terça-feira, 6 de novembro de 2012

Mario Persona - #391 A fe' que salva





Leitura: Lucas 8:40-48
Vídeo: http://youtu.be/mj4wzh2eGiQ

Após Jesus ter expulsado a legião de demônios do homem gadareno, duas personagens cruzam seu caminho. Uma é a filha única de Jairo, um dos principais judeus da sinagoga, o qual se prostra aos pés de Jesus suplicando que vá à sua casa curar a menina. Ela tem quase doze anos e está à morte. A outra é uma mulher desconhecida que há doze anos sofre de hemorragia. Segundo a Lei de Moisés uma mulher assim é impura e intocável.

A menina é uma legítima representante de Israel, e acabará morrendo. A mulher, anônima e impura, representa os gentios ou não judeus, que sempre estiveram à margem do povo escolhido por Deus, mas que aproveitam para tocar em Jesus enquanto ele vai cumprir sua missão de trazer Israel de volta à vida. A carta aos Romanos ensina que Israel foi deixado de lado por um tempo para que os gentios fossem introduzidos na esfera de privilégio e bênção. A igreja, formada por judeus e gentios, tem sido o foco de Deus nos últimos dois mil anos.

Assim como ocorre hoje com quem se aproxima de Jesus de qualquer maneira, ignorante da Lei de Moisés e dos rituais do judaísmo, a mulher se mistura com a multidão em busca de cura para o seu mal. E é assim, escondida e anônima, que ela se aproxima de Jesus. "Ela chegou por trás dele, tocou na borda de seu manto, e imediatamente cessou sua hemorragia" (Lc 8:44). Ela não pediu para ser curada e nem se prostrou aos seus pés, como fez Jairo implorando pela cura da filha. Também não esperou que Jesus lhe impusesse as mãos ou orasse por ela. Sua fé lhe dizia que bastaria tocar na borda de seu manto, e foi o que fez. E foi curada.

Mas aquele de quem fluem todas as bênçãos imediatamente percebe que alguém tocou nele, ao que os discípulos retrucam que dezenas de pessoas se comprimem ao seu redor. Mas nenhuma delas obteve a cura, apenas a que se aproximou com fé. Aquele que é verdadeiramente salvo por Jesus não passa despercebido. A mulher se vê constrangida a confessar na presença de todos que havia tocado em Jesus e fora curada. Jesus diz a ela: "Filha, a sua fé a curou. Vá em paz" (Lc 8:48).

E você, já tocou em Jesus com fé, ou é apenas mais um da multidão de curiosos que se aglomera em redor dele? E se tocou e recebeu o perdão de seus pecados e a salvação eterna, por que insiste em passar despercebido? A carta de Paulo aos Romanos diz: "Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação. Como diz a Escritura: 'Todo o que nele crer jamais será envergonhado'" (Rm 10:9-11).

Nos próximos 3 minutos uma casa se enche de choro antes de se encher de alegria.

(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)

Mario Persona - #392 A menina morta vive



Leitura: Lucas 8:49-56
Vídeo: http://youtu.be/cLBB7WsJGE0

Quando um médico é chamado para socorrer alguém que pode morrer, ele não para no caminho para atender outra pessoa com uma doença não mortal. Mas Jesus não é médico. Ele é o Filho de Deus que veio ao mundo para resolver, na cruz, a questão do pecado. Se ele tivesse vindo para curar doenças a população do planeta teria sido toda curada. As curas que encontramos nos evangelhos servem apenas para provar que ele é o Messias aguardado por Israel.

Pense na filha de Jairo como a nação de Israel, morta aos olhos de Deus como testemunho neste mundo. E pense na mulher hemorrágica como uma figura dos gentios, alcançados pela graça salvadora de Deus por meio da fé em Jesus, enquanto Israel jaz imobilizado por seu orgulho e pretensão de ser capaz de cumprir a Lei de Moisés. Ao se deter para conversar com a mulher Jesus não interrompe sua missão. Ele apenas adia a ressurreição da menina para curar a pobre mulher que, de outra forma, não teria sido alcançada.

Este é o período atual, em que Jesus está ocupado acrescentando gentios e judeus convertidos à Igreja, o seu povo celestial. A qualquer momento ele voltará para tirar a Igreja deste mundo e então tratar com aqueles que pertencem ao seu povo terreno, Israel. Estes irão usufruir das bênçãos há muito prometidas para eles na terra, quando Cristo estabelecer seu reino de mil anos. Mas neste exato momento Israel não tem qualquer indício de vida para servir como um testemunho para Deus. Toda a nação está igual à menina: morta!

Alguém traz a notícia a Jairo: "Sua filha morreu. Não incomode mais o Mestre". Ouvindo isso, Jesus diz a Jairo: "Não tenha medo; tão somente creia, e ela será curada" (Lc 8:49-50). E é assim, diante da incredulidade de todos, que Jesus chega à casa de Jairo, permitindo que entrem consigo apenas Pedro, João e Tiago, além do pai e da mãe da menina. Por quê? Porque a crença geral ali é de que nada mais pode ser feito. "Não chorem", diz Jesus. "Ela não está morta, mas dorme". Todos riem dele, pois sabem que a menina está morta.

Assim é hoje com a maioria dos cristãos: acreditam que Israel perdeu sua chance e que não haverá uma restauração desse povo. Acham que a Igreja é a sucessora de Israel neste mundo e a atual detentora das promessas terrenas feitas àquele povo no Antigo Testamento. Não é de surpreender que muitos cristãos corram atrás da prosperidade prometida a Israel, ou tentem conquistar territórios para garantir a cristianização do mundo e a instalação do reino. Este é um equívoco tanto do catolicismo quanto do protestantismo fundamentalista.

Jesus toma a menina pela mão e diz: "Menina, levante-se!". Eu nem preciso dizer o que aconteceu, não é mesmo? Nos próximos 3 minutos os discípulos recebem um poder que só Deus pode dar.

(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)

Mario Persona - #394 Consciencia atribulada

Leitura: Lucas 9:7-9
Vídeo: http://youtu.be/4sYq0fQPp84

Herodes Antipas é filho de Herodes, o Grande, o rei que mandou matar os meninos de até dois anos quando Jesus nasceu. Satanás tentava eliminar aquele que viria a pisar a cabeça da serpente e reinar sobre Israel. O que Satanás não conseguiu por meio do pai, iria conseguir por seu filho. Herodes Antipas, com Pilatos e os sacerdotes judeus, participaria da condenação e execução de Jesus. Mas aí o tiro de Satanás sairia pela culatra. Conforme Deus prometera no jardim do Éden, o descendente da mulher pisaria a cabeça da antiga serpente, que é o diabo, Satanás. Hoje sabemos que isso ocorreu na cruz.

Mas aqui é de duas outras cabeças que Lucas nos fala: da cabeça de João Batista e da cabeça de Herodes Antipas. Este havia mandado decapitar a João, porém o profeta não saiu da cabeça de Herodes. Ele se preocupa ao ouvir falar dos grandes feitos de Jesus. Alguns afirmam que é Elias que voltou, outros que um profeta ressuscitou. No evangelho de Mateus Herodes dá sua opinião: "Este é João, que mandei degolar; ressuscitou dentre os mortos" (Mt 6:16).

A má consciência transforma o valente em covarde. A possibilidade de Jesus ser João ressuscitado de entre os mortos faz Herodes tremer. A ressurreição da vítima é a última coisa que um homicida deseja, pois demonstra que Deus, o único que pode dar vida, decidiu ficar do lado do assassinado. E quando Deus fica do lado do inocente, que lado resta para o culpado?

O livro de Apocalipse diz que Jesus "vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram" (Ap 1:7). Quando isso acontecer, de que lado você estará? Da vítima ou dos algozes? O mesmo Apocalipse diz que "os reis da terra, os príncipes, os generais, os ricos, os poderosos -- todos os homens, quer escravos, quer livres, esconderam-se em cavernas e entre as rochas das montanhas. Eles gritavam às montanhas e às rochas: 'Caiam sobre nós e escondam-nos da face daquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro! Pois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar?'" (Ap 6:15-17).

Enquanto a consciência de Herodes o incomoda acerca de João Batista, um morto que ainda não ressuscitou, Jesus morreu, ressuscitou e está agora glorificado à destra do Pai. Ele voltará, não mais como um humilde carpinteiro, mas como um severo Juiz para julgar e condenar a todos os que o rejeitaram. Deus "agora ordena que todos, em todo lugar, se arrependam. Pois estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou. E deu provas disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos" (At 17:31). Volto a perguntar: De que lado você estará nesse dia?

Nos próximos 3 minutos Jesus faz um milagre que é o único registrado nos quatro evangelhos.

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MARIO PERSONA - #393 Jesus chama e envia

Leitura: Lucas 9:1-6
Vídeo: http://youtu.be/_UeydArSuo0

Um dos erros da cristandade é acreditar que tudo o que está na Bíblia vale para qualquer época e lugar. Não é bem assim. Existem passagens que são específicas para o momento em que ocorreram, e é o que vemos neste capítulo 9 do evangelho de Lucas. Aqui Jesus dá aos discípulos a ordem expressa de saírem para pregar o reino de Deus sem levar quaisquer recursos. Ele diz: "Não levem nada pelo caminho: nem bordão, nem saco de viagem, nem pão, nem dinheiro, nem túnica extra. Na casa em que vocês entrarem, fiquem ali até partirem. Se não os receberem, sacudam a poeira dos seus pés quando saírem daquela cidade, como testemunho contra eles" (Lc 9:3-5).

Muitos cristãos pensam ser este o modo correto de se viver e testemunhar de Cristo. Porém mais tarde o mesmo Jesus diria aos discípulos: "'Quando eu os enviei sem bolsa, saco de viagem ou sandálias, faltou-lhes alguma coisa?' 'Nada', responderam eles. Ele lhes disse: 'Mas agora, se vocês têm bolsa, levem-na, e também o saco de viagem; e se não têm espada, vendam a sua capa e comprem uma'" (Lc 22:35-36).

O mesmo equívoco cometem aqueles que tentam aplicar para a Igreja as promessas feitas a Israel no Antigo Testamento. Por isso o apóstolo Paulo exorta: "Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade" (2 Tm 2:15). O verbo "manejar" aqui tem o sentido de "dissecar" ou dividir criteriosamente a Palavra de Deus. Esta é a chave para o entendimento de toda a Bíblia.

O poder e autoridade que Jesus dá aos discípulos aqui são específicos para esta missão. Poder para eles executarem a obra de Deus e autoridade para usarem desse poder em nome de Jesus. A mesma autoridade sobre os demônios, que Jesus demonstrou ter no capítulo 8, ele agora dá aos discípulos. É uma autoridade divina e isso ficou claro quando vimos que os demônios precisaram aguardar a autorização do Senhor para entrar nos porcos.

Quatro coisas importantes aqui: A primeira é que Jesus convoca ou reúne os doze discípulos; a segunda, ele dá a eles poder e autoridade; terceira, os envia a pregar e a curar; e quarta, dá a eles instruções claras de como devem proceder. Apesar das particularidades desta comissão, a ordem ainda vale para hoje: Primeiro o Senhor chama, depois capacita, depois envia e, finalmente, instrui como proceder. É claro que hoje não pregamos o reino de Deus como estes discípulos pregavam -- afinal, naquele momento o Rei estava na terra --, mas pregamos a "Jesus Cristo, e este, crucificado", como ensina Paulo em 1 Coríntios 2:2.

Nos próximos três minutos um homem tem sua consciência atribulada.

(Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A salvação na perspectiva do tempo

A salvação na perspectiva do tempo

A salvação é obra de Deus e não do homem. É salvação do pecado e não no pecado. É salvação pela graça divina e não pelo mérito humano. É recebida pela fé e não pelas obras. A salvação foi planejada na eternidade, é executada na história e será consumada no segunda vinda de Cristo. A salvação pode ser analisada na perspectiva do tempo. Quanto ao passado já fomos salvos, quanto ao presente estamos sendo salvos e quanto ao futuro seremos salvos. Quanto ao passado, já fomos salvos da condenação do pecado; quanto ao presente, estamos sendo salvos do poder do pecado; e quanto ao futuro, seremos salvos da presença do pecado. Vejamos esses três tempos da salvação:
Em primeiro lugar, quanto à justificação já fomos salvos. A justificação é um ato e não um processo. É feita fora de nós e não em nós. Acontece no tribunal de Deus e não em nosso coração. Pela justificação, Deus nos declara justos em vez de nos tornar justos. A justificação é completa e não possui graus. Todos os salvos estão justificados de igual forma. A justificação é um ato legal e forense. Com base na justiça de Jesus, o Justo, Deus justifica o injusto sem deixar de ser justo. Seria injusto Deus justificar o injusto. Porém, Deus, é justo e o justificador do que crê. Isso, porque Deus satisfez sua justiça quando entregou seu Filho, o Advogado Justo, para sofrer as penalidades que nós deveríamos sofrer. Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Agradou a Deus moê-lo. Jesus foi traspassado pelos nossos pecados. Ele foi feito pecado por nós. Ele bebeu, sozinho, todo o cálice cheio da ira de Deus contra nós, pois éramos filhos da ira. Pela morte de Cristo a lei foi cumprida e a justiça foi satisfeita, de tal maneira que, agora, Deus pode ser justo e justificador. Deus considerou satisfatório o sacrifício substitutivo do seu Filho e nos declarou quites com sua justiça. Já não pesa mais nenhuma condenação sobre aqueles que estão em Cristo Jesus, pois o próprio Jesus é a nossa justiça.
Em segundo lugar, quanto à santificação estamos sendo salvos. A salvação já está consumada pelo sacrifício perfeito e irrepetível de Cristo. Diante do tribunal de Deus já estamos salvos. Nossos pecados passados, presentes e futuros já foram tratados na cruz de Cristo. Porém, quanto ao processo da santificação, estamos sendo transformados de glória em glória na imagem de Cristo. Agora, Deus está trabalhando em nós, formando em nós o caráter de seu Filho. Se a justificação é um ato, a santificação é um processo que começa na regeneração e só terminará na glorificação. Se a justificação não tem graus, a santificação tem. Nem todos os salvos estão na mesma escala de crescimento rumo à maturidade. Precisamos, dia a dia, negarmo-nos a nós mesmos. Precisamos de alimento sólido e de exercício contínuo, a fim de fortalecermos as musculaturas da nossa alma. Se Cristo é o nosso substituto na justificação, ele é o nosso modelo na santificação.
Em terceiro lugar, quanto à glorificação seremos salvos. A salvação é um fato pretérito, uma realidade presente e uma garantia futura. Todos aqueles que foram conhecidos por Deus de antemão, foram também predestinados, chamados, justificados e glorificados. Muito embora a glorificação seja um fato consumado nos decretos de Deus, há de historificar-se apenas na segunda vinda de Cristo. Nós, que já fomos salvos da condenação do pecado e estamos sendo salvos do poder do pecado, seremos, então, salvos da presença do pecado. Receberemos um corpo imortal, incorruptível, poderoso, glorioso e celestial, semelhante ao corpo da glória de Cristo. Quando Cristo voltar, em sua majestade e glória, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro e os que estiverem vivos, serão transformados e arrebatados para encontrarem o Senhor Jesus nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Essa expectativa bendita não é apenas uma vaga esperança, mas uma certeza inabalável. Nós que fomos escolhidos na eternidade e chamados eficazmente no tempo, seremos recebidos na glória!
Rev. Hernandes Dias Lop