TECNICAS
E FORMAS DE PREGAÇÃO
INTRODUÇÃO
A maioria das pessoas, quando ouve falar sobre quem
poderá pregar a Palavra de Deus, pensa logo em Pastores ou Pregadores que
estudaram numa Escola Bíblica ou Instituto Bíblico. Mas a Palavra de Deus é bem
clara quando diz em Joel 2:28 e 29 e Marcos 16:15 que todos os crentes nascidos
de novo poderão e deverão Pregar a Palavra de Deus. Neste sentido a visão da
nossa Igreja é que cada crente é um líder, capaz e incumbido de pregar a
Palavra de Deus.
Infelizmente, hoje, parece que a figura do "preletor
oficial" inibiu muitos de falarem com ousadia a Palavra de Deus. Parece que
há um receio de falar diante de um público que, certamente, é mais
intelectualizado que há alguns anos. Jovens pregadores ficam embaraçados e
cometem certos deslizes, que poderiam ser evitados.
Neste modesto trabalho, vamos dar apenas algumas
sugestões, e não um estudo sobre a Homilética (Arte de Falar em Público).
I. O QUE É PREGAR?
É a comunicação verbal da Palavra de Deus aos
ouvintes. É a transmissão do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo às pessoas
que precisam ouvi-lo.
Vemos em I Co.2:4, que a pregação não é um simples
acto de retórica, um discurso político ou uma estratégia de ensino para
transferir conhecimentos. Ela e a "demonstração do Espírito e de
poder..."
II. QUAL A FINALIDADE DA
PREGAÇÃO?
É persuadir as pessoas a aceitarem a mensagem da
Palavra de Deus para sua salvação (descrentes) ou para seu crescimento
espiritual (crentes). Diante disso, o pregador precisa saber para quem está
falando: Para crentes ou para descrentes?
III. CARACTERISTICAS DA PREGAÇÃO
a) OBJETIVIDADE
Refere-se ao alvo a atingir. Se pregamos para
descrentes, desejamos que eles entendam que precisam crer em Jesus para ser
salvos. Devemos orar muito, antes de pregar, para que o Espírito Santo convença
as pessoas do seu pecado. Se isso acontecer, a pregação alcança seu alvo.
O centro da pregação deve ser Cristo e não o
pregador. Há pregadores que se perdem e divagam quando ministram. Começam a
falar do amor de Deus, passam a divagar sobre o Apocalipse, vão até Génesis, aos
profetas e, no final, não sabem como sair do emaranhado de palavras. É preciso
ter objetividade.
b) CONTEÚDO
O pregador deve procurar transmitir a mensagem de
Deus às pessoas. Paulo disse: "Porque eu recebi do Senhor o que também vos
ensinei... I Co. 11:23" O mensageiro deve receber a mensagem de Deus e
transmiti-la aos homens. Não deve ficar inventando mensagens, terias,
filosofias para mostrar conhecimentos.
c) CONVICÇÃO
O pregador deve transmitir aquilo de que tem
convicção, para que a mensagem seja aceita. Não deve falar sobre assuntos que
desconhece ou que ainda tem dúvidas (como por exemplo o Livro de Apocalipse).
Se o pregador mostrar dúvida relativamente aquilo que prega, ninguém receberá a
sua mensagem.
Também tem de falar somente naquilo em que acredita
e pratica, caso contrário cairá em descrédito. Tem que viver aquilo que prega.
IV. ASPECTOS DA PREGAÇÃO
a)
ESPERAR EM DEUS
A primeira coisa antes do início da preparação da
mensagem é esperar em Deus.
Ficar quieto na presença de Deus e ouvir a voz do
Espírito Santo.
A verdadeira mensagem tem origem no coração e mente
de Deus, o qual é a fonte de toda a verdade, sabedoria e poder. Por isso a
primeira tarefa do pregador eficaz é aprender a receber os pensamentos de Deus.
O pregador deverá separar um tempo diário para
buscar a face de Deus e ouvir a Sua doce e suave voz. Não devemos ir a Deus de
manhã para receber a mensagem para a tarde. Devemos permitir uma oportunidade
para que a mensagem de Deus produza o seu resultado em nós, antes de a
transmitirmos aos outros.
b) A
PALAVRA DE DEUS COMO BASE
A base da pregação deve ser a Palavra de Deus, a
Bíblia Sagrada. Podemos dizer, em outras palavras que a base da pregação deve
ser o TEXTO BÍBLICO. Ilustrações podem ser aproveitadas, desde que se
relacionem com o tema da mensagem, mas não podem tomar o lugar da Palavra de
Deus. Como um pregador que, não tendo êxito em "abalar" os ouvintes,
contou uma história fantasiosa e roubou 80% do tempo destinado à mensagem.
c) QUE
TEXTO ESCOLHER?
Podemos
enumerar 6 requisitos que nos ajudam a escolher o texto:
1) Textos objetivos. Que despertem interesse e que
atendam às necessidades espirituais das pessoas. (Com oração, o Espírito Santo
mostrará o que deverá ser pregado).
2) Textos de fácil e clara interpretação. Devem-se
evitar textos “obscuros” como Jd 6; Mt 27.52; 1 Pe 3.19-20 (exigem um estudo
mais profundo).
3) Textos que expressem um pensamento completo. Não
devemos escolher textos que falem de vários assuntos.
4) Textos dentro dos limites da capacidade do
pregador. Isto é, textos que o pregador já conheça, saiba explicar e justificar
com outras passagens bíblicas (II Ped. 1:20).
5) Textos que expressem o tema da pregação. Não
devemos fugir do objetivo, devemos recorrer somente a textos que transmitam
aquilo que Deus quer falar.
6) Textos cuja sequência seja de fácil
acompanhamento pelo pregador e pelos ouvintes. Devemos evitar andar para trás e
para a frente na bíblia referindo muitos versículos distintos e distantes.
V. A ESTRUTURA DA PREGAÇÃO
Toda
pregação com esboço ou não, deve ser dividida, basicamente, em quatro partes:
1.TITULO
O
pregador não se deve preocupar com o título no início do preparo da pregação,
pois geralmente o título, assim como a introdução, poderá ser um dos últimos
itens a ser preparado.
CARACTERÍSTICAS DO TÍTULO
a) O título deve ser interessante e atraente a fim
de despertar a atenção dos ouvintes.
Para ser interessante ele deve relacionar-se com as
necessidades das pessoas que ouvem a Pregação.
b) O título deve exprimir o tema da pregação.
c) O título deve ser decente e digno. Devem ser
evitados títulos rudes que ofendem e causam apatia.
d) O título deve ser breve. Apenas uma pequena
frase.
e) O título pode ser uma citação breve de um texto
bíblico. Ou uma frase que resuma a ideia principal da pregação.
2. INTRODUÇÃO.
É a parte
inicial da mensagem, pela qual o pregador procura conduzir a mente dos ouvintes
para o tema de sua mensagem.
Uma boa
introdução deve ser BREVE, SIMPLES, INTERESSANTE E APROPRIADA.
A introdução não deve ir além de 10% ou 15% do
tempo da mensagem.
(Normalmente,
o pregador sabe de quanto tempo dispõe).
3. DESENVOLVIMENTO DA MENSAGEM.
É a parte
mais importante da mensagem. Ela deve conter a sequência das ideias a serem
apresentadas. No desenvolvimento da mensagem, podemos ter:
a)
Divisões (1º, 2º, 3º, etc.). As Divisões são o corpo da
pregação. São as verdades espirituais divididas em partes sequenciais, distintas,
mas interligadas ao tema da mensagem.
Características das divisões principais:
1. Devem ter unidade de pensamento.
2. Elas ajudam o pregador a lembrar-se dos pontos
principais da mensagem.
3. Elas ajudam os ouvintes a recordarem-se dos
aspectos principais da mensagem.
4. Elas devem ser distintas umas das outras.
5. Elas devem ter origem no tema da mensagem e
desenvolvê-la progressivamente até o clímax da pregação.
6. Cada divisão deve ter apenas uma ideia ou
ensino.
7. O número das divisões deve, sempre que puder,
ser o menor possível. (três ou quatro pontos principais)
b)
Transição de um ponto para outro. Deve ser progressivo até ao
clímax da pregação. Deve-se evitar o excesso de floreios, de rodeios, ou de
“conversa fiada”. Pois dispersa a atenção dos ouvintes da ideia principal.
4. CONCLUSÃO.
É o auge da pregação.
O seu clímax.
Nela, o pregador faz a Aplicação do que pregou no
desenvolvimento da mensagem.
Na conclusão o pregador, pelo poder do Espírito
Santo, deve chegar ao seu alvo que é atingir seus ouvintes e persuadi-los a
praticarem e aplicarem às suas vidas a mensagem que ouviram. É a parte da
pregação onde tudo o que foi dito anteriormente é reafirmado com mais
intensidade e vigor, a fim de produzir maior impacto nos ouvintes. Sem uma boa
conclusão, o que foi dito pode perder o brilho.
Uma
conclusão pode ser feita através de:
a)
Recapitulação. O pregador deve rever o que pregou, em resumo ou
tópicos, evidenciando pensamentos-chave, pontos fortes da mensagem.
b)
Ilustração. O pregador pode valer-se de um facto acontecido, um testemunho, uma
parábola ou uma história, para comover os ouvintes, levando o descrente à
conversão, e o crente à santificação, na unção do Espírito Santo.
c)
Aplicação. O pregador fala ao coração dos ouvintes, afim de que estes pratiquem
os ensinamentos ouvidos. É a parte mais difícil da conclusão. Depende muito
mais do Espírito Santo do que do pregador. Por isso, toda mensagem deve ter a
unção do Espírito Santo. Para isso, o pregador precisa
orar
muito e jejuar diante de Deus, para que a mensagem atinja seu alvo.
d) Apelo. Toda
pregação deve terminar com um apelo ou convite, seja para
pecadores, seja para a igreja. Um apelo na unção do
Espírito tem maravilhoso efeito no coração das pessoas. (exemplo: levantar a
mão, vir à frente, ficar de pé, curvar a cabeça e orar etc.)
A conclusão deve ser breve e simples, e com palavras adequadas, não dispersando do objetivo
de toda a pregação.
VI. TIPOS DE PREGAÇÕES
1. PREGAÇÃO TEMÁTICA (ou Tópica).
É aquela cujas divisões principais derivam do tema,
e não diretamente do texto bíblico. Isso não quer dizer que o tema não seja
bíblico, mas sim que a mensagem gira em torno do tema e não de uma passagem
específica. Porém para que a pregação temática seja bíblica, o tema deve ser
extraído da Bíblia.
Um tema, por exemplo, poderia ser a fé cristã. A
pregação, então não se basearia em apenas um texto bíblico, mas em diversos
versículos da Bíblia, pois a palavra fé se prolifera por toda a Escritura. A pregação
baseada neste tema poderia expor a fé dos patriarcas, a fé dos mártires, a fé
dos apóstolos, e assim por diante.
Exemplo:
Título: O
Poder de Deus
Hb.7:25,
Jd.24, Hb.2:18, Ef.3:20
Introdução
1.Deus é
um Ser Poderoso
2.A
Capacidade de Deus não tem limites
Deus pode
fazer tudo o que deseja porque para Ele nada é impossível
Quais são
as obras poderosas que Deus pode fazer?
Vamos
examinar quatro obras poderosas que Deus pode fazer
Desenvolvimento
I. Deus
pode salvar (Hb.7:25)
1.Porque
Jesus é o Fiador
2.Porque
Jesus é Sacerdote Eterno
Qual a
segunda obra poderosa que Deus pode fazer?
II. Deus
pode guardar (Jd.24)
1.Porque
Deus é Poderoso
2.Porque
Deus é Salvador
Qual a
terceira obra poderosa que Deus pode fazer?
III. Deus
pode socorrer (Hb.2:18)
1.Porque
Jesus também sofreu
2.Porque
Jesus também é Poderoso
Qual a
quarta obra poderosa que Deus pode fazer?
IV. Deus
pode fazer além do que pedimos (Ef.3:20)
1.Porque
Deus é infinitamente poderoso para fazer
2.Porque
o seu poder opera em nós
Conclusão
Não há
poder maior do que aquele que Deus usa em favor do seu povo
Essas
obras demonstram o poder de Deus:
1.Para
salvar,
2.Guardar
o salvo eternamente,
3.Socorrê-lo
em suas necessidades,
4.Operar
em seu favor com muita graça.
2. PREGAÇÃO TEXTUAL
A Pregação textual é aquela cujas divisões
principais derivam de um texto bíblico, constituído de uma porção breve da
Bíblia. O tema é extraído do próprio texto, e por isso o esboço das divisões
deve manter-se estritamente dentro dos limites do texto.
CARACTERÍSTICAS
DO SERMÃO TEXTUAL
a) Deve girar em torno de uma única ideia principal
da passagem, e as divisões principais devem desenvolver essa ideia.
b) As divisões podem consistir em verdades
sugeridas pelo texto.
c) As divisões devem, preferencialmente e quando
possível, vir em sequência lógica e cronológica.
d) As próprias palavras do texto podem formar as
divisões principais da pregação, desde que elas se refiram à ideia principal.
Título: O
Único Caminho para Deus
João 14:6
Introdução
1. Dizem
que há muitos caminhos para Deus
2. A
Bíblia diz que há caminhos que são caminhos de morte
Só há um
Caminho que conduz a Deus
Qual é o
Único Caminho para Deus?
A Bíblia
informa com clareza qual é o Caminho
Desenvolvimento
I. Jesus
é o Caminho
1.Jesus
não é "um" caminho
2.Jesus é
"o" Caminho
A Bíblia
também informa quem é a Verdade
II. Jesus
é a Verdade
1.Se
Jesus é a Verdade, podemos confiar nele
2.Há
muitas mentiras, mas uma única Verdade
A bíblia
também informa quem é a Vida
III.
Jesus é a Vida
1.Jesus
pode nos dar a vida eterna
2.Jesus é
o Autor da vida (At.3:15)
Só Jesus
pode nos levar a Deus. Não há outro Caminho.
Conclusão
1. Jesus
é o Caminho
2. Jesus
é a Verdade
3. Jesus
é a Vida
3. PREGAÇÃO EXPOSITIVA
É aquele em que as divisões se baseiam numa porção
mais extensa da Bíblia, não abrangendo um só versículo, mas uma passagem, um
capítulo, vários capítulos, ou mesmo um livro inteiro. Neste tipo de pregação,
é revelado um ensinamento contido num determinado texto bíblico. Exige tempo,
estudo e conhecimento bíblico.
Título:
Nosso Senhor Singular
Mateus
14:14-21
Introdução
1. O
carácter humano de Jesus
2. Sua
conduta perante os homens
Todo
crente deve procurar possuir o carácter Jesus Cristo em sua conduta
Quais
aspectos revelam o carácter de Jesus?
O texto
que acabamos de ler revela 3 aspectos do carácter de Jesus
Desenvolvimento
I.A
COMPAIXÃO DE JESUS
1.Demonstrada
em seu interesse pela multidão (v.14)
2.Demonstrada
em seu serviço à multidão (v.14)
O segundo
aspecto do carácter de Jesus é...
II.A
TERNURA DE JESUS
1.Demonstrada
em sua resposta graciosa aos discípulos (vv.15,16)
2.Demonstrada
em seu trato paciente com os discípulos (vv.17,18)
O
terceiro aspecto do carácter de Jesus é...
III.O
PODER DE JESUS
1.Manifesto
na alimentação da multidão (vv.19-21)
Devemos
alimentar os famintos com o pão da Palavra de Deus...
2.Exercido
mediante o serviço dos discípulos (vv.14-21)
Conclusão
Devemos
possuir o carácter de Jesus...
1. Como
Jesus devemos ser compassivos em nosso carácter
2. Como
Jesus devemos ser ternos em nosso carácter
3.
Devemos usar o poder que o Pai nos deu para levar a Palavra de Deus aos
perdidos
DIFERENÇA ENTRE SERMÃO EXPOSITIVO
E TEXTUAL
Na pregação textual as divisões principais oriundas
do texto são usadas como uma linha de sugestão, isto é, indicam a tendência do
pensamento a ser seguido na pregação, permitindo ao pregador extrair as subdivisões
ou ideias de qualquer parte das Escrituras. Já na pregação expositiva o
pregador é forçado a extrair todas as subdivisões e, é claro, as divisões
principais, da própria passagem que pretende explicar ou expor.
4. PREGAÇÃO BIOGRÁFICA
É um tipo específico de pregação que tem por objetivo
expor a vida de algum personagem bíblico como modelo de fé e exemplo de comportamento.
OBJERVAÇÃO: pregação expositiva é considerada,
pelos pregadores mais
proeminentes, o melhor tipo de pregação.
Ela possui uma série de vantagens sobre os outros
tipos. Uma dessas vantagens é que, justamente por se basear em uma porção
extensa das Escrituras, é possível obter diversas aplicações de um mesmo texto.
Vejamos
como exemplo o texto de Mateus 14:14-21
EXEMPLO 1
Este exemplo possui como tema "os atributos de
Jesus"
TÍTULO: NOSSO SENHOR SINGULAR
I.A COMPAIXÃO DE JESUS
1.Demonstrada em seu interesse pela multidão (v.14)
2.Demonstrada em seu serviço à multidão (v.14)
II.A TERNURA DE JESUS
1.Demonstrada em sua resposta graciosa aos
discípulos (vv.15,16)
2.Demonstrada em seu trato paciente com os
discípulos (vv.17,18)
III.O PODER DE JESUS
1.Manifesto na alimentação da multidão (vv.19-21)
2.Exercido mediante o serviço dos discípulos
(vv.14-21)
EXEMPLO 2: Este exemplo refere a mesma passagem
tendo "Cristo como o Supridor de nossas necessidades"
TÍTULO: VEJA DEUS OPERAR
I. CRISTO SE INTERESSA POR NOSSAS NECESIDADES
1.Tem compaixão de nós em nossas necessidades
(vv.14-16)
2. Ele nos considera em nossas necessidades quando
outros não se importam conosco (vv.15,16)
II. CRISTO, AO SUPRIR NOSSAS NECESSIDADES, NÃO SE
RESTRINGE PELAS CIRCUNSTÂNCIAS
1.Ele não
se restringe por nossa falta de recursos (vv.17,18)
2.Ele não
se restringe por qualquer outra falta (v.19)
III. CRISTO
SUPRE NOSSAS NECESSIDADES
1.Supre
nossas necessidades com abundância (vv.20)
2.Provê
muito mais do que o suficiente (vv.20,21)
EXEMPLO 3
Este
exemplo refere a mesma passagem sob o ponto de vista de "nossos
problemas"
TÍTULO:
RESOLVENDO NOSSOS PROBLEMAS
I.ÀS
VEZES NOS CONFRONTAM OS PROBLEMAS
1.Problemas
de grandes proporções (vv.14,15)
2.De
natureza imediata (v.15)
3.De
solução humana impossível (v.15)
II.CRISTO É ABUNDANTEMENTE CAPAZ DE SOLUCIONAR
NOSSOS PROBLEMAS
1.Sob a
condição de que lhe entreguemos nossos recursos limitados (vv.16-18)
2.Sob a
condição de que lhe obedeçamos sem questionar (vv.19-22)
EXEMPLO 4
Este
exemplo refere "a fé em relação com a necessidade humana"
TÍTULO:
RELACIONANDO A FÉ COM A NECESSIDADE HUMANA
I.O
DESAFIO DA FÉ
1.O
motivo do desafio (vv.14,15)
2. A substância
do desafio (vv.14,15)
II.A OBRA
DA FÉ
1.O
primeiro ato de fé (vv.17,18)
2.O
segundo ato de fé (vv.19)
III. A
RECOMPENSA DA FÉ
1.A
bem-aventurança da recompensa (v.20)
2.A
grandeza da recompensa (vv.20,21)
VII - QUALIDADES DO BOM PREGADOR
1. PERSONALIDADE
É o que caracteriza uma pessoa e a torna diferente
de outra. "É tudo quanto o indivíduo é". Na pregação, o pregador
demonstra que tem personalidade, quando se expressa, falando ou gesticulando,
de acordo com aquilo que ele é e não imitando outras pessoas.
De vez em quando, percebe-se pregadores, imitando
evangelistas famosos, dando gritos, pulando e correndo no púlpito, torcendo o
pescoço, ajeitando a gravata, falando rouco ou estridente. Isso é falta de
personalidade. É querer ser ator, imitador e não um instrumento nas mãos do
Espírito Santo.
Devemos
pregar debaixo da orientação do Espírito, evidenciando os traços do Seu
carácter!
2. ESPIRITUALIDADE.
Nessa
característica, podemos observar os seguintes aspectos:
a) Piedade:
É o sentimento
de devoção e amor pelos outros e pelas coisas de Deus. O pregador deve sentir
pelo Espírito as necessidades do auditório, principalmente dos pecadores. (1
Tm. 4.8; Hb 12.28).
b) Devoção:
É o
sentimento de dedicação às práticas ensinadas na Palavra de Deus. Na devoção, o
pregador busca inspirar-se na ORAÇÃO, na LEITURA DA BÍBLIA, e no LOUVAR A DEUS.
Existem, infelizmente, verdadeiros profissionais da pregação, técnicos, que
sabem pregar, mas não sabem orar, sabem gritar, mas não sabem amar as almas.
Pregam por interesse, por torpe ganância. Que os
Líderes de nossa Igreja não entrem por esse caminho. Conta-se que Moody, o
grande evangelista, orava uma hora para pregar cinco minutos. Enquanto isso,
existem pregadores que oram cinco minutos para pregarem uma hora!
c) Sinceridade: Reflete a
verdade contida na própria alma.
O pregador deve pregar aquilo que vive e viver
aquilo que prega (Tg. 2.12). Um Pastor reconhecido internacionalmente, pregava
bem e o povo o admirava. Mas, um dia, veio a público que este Pastor, que
ensinará tanto sobre casamento, tinha caído em adultério, destruindo o seu
ministério e envergonhando a Igreja de Cristo.
d) Humildade:
"Nenhum
pregador pode subir ao “púlpito” sem antes ter descido, pela oração e
quebrantamento, os degraus da humildade. (Ler Pv 15.33). Um jovem vivia
criticando quem ia pregar, dizendo que, se fosse ele, pregaria muito melhor. Um
dia, o pastor deu oportunidade ao moço para pregar.
Ele subiu ao púlpito, orgulhoso, sorridente. Tentou
achar um texto na Bíblia, de um lado para outro, e nada. Suou, pediu desculpa,
e desceu cabisbaixo. Sentou-se noutro lugar, junto a um irmão experiente, que,
percebendo sua tristeza, disse: "Rapaz, se tu tivesses subido como
desceste (humilde), terias descido como subiste (alegre) ". É uma grande
lição para todo pregador.
e) Poder:
Todo o
pregador precisa do Poder de Deus. S. Paulo disse que não pregava sabedoria
humana, mas poder (1 Co. 2.4-5). É preciso ter unção e graça para pregar. É
melhor uma pregação sem estrutura e técnica, mas na unção de Deus, do que
dentro da técnica, e sem poder. Isso só se consegue com oração, jejum, leitura
bíblica, e vida consagrada. Não se obtém num curso de Homilética.