, ou as que mais gostamos. Mas toda a armadura de Deus!
No dia do
desemprego, da escassez, da enfermidade, das dores, da contrariedade, da
angústia, solidão, enfim. Somente se estivermos revestidos é que conseguiremos
vencer.
Continue lendo,
pois vamos ver cada um dos aspectos e partes da armadura de Deus.
A Armadura de Deus e o Cinto da Verdade
“Assim,
mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade…” (Efésios 6:14)
A primeira parte da
armadura de Deus é a verdade. Isto porque a verdade é um aspecto fundamental do caráter do
nosso Deus. Como está escrito:
E
conhecerão a verdade, e a verdade os libertará. (João 8:32)
Santifica-os
na verdade; a tua palavra é a verdade. (João 17:17)
Pois
nada podemos contra a verdade, mas somente em favor da verdade. (2 Coríntios
13:8)
A
tua justiça é eterna, e a tua lei é a verdade. (Salmos 119:142)
Nas
tuas mãos entrego o meu espírito; resgata-me, Senhor, Deus da verdade. (Salmos
31:5)
Não
lhes escrevo porque não conhecem a verdade, mas porque vocês a conhecem e
porque nenhuma mentira procede da verdade. (1 João 2:21)
Na cruz, Jesus se entrega ao Deus da verdade. A
Igreja está fundamentada na verdade e este é um fundamento eterno, por isso
devemos nos cingir, com o cinto da verdade.
O termo grego que
Paulo utiliza para verdade é aletheia e significa: verdade
em qualquer assunto ou consideração, que é verdade em coisas relativas a Deus e
aos deveres do ser humano, verdade moral e religiosa, a verdade tal como
ensinada na religião cristã, com respeito a Deus e a execução de seus
propósitos através de Cristo e com respeito aos deveres do homem, opondo-se
igualmente as superstições dos gentios e às intervenções dos judeus, e às
opiniões e preceitos dos falsos mestres até mesmo entre os cristãos.
(Concordância de Strong)
Noutras palavras, a
verdade deve estar presente em nossa fé, palavras, atitudes e culto. O nosso
proceder deve inspirar nas pessoas a verdade, a ponto de que ao olhar para nós
elas enxerguem uma referência nesta área.
No “dia mau” não
caia na tentação do engano ou da mentira, mas fale, viva e
seja um reflexo da verdade.
A Armadura de Deus e a Couraça da Justiça
“Vestindo
a couraça da justiça…” (Efésios 6:14)
A couraça é a parte
da armadura que protege o peitoral e as costas, desde o pescoço até o final das
costelas. É parte importantíssima da armadura de Deus, visto que um ataque
nesta parte do corpo tem muitas chances de ser letal, pois há muitos órgãos
importantes nesta região.
Para justiça, Paulo
utiliza o termo grego dikaiosune e significa: estado
daquele que é como deve ser, justiça, condição aceitável para Deus,
integridade, virtude, pureza de vida, pensamento, sentimento e ação corretos.
De acordo com a revelação do Espirito Santo através
de Paulo, somente resistiremos firmes no dia mau, se a integridade, pureza e
santificação forem presentes em nossa vida.
O cristão sincero
não pratica a corrupção. Ele é sincero em seu procedimento e justo em seus
negócios. Um bom exemplo disso era Jó: “Era homem íntegro e justo; temia a
Deus e evitava o mal”. (Jó 1:1)
Mesmo diante das
mais severas adversidades do dia mau, Jó defendeu sua integridade. Ele tinha
convicção de que vivia na presença de Deus de maneira obediente e que sua
tribulação não era motivo de injustiça de sua parte.
A Armadura de Deus e os Calçados da Paz
“E
tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz…” (Efésios 6:15)
No dia mau, o
cristão sincero deve ser guiado, conduzido, segundo as preciosas instruções do
evangelho da paz.
Paz aqui, de acordo
com Strong é eirene e significa: ausência da
devastação e destruição da guerra, paz entre os indivíduos, concórdia,
segurança, prosperidade, felicidade, paz do Messias, o caminho que leva à paz.
Mesmo no dia mau, o
cristão sincero não perde sua paz interior, pois ela é fruto de seu
relacionamento com Deus. É a paz conquistada por Jesus Cristo no Calvário.
O Senhor Jesus
ministrou paz em meio a tribulação de seus apóstolos: Ao cair da tarde
daquele primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos a portas
trancadas, por medo dos judeus, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse:
“Paz seja com vocês! ” (João 20:19)
O apostolo Paulo
fez a seguinte oração pelos Tessalonicenses: O próprio Senhor da paz
lhes dê a paz em todo o tempo e de todas as formas. O Senhor seja com todos
vocês. (2 Tessalonicenses 3:16)
Servimos ao Deus da
paz. Ele é a nossa paz. Quando somos conduzidos por sua Palavra, temos paz
mesmo em meio ao caos.
A Armadura de Deus e o Escudo da Fé
Além
disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas
inflamadas do Maligno. (Efésios 6:16)
O estabelecimento
de uma boa defesa é uma das estratégias de batalha mais antigas da história.
Temos um registro disso no livro de Sun Tzu (A Arte da Guerra), um especialista
na guerra: A invencibilidade está na defesa (Sun Tzu).
O escudo ao qual o
apóstolo Paulo se refere, era o escudo romano. Grande e quadrado, ele cobria
praticamente todo o corpo do soldado, dificultando ainda mais a vida do
adversário.
Pois, bem é dessa
forma que o cristão deve se defender com a fé. A palavra utilizada por Paulo
para se referir a ‘fé’ é pistis e significa: a
convicção de que Deus existe e é o criador e governador de todas as coisas, o
provedor e doador da salvação eterna em Cristo, convicção ou fé forte e
benvinda de que Jesus é o Messias, através do qual nós obtemos a salvação
eterna no reino de Deus.
No dia mau a fé, ou
convicção de que Deus é o governador de todas as coisas e que Jesus é o Messias prometido, nos protegerão de toda
confusão maligna e de todas as tentações do mundo temporário em que vivemos.
A fé a qual Paulo
se refere, não é a “fé humana”, o pensamento positivo ou a sugestão positiva.
Ele se refere a fé salvífica, onde a Soberania de Deus jamais será perturbada
em nossas vidas, não importa o quão difíceis as coisas estejam.
A Armadura de Deus e o Capacete da Salvação
Usem
o capacete da salvação… (Efésios 6:17)
Uma das partes mais
vulneráveis do nosso corpo é a cabeça. Responsável pelo raciocínio, orientação
e equilíbrio a cabeça sempre foi, em todos os tempos o primeiro alvo do inimigo
em uma batalha.
O Diabo não age de
maneira diferente. Ele tenta nos confundir e perturbar com suas astúcias e
projetos maliciosos. Um dos campos de batalha mais difíceis de manter a
firmeza, em toda a batalha espiritual.
Por isso, Paulo nos
aconselha a usar o capacete da salvação. A palavra que ele utiliza no grego
para referir-se a salvação é soterion e significa: aquele
que salva, que traz salvação, que expressa esta salvação, esperança futura da
salvação. (Concordância de Strong)
O pensamento que
deve orquestrar a nossa mente é o da salvação em Cristo. Quando toda a
confusão e tribulação do Diabo intentarem contra a nossa mente e convicções,
ela deve estar protegida com o capacete da salvação.
A Armadura de Deus e a Espada do Espírito
…a
espada do Espírito, que é a palavra de Deus. (Efésios 6:17)
O último elemento
da armadura de Deus é a espada do Espírito. Ou seja, o instrumento de ataque
contra as forças de Satanás é a Palavra de Deus.
Quando ele tentou Jesus no deserto, o Senhor utilizou as Sagradas
Escrituras como espada do Espírito para atacá-lo.
Devemos conhecê-la,
amá-la e estudá-la diariamente. Fazendo isso, nossos pensamentos estarão cheios
dos conselhos santos e nossa vida será dirigida pelas palavras que saem da boca
de Deus.
A Armadura de Deus e a Oração
Orem
no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em
mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos. (Efésios
6:18)
Depois que
estivermos completamente revestidos da armadura de Deus, não podemos esquecer
de manter e desenvolver o nosso relacionamento com o Senhor. Isso nós fazemos por meio da oração.
E quando devemos
orar?
De acordo com o
apóstolo Paulo, em todas as ocasiões. A oração nos mantém conectados com o
nosso Deus, e podemos nos comunicar com Ele em qualquer lugar.
Conclusão
Revestidos da
armadura de Deus e mantendo uma vida de oração sincera e constante,
permaneceremos firmes no dia mau, quando somos tentados e provados das mais
diversas maneiras.
É possível perceber
nas palavras de Paulo, que para nos revestirmos da armadura de Deus devemos ter
uma atitude ativa. Ou seja, ela não estará em nós de maneira inusitada.
Precisamos decidir,
querer e nos esforçar, para que na hora da batalha estejamos revestidos como um
bom soldado de Cristo.
I. A guerra
I.
Mostrar a guerra e seu sentido metafórico
Segundo
o Dicionário Teológico Beacon, guerra é “o recurso das nações para
tratar de resolver diferenças pela força das armas. As guerras sempre são
produtos da pecaminosidade humana, seja por instigação imediata ou causa
indireta”. Mas a legitimidade da guerra pode depender de sua motivação.
1.
Ao longo dos séculos. Desde
a batalha dos israelitas contra Ai, por volta de 1400 a.C.
(Js 8.21-26: 21 Vendo Josué e todo o Israel que os homens da emboscada tinham
tomado a cidade e que desta subia fumaça, deram meia-volta e atacaram os homens
de Ai.
22 Os outros israelitas também saíram da cidade para lutar contra
eles, de modo que foram cercados, tendo os israelitas dos dois lados. Então os
israelitas os mataram, sem deixar sobreviventes nem fugitivos, 23 mas prenderam vivo o rei de Ai e o levaram a Josué.
24 Israel terminou de matar os habitantes de Ai no campo e no
deserto, onde os tinha perseguido; eles morreram ao fio da espada. Depois
disso, todos os israelitas voltaram à cidade de Ai e mataram os que lá haviam
ficado.
25 Doze mil homens e mulheres caíram mortos naquele dia. Era toda a
população de Ai.
26 Pois Josué não recuou a lança até exterminar todos os habitantes
de Ai.),
até
Massada, em 73 d.C., a Bíblia registra cerca de 20 batalhas principais. Pessoas
de todas as civilizações antigas — egípcia, assíria, babilônica, grega e romana
— estavam acostumadas com a presença dos soldados no meio do povo. E a palavra
profética anuncia guerras até o fim dos tempos
(Dn
9.26: "Estou
editando um decreto para que em todos os domínios do império os homens temam e
reverenciem o Deus de Daniel.
"Pois ele é
o Deus vivo e permanece para sempre; o seu reino não será destruído; o seu
domínio jamais acabará.).
2.
Os antigos. Os
antigos encaravam a guerra como algo sagrado; esse era o contexto da época. Era
usual oferecer sacrifícios antes da partida das tropas militares para a batalha
a fim de invocar, das divindades, proteção e vitória (Jr 51.27: "Ergam
um estandarte na terra!
Toquem a trombeta entre as nações!
Preparem as nações para o combate contra ela; convoquem
contra ela estes reinos: Ararate, Mini e Asquenaz.
Nomeiem um comandante contra ela; lancem os cavalos ao
ataque como um enxame de gafanhotos.).
Essa
prática era também generalizada em Israel
(1Sm
13.10-12: 9 E ele ordenou: "Tragam-me o holocausto e os
sacrifícios de comunhão". Saul então ofereceu o holocausto; 10 quando terminou de oferecê-lo, Samuel chegou, e
Saul foi saudá-lo.
11 Perguntou-lhe Samuel: "O que você
fez?"
Saul
respondeu: "Quando vi que os soldados estavam se dispersando e que não
tinhas chegado no prazo estabelecido, e que os filisteus estavam reunidos em
Micmás, 12 pensei: Agora, os filisteus me atacarão em Gilgal,
e eu não busquei o Senhor. Por isso senti-me obrigado a oferecer o
holocausto".
Sf
1.7: Calem-se diante do Soberano, o Senhor, pois o
dia do Senhor está próximo.
O Senhor preparou
um sacrifício; consagrou seus convidados.).
Deus
permitia e, às vezes, até ordenava a guerra no período do Antigo Testamento
(1Sm
23.2-4: 1 Quando disseram a Davi que os filisteus estavam
atacando a cidade de Queila e saqueando as eiras, 2 ele perguntou ao Senhor: "Devo atacar esses
filisteus?"
O
Senhor lhe respondeu: "Vá, ataque os filisteus e liberte Queila".
3 Os soldados de Davi, porém, lhe
disseram: "Aqui em Judá estamos com medo. Quanto mais, se formos a Queila
lutar contra as tropas dos filisteus!"
4 Davi consultou o Senhor novamente.
"Levante-se", disse o Senhor, "vá à cidade de Queila, pois estou
entregando os filisteus em suas mãos.").
3.
Sentido metafórico. O
tema sobre a guerra não aparece no Novo Testamento. A guerra é, em si mesma,
incompatível com o espírito cristão. Jesus nos ensinou: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de
Deus”
(Mt
5.9: Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados
filhos de Deus.).
filhos de Deus.).
A
guerra aparece nas Escrituras no sentido figurado para ilustrar a luta contra a
morte
(Ec
8.8: Ninguém tem o poder de dominar o próprio espírito; tampouco tem
poder sobre o dia da sua morte e de escapar dos efeitos da guerra; nem mesmo a
maldade livra aqueles que a praticam.),
da
mesma forma que ilustra a maldade dos ímpios
(Sl
55.21: Macia como manteiga é a sua fala, mas a
guerra está no seu coração; suas palavras são mais suaves que o óleo, mas são afiadas
como punhais.).
Na
presente lição, o enfoque é metafórico, representando a nossa luta espiritual
contra os inimigos da nossa salvação
(2
Co 10.3: Pois, embora vivamos como homens, não lutamos
segundo os padrões humanos.
1
Tm 1.18: 18 Timóteo, meu filho, dou a você esta instrução,
segundo as profecias já proferidas a seu respeito, para que, seguindo-as, você
combata o bom combate, 19 mantendo a fé e a boa consciência que
alguns rejeitaram e, por isso, naufragaram na fé.).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A guerra em si mesma é incompatível com
o espírito cristão, mas aqui o apóstolo a usa como metáfora afim de mostrar a
realidade da batalha espiritual.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Para enriquecer a sua exposição do
primeiro tópico seria interessante fazer uma pesquisa sobre s guerra ao longo
da história do mundo. Por meio de sites confiáveis ou de revista especializada,
tenha acesso a um resumo sobre o contexto das guerras, principalmente primeira
e segunda mundiais. A ideia é que essa exposição tenha maior objetividade
quando você se encontrar munido de conhecimentos básicos sobre a guerra. Avalie
a possibilidade de compartilhar a sua pesquisa com a classe, seja em forma de
artigo, resumos ou resenhas.
II. A METÁFORA BÍBLICA
II. Discutir a
metáfora bíblica da armadura
“Guerra”, “batalha”, “luta”,
“combate”, “peleja”
são termos do dia a dia para indicarmos, muitas vezes, um debate ou discussão
e, também, para nos referirmos às dificuldades da vida. Mas a metáfora aqui se
aplica na defesa e no combate espiritual, na pregação e no ensino da Palavra.
1.
A armadura do soldado romano. A
sociedade contemporânea do apóstolo Paulo conhecia com abundância de detalhes
toda a armadura do soldado romano. Efésios é uma das quatro epístolas da
primeira prisão de Paulo, juntamente com Filipenses, Colossenses e Filemom
(Ef
6.20: 19 Orem também por mim, para que, quando eu falar,
seja-me dada a mensagem a fim de que, destemidamente, torne conhecido o
mistério do evangelho, 20 pelo qual sou embaixador preso em
correntes. Orem para que, permanecendo nele, eu fale com coragem, como me cumpre
fazer.
Ef
3.1: Por essa razão oro, eu, Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, em
favor de vocês, gentios.
Ef
4.1: Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam de maneira digna
da vocação que receberam.
Fp
1.13: Como resultado, tornou-se evidente a toda a
guarda do palácio e a todos os demais que estou na prisão por causa de Cristo.
Cl
4.3: Ao mesmo tempo, orem também por nós, para que Deus abra uma
porta para a nossa mensagem, a fim de que possamos proclamar o mistério de
Cristo, pelo qual estou preso.
Fm
9,10,13,23: 8 Por isso, mesmo tendo em Cristo plena
liberdade para mandar que você cumpra o seu dever, 9 prefiro fazer um apelo com base no amor. Eu, Paulo,
já velho, e agora também prisioneiro de Cristo Jesus, 10 apelo em favor de meu filho Onésimo, que gerei
enquanto estava preso.
13 Gostaria de mantê-lo comigo para que me ajudasse em
seu lugar enquanto estou preso por causa do evangelho.
23 Epafras, meu companheiro de prisão por causa de
Cristo Jesus, envia saudações, 24 assim como também Marcos, Aristarco,
Demas e Lucas, meus cooperadores.
25 A graça do Senhor Jesus Cristo seja com o espírito
de todos vocês.).
Assim,
o apóstolo escreveu aos efésios de sua prisão domiciliar em Roma, vigiada pela
guarda pretoriana
(At
28.16,30,31: 16 Quando chegamos a Roma, Paulo recebeu permissão para morar por
conta própria, sob a custódia de um soldado.
30 Por dois anos inteiros Paulo permaneceu na casa que havia alugado
e recebia a todos os que iam vê-lo.
31 Pregava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus
Cristo, abertamente, sem impedimento algum.).
Paulo
convivia com esses soldados diariamente e conhecia com detalhes a armadura
daqueles que o vigiavam.
2.
A armadura de Deus (Ef. 6.13: Por isso, vistam
toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer
inabaláveis, depois de terem feito tudo.). Mesmo depois de tomar toda a
armadura de Deus, o apóstolo nos exorta a ficarmos firmes. Depois da vitória, o
soldado romano permanecia em pé e vitorioso. Paulo acrescenta: “tendo cingidos os vossos lombos com a
verdade”
(v.14ª:
14
Assim, mantenham-se firmes,
cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça 15 e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz.).
Isso
significa usar a verdade como cinturão
(Is
11.5: A retidão será a faixa de seu peito, e a fidelidade o seu
cinturão.).
Essas
metáforas são apropriadas, pois usam as coisas da vida diária, conhecidas de
todos, para esclarecer verdades espirituais.
3.
A couraça da justiça (v.14: 14 Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade,
vestindo a couraça da justiça 15 e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz.). É uma armadura defensiva em forma de um manto
de ferro feito de couro, tiras de metal ou escamas de bronze
(1Sm
17.5: 5 Ele usava um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas de
bronze que pesava sessenta quilos; 6 nas pernas usava caneleiras de bronze e tinha um dardo de bronze
pendurado nas costas.).
Sua
função é proteger o pescoço, o peito, os ombros, o abdome e as costas.
Dependendo da época e da civilização, a couraça chegava até a coxa. O apóstolo
Paulo usa a couraça como metáfora para ilustrar a defesa espiritual como “couraça da justiça”
(Ef
6.14: 14
Assim, mantenham-se firmes,
cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça 15 e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz.),
um
abrigo contra as feridas morais e espirituais e uma proteção da justiça de
Cristo imputada ao pecador; é a “couraça
da fé”
(1Ts
5.8: Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo a
couraça da fé e do amor e o capacete da esperança da salvação.).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A armadura do soldado romano representa
a armadura de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Para
este tópico é importante conhecer melhor o termo “Justiça”:
“Justiça
de Deus. [Do hb. tsadik; do gr. dikaios; do lat. justitia ]
Atributo moral e básico de Deus, manifestado pela fidelidade com que o Supremo
Ser trata seus propósitos e decretos. É a sua fidelidade com a própria
natureza. A justiça de Deus entra em ação todas as vezes que a sua santidade é
agredida. Sua justiça e santidade acham-se intimamente associadas; não se pode
abstrair uma da outra sem violar sua inefável natureza.
Justiça
Original. Condição
moral e espiritual que o ser humano recebeu de Deus quando de sua criação. O
homem era naturalmente bom. Tendia a executar o que era reto e justo. Mas o
pecado afetou-lhe a natureza de forma flagrante e quase que irremediável.
Aceitando porém a Cristo, os descendentes de Adão e Eva são, não somente
justificados, como transformados pelo Espírito de Deus. A regeneração faz com
que readquiramos a justiça original e passemos a viver sob o mando da justiça
de Cristo. Este ensino encontra-se na maioria das epístolas paulinas (Ef 4.24;
Rm 8.29; 2Co 3.18)” (ANDRADE, Claudionor de Corrêa. Dicionário
Teológico. RJ: CPAD, 1998, pp.197,198).
CONHEÇA MAIS
Armadura
Espiritual
“Na
bem conhecida passagem em Efésios 6.10-17:
A armadura de Deus – 10 Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte
poder.
11Vistam toda a armadura de Deus, para
poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo, 12 pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas
contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas,
contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.
13 Por isso, vistam toda a armadura de
Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de
terem feito tudo.
14 Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto
da verdade, vestindo a couraça da justiça 15 e tendo os pés calçados com a prontidão
do evangelho da paz.
16 Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês
poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno.
17 Usem o capacete da salvação e a espada
do Espírito, que é a palavra de Deus.),
os cristãos são exortados a vestir toda
a armadura de Deus. […] O apóstolo Paulo simboliza elementos vitais do caráter
cristão para se defender das acusações do maligno (cf. Ap 12.10: Então ouvi uma forte voz dos céus, que dizia: "Agora
veio a salvação, o poder e o Reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo,
pois foi lançado fora o acusador dos nossos irmãos, que os acusa diante do
nosso Deus, dia e noite.)
através de várias partes da armadura greco-romana
da sua época”. Leia mais em Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD,
p.184.
III. OUTRAS ARMAS USADAS COMO ILUSTRAÇÃO
III. Elencar outras
armas usadas como ilustração.
O
apóstolo Paulo não foi exaustivo ao elencar os instrumentos bélicos de sua
geração. Aqui vamos apresentar os demais elementos apresentados na sua lista.
1.
Os calçados (v.15: 14 Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade,
vestindo a couraça da justiça 15 e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz.). O termo hebraico naal, “sandália, sapato”, e o seu correspondente grego
na Septuaginta e no Novo Testamento, hypodema,
“sandália”, vem do verbo hypodeo, “atar debaixo”, e diz respeito ao
calçado formado por uma sola de couro que se amarra ao pé com correias ou
cintas. Era uma peça do vestuário usada pela população civil
(Jo
1.27: Ele é aquele que vem depois de mim, e não sou
digno de desamarrar as correias de suas sandálias".
At
7.33: "Então o Senhor lhe disse: 'Tire as sandálias dos pés,
porque o lugar em que você está é terra santa.).
No
caso do soldado, porém, era necessário para segurança e prontidão na marcha
(Is
5.27: Nenhum dos seus soldados se cansa nem
tropeça, nenhum deles cochila nem dorme, nenhum afrouxa o cinto, nenhum
desamarra a correia das sandálias.).
Isso,
na linguagem figurada, remete a agilidade e prontidão na obra da evangelização
e na pregação do evangelho da paz.
2.
O escudo da fé (Ef. 6.16: Além disso,
usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas
do Maligno.). O escudo era o principal
instrumento bélico de defesa na guerra. Trata-se de uma peça fabricada a partir
de vários materiais e em formatos diversificados. Os israelitas tinham dois
tipos:
o
primeiro, sinna, “proteção” em hebraico, uma peça
que cobria o corpo inteiro de forma oval ou retangular, usada pela infantaria
pesada
(2Cr
25.5: Amazias reuniu os homens de Judá e, de acordo com as suas
respectivas famílias, nomeou chefes de mil e de cem em todo o Judá e Benjamim.
Então convocou todos os homens com mais de vinte anos e constatou que havia
trezentos mil homens prontos para o serviço militar, capazes de empunhar a
lança e o escudo.);
e,
o segundo, magen, usado pelos arqueiros
(2Cr
17.17: 17
De Benjamim: Eliada, um
guerreiro valente, com 200.000 homens armados com arcos e escudos; 18 Jeozabade, com 180.000 homens armados para a batalha.).
O
escudo é símbolo de proteção nas Escrituras.
É
usado de maneira figurada desde o Antigo Testamento para mostrar Deus como o
protetor dos seus
(Gn
15.1: Depois dessas coisas o Senhor falou a Abrão numa visão: "Não
tenha medo, Abrão!
Eu sou o seu escudo; grande será a
sua recompensa!"
Dt
33.9: Levi disse do seu pai e da sua mãe: 'Não tenho consideração por
eles'.
Não reconheceu os seus irmãos, nem
conheceu os próprios filhos, apesar de que guardaram a tua palavra e observaram
a tua aliança.
2
Sm 22.3: 1 Davi cantou ao Senhor este cântico,
quando ele o livrou das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul, 2 dizendo: "O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu
libertador; 3 o meu Deus é a minha rocha, em
que me refugio; o meu escudo e o meu poderoso salvador.
Ele é a minha torre alta, o meu
abrigo seguro.
Tu, Senhor, és o meu salvador, e
me salvas dos violentos.);
é
comparado à salvação e à verdade de Deus
(2Sm
22.36: Tu me dás o teu escudo de livramento; a tua
ajuda me fez forte.
Sl
18.35: Tu me dás o teu escudo de vitória; tua mão
direita me sustém; desces ao meu encontro para exaltar-me.
Sl
91.4: Ele o cobrirá com as suas penas, e sob as suas asas você
encontrará refúgio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor.).
O
apóstolo Paulo usa a figura do escudo como proteção para “apagar todos os dardos inflamados do maligno”
(Ef
6.16: Além disso, usem o escudo da fé, com o qual
vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno.),
tais
como calúnia, malícia, concupiscência, ira, inveja e toda a sorte de
desobediência. Esse escudo nos protege das setas malignas
(Sl
91.5: 5 Você não temerá o pavor da noite nem a flecha que voa de dia, 6 nem a peste que se move sorrateira nas trevas, nem a praga que
devasta ao meio-dia.).
3.
O capacete da salvação e a espada do Espírito (Ef 6. 17: Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a
palavra de Deus.). O capacete era uma cobertura
para a cabeça feita de metal e internamente acolchoada para o conforto do
usuário e a proteção eficiente da cabeça. No Antigo Testamento, a salvação é o
capacete que Deus usa na batalha
(Is
59.17: Usou a justiça como couraça, pôs na cabeça o capacete da
salvação; vestiu-se de vingança e envolveu-se no zelo como numa capa.).
Parece
que Paulo segue nessa linha em outro lugar: “tendo por capacete a esperança da
salvação”
(1Ts
5.8: Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo a
couraça da fé e do amor e o capacete da esperança da salvação.).
A
espada literal é uma arma de ataque, mas no sentido figurado é um símbolo de
guerra, julgamento divino e autoridade ou poder
(Lv
26.25: E trarei a espada contra vocês para vingar a
aliança. Quando se refugiarem em suas cidades, eu lhes mandarei uma praga, e
vocês serão entregues em mãos inimigas.
Jr
12.12: Destruidores vieram sobre todas as planícies do deserto, pois a
espada do Senhor devora esta terra de uma extremidade à outra; ninguém está
seguro.
Rm
13.4: Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas, se
você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É
serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal.).
A
expressão paulina “espada do Espírito” refere-se à Bíblia, pois as Escrituras
Sagradas vieram do Espírito Santo
(2
Pe 1.21: 20 Antes
de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação
pessoal, 21 pois
jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de
Deus, impelidos pelo Espírito Santo.).
Por
isso, Paulo completa dizendo, “que é a
Palavra de Deus”.
Isso
significa que a Bíblia é a Palavra de Deus, como ela própria se declara
(Mc
7.13: Assim vocês anulam a palavra de Deus, por meio da tradição que
vocês mesmos transmitiram. E fazem muitas coisas como essa".
Hb
4.12: Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e
mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de
dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e as
intenções do coração.).
4.
A outra lista (Ef 6.vv.18,19: 18 Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica;
tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os
santos.
19 Orem também por mim, para que, quando eu falar, seja-me dada a
mensagem a fim de que, destemidamente, torne conhecido o mistério do evangelho,
20
pelo qual sou embaixador preso
em correntes. Orem para que, permanecendo nele, eu fale com coragem, como me
cumpre fazer.). Oração
e súplica vêm permeadas entre esses elementos da armadura de Deus e permanecem
juntas a essas armas espirituais, que sem a oração seriam inúteis. A oração
deve ser em todo o tempo e com súplica no Espírito e vigilância
(Mt
26.41: "Vigiem e orem para que
não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca."
Fp
4.6: Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em
tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a
Deus.
1Ts
5.17: Orem continuamente.).
As
virtudes gêmeas, vigilância e perseverança, aparecem na instrução para orarmos
uns pelos outros. Quando um homem da estatura espiritual do apóstolo Paulo pede
a oração da Igreja em seu favor e pelo seu ministério
(Ef.
6. v.20: 19 Orem também por mim, para que, quando eu falar, seja-me dada a
mensagem a fim de que, destemidamente, torne conhecido o mistério do evangelho,
20
pelo qual sou embaixador preso
em correntes. Orem para que, permanecendo nele, eu fale com coragem, como me
cumpre fazer.),
isso
mostra que não existe super-homem na igreja. Todos nós somos dependentes do
Senhor Jesus e contamos com a oração uns dos outros.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Os calçados, o escudo da fé, o capacete
da salvação e a espada do Espírito são armas usadas como ilustração.
SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ
“Deus quer trazer fé aos nossos olhos
e aos nossos ouvidos, uma realização viva do que seja a Palavra de Deus, do que
o Senhor Deus quer dizer e do que podemos esperar se crermos. Estou certo de
que o Senhor deseja colocar diante de nós um fato vivo que, pela fé, deve pôr
em ação um princípio que está dentro de nossos corações, a fim de que Cristo
destrone todo o poder de Satanás.
É isso que eu penso. O Reino dos Céus
está dentro de nós, dentro de cada crente. O Reino dos Céus é Cristo, é a
Palavra de Deus.
O Reino dos Céus deve superar todas
as demais coisas, até sua própria vida. Tem que ser manifestado de maneira tal
que compreendas que mesmo a morte de Cristo traz à lume a vida de Cristo.
O Reino dos Céus é a vida de Jesus, é
o poder do Altíssimo. O Reino dos Céus é puro, é santo. Não tem doenças, nem
imperfeição” (WIGGLESWORTH, Smith. Devocional. Série:
Clássicos do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2003, pp.72,73).
CONCLUSÃO
Os
crentes precisam dessa armadura de Deus ainda hoje. Isso porque bem sabemos que
os inimigos da Igreja não são agentes humanos. Estão por trás deles os
demônios, liderados pelo seu maioral, o Diabo. Os recursos espirituais apresentados
aqui são importantes e poderosos para expelir todas as forças do mal.
Efésios 6: Aprenda a usar toda a Armadura de Deus
Seguir
Jesus é uma batalha! A luta não acaba quando você se converte. Os verdadeiros
inimigos são espirituais, as forças do diabo que querem destruir o povo de
Deus. Mas você não está sozinho na luta. Jesus está com você e lhe dá uma
armadura espiritual que ajuda a vencer todas as batalhas.
Estes
são os 6 elementos da armadura de Deus:
1. Cinto da Verdade
A
verdade liberta! O cinto une a armadura; a verdade lhe une com as bênçãos de
Deus. Jesus é a verdade e suas palavras verdadeiras estão escritas na Bíblia.
Como
usar: estude
a Bíblia e creia na sua verdade.
2. Couraça da Justiça
Jesus
é sua justiça! A couraça protege seu coração; a justiça de Jesus lhe protege do
pecado. Quando você se arrepende de seus pecados e dedica sua vida a Jesus, ele
apaga a injustiça do pecado do seu coração.
Como
usar: se arrependa de
seus pecados e creia que Jesus lhe salvou. Procure fazer o que é certo.
3. Sapatos da Prontidão do Evangelho
da Paz
Deixe
que Deus guie seu caminho! Os sapatos protegem os pés; o evangelho da paz
protege seu caminho. A vontade de proclamar o evangelho ajuda a evitar muitos
caminhos errados, porque o maior testemunho é uma vida guiada por Deus.
Como
usar: evite a maldade e a
violência. Procure promover a paz em todas as situações.
4. Escudo da Fé
A fé
vence o inimigo! O escudo protege das setas; a fé protege dos ataques do diabo.
A fé lhe ajuda a se defender das acusações, das dúvidas, das tentações do
diabo.
Como
usar: na hora da dúvida e
da tentação, escolha crer em Jesus. Procure tirar suas dúvidas, para fortalecer
a fé.
5. Capacete da Salvação
Jesus
salva! O capacete protege a cabeça; a salvação protege os pensamentos. Jesus
salva da escravidão do pecado. Você não precisa mais viver pensando em coisas
ruins, que levam ao pecado.
Como
usar: passe
mais tempo a pensar nas coisas de Deus. Rejeite os pensamentos errados e creia
na salvação.
6. Espada do Espírito
A
palavra de Deus é a espada do Espírito! A espada fere e defende do inimigo; a
palavra de Deus destrói o inimigo. O Espírito Santo dá vida à palavra de Deus e
lhe dá poder para derrotar o inimigo.
Como
usar: combata
as mentiras e as tentações declarando as verdades da Bíblia. Confie na palavra
de Deus.
Pronto
para a batalha? A armadura de Deus lhe dará a vitória!
Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no
dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo.
Efésios 6:13
PARA REFLETIR
A respeito de “Conhecendo a armadura de Deus”,
responda:
Qual o enfoque da guerra na presente lição?
O enfoque é metafórico, representando a nossa luta espiritual contra os inimigos
da nossa salvação (2Co 10.3; 1Tm 1.18).
O que significa cingir “os lombos com a verdade”?
Significa usar a verdade como cinturão (Is 11.5).
O que significa o uso dos calçados na linguagem
figurada?
Na linguagem figurada isso remete a agilidade e prontidão na obra da
evangelização e na pregação do evangelho da paz.
De que o escudo da fé nos protege?
Esse escudo nos protege das setas malignas (Sl 91.5).
A que se refere a expressão “espada do Espírito”?
A expressão paulina “espada do Espírito” se refere à Bíblia, pois as
Escrituras Sagradas vieram do Espírito Santo (2Pe 1.21).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Conhecendo a armadura de Deus
O nosso objetivo da aula desta semana
é conscientizar a classe para a realidade da batalha espiritual e que
precisamos de uma armadura espiritual para enfrentar as muitas ciladas do
Maligno. Por isso, trabalharemos a questão da guerra e o sentido metafórico
dela usado por Paulo, a metáfora bíblica da armadura e consideraremos as outras
armas espirituais mencionadas pela Palavra de Deus.
O sentido metafórico da guerra
A ideia deste primeiro tópico é fazer
uma passagem sobre a guerra ao longo dos séculos, desde Josué até Massada na
destruição de Jerusalém pelo Império de Roma no ano 70 d.C. Verificando como os
antigos encaravam a guerra até chegar ao sentido metafórico de guerra
trabalhado pelo apóstolo Paulo na Carta aos Efésios. Assim, é importante deixar
claro que o enfoque em relação à Batalha Espiritual estabelecido ali pelo
apóstolo é metafórico, figurado. É a representação de nossa guerra espiritual.
A metáfora bíblica da armadura
Na lição, a metáfora bíblica usada
para descrever a armadura espiritual é a do equipamento do soldado romano. É
disso que o tópico II trata. A experiência de viver em prisões dava a Paulo a
habilidade de descrever a armadura com muita segurança. Por meio dessa
descrição, o apóstolo passa a incentivar que os crentes de Éfeso fossem
cingidos com a verdade. Assim, a “couraça da justiça” seria uma armadura
defensiva muito apropriada. Ou seja, é um grande escudo de defesa para
proteger-se de feridas morais e espirituais.
Outras armas usadas como ilustração
no terceiro tópico o comentarista elenca algumas marcas importantíssimas para a
nossa proteção: os calçados, o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada
do Espírito. Essas armas simbolizam toda a nossa maneira de viver a vida cristã
com zelo e cuidado na presença de Deus. Aqui, é fundamental destacar que a
nossa vida precisa estar ajustada com a vontade de Deus a fim de suportarmos a
guerra contra o Maligno. Aproveite esse tópico para deixar claro à turma que
precisamos de armas espirituais para vencer uma batalha espiritual.
Não podemos ignorar o perigo que se
impõe contra a nossa vida. B Igreja de Cristo precisa de vigilância espiritual
e equipamentos do céu a fim de derrotar os inimigos de nossa alma.
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