quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

LIÇÃO 01 - ESCATOLOGIA, O ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS

LIÇÃO 01
ESCATOLOGIA, O ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS

03 de janeiro de 2016
Professor Alberto

TEXTO ÁUREO


 “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2Tm 3.1).

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VERDADE PRÁTICA


O estudo da Escatologia bíblica traz ao coração dos salvos a esperança de um dia estarem para sempre com o Senhor Jesus Cristo.

COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO


“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2Tm 3.1).


No capítulo 3 de 2 Timóteo, versículos 1 ao 9 está uma advertência contra os hereges ou aqueles que erram o alvo, o caminho. O apóstolo Paulo retorna ao seu tema muitas vezes reiteradamente, a questão da heresia, do herege, e como o pastor ideal deve encará-los e tratar com eles.
Esse é o tema mais enfatizado nas “epístolas pastorais”, porque, quando foram escritas, a igreja já vinha sendo assediada por heresias, que continuaram “infestando” à igreja por cerca de centro e cinquenta anos. No entanto, a grande apostasia que havia de vir, seria para os últimos dias, onde segundo o livro de Apocalipse os homens chegariam ao extremo de adorar o próprio Satanás, através do anticristo, ao invés de adorarem a Deus, por intermédio de Jesus Cristo. A passagem de 2 Tm 2.4, reitera esse conceito.
Este capítulo 3 de 2 Timóteo foi escrito a fim de alertar os pastores que, ao invés de irem melhorando, as coisas irão se agravando. Até mesmo os cristãos professos se voltarão para os prazeres mundanos, hedonismo, como se isso fosse o seu deus; e do seio da própria igreja cristã surgirão horrendas heresias e uma vida caracterizada pela impiedade.
Em face de tudo isso, do crescimento intensivo da iniquidade, à proporção em que se for avizinhando a segunda vinda de Cristo, o bom ministro de Cristo deverá permanecer fiel, com vida no altar, vida piedosa, seguindo o padrão e o exemplo dados pelo apóstolo dos gentios, assim não cairá vítima da apostasia que, inevitavelmente sobrevirá aqueles que perdem o temor de Deus e pervertem a fé cristã e a si mesmo (adaptado da obra: O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo de N. Champlin, Editora Candeia).

"Sabe, porém, isto: ...” – Essa era a exortação do apóstolo Paulo, nos alertando que se a situação estava ruim naquela época, quando os crentes tinham que enfrentar a heresia gnóstica; ninguém deveria pensar que, para os pastores posteriores, as coisas se tornariam mais fáceis. Antes, tempos piores haveriam de vir, sendo os acontecimentos daquela época a pré figuração do que haveria de vir.
Os líderes cristãos sabem disso, não são surpreendidos, todos os cristãos estão sabendo, não deverão se escandalizar ou ignorar, que haverá dificuldades no nosso caminhar em direção da “terra da promessa”, temos que ter consciência, estarmos preparados, que situações adversas piores sobrevirão e você está sendo avisado, orientado.

“...que nos últimos dias sobrevirão...” -  Essa é uma expressão específica das epístolas pastorais, encontramos pelo menos 6 possibilidades do que significa essa expressão. Ela pode indicar:
1.- “o dia do Senhor”, que seriam os últimos dias, em Atos 2.17 aparece como últimos dias, mas essa é uma citação de Joel 2.28 que diz “o dia do Senhor”;
2.- no judaísmo a expressão “últimos dias” pode indicar o término da dispensação terrena e o início da era messiânica;
3.- em outros escritos judaicos indica a própria era messiânica;
4.- e em outros escritos judaicos indica o reino milenar e o juízo final;
5.- essa expressão para o cristianismo pode indicar a era do evangelho;
6.- indica dias anteriores ao advento do Senhor Jesus, ou seja, aquele período que antecede a segunda vinda de Cristo.

A Igreja Evangélica Assembleia de Deus crê que essa expressão se refere aos dias que antecedem a segunda vinda do Senhor Jesus. Nas epístolas pastorais, por exemplo, a heresia gnóstica é amplamente referida nas passagens sobre a “apostasia”, como esta que ora consideramos. Contudo, com base na consideração de outros textos, sabemos que os crentes da igreja primitiva esperavam uma grande apostasia, naqueles dias que antecederiam a segunda vinda de Cristo.


“... tempos trabalhosos" (2 Tm 3.1)  - No grego temos  o adjetivo chapelos, que significa: “difícil, árduo, trabalhoso”, dando a entender um período de grande “tensão”, de maldade, iniquidade, absurdos.
Após dois mil anos de cristianismo, da época que foi escrita esta palavra, estamos vivenciando em nosso cotidiano coisas jamais imaginadas. A Bíblia declara que aqueles tempos serão difíceis devido às condições, ao contexto existente no meio da Igreja, oriundas da apostasia e não somente por isso, mas também por causa da grande dificuldade que atingirão os crentes, a decadência de valores de todas as sociedades é assombroso, incrivelmente estamos vivendo dias em que o errado se torna certo, e o certo errado.
Observamos atualmente muitos cristãos se acostumando com os “desvalores” da sociedade, igrejas inteiras tem aceitado condutas imorais, coisas pecaminosas e abomináveis diante do Senhor, que tornam-se comuns e aceitas por muitos grupos e denominações “cristãs”.
Ao aproximar do advento da segunda volta do Senhor Jesus, todos os crentes perceberão as grandes dificuldades que haverá, o Senhor Jesus declara que por multiplicar a iniquidade o amor de muitos esfriará (Mt 24.12), que o Senhor nos guarde de todo o mal.




INFORMAÇÕES INICIAIS
1º Trimestre de 2016
Título: O final de todas as coisas — Esperança e glória para os salvos

Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima - é presidente das Assembleias de Deus em Parnamirim, no Estado do Rio Grande do Norte, membro da Convenção Estadual de Ministros da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte (CEMADERN), e membro da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB),  há anos tem feito comentários para as Lições Bíblicas da Casa Publicadora das Assembleias de Deus.
http://searanews.com.br/wp-content/uploads/2013/07/pr-elinaldo-renovato-de-lima.jpg                                         https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiNQbiPUD0RhgvQqo0I6vyuHCiKOs5I_j2Yow-JWrTXWN3Y8tkhfcCOhDLJXwYl-d7qLyBl2jnMCSyXXdOx1__9vIHOkoEfIj4HxB80G-91TItLAaKrfkRDYWLPzVlkZ_q7KjFhxnObRU/s1600/O+final+de+Todas+as+Coisas.jpg

SUMÁRIO:
Lição 1 - Escatologia, o Estudo das Últimas Coisas
Lição 2 - Sinais que Antecedem a Volta de Cristo
Lição 3 - Esperando a Volta de Jesus
Lição 4 - Esteja Alerta e Vigilante, Jesus Voltará
Lição 5 - O Arrebatamento da Igreja
Lição 6 - O Tribunal de Cristo e os Galardões
Lição 7 - As Bodas do Cordeiro
Lição 8 - A Grande Tribulação
Lição 9 - A Vinda de Jesus em Glória
Lição 10 - Milênio - Um Tempo Glorioso para a Terra
Lição 11 - O Juízo Final
Lição 12 - Novos Céus e Nova Terra
Lição 13 - O Destino Final dos Mortos



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 24.4,5,11-13; 1 Tessalonicenses 1.10.
Mateus 24
4 — E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane,
5 — porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
11 — E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.
12 — E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.
13 — Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.

1 Tessalonicenses 1
10 — e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.
OBJETIVO GERAL
Explicar o real significado da Escatologia Bíblica.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor neste primeiro trimestre do ano estudaremos a respeito das últimas coisas, pois em breve Jesus virá!
Muitos já não creem na Segunda Vinda de Cristo, por isso, desprezam as profecias bíblicas.
Todavia, Jesus virá como um ladrão, na hora que ninguém espera.
Este glorioso dia não nos pegará de surpresa, pois somos do Senhor e aguardamos a sua vinda a qualquer momento.
Que o estudo de cada lição possa trazer esperança ao seu coração, pois breve Ele virá e estaremos para todo o sempre em sua presença.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta primeira lição, examinaremos a Escatologia bíblica.
Para os salvos em Jesus Cristo este é um tema que traz esperança, pois não há nada melhor do que ter a certeza de que o Salvador voltará e que viveremos junto com Ele por toda a eternidade.
No entanto, para os descrentes, a segunda vinda de Jesus não oferece motivos para regozijo. As previsões bíblicas para o futuro dos ímpios são aterradoras: “Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl 9.17). Porém, ainda é tempo para o arrependimento e a conversão.
Por isso, a Igreja do Senhor tem a responsabilidade de anunciar Jesus, cumprindo a Grande Comissão (Mt 28.19,20).





PONTO CENTRAL

O estudo da Escatologia Bíblica traz esperança para os salvos em Jesus Cristo.



I. O ESTUDO DA ESCATOLOGIA

1. Definição.
A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos, “último”, e logos, “estudo”, “mensagem”, “palavra”.
O termo grego cognato é , que significa “últimas coisas”.
Daí vem à expressão “estudo”, ou “doutrina” das “últimas coisas”.
Portanto, escatologia é o estudo sistemático das coisas que acontecerão nos últimos dias ou a “doutrina das últimas coisas”.
A escatologia estuda os seguintes temas: Estado Intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito Eterno.

2. A escatologia e a volta de Jesus.
O estudo da escatologia bíblica mostra que o crente tem de estar sempre alerta, vigilante, pois a volta de Jesus pode acontecer a qualquer momento: “Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não imaginais” (Lc 12.40).
Muitos desprezam e desdenham das verdades bíblicas, mas Deus vela pela sua Palavra e em breve Jesus voltará e julgará a todos aqueles que amam a prática do pecado.



SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A Escatologia Bíblica tem como objetivo estudar os assuntos relacionados às últimas coisas.




SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Embora lide com eventos futuros, a escatologia tem suas raízes tanto na vida, morte e ressurreição históricas de Cristo como em seu futuro retorno.
Como afirma Berkouwer: ‘Não é o desconhecimento do futuro, mas sim seu conhecimento que é fundamental na reflexão escatológica’.
A verdadeira questão é ‘se as expectativas bíblicas são certas ou incertas, duvidosas ou inevitáveis’.
Eis uma verdade com a qual quase todos os teólogos evangélicos concordam: Jesus voltará.
Os cristãos fundamentam sua esperança nesta promessa, que foi claramente firmada por Cristo (Mt 24.27-31).
Nas parábolas dos dois servos (Mt 24.45-51), das dez virgens (Mt 25.1-13) e dos talentos (Mt 25.14-30), Jesus assegurou que voltaria.
Ele virá sobre as nuvens (Mt 26.64; Ap 1.7), à vista de todos (Mt 24.30), chegará ao mesmo lugar do qual partiu (Zc 14.4; At 1.11) e em um momento que apenas o Pai conhece (Mc 13.32).
Embora os estudiosos normalmente concordem que Jesus voltará, existem diferentes opiniões sobre os detalhes das circunstâncias que levarão ou se seguirão ao retorno de Cristo.
Estas diferentes opiniões estão relacionadas à sequência dos eventos do fim, à Grande Tribulação, ao Milênio e ao futuro de Israel” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.168).




II. A PREOCUPAÇÃO COM OS FINS DOS TEMPOS

1. Os discípulos de Jesus.
Certa vez, os discípulos de Jesus fizeram a seguinte indagação ao Mestre: “[...] Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3).
Tanto os discípulos quanto os cristãos do primeiro século desejavam saber a respeito do fim dos tempos, pois este é um assunto que chama a atenção de crentes e não crentes.
Já no primeiro século algumas pessoas não acreditavam mais na segunda vinda de Jesus, pois Pedro fala sobre os “escarnecedores” que dizem: “Onde está a promessa da sua vinda?”.
Infelizmente, hoje muitos também continuam achando que a Palavra de Deus não se cumprirá e que o fim não virá (2Pe 3.3,4).

2. As previsões falsas sobre o futuro.
 O homem sempre se preocupou com o fim dos tempos, por isso, o grande número de falsos profetas e falsas previsões quanto ao futuro da humanidade.
São inúmeras seitas e falsos profetas que já marcaram a data da segunda vinda de Jesus e o fim de todas as coisas, pois todos erram.

3. Falsos profetas.

Willian Miller, um homem “especialmente escolhido por Deus para iniciar a proclamação da vinda de Cristo” — segundo Ellen G. White — previu, em 1831, que Jesus voltaria em 10 de dezembro de 1843. Com base em cálculos, Miller estabeleceu, ainda, outras datas: outubro de 1844, 1847, 1850, 1852, 1854, 1855, 1863, 1877… Nenhuma previsão se confirmou.

Charles Russel afirmou que a volta de Jesus se daria em 1914. Mais tarde, adiou-a para 1918. Depois da sua morte, em 1916, seu sucessor, Joseph Rutherford, começou a proclamar que, segundo novos cálculos, a vinda de Cristo havia sido transferida para 1925… Nenhuma das predições se cumpriu, mas as testemunhas de Jeová, temendo passar por mentirosas, resolveram voltar à primeira predição: Cristo teria voltado “em espírito”, em 1914, como Russel havia predito a princípio… Que confusão!

Willian Branham, líder do Tabernáculo da Fé — o “Mensageiro do Apocalipse” —, garantiu que a volta do Senhor se daria em 1977. Pregava que seu ministério perduraria até este ano. Mas, para a frustração de seus fiéis seguidores, ele morreu em 1965, doze anos antes de se cumprir a sua predição!

Edgar Whisenant, em 1988, lançou o livro Tempo Emprestado: 88 Razões Por Que o Arrebatamento se Dará em 1988. Ele se baseou em cálculos matemáticos “precisos”… Várias pessoas creram na sua predição… Mas o óbvio aconteceu… Whisenant sequer pediu desculpas. Simplesmente afirmou que se esquecera de um detalhe: fizera seus cálculos até o ano de 1988, enquanto Roma deixara de lado o ano zero. Houve, portanto, no primeiro século, apenas noventa e nove anos. E Jesus voltaria em 1989!

Bang-Ik Ha, um jovem profeta da Missão Mundial Taberah, tinha razões “mais convincentes” para afirmar que Jesus viria em outubro de 1992. Não chegara a essa conclusão apenas por meio de cálculos matemáticos. Ele mesmo fora ao céu várias vezes e recebera “diretamente de Deus” mensagens específicas sobre o futuro do planeta Terra! Vários panfletos alusivos ao acontecimento foram distribuídos pela missão, e a notícia espalhou-se pelo mundo. Até um livro, intitulado O Último Plano de Deus, foi publicado, com o intuito de provar “biblicamente” que a vinda de Jesus se daria na data mencionada… Que desperdício!


Certo pastor marcou o arrebatamento da Igreja para o ano de 1993 e o início da Grande Tribulação, considerando que o ano 2000 seria o fim do sexto milênio.

Outro “profeta”, baseado em cálculos matemáticos, somando ou subtraindo referências bíblicas e utilizando a contagem bíblica dos tempos, assegurou que o Anticristo seria revelado em 13 de novembro de 1986 às 17 horas em Jerusalém!
Marcou o “fim do mundo” para março de 1987. Mais um falso profeta foi desmoralizado.


Valnice MIlhomes, profetizou que Jesus voltaria em um sábado de 2007, possivelmente 7/7/2007. E agora há alguém afirmando que Ele virá em 21 de maio deste ano…


No site do Sr. Sidney Spíndola: http://rb24horas.blogspot.com.br/2012/04/jesus-voltara-em-2022.html está registrada a seguinte “profecias”:

“Em 04 de Janeiro de 2012 esta foi a primeira revelação não-corriqueira ou não-menos importante que o Senhor me deu. Acreditem ou não, é meu dever registrar aqui o que ouvi de Deus, e o que ouvi foi: JESUS VOLTARÁ EM 11 ANOS.... . Eu sei que você chegou a conta de 11 anos + 2012 = 2023; porém se você contar os 11 anos a partir de 2012 = 2022. Eu pessoalmente fico com o ano de 2022 porque a revelação se deu em 04 de Janeiro de 2012, logo o ano de 2012 precisa ser contado entre os 11 anos por estar ainda em seu início. A compreensão deve ser 1 ano + 10 anos = 11 anos, ou ano de 2012 + 10 anos = 11 anos ou ano de 2022.
... A propósito, se lhe parece coincidência, quero dizer que quando recebi a revelação do Ano do ARREBATAMENTO da IGREJA (2022), em 4 de Janeiro de 2012 minha idade era 39 anos. A redução de 39 é 3+9=12 (2012 Ano da Revelação do Arrebatamento em 2022).”

Bispo Sidney Espíndola
BRASIL - Brasília - DF
CONTATO: (61) 84674403
E-mail: prcarismatico@gmail.com


- Pastor Mark Biltz lista “sinais da vinda de Cristo” e diz que a Grande Tribulação começará no próximo ano: http://noticias.gospelmais.com.br/pastor-grande-tribulacao-comecara-proximo-ano-71395.html

Na verdade, o próprio Senhor Jesus asseverou que “daquele dia e hora ninguém sabe” (Mt 24.36).
“Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At 1.7), afirmou ainda.
É evidente que Ele, que é o Todo-Poderoso (Mt 28.18; Ap 1.8), sabe o dia e a hora de sua volta!
Quem não o sabe somos nós. Paulo afirmou: “acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva” (1 Ts 5.1).


SÍNTESE DO TÓPICO (II)

Os discípulos de Jesus sempre se preocuparam com os fins dos tempos.




SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Marcos 13.32 assinala que apenas o Pai conhece o momento do retorno de Cristo.
Mateus 24.42 alerta: ‘Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”.
Paulo escreve: ‘porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite’ (1Ts 5.2).
Estas passagens indicam que Jesus pode retornar a qualquer momento advertindo-nos para estarmos prontos.
Já outras passagens trazem sinais que precederão a volta de Cristo.
O próprio Jesus mencionou sinais que marcariam o fim dos tempos como lemos em Mateus 24.1-14” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.169).



III. INTERPRETAÇÕES ESCATOLÓGICAS

Existem diferentes interpretações escatológicas a respeito do fim.
 Não podemos estudar todas em uma única lição, porém estudaremos algumas:

1. Futurista.
Essa interpretação considera que a maior parte das profecias ainda vai se cumprir, começando com o arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes.
Sem dúvida, é a mais adequada à realidade das profecias sobre os últimos tempos.
Essa corrente, porém, subdivide-se em:

a) Pré-tribulacionista. Esta corrente afirma que o Senhor Jesus arrebatará sua Igreja antes da Tribulação de sete anos (Jo 14.1-3; 1Ts 4-5).
Segundo Tim Lahaye, aqueles que “interpretam a Bíblia literalmente encontram razões fortes para crer que o arrebatamento será pré-tribulacional”.
O ensino a respeito do arrebatamento é uma doutrina fundamental, porém, o povo de Deus não precisa estar dividido quanto a tal assunto. O importante é que Jesus voltará para buscar a sua Igreja.
É importante ressaltar que a corrente pré-tribulacionista está mais de acordo com o livro de Apocalipse (Ap 4.1-2).
Para os pré-tribulacionistas os crentes serão guardados da Tribulação.
Segundo esta corrente o propósito da Tribulação não é preparar a Igreja para estar com Cristo, mas, preparar Israel para a restauração do plano de Deus.

b) Pré-milenista. Essa corrente conclui que a Vinda de Cristo ocorrerá antes do milênio, quando Cristo virá reinar sobre a Terra.
Grande parte dos cristãos do primeiro século, eram pré-milenistas.
Segundo o pastor Claudionor de Andrade “tal posicionamento foi duramente combatido por Orígenes que, influenciado pela filosofia grega, passou a ensinar que o Milênio nada mais era que uma referência alegórica à ação do Evangelho na vida das nações”.

c) Midi-tribulacionistas. Os midi-tribulacionistas entendem que a Igreja será arrebatada no meio da Tribulação.

d) Pós-tribulacionistas. Os pós-tribulacionistas pregam que a Igreja vai passar pela Grande Tribulação.
No entanto, esse ensino não tem base sólida na Palavra de Deus.
Jesus disse à igreja de Filadélfia, que representa a igreja fiel, que iria guardá-la “da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10).
A Igreja não estará mais na Terra quando começar a Grande Tribulação.
Paulo ensina que devemos “[...] esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10).

2. Histórica.
Considera que o Apocalipse é um livro histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior parte.
Mas tal entendimento não corresponde à realidade bíblica.

3. Preterista.
Os preteristas entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C.
Entretanto, as profecias bíblicas sobre os fins dos tempos indicam que diversos eventos escatológicos ainda não se cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.17), a Grande Tribulação ou “a hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap 3.10), a Vinda de Cristo em glória (Mt 16.27) e o milênio (Ap 20.2-5).

4. Simbolista.
É também chamada de interpretação idealista ou espiritualista.
Tudo é “espiritualizado”, simbólico; nada é histórico, mas apenas uma alegoria da luta entre o bem e o mal.
Nessa linha de pensamento, há o ensino amilenista, segundo o qual não haverá um período literal de mil anos para o reinado de Cristo.
Ensinam que a Igreja está vivendo um milênio simbólico, mas as referências que indicam que o milênio será literal são muitas (Ap 20.2-5; Hc 2.14).
Há os pós-milenistas que pregam que Jesus só voltará depois do milênio.
Os textos bíblicos, porém, indicam uma ordem diferente dos acontecimentos escatológicos.
A ressurreição dos mortos salvos ocorrerá na vinda de Cristo (1Ts 4.13-17). A volta de Jesus é tão literal quanto o foi a sua Ascensão (cf. At 1.9,11).



SÍNTESE DO TÓPICO (III)

Existem várias interpretações escatológicas a respeito do fim.




SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Os termos pré-milenismo, amilenialismo e pós-milenialismo existem porque Apocalipse 20 fala sobre um reinado milenial de Cristo, que terá lugar logo após o seu retorno (retratado em Apocalipse 19).
Uma teologia sólida deve ser desenvolvida a partir da própria Bíblia e as Escrituras ensinam apenas um ponto de vista.
O amilenialismo e o pós-milenialismo não são encontrados em nenhuma parte, mas o pré-milenialismo é percebido ao longo de toda a Bíblia.
A força do pré-milenialismo está no texto das Escrituras.
O pré-milenialismo é a opinião escatológica de que Jesus Cristo voltará literalmente para estabelecer o seu reino na terra por mil anos. Isso ocorrerá após o período da Tribulação e antes do estabelecimento de um novo céu e uma nova terra (Ap 20).
Ryrie observa: ‘Todas as formas de pré-milenialismo entendem que o Milênio segue à segunda vinda de Cristo.
A sua duração será de mil anos; a sua localização será na terra; o seu governo será teocrático com a presença pessoal de Cristo reinando como Rei’.
Dentro do pré-milenialismo, em geral, existe uma variedade de pontos de vista acerca do arrebatamento da Igreja, os quais incluem o pré-milenialismo pré-tribulacional, e pós-tribulacional.
Em outras palavras, os pré-milenialistas estão divididos quanto as suas opiniões de quando o arrebatamento ocorrerá em relação à Tribulação e ao Milênio” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.348).



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Defendemos a interpretação futurista, que se revela como a que melhor ajusta-se à boa hermenêutica sagrada, segundo a qual a Bíblia interpreta-se a si mesma.
Nos livros escatológicos, podemos identificar algumas profecias que já se cumpriram e também entendemos que há linguagem simbólica nos livros escatológicos.
Mas, em relação aos fins dos tempos, face à volta de Jesus, cremos que esta se dará antes da Grande Tribulação.




SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Escatologia, o estudo das Últimas Coisas

Esperança: o fundamento da Escatologia Bíblica.
“O único motivo por que a promessa da nossa ressurreição, do nosso corpo glorificado, do nosso reinar com Cristo, e do nosso futuro eterno é chamada ‘esperança’ é porque ainda não os alcançamos (Rm 8.24,25)” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD, p.610). De fato, não alcançamos a plena redenção do nosso corpo; a nova realidade de uma transformação radical nos termos que o apóstolo Paulo escreveu em 1 Tessalonicenses: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (4.16,17). Ao anunciar esta promessa, o apóstolo conclui: “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (v.18).
A sentença acima, pronunciada pelo apóstolo dos gentios, demonstra que a “esperança” é o grande tema da verdadeira Escatologia Bíblica. E que, por isso, devemos reforçar tal esperança consolando uns aos outros com a memória dessa promessa. A razão de aguardarmos algo que ainda não ocorreu é porque “anelamos e esperamos a realidade última da manifestação do Reino de Deus no mundo”. Por isso, essa esperança se inicia e permanece em nós por intermédio de Jesus Cristo (Ef 2.12). Éramos um povo sem esperança, já condenado como filhos da ira, com uma natureza essencialmente alienada de Deus e do seu plano de salvação. Mas, “estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2.5). Aqui, está a razão da nossa esperança! Se o Pai, por intermédio de Jesus, o seu Filho, nos vivificou em Cristo, significa que Ele completará essa boa obra iniciada em nós. Por isso, a “esperança” é o fundamento primeiro da Escatologia Bíblica.
Enfatize a esperança cristã
Ao iniciar a primeira lição deste trimestre, antes de abordar o conceito da Escatologia, a preocupação com os fins dos tempos e as linhas de interpretações do livro de Apocalipse, dê ênfase ao tema da "esperança". A doutrina das últimas coisas não pode ser ensinada com o objetivo de trazer medo às pessoas. À luz da Palavra de Deus, sempre que os autores bíblicos trataram do assunto, eles tinham como alvo de consolar, confortar e animar o povo de Deus.


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