terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Hebreus 3 Estudo - Jesus é superior a Moisés


Hebreus 3 Estudo: Jesus é Superior a Moisés

Em Hebreus 3, o autor começa explicando porque Jesus Cristo é superior a Moisés. Isso ocorre porque o profeta dirigiu a casa terrena de Deus, Jesus, por sua vez dirige a casa eterna de Deus que somos nós.
Ao dizer isso, ele alerta mais uma vez para a necessidade de ouvirmos a voz de Deus e sermos obedientes a ela. Ele cita o exemplo dos hebreus no deserto, que ouviram a voz do Senhor mas preferiram seguir o pecado.
resistência a voz de Deus é fruto de um coração endurecido pelo ceticismo e incredulidade, algo que produz a ira de Deus e a morte.

Esboço de Hebreus 3:
Hebreus 3.1 – 6: Jesus Cristo é superior a Moisés
Hebreus 3.7 – 11: Devemos ouvir a voz de Deus
Hebreus 3.12 – 14: O perigo de um coração endurecido
Hebreus 3.15 – 19: As consequências da incredulidade

Digno de Maior Glória
“Jesus foi considerado digno de maior glória do que Moisés, da mesma forma que o construtor de uma casa tem mais honra do que a própria casa. Pois toda casa é construída por alguém, mas Deus é o edificador de tudo”. (Hebreus 3.3,4)

Nesses versículos, temos a aplicação da doutrina esboçada no final do último capítulo com respeito ao sacerdócio de nosso Senhor Jesus Cristo.
A maneira ardente e afável com que o apóstolo exorta os cristãos a terem em alta conta esse sumo sacerdote, e fazerem dele o objeto de seu profundo e sério exame.
E certamente ninguém na terra nem no céu merece mais a nossa consideração do que Ele. Para que essa exortação se torne mais eficiente, observe a saudação honrosa usada para com aqueles a quem ele escreve: “Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial”.
Irmãos, não somente meus irmãos, mas os irmãos de Cristo, e nele irmãos de todos os santos. Todos no povo de Deus são irmãos, e deveriam se amar e viver como irmãos.
Irmãos santos; santos não só de confissão e título, mas em princípio e prática, de coração e vida. Alguns transformaram isso em motivo de zombaria: “Esses”, assim dizem eles, “são os santos irmãos”; mas é perigoso fazer gracejos com ferramentas tão afiadas; “…não mais escarneçais, para que vossas ligaduras se não façam mais fortes” (Isaías 28.22).
Deixem que os que são assim desprezados e zombados se esforcem em ser de fato irmãos santos, e se mostrem aprovados diante de Deus; e eles não precisam se envergonhar do título nem ter medo dos escárnios dos profanos.
Está chegando o dia em que os que fazem disso motivo de vergonha o considerariam sua grande honra e felicidade se pudessem ser recebidos nessa santa irmandade.

Participantes da Vocação Celestial
Participantes dos meios da graça, e do Espírito da graça, que veio do céu, e por meio do qual os cristãos são de forma eficaz chamados das trevas para a maravilhosa luz.
Esse chamado que traz o céu à alma dos homens, elevando-os a uma disposição e a conversas celestiais, e os prepara para viverem para sempre com Deus no céu.
Os títulos que ele dá a Cristo, a quem ele quer que eles considerem como o apóstolo da nossa confissão, o primeiro-ministro da igreja do evangelho, um mensageiro e o principal mensageiro enviado por Deus aos homens, com a mais importante missão.
O grande revelador daquela fé em que professamos crer e da esperança que professamos ter. Não somente como o apóstolo, mas também como o sumo sacerdote da nossa profissão de fé, o principal ministrante do Antigo Testamento. Como também do Novo, o cabeça da igreja em qualquer estado, e em cada dispensação, de cuja satisfação e intercessão confessamos depender para o perdão dos pecados e a aceitação por parte de Deus.

Como o Cristo, o Messias, o ungido e em todas as formas qualificado para a missão tanto de apóstolo quanto de sumo sacerdote.
Como Jesus, nosso Salvador, o que nos cura, o grande médico da nossa alma, tipificado na serpente de bronze que Moisés levantou no deserto, para que os que haviam sido picados pelas serpentes de fogo pudessem olhar para Ele e ser salvos. (Henry, Matthew, Comentário de Atos a Apocalipse)

Hebreus 3

Começa aqui...

Hebreus 3.1—4.16 — É esta a segunda exortação na epístola (Hb 2.1-41 1. Portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas. 2. Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, 3. Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; 4. Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?) Por isso é preciso que prestemos maior atenção ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos.
2 Porque se a mensagem transmitida por anjos provou a sua firmeza, e toda transgressão e desobediência recebeu a devida punição, 3 como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Esta salvação, primeiramente anunciada pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos que a ouviram.
4 Deus também deu testemunho dela por meio de sinais, maravilhas, diversos milagres e dons do Espírito Santo distribuídos de acordo com a sua vontade.). Irmãos santos a interliga ao conceito de santificação em Hebreus 2.11: 11 Ora, tanto o que santifica quanto os que são santificados provêm de um só. Por isso Jesus não se envergonha de chamá-los irmãos.

Hebreus 3.1-6 -> Temos que ser separados para uso exclusivo de Deus e participarmos da vocação celestial. Note como não se trata de um chamado deste mundo (para fazermos coisas), mas a capacitação para uma tarefa espiritual (tratamento de caráter a fim de que as pessoas possam ser usadas por Deus para confirmar a Palavra de Deus na vida de outras pessoas (Ap 3.19)). Jesus é o enviado de Deus (apóstolo) para expiar os pecados do povo naquilo que é de Deus (e não no que é do homem – Hb 2.17). Ou seja, não adianta queremos o bem (o fruto do Espírito Santo) no nosso coração enquanto insistirmos em fazer a nossa vontade. Todas as coisas contribuem para o bem, quando somos chamados para amá-lO de acordo com o propósito Dele (Rm 8.28). Temos que esperar o chamado de Deus para depois irmos.
          Jesus foi superior a Moisés porque Ele foi fiel em Sua própria casa, que Ele mesmo edificou, para testemunho de tudo aquilo que Deus é (Hb 1.3).
          Detalhe: nós somos a casa a qual Deus fez a fim de poder oferecer Seus dons e sacrifícios (1Pe 2.5). E os dons que Jesus quer ofertar a Deus no altar do nosso coração (Nm 3.5,6) são as pessoas.

Hebreus 3.1,2 — Participantes é a mesma palavra grega traduzida por companheiros em Hebreus 1.9. A vocação celestial desses companheiros é a de herdar a salvação (Hb 1.14) e a glória futura em Cristo (Hb 2.10). O autor de Hebreus convida os cristãos judeus a considerar a fidelidade de Jesus Cristo. Apóstolo significa aquele que é enviado. Essa é a única passagem no Novo Testamento que designa Jesus como o Apóstolo. O título indica que Jesus foi enviado por Deus para revelar o Pai (Jo 4.34; 6.38; 7.28,29; 8.16).

A frase em toda a sua casa é retirada de Números 12.7, onde casa se refere à Casa de Deus, ao tabernáculo, centro da adoração israelita. Moisés havia obedecido fielmente às instruções de Deus em relação ao tabernáculo. Da mesma forma, Jesus obedeceu em tudo à missão que o Pai lhe dera. Como resultado de Sua obediência, Deus pôde estabelecer Sua nova casa, a igreja.



l - UMA TAREFA SUPERIOR

1. Uma vocação superior.
O autor introduz a seção vv.1-6 1 

2. Uma missão superior.
O autor pela primeira vez usa a palavra apóstolo em relação a Jesus (Hb 3.1)

3. Uma mediação superior.
O autor destaca que tanto Moisés como Jesus foram fiéis na "casa de Deus" (Hb 3.2)

II - UMA AUTORIDADE SUPERIOR

1. Construtor, não apenas administrador.

2. O perigo de ver, mas não crer.
"[...] E viram, por quarenta anos, as minhas obras" (Hb 3.9

3. O perigo de começar, mas não terminar.
"Estes sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos" (Hb 3.10b)

Ill - UM DISCURSO SUPERIOR

1. O perigo de ouvir, mas não atender.
Seguindo a redação da Septuaginta (tradução grega da Bíblia Hebraica), o autor cita o Salmo 95.7-11 (6. Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, o nosso Criador; 7. pois ele é o nosso Deus, e nós somos o povo do seu pastoreio, o rebanho que ele conduz. Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, 8. não endureçam o coração, como em Meribá, como aquele dia em Massá, no deserto, 9. onde os seus antepassados me tentaram, pondo-me à prova, apesar de terem visto o que eu fiz.
10. Durante quarenta anos fiquei irado contra aquela geração e disse: "Eles são um povo de coração ingrato; não reconheceram os meus caminhos".
11. Por isso jurei na minha ira: "Jamais entrarão no meu descanso".)

2. A humilhação do servo.
A humilhação de Jesus teve início com o esvaziamento de sua glória para tomar a forma de servo e culminou com o sofrimento na cruz (Fp 2.7,8
5. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, 6. que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; 7. mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.
8. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!).
(Jo 1.46)
(Is 53)

3. O exemplo a ser seguido.
Quando andou na Terra, Jesus nos ofereceu o melhor exemplo, fazendo a vontade do Pai e amando o próximo com um amor sem igual (Jo 4.34 34 Disse Jesus: "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra.
Lc 4.18,19 17. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abriu-o e encontrou o lugar onde está escrito: 18. "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos 19. e proclamar o ano da graça do Senhor".).


COMPARAÇÃO ENTRE MOISÉS E JESUS CRISTO COM BASE NO CAPÍTULO 3 DE HEBREUS
Moisés
• Fidelidade com toda a casa de Deus (o povo de Deus);
• Servo da casa de Deus;

Jesus
• A casa de Deus pertence ao Filho;
• Cristo foi quem edificou casa de Deus;
Em seguida, dê um espaço de tempo para que os alunos tenham a oportunidade de expressar suas opiniões sobre a comparação entre Moisés e Jesus a partir do esquema apresentado. Depois explique a superioridade da vocação de Jesus reafirmando os pontos do esquema acima.





A CASA DE DEUS SOMOS NÓS Hebreus 3: 1 a 18

Ao estudarmos a carta aos Hebreus, fica evidente que seu autor além de ter um enfoque à exortação, ele também tem um enfoque quanto a perseverança na peregrinação da nossa fé.
            Quando olhamos para a descrição que o autor faz quanto a pessoa de Jesus, percebemos que ele o descreve como misericordioso e fiel sumo sacerdote. ( Hb 2.17). Cristo foi fiel ao que o constituiu como também o foi Moisés em toda a sua casa (Hb 3.2).  Casa aqui refere-se não a construção, mobília em si, mas à família que nela reside, incluindo os empregados. Vejamos (Nm 12.7).
            Se atentarmos mais acuradamente, veremos que enquanto no Velho Testamento a casa é o povo de Israel, no Novo Testamento é a Igreja, que num sentido mais amplo podemos afirmar que isto inclui todos os cristãos, já que a parede que separava o povo de Israel dos gentios foi quebrada (Ef. 2:14).
            Podemos evidentemente constatar segundo a carta aos hebreus três coisas importantes que prova a superioridade de Cristo sobre Moisés:
1) O Construtor é superior à casa. (Hb. 3.3)
2) O Senhor é maior do que o servo (Hb. 3.5a)
3) A realização é maior do que o símbolo dela. (Hb.3.5b)
            Desta forma podemos afirmar que a dispensação de Moisés era simbólica e dava testemunho tanto da pessoa quanto da obra de Cristo. Em contra partida Cristo cumpre cabalmente a sua obra e nos faz casa de Deus. Seja no sentido coletivo ou individual, somos a casa de Deus edificada para a morada de Deus no Espírito (vejamos Ef. 2.22b).
            Quando olhamos com os olhos espirituais, iremos entender que cada indivíduo é como uma pedra viva na casa espiritual, e esta é habitada pelo Espírito e manifesta a santidade de Deus. Em um sentido coletivo podemos afirmar que estas pedras vivas entram juntas na edificação da casa de Deus e, por meio de suas relações pessoais umas com as outras, manifestam a glória do Senhor.
            Mas para que possamos desfrutar da fidelidade de Cristo e da alegria de Sua comunhão devemos:
a) Render-lhe o controle de nossa vida.
b) Ele tem que ser presença constante em nossa vida em nosso coração, mas não como hóspede e sim como hospedeiro.
c) Temos que ser a Sua Casa. Ele tem que ter acesso a todos os aposentos, a administração e o controle de tudo deve estar em Suas mãos.
d) Temos que ter uma consagração genuína ao Senhor. Para isto as chaves da casa devem estar em Suas mãos seja nos dias de êxito quanto nos dias de dor e adversidade.
        Se assim cremos e assim vivemos verdadeiramente somos a casa do Senhor! Que honra grandiosa esta! Desfrutarmos da paz do Espírito e da libertação de todas as preocupações quando entregamos nossa vida nas mãos de Cristo!. Ele não é só a cabeça da Igreja, mas de todas as coisas sobre a Igreja. O Universo é administrado para o progresso e o cuidado dela.
           Mas precisamos estar atentos a três advertências importantes dadas nesta passagem:




1) Não negligenciar a tão grande salvação:
        
    Ser a casa de Deus é estar atentos à condição de guardarmos firme. até ao fim a ousadia e a exultação da esperança. (Hb. 3.6b). Nossa ação aqui é de falar intrepidamente, sem temor, é liberdade sincera e reverente, que provém de um coração purificado, dilatado e posto em liberdade (Sl.119:32) é uma experiência alegre, despertada por duas situações, a saber: A primeira por circunstâncias favoráveis (hedone) a segunda pelo oposto (parresian) que vem de dentro e triunfa sobre todas as circunstâncias desfavoráveis.  Estas são as qualidades LIBERDADE E OUSADIA – que vem da unção do Espírito Santo, que habilitou de tal modo os discípulos em pentecostes que eles anunciavam com ousadia a Palavra de Deus (At.4.31). 

2) Não endurecer o coração:

            Para alertá-los quanto ao endurecimento do nosso coração, o autor volta aos israelitas que por endurecerem os seus corações pereceram no deserto. Assim, tanto os judeus cristãos a quem a carta está endereçada quanto a nós enquanto povo de Deus, corremos muitas vezes o risco de cairmos na incredulidade. Por isso somos advertidos e o autor usa o episódio do deserto para nos chamar atenção. Isto se faz quando temos o nosso coração endurecido como consequência o subestimar da pessoa e obra do Filho, vistas em Sua humilhação.  
            Mas precisamos nos lembrar e honrá-lo sempre porque, o Filho de Deus é o mesmo quer como Rei ou como Servo, seja O leão da tribo de Judá ou a criança da manjedoura, seja ele ancião ou criança em Belém, esteja ele com o cetro símbolo da sua majestade e poder ou simplesmente carregando o fardo do mundo Ele sempre será O Senhor dos Senhores o dono da Casa da qual somos nós.
            E por último não devemos:

3) Deixar de ouvir a Voz na casa:
            Como diz o Espírito Santo (Hb 3.7). O Espírito Santo é o seu intérprete sugere o próprio autor.  Seu anuncio só pode ser entendido por quem o Espírito Santo habita verdadeiramente e integralmente num coração rendido e obediente. Se no início do livro aos Hebreus o autor afirma que antes Deus falava por meio dos profetas e que agora nos fala por meio do Seu Filho qual a diferença?
1) Na Primeira era externa, cerimonial e preparatória;
2) Na Segunda ela é interna, espiritual e perfeita.
           
CONCLUSÃO:

Sendo assim, Cristo agora habita no coração do seu povo, mediante a presença do Espírito Santo e, assim, fala não somente a nós, mas em nós. O Espírito Santo revela Cristo em nós e só  Ele torna a verdade vital e real em nossa experiência. Somente por intermédio dele é possível ter comunhão com o Pai e o Filho.
Que estejamos prontos para sermos a CASA DE DEUS. 



Significado de Hebreus 3 
Hebreus 3
3.1—4.16 — É esta a segunda exortação na epístola (Hb 2.1-4). Irmãos santos a interliga ao conceito de santificação em Hebreus 2.11.

1. Por isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão, 2 Sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua casa.
Significado de Hebreus 3 
3.1,2 — Participantes é a mesma palavra grega traduzida por companheiros em Hebreus 1.9. A vocação celestial desses companheiros é a de herdar a salvação (Hb 1.14) e a glória futura em Cristo (Hb 2.10). O autor de Hebreus convida os cristãos judeus a considerar a fidelidade de Jesus Cristo. Apóstolo significa aquele que é enviado. Essa é a única passagem no Novo Testamento que designa Jesus como o Apóstolo. O título indica que Jesus foi enviado por Deus para revelar o Pai (Jo 4.34; 6.38; 7.28,29; 8.16).

A frase em toda a sua casa é retirada de Números 12.7, onde casa se refere à Casa de Deus, ao tabernáculo, centro da adoração israelita. Moisés havia obedecido fielmente às instruções de Deus em relação ao tabernáculo. Da mesma forma, Jesus obedeceu em tudo à missão que o Pai lhe dera. Como resultado de Sua obediência, Deus pôde estabelecer Sua nova casa, a igreja.

Hebreus 3.3 ,4 — Mas o que edificou todas as coisas é Deus. O autor iguala Jesus a Deus. Deste modo, Ele, certamente, é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés (Hb 1.2,8,10). Conclui-se que o concerto estabelecido mediante a morte de Jesus é mais glorioso do que o estabelecido no monte Sinai.

3 Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.
4 Porque toda a casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus.

Significado de Hebreus 3 
3.3 ,4 — Mas o que edificou todas as coisas é Deus. O autor iguala Jesus a Deus. Deste modo, Ele, certamente, é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés (Hb 1.2,8,10). Conclui-se que o concerto estabelecido mediante a morte de Jesus é mais glorioso do que o estabelecido no monte Sinai.

Hebreus 3.5  O autor de Hebreus continua a comparação entre Moisés e Jesus. Enquanto Moisés foi fiel como servo, a fidelidade de Cristo foi maior porque exercida pelo Filho. Coisas que se haviam de anunciar indica que o trabalho de Moisés apontava para Cristo (Hb 9.10; 10.1-3). Os preceitos da Lei de Moisés chamam a atenção tanto para o pecado humano quanto para a necessidade de um sacrifício perfeito, a fim de reconciliar o povo com o seu santo Criador.

5 E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar;

Significado de Hebreus 3 
3.5 — O autor de Hebreus continua a comparação entre Moisés e Jesus. Enquanto Moisés foi fiel como servo, a fidelidade de Cristo foi maior porque exercida pelo Filho. Coisas que se haviam de anunciar indica que o trabalho de Moisés apontava para Cristo (Hb 9.10; 10.1-3). Os preceitos da Lei de Moisés chamam a atenção tanto para o pecado humano quanto para a necessidade de um sacrifício perfeito, a fim de reconciliar o povo com o seu santo Criador.

Hebreus3.6 — Como Filho sobre a Sua própria casa. O Filho se assentará no trono no Reino vindouro (Hb 1.8). No momento, reina sobre a Igreja. Reinará sobre toda a criação quando Seus oponentes forem completamente derrotados. Sua habitação consiste em todos os que nele creem. Conservarmos firme a confiança [...] até ao fim. Aqueles que perseverarem até o fim, colocando sua esperança firmemente no Filho, viverão com Ele na eternidade.

6 Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.

Significado de Hebreus 3 
3.6 — Como Filho sobre a Sua própria casa. O Filho se assentará no trono no Reino vindouro (Hb 1.8). No momento, reina sobre a Igreja. Reinará sobre toda a criação quando Seus oponentes forem completamente derrotados. Sua habitação consiste em todos os que nele creem. Conservarmos firme a confiança [...] até ao fim. Aqueles que perseverarem até o fim, colocando sua esperança firmemente no Filho, viverão com Ele na eternidade.


Comentário de Hebreus 3:1-6

Cristo deve ser considerado o Apóstolo de nossa confissão, o Mensageiro enviado aos homens por Deus, o grande Revelador da fé que professamos, e da esperança que confessamos ter. como Cristo, o Messias, é o ungido para o ofício de Apóstolo e Sacerdote. Como Jesus, é nosso Salvador, nosso Curador, o grande Médico das almas. Seja assim considerado. Considere-se o que é em sim, o que é para nós e o que será para nós no além e para sempre. pensar íntima e seriamente em Cristo nos conduz a saber mais dEle. Os judeus tinham uma elevada opinião da fidelidade de Moisés, porém sua fidelidade era um tipo da de Cristo.

Cristo foi o Senhor desta casa, de sua Igreja, que é seu povo, e seu Criador. Moisés foi um servo fiel; Cristo, como o eterno Filho de Deus, é o dono legal e o Rei Soberano da Igreja. Não só devemos estabelecer-nos bem nos caminhos de Cristo, senão que devemos seguir e perseverar firmemente até o fim. Toda meditação em sua Pessoa e sua salvação sugere mais sabedoria, novos motivos para amar, confiar e obedecer.

3.1 IRMÃOS SANTOS. Hebreus provavelmente foi escrito a um grupo de cristãos judeus que, depois da sua conversão a Cristo, foram submetidos à perseguição e ao desânimo (10.32-39). Que os destinatários de Hebreus eram verdadeiros cristãos, nascidos de novo, fica claro pelas referências abaixo: (1) Hb 2.1-4 fala do perigo de se desviarem da salvação; (2) em Hb 3.1, os leitores são chamados “irmãos santos, participantes da vocação celestial”; e (3) em Hb  3.6, onde são chamados a casa de Deus. Para mais evidências de que os destinatários eram salvos por Cristo, ver Hb 3.12-19; 4.14-16; 6.9-12,18-20; 10.19-25,32-36; 12.1-29; 13.1-6,10-14,20,21.

3.1 APÓSTOLO E SUMO SACERDOTE. Segundo o antigo concerto, Moisés (vv. 2-5) era o apóstolo (i.e., pessoa enviada por Deus, com a sua autoridade) e, Arão (5.1-5), o sumo sacerdote do povo de Deus. Agora, sob o novo concerto, esses dois ofícios, apostólico e sacerdotal estão reunidos na pessoa de Jesus.

3.6 SE... CONSERVARMOS FIRME... ATÉ AO FIM. As declarações condicionais de Hebreus merecem atenção especial (ver Hb 2.3; 3.6,14; 10.26) porque advertem que a salvação é condicional.
(1) A segurança do crente em Cristo é mantida somente enquanto ele coopera com a graça de Deus perseverando na fé e na santidade até o fim da sua existência terrena.
Essa verdade foi enfatizada por Cristo (Jo 8.31; Ap 2.7,11,17,25,26; 3.5,11,12,21)
e é uma admoestação repetida em Hebreus (Hb 2.1; 3.6,14; 4.16; 7.25; 10.34-38; 12.1-4,14).
(2) A salvação assegurada aos membros da igreja que deliberadamente pecam nas igrejas, hoje tão em voga nalguns círculos, não tem lugar no NT (Ap 3.14-16; ver Lc 12.42-48 nota; Jo 15.6 nota).

Hebreus 7-11 -> Se tivermos o privilégio de ouvir a voz de Deus, não vamos endurecer o nosso coração (vs 8). Pelo contrário: procuremos conhecer o caminho de Deus ao invés de insistirmos nas tradições que herdamos dos pais ou do mundo (1Pe 1.18; Mt 15.8,9). Chega de erramos no coração (vs 10). Quem insiste nisto nunca experimentará Deus repousando em si.

Hebreus 3.7-11 — O autor de Hebreus cita Salmo 95.7-11 para alertar os cristãos judeus de não endurecerem o coração para com Deus e a salvação que Ele oferece. A geração de Moisés se recusou a crer que Deus supriria suas necessidades no deserto (Ex 17.1-7), e os leitores desta carta estariam igualmente em perigo não crendo na salvação oferecida por Deus mediante Seu Filho. Para que permanecessem firmes até ao final (v. 6), não poderiam endurecer o coração para com Deus (v. 8,13,15). Pelo contrário, teriam de renovar sua fé na Palavra de Deus (v. 12,19), depositá-la em Cristo e obedecer a Ele (v. 18).

Repouso é um conceito fundamental em Hebreus. No Antigo Testamento, a conquista da Terra Prometida e o fim das lutas na terra eram vistos como uma forma de repouso (Dt 3.20; 12.9; 25.19; Js 11.23; 21.44; 22.4; 23.10. No Novo Testamento, significa o lar eterno do cristão e a alegria que há de experimentar na presença de Jesus (Hb 4.1).

7 Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz,
Comentário de Hebreus 3:7-13 

Os dias de tentação costumam ser os dias de provocação. Sem dúvida é uma provocação tentar a Deus quando Ele nos deixa que vejamos que dependemos e vivemos por inteiro dEle. O endurecimento do coração é a fonte de todos os outros pecados. Os pecados alheios, especialmente os de nossos parentes, devem ser alarme para nós.

Todo pecado, especialmente o pecado cometido pelo povo privilegiado que professa a Deus, não só provoca a Deus, senão o contrista. Deus detesta destruir a ninguém em ou por seu pecado; espera muito para ser bondoso com eles. Mas o pecado em que se persiste por longo tempo faz com que a ira de Deus se revele ao destruir o impenitente; não há repouso sob a ira de Deus.

"Cuidado": todos os que irão chegar a salvo ao céu devem cuidar-se; se uma vez nos permitimos desconfiar de Deus, logo poderemos desertar dEle. Os que pensam que estão firmes, olhem que não caiam. Já que o amanhã não nos pertence, devemos aproveitar até o máximo o dia de hoje. Não há, nem sequer entre os mais fortes do rebanho, quem não necessite da ajuda de outros cristãos. Tampouco há alguém tão baixo e desprezível cujo cuidado na fé e sua segurança não pertençam a todos. o pecado tem tantos caminhos e cores que necessitamos mais olhos que os próprios. O pecado parece justo, porém é vil; parece agradável, mas é destruidor; promete muito, mas não cumpre nada. O enganoso do pecado endurece a alma; um pecado permitido dá lugar a outro; e cada ato de pecado confirma o hábito. Que cada qual se cuide do pecado.

3.7 DIZ O ESPÍRITO SANTO. Assim como os demais escritores do NT, o escritor de Hebreus considera as Escrituras, no sentido final e pleno, como as palavras do Espírito Santo e não como meras palavras dos homens (cf. Hb 9.8; 10.15; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21; ver o estudo A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS). Ao lermos a Bíblia, não devemos pensar que estamos lendo simplesmente com dificuldade na penosa estrada deste mundo. Ao morrermos no Senhor, entramos no seu repouso perfeito no céu (ver a nota seguinte)


8 Não endureçais os vossos corações,Como na provocação, no dia da tentação no deserto.
9 Onde vossos pais me tentaram, me provaram, E viram por quarenta anos as minhas obras.
10 Por isso me indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em seu coração, E não conheceram os meus caminhos.
11 Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso.

Significado de Hebreus 3 
3.7-11 — O autor de Hebreus cita Salmo 95.7-11 para alertar os cristãos judeus de não endurecerem o coração para com Deus e a salvação que Ele oferece. A geração de Moisés se recusou a crer que Deus supriria suas necessidades no deserto (Ex 17.1-7), e os leitores desta carta estariam igualmente em perigo não crendo na salvação oferecida por Deus mediante Seu Filho. Para que permanecessem firmes até ao final (v. 6), não poderiam endurecer o coração para com Deus (v. 8,13,15). Pelo contrário, teriam de renovar sua fé na Palavra de Deus (v. 12,19), depositá-la em Cristo e obedecer a Ele (v. 18).

Repouso é um conceito fundamental em Hebreus. No Antigo Testamento, a conquista da Terra Prometida e o fim das lutas na terra eram vistos como uma forma de repouso (Dt 3.20; 12.9; 25.19; Js 11.23; 21.44; 22.4; 23.10. No Novo Testamento, significa o lar eterno do cristão e a alegria que há de experimentar na presença de Jesus (Hb 4.1).

Hebreus 3.12-14 -> homem mau: aquele que deseja as coisas para si. Infiel: que não mantém firme a fé, a glória da esperança (vs 6) e o princípio da confiança até o fim (vs 14). Se quisermos participar de Jesus, ao invés de nos apartarmos do Deus que vive (vs 12), nos separando daqueles que são Dele quando pecamos (vs 10,24,25), devemos animá-los a manter um coração bom e fiel (vs 12) de modo que nenhum deles venha a endurecer pela ilusão de que o pecado pode dar fim aos seus problemas (vs 13). Eles devem se manter confiantes de que o princípio de sua confiança (o amor) não falha. Quem se afasta da Igreja de Jesus é porque não quer servi-la. Neste caso, a quem ele deseja servir? Se não é para ajudar os irmãos a permanecerem na fé (vs 12,13), então qual a nossa razão de ser?

Hebreus 3.12 — O autor fala claramente a legítimos cristãos. Dirige-se a eles como irmãos (gr. adelphoi; compare com irmãos santos no versículo 1), que é o tratamento padrão em todo o livro. Não existe a menor sugestão, em parte alguma da epístola, de que se tratasse apenas de cristãos nominais, e não genuínos, como tem sido por vezes suposto. Um coração mau e infiel. Refere-se a um sério problema espiritual. Um coração descrente é mau porque a incredulidade é má.

Apartar (gr. aphistemi). Esta palavra dá a ideia de manter-se à distância do Deus vivo. Os incrédulos, aqueles que se recusam a ouvir e são indiferentes a Deus, sofrem com isso sérios prejuízos. Aqui se trata, naturalmente, da descrição de uma recaída do cristianismo para o judaísmo. Jesus é Deus. Afastar-se dele é afastar-se do Deus vivo, o que certamente contraria o conservar-se firme no versículo 6.

12 Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.
Significado de Hebreus 3 
3.12 — O autor fala claramente a legítimos cristãos. Dirige-se a eles como irmãos (gr. adelphoi; compare com irmãos santos no versículo 1), que é o tratamento padrão em todo o livro. Não existe a menor sugestão, em parte alguma da epístola, de que se tratasse apenas de cristãos nominais, e não genuínos, como tem sido por vezes suposto. Um coração mau e infiel. Refere-se a um sério problema espiritual. Um coração descrente é mau porque a incredulidade é má.

Apartar (gr. aphistemi). Esta palavra dá a ideia de manter-se à distância do Deus vivo. Os incrédulos, aqueles que se recusam a ouvir e são indiferentes a Deus, sofrem com isso sérios prejuízos. Aqui se trata, naturalmente, da descrição de uma recaída do cristianismo para o judaísmo. Jesus é Deus. Afastar-se dele é afastar-se do Deus vivo, o que certamente contraria o conservar-se firme no versículo 6.

Hebreus 3.13, 14 — Exortarmo-nos uns aos outros para permanecermos na fé é importante. Os cristãos devem permanecer firmes na fé até o fim de sua vida para que sejam participantes de Cristo (v. 15-19). Participantes é a mesma palavra traduzida por companheiros em Hebreus 1.9. Os fiéis serão participantes com Cristo do Seu Reino futuro (Ap 2.26,27).

13 Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado;
14 Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim.

Significado de Hebreus 3 
3.13, 14 — Exortarmo-nos uns aos outros para permanecermos na fé é importante. Os cristãos devem permanecer firmes na fé até o fim de sua vida para que sejam participantes de Cristo (v. 15-19). Participantes é a mesma palavra traduzida por companheiros em Hebreus 1.9. Os fiéis serão participantes com Cristo do Seu Reino futuro (Ap 2.26,27).

Hebreus 3.15-19 -> Deus se indignou contra aqueles que, apesar de terem ouvido a voz de Deus, ainda assim o provocavam com as obras das suas mãos (Nm 14.11; Dt 32.21; 1Rs 14.22; Sl 106. 29; Ez 16.43; Jr 8.19; 25.6). Eles acabaram caindo e morrendo no deserto (vs 17), sem entrarem na terra onde eles teriam condições de servir a Deus sem nada para restringi-los, onde todas as leis favoráveis para se viver o amor. Eles não puderam entrar neste lugar onde Deus poderia repousar nos corações porque não queriam crer no poder da piedade (1Tm 3.16; 2Tm 3.5).

Hebreus 3.15-19 — O autor de Hebreus fala da incredulidade dos israelitas como sendo pecado (v. 17) e desobediência (v. 18). Muitos israelitas não entraram no repouso de Deus, a Terra Prometida (v. 11), porque não creram nas promessas de Deus para eles (Nm 1.1-34). Deixaram de possuir a herança reservada para eles porque não creram em Deus (Dt 12.9; Js 13.7).

Cristãos a quem esta carta foi endereçada estavam provavelmente em perigo de seguir os passos dos israelitas. Estavam tentados certamente a duvidar das palavras de Jesus. Ao apresentar questões retóricas nestes versículos, o autor da carta os encoraja a depositar firmemente toda a sua fé em Cristo (Hb 10.26; 12.1,2).


15 Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação.
16 Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés.
17 Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
18 E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes?
19 E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.

Significado de Hebreus 3 
3.15-19 — O autor de Hebreus fala da incredulidade dos israelitas como sendo pecado (v. 17) e desobediência (v. 18). Muitos israelitas não entraram no repouso de Deus, a Terra Prometida (v. 11), porque não creram nas promessas de Deus para eles (Nm 1.1-34). Deixaram de possuir a herança reservada para eles porque não creram em Deus (Dt 12.9; Js 13.7).

Cristãos a quem esta carta foi endereçada estavam provavelmente em perigo de seguir os passos dos israelitas. Estavam tentados certamente a duvidar das palavras de Jesus. Ao apresentar questões retóricas nestes versículos, o autor da carta os encoraja a depositar firmemente toda a sua fé em Cristo (Hb 10.26; 12.1,2).

Comentário de Hebreus 3:14-19

O privilégio dos santos é que são feitos participes de Cristo, isto é, do Espírito, a natureza, as virtudes, a justiça e a vida de Cristo; estão interessados em todo o que Cristo é, em todo o que Ele tem feito e fará. O mesmo espírito com que os cristãos empreendem o caminho de Deus é o que devem manter até o fim. A perseverança na fé é a melhor prova da sinceridade de nossa fé. Ouvir a palavra amiúde é um médio de salvação, porém se não se escuta, exporá mais a ira divina. A alegria de sermos participes de Cristo e de sua salvação completa, e o temor à ira de Deus e à miséria eterna, devem estimular-nos a perseverar na vida da fé obediente. Cuidemo-nos de confiar nos privilégios ou profissões externas e peçamos ser contados com os crentes verdadeiros que entram no céu quando todos os outros falham a causa da incredulidade. Como nossa obediência continua conforme ao poder de nossa fé, assim os nossos pecados e a falta de cuidado se conformam ao predomínio da incredulidade em nós.



Estudo sobre Hebreus 3
1) Exortação para considerar Cristo superior a Moisés (3.1-6a)
A seção anterior termina com uma descrição de Cristo como o sumo sçcerdote misericordioso. Isso agora se torna o tema da nova discussão. Mas em forma invertida o autor trata primeiro da fidelidade de Jesus e depois da sua misericórdia (4.14ss).
Do ponto de vista da verdade teológica, o autor faz seu apelo aos santos irmãos, participantes do chamado celestial (v. 1). A palavra ”santos” tem o mesmo significado básico de ”santificar” e se refere, portanto, àqueles separados por Deus e para Deus, i.e., os cristãos (cf. comentário de 2.11; Lv 20.26; IPe 2.9). A esses cristãos cujo chamado ou convite é “do céu [...] e para o céu” o autor se dirige agora pela primeira vez. Eles são encorajados a fixar os seus pensamentos em Jesus, apóstolo e sumo sacerdote, o objeto da sua confissão declarada, como sendo fiel àquele que o havia constituído (v. 1,2). E mesmo assim, não é que os cristãos devem fixar sua atenção em Jesus como fiel meramente, pois Moisés, que também foi considerado apóstolo (cf. Ex 3.10) e sacerdote (Êx 24.6-8; cf. tb. Fílon, On the Life ofMoses, 2.2-5), foi fiel (v. 2; cf. Nm 12.7). Mas eles devem dar atenção cuidadosa e demorada à pessoa e obra de Cristo porque, por sua própria natureza, ele é completamente “outro” e muito maior do que Moisés. Moisés foi um servo fiel na casa de Deus (v. 2) — uma mera testemunha, por meio das leis morais e cerimoniais que ele estabeleceu, do evangelho que seria dito no futuro (v. 5). Mas Jesus é o Filho de Deus estabelecido sobre aquela casa, “o agente criador” por meio do qual ela foi construída, que é ele mesmo o evangelho previsto por Moisés e aquele por quem ele foi primeiramente anunciado (v. 3,5,6; cf. tb. 1.2; 2.3). O v. 4 é difícil, e essa dificuldade é muito pouco aliviada por se colocar o versículo em parênteses (como na RSV), pois ele não tem todas as características de um interlúdio. Tem alguma conexão com a referência a Jesus como o construtor no v. 3. Talvez seu significado seja que toda casa é construída por alguém, mas Deus é o edificador de tudo, cujo “agente criador é Cristo”. Ou talvez seu significado seja compreendido mais facilmente ao se traduzir a palavra “Deus” por “divino”, visto que no grego o artigo definido é omitido: “o edificador (i.e., Cristo) de todas as coisas é divino”.
E digno de observação que a expressão na casa de Deus (“em sua casa”, ARA) se refere a mais do que uma construção, portanto, à “família” de Deus. Evidentemente, descreve o povo crente em Deus no AT e também no NT, pois a “casa” é a mesma em ambos os Testamentos. Moisés foi servo na casa de Deus, uma casa que Cristo fundou, sobre a qual ele governa e à qual pertencem os cristãos — e esta casa somos nós (v. 6). Esse trecho argumenta fortemente a favor da continuidade entre o antigo Israel e o novo “Israel de Deus” (cf. G1 6.16).

2) Advertência acerca de pôr a perder o descanso que Deus prometeu (3.6b—4.11)
v. 6. esta casa somos nós, se é que nos apegamos firmemente à confiança e à esperança da qual nos gloriamos: Essa advertência é dirigida àqueles que “se confessaram cristãos. Ela tem o propósito de mostrar que o verdadeiro cristianismo é demonstrado pela perseverança, pela confiança contínua em Cristo e pela lealdade para com aquele que é a nossa esperança (cf. Cl 1.27). Não pertence à casa de Deus aquele que meramente professa pertencer. Pertence aquele que continua crendo ”até o fim” (v. 6, nota textual da RSV, uma leitura que, embora paralela a 3.14, provavelmente é genuína aqui à luz de sua ampla confirmação textual). O salmo 95, que é agora citado como a voz do Espírito ainda falando aos cristãos hoje (v. 7-11), tem o propósito na mente do autor de mostrar que a perda trágica de Israel foi devida à rebeldia ou incredulidade — a falta de manter uma atitude de confiança e obediência durante toda a sua caminhada do Egito a Canaã — e foi uma advertência a cristãos professos para não cometerem o mesmo erro. Serve, assim, para ilustrar o princípio já exposto antes, isto é, de que a perseverança é de fato a demonstração da fé. A saída inicial de Israel, o seu “batismo em Moisés”, sua participação da comida espiritual (cf. ICo 10.1,2), i.e., sua observação das obras divinas (v. 9), não garantiram a sua entrada em Ganaã. Alguns continuaram a crer em Deus e entraram em Ganaã, mas alguns se rebelaram e nunca experimentaram o descanso de Deus (v. 11; cf. v. 16-19). A jornada determinou a vitalidade da sua fé.
Portanto, visto que o Espírito Santo está falando ainda e dizendo: “Hoje” (v. 7,13,15), Cuidado,irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo(v. 12). A gravidade da situação é intensificada assim por três coisas:
(a) pelo autor chamando a atenção para o fato de que é Deus que está falando, e não o homem — como diz o Espírito Santo (v. 7);
(b) pelo fato de ele ressaltar que esse afastar-se é do Deus vivo, uma designação predileta para Deus em Hebreus (9.14; 10.31; 12.22; cf. tb. 4.12; 11.6), que retrata Deus como “totalmente vivo, ativo em se fazer conhecido aos homens, capaz de cumprir suas promessas e determinado a executar seus juramentos” (observação: a advertência contra afastar-se do “Deus vivo” não soa como uma advertência contra recair no judaísmo), e
(c) por seu uso repetido do imperativo (3.12,13; 4.1,11). A prevenção para essa condição é encorajem-se uns aos outros (gr. “a si mesmos”, destacando a ”unidade do corpo cristão”) todos os dias (v.13). Isso exige tanto responsabilidade pessoal quanto coletiva. A expressão engano do pecado (v. 13) descreve o pecado como um sedutor e pode ser uma alusão àquele primeiro pecado quando Eva foi seduzida pela serpente (Gn 3.13; cf. lTm 2.14).
Os v. 12,13 juntos descrevem esse processo que ocorre no fundo do coração de um homem quando não há o fortalecimento constante da exortação mútua — um processo que inicialmente é invisível a qualquer observador. Primeiro a semente da incredulidade tem permissão para germinar, depois pensamentos maus e desafiadores de Deus começam a se espalhar. Esses gradualmente passam a dominar toda a atitude, até que todo o caráter é mudado. Uma nova tendência está no controle da pessoa envolvida. Sua resposta básica a Deus é NÃO. Já não há agora o SIM da submissão que ele professou no seu batismo (J. Schneider, The Letter to the Hebrews, 1957, p. 31-2).
O autor reitera de forma mais intensa o que já disse anteriormente (v. 14), isto é, que há um simples teste pelo qual podemos saber se somos participantes de Cristo ou não, se somos “parceiros” dele (gr. metochoi tou christou, que em si tem um significado ambíguo): Apegamo-nos até o fim à confiança que tivemos no princípiol [Observação: O gr. para ”confiança” é hypostasis, aquele apoio firme em que “um homem se fundamenta para enfrentar o futuro” (J. Moffatt, The Epistle to the Hebrews, ad loc., p. 48). Aqui é a convicção, com que a vida cristã começou, de que Deus falou sua palavra definitiva e final em Jesus Cristo.] A experiência de Israel no deserto (v. 16-19) prova que “esse retrato da vida como um todo é o critério” pelo qual podemos ver objetivamente a realidade da sua fé. O que é fé para o autor de Hebreus? O cap. 11 é sua discussão completa desse tópico, mas ao compararmos o v. 18 com o 19 fica claro que ele entende fé como sendo algo muito semelhante a obediência ou lealdade.


Hebreus 3 — Exposição da Carta aos Hebreus

Hebreus 3
3.1 IRMÃOS SANTOS. Hebreus provavelmente foi escrito a um grupo de cristãos judeus que, depois da sua conversão a Cristo, foram submetidos à perseguição e ao desânimo (10.32-39). Que os destinatários de Hebreus eram verdadeiros cristãos, nascidos de novo, fica claro pelas referências abaixo:
(1) Hb 2.1-4 fala do perigo de se desviarem da salvação;
(2) em Hb 3.1, os leitores são chamados “irmãos santos, participantes da vocação celestial”; e
(3) em Hb  3.6, onde são chamados a casa de Deus. Para mais evidências de que os destinatários eram salvos por Cristo, ver Hb 3.12-19; 4.14-16; 6.9-12,18-20; 10.19-25,32-36; 12.1-29; 13.1-6,10-14,20,21.

3.1 APÓSTOLO E SUMO SACERDOTE. Segundo o antigo concerto, Moisés (vv. 2-5) era o apóstolo (i.e., pessoa enviada por Deus, com a sua autoridade) e, Arão (5.1-5), o sumo sacerdote do povo de Deus. Agora, sob o novo concerto, esses dois ofícios, apostólico e sacerdotal estão reunidos na pessoa de Jesus.

3.6 SE... CONSERVARMOS FIRME... ATÉ AO FIM. As declarações condicionais de Hebreus merecem atenção especial (ver Hb 2.3; 3.6,14; 10.26) porque advertem que a salvação é condicional.
(1) A segurança do crente em Cristo é mantida somente enquanto ele coopera com a graça de Deus perseverando na fé e na santidade até o fim da sua existência terrena. Essa verdade foi enfatizada por Cristo (Jo 8.31; Ap 2.7,11,17,25,26; 3.5,11,12,21)
e é uma admoestação repetida em Hebreus (Hb 2.1; 3.6,14; 4.16; 7.25; 10.34-38; 12.1-4,14).
(2) A salvação assegurada aos membros da igreja que deliberadamente pecam nas igrejas, hoje tão em voga nalguns círculos, não tem lugar no NT (Ap 3.14-16; ver Lc 12.42-48 nota; Jo 15.6 nota).

3.7 DIZ O ESPÍRITO SANTO. Assim como os demais escritores do NT, o escritor de Hebreus considera as Escrituras, no sentido final e pleno, como as palavras do Espírito Santo e não como meras palavras dos homens (cf. Hb 9.8; 10.15; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21; ver o estudo A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS). Ao lermos a Bíblia, não devemos pensar que estamos lendo simplesmente com dificuldade na penosa estrada deste mundo. Ao morrermos no Senhor, entramos no seu repouso perfeito no céu (ver a nota seguinte)



Hebreus 3 — Interpretação Bíblica
Hebreus 3
Jesus e Moisés 3.1-6
Além de ser superior aos anjos (1.4; ver Intr. 2.3), Jesus é também mais importante do que Moisés, o homem que Deus escolheu para ser o líder de Israel e para entregar ao povo a sua lei. Moisés foi um servo que fez seu trabalho na casa de Deus (v. 5), enquanto Jesus é o Filho que dirige a casa de Deus (v. 6). Portanto, Jesus é superior a Moisés.

3.1 que Deus enviou Isso traduz a palavra grega “apóstolo”. É a única vez, no NT, em que Jesus é chamado de “apóstolo”, embora a afirmação de que Deus o enviou apareça em vários outros lugares (Mt 10.40; Jo 3.17; 4.34; 5.24,30,37; 6.38,44; Gl 4.4). Grande Sacerdote Ver Hb 2.17, n.

3.2 Moisés foi fiel Hb 11.23-28. seu trabalho em toda a casa de Deus Isto é, com o povo de Israel (Nm 12.7).

3.5 Moisés... falou das coisas que Deus ia dizer no futuro Isto é, falou sobre aquilo que Deus ia dizer através do Filho (Hb 1.2).

3.6 Cristo é fiel Hb 2.17. nós seremos a sua casa 1Co 3.16-17; Ef 2.20-22; 1Tm 3.15; Hb 10.21; 1Pe 2.5. se conservarmos a nossa coragem e a nossa confiança Ver Intr. 2.1 e 2.2.

O descanso do povo de Deus 3.7—4.13
Tomando por base o texto de Sl 95.7-11, o autor adverte contra a falta de fé (3.12,19) e estimula os leitores a que continuem firmes até o fim (3.14). Os israelitas se revoltaram contra Deus e assim não entraram no descanso da Terra Prometida. Diante disso, “há outros que vão recebê-lo” (4.6) e “ainda fica para o povo de Deus um descanso” (4.9). Esse descanso é uma figura para falar sobre a salvação por meio de Cristo (Hb 4.1, n.). Portanto, conclui o autor, façamos tudo para receber esse descanso (4.11).

3.7 como diz o Espírito Santo Hb 9.8; 10.15. Na seqüência (vs. 7b-11), o autor cita Sl 95.7-11 de acordo com o texto da Septuaginta (ver Hb 1.4-14, n.). Aqui, são de menor importância as diferenças entre o texto da Septuaginta, citado pelo autor, e o original hebraico.

3.8 no dia em que eles o puseram à prova no deserto Êx 17.1-7; Nm 20.1-13.
3.9 quarenta anos Este é o tempo que o povo de Israel levou para entrar na terra de Canaã depois de ter saído do Egito (Êx 16.35; Dt 29.5).

3.12 cuidado O autor, repetidamente, adverte os leitores contra o perigo de abandonarem a fé (ver Intr. 2.2). que nenhum de vocês tenha um coração... descrente O que ameaça o cristão é o mesmo problema do povo de Israel do AT: a falta de fé (vs. 14,19), que é revolta contra Deus (v. 18); ou, como diz no v. 12, o afastar-se do Deus vivo. Deus vivo Uma expressão que aparece várias vezes nesta Carta (Hb 9.14; 10.31; 12.22). O Deus vivo dá vida a todos e precisa ser levado a sério.

3.13 esse “hoje” O “hoje” sobre o qual fala Sl 95.7 (ver v. 7, n.); Hb 3.15; 4.7; ver também 2Co 6.2. Esse “hoje” vai até o dia da segunda vinda de Cristo (Hb 9.28).

3.14 se continuarmos firmes até o fim Ver Intr. 2.2.

3.15 as Escrituras Sagradas dizem Sl 95.7-8; Hb 3.7b-8.

3.17 caíram mortos no deserto De todas as pessoas que tinham mais de vinte anos de idade quando o povo de Israel saiu do Egito, somente Calebe e Josué entraram na terra de Canaã (Num 14.28-35).

3.18 Deus... fez este juramento Sl 95.11; Hb 3.11.

Hebreus 3 — Explicação das Escrituras

3.1,2  Cristo é o Apóstolo (representante) perfeito de Deus entre os homens. Sumo Sacerdote. Ele é nosso perfeito representante diante de Deus. Sua fidelidade se mostrou na consumação dai obra que Deus lhe deu (Jo 17.4). Casa. Isto é, “família”.

3.4 — Aquele. O filho de Deus, agente e herdeiro da Criação, obviamente tem o direito de mandar; Moisés tinha o direito de servir.

3.5 — Testemunho. Moisés como profeta falou da vinda de Cristo.

3.6 — Até ao fim. A prova da realidade da regeneração é a fidelidade.

3.7 — Diz o Espírito Santo. Novamente encontramos a inspiração do AT. Se ouvirdes... Melhor a tradução do original heb em Sl 95.7.

3.8.9 — No original, provocação e tentação são nomes - Meribá e Massá.

3.13 — Endurecido. O engano do pecado produz endurecimento (cf. 2.8; Jr 17.9). Tanto Satanás como nosso próprio coração querem nos convencer que atitudes e práticas erradas não são pecaminosas.

3.14 — Participantes (gr entochoi; cf. 2.14). Cristo participou em nossa subjugação à morte. Pela ressurreição conquistou o poder sobre a morte por todos nós. Confiança (gr hupostasis). “Certeza” em 11.1.

3.15 — Hoje. I.e., nesta época da graça, a palavra de Deus precisa ser ouvida diariamente com coração disposto a obedecer.

3.16 — É muito perigoso concluir que a maioria está sempre certa. A democracia na igreja pode ser instrumento de Deus ou do diabo.

3.17 — Pecaram. A Bíblia encara a rebelião da incredulidade como pecado dos mais graves. O Êxodo não garantiu entrada na Terra.

3.18 — Descanso. Cf. 4.5n. Aponta para o recebimento completo dos benefícios prometidos por Deus.





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