terça-feira, 5 de julho de 2016

TECNICAS E FORMAS DE PREGAÇÃO

TECNICAS E FORMAS DE PREGAÇÃO

INTRODUÇÃO

A maioria das pessoas, quando ouve falar sobre quem poderá pregar a Palavra de Deus, pensa logo em Pastores ou Pregadores que estudaram numa Escola Bíblica ou Instituto Bíblico. Mas a Palavra de Deus é bem clara quando diz em Joel 2:28 e 29 e Marcos 16:15 que todos os crentes nascidos de novo poderão e deverão Pregar a Palavra de Deus. Neste sentido a visão da nossa Igreja é que cada crente é um líder, capaz e incumbido de pregar a Palavra de Deus.
Infelizmente, hoje, parece que a figura do "preletor oficial" inibiu muitos de falarem com ousadia a Palavra de Deus. Parece que há um receio de falar diante de um público que, certamente, é mais intelectualizado que há alguns anos. Jovens pregadores ficam embaraçados e cometem certos deslizes, que poderiam ser evitados.
Neste modesto trabalho, vamos dar apenas algumas sugestões, e não um estudo sobre a Homilética (Arte de Falar em Público).


I. O QUE É PREGAR?

É a comunicação verbal da Palavra de Deus aos ouvintes. É a transmissão do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo às pessoas que precisam ouvi-lo.
Vemos em I Co.2:4, que a pregação não é um simples acto de retórica, um discurso político ou uma estratégia de ensino para transferir conhecimentos. Ela e a "demonstração do Espírito e de poder..."


II. QUAL A FINALIDADE DA PREGAÇÃO?
É persuadir as pessoas a aceitarem a mensagem da Palavra de Deus para sua salvação (descrentes) ou para seu crescimento espiritual (crentes). Diante disso, o pregador precisa saber para quem está falando: Para crentes ou para descrentes?


III. CARACTERISTICAS DA PREGAÇÃO
a) OBJETIVIDADE
Refere-se ao alvo a atingir. Se pregamos para descrentes, desejamos que eles entendam que precisam crer em Jesus para ser salvos. Devemos orar muito, antes de pregar, para que o Espírito Santo convença as pessoas do seu pecado. Se isso acontecer, a pregação alcança seu alvo.
O centro da pregação deve ser Cristo e não o pregador. Há pregadores que se perdem e divagam quando ministram. Começam a falar do amor de Deus, passam a divagar sobre o Apocalipse, vão até Génesis, aos profetas e, no final, não sabem como sair do emaranhado de palavras. É preciso ter objetividade.

b) CONTEÚDO
O pregador deve procurar transmitir a mensagem de Deus às pessoas. Paulo disse: "Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei... I Co. 11:23" O mensageiro deve receber a mensagem de Deus e transmiti-la aos homens. Não deve ficar inventando mensagens, terias, filosofias para mostrar conhecimentos.

c) CONVICÇÃO
O pregador deve transmitir aquilo de que tem convicção, para que a mensagem seja aceita. Não deve falar sobre assuntos que desconhece ou que ainda tem dúvidas (como por exemplo o Livro de Apocalipse). Se o pregador mostrar dúvida relativamente aquilo que prega, ninguém receberá a sua mensagem.
Também tem de falar somente naquilo em que acredita e pratica, caso contrário cairá em descrédito. Tem que viver aquilo que prega.


IV. ASPECTOS DA PREGAÇÃO
a) ESPERAR EM DEUS
A primeira coisa antes do início da preparação da mensagem é esperar em Deus.
Ficar quieto na presença de Deus e ouvir a voz do Espírito Santo.
A verdadeira mensagem tem origem no coração e mente de Deus, o qual é a fonte de toda a verdade, sabedoria e poder. Por isso a primeira tarefa do pregador eficaz é aprender a receber os pensamentos de Deus.
O pregador deverá separar um tempo diário para buscar a face de Deus e ouvir a Sua doce e suave voz. Não devemos ir a Deus de manhã para receber a mensagem para a tarde. Devemos permitir uma oportunidade para que a mensagem de Deus produza o seu resultado em nós, antes de a transmitirmos aos outros.

b) A PALAVRA DE DEUS COMO BASE
A base da pregação deve ser a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Podemos dizer, em outras palavras que a base da pregação deve ser o TEXTO BÍBLICO. Ilustrações podem ser aproveitadas, desde que se relacionem com o tema da mensagem, mas não podem tomar o lugar da Palavra de Deus. Como um pregador que, não tendo êxito em "abalar" os ouvintes, contou uma história fantasiosa e roubou 80% do tempo destinado à mensagem.

c) QUE TEXTO ESCOLHER?
Podemos enumerar 6 requisitos que nos ajudam a escolher o texto:
1) Textos objetivos. Que despertem interesse e que atendam às necessidades espirituais das pessoas. (Com oração, o Espírito Santo mostrará o que deverá ser pregado).

2) Textos de fácil e clara interpretação. Devem-se evitar textos “obscuros” como Jd 6; Mt 27.52; 1 Pe 3.19-20 (exigem um estudo mais profundo).

3) Textos que expressem um pensamento completo. Não devemos escolher textos que falem de vários assuntos.

4) Textos dentro dos limites da capacidade do pregador. Isto é, textos que o pregador já conheça, saiba explicar e justificar com outras passagens bíblicas (II Ped. 1:20).

5) Textos que expressem o tema da pregação. Não devemos fugir do objetivo, devemos recorrer somente a textos que transmitam aquilo que Deus quer falar.

6) Textos cuja sequência seja de fácil acompanhamento pelo pregador e pelos ouvintes. Devemos evitar andar para trás e para a frente na bíblia referindo muitos versículos distintos e distantes.


V. A ESTRUTURA DA PREGAÇÃO
Toda pregação com esboço ou não, deve ser dividida, basicamente, em quatro partes:

1.TITULO
O pregador não se deve preocupar com o título no início do preparo da pregação, pois geralmente o título, assim como a introdução, poderá ser um dos últimos itens a ser preparado.

CARACTERÍSTICAS DO TÍTULO
a) O título deve ser interessante e atraente a fim de despertar a atenção dos ouvintes.
Para ser interessante ele deve relacionar-se com as necessidades das pessoas que ouvem a Pregação.

b) O título deve exprimir o tema da pregação.

c) O título deve ser decente e digno. Devem ser evitados títulos rudes que ofendem e causam apatia.

d) O título deve ser breve. Apenas uma pequena frase.

e) O título pode ser uma citação breve de um texto bíblico. Ou uma frase que resuma a ideia principal da pregação.

2. INTRODUÇÃO.
É a parte inicial da mensagem, pela qual o pregador procura conduzir a mente dos ouvintes para o tema de sua mensagem.

Uma boa introdução deve ser BREVE, SIMPLES, INTERESSANTE E APROPRIADA.

A introdução não deve ir além de 10% ou 15% do tempo da mensagem.
(Normalmente, o pregador sabe de quanto tempo dispõe).

3. DESENVOLVIMENTO DA MENSAGEM.
É a parte mais importante da mensagem. Ela deve conter a sequência das ideias a serem apresentadas. No desenvolvimento da mensagem, podemos ter:

a) Divisões (1º, 2º, 3º, etc.). As Divisões são o corpo da pregação. São as verdades espirituais divididas em partes sequenciais, distintas, mas interligadas ao tema da mensagem.

Características das divisões principais:

1. Devem ter unidade de pensamento.
2. Elas ajudam o pregador a lembrar-se dos pontos principais da mensagem.
3. Elas ajudam os ouvintes a recordarem-se dos aspectos principais da mensagem.
4. Elas devem ser distintas umas das outras.
5. Elas devem ter origem no tema da mensagem e desenvolvê-la progressivamente até o clímax da pregação.
6. Cada divisão deve ter apenas uma ideia ou ensino.
7. O número das divisões deve, sempre que puder, ser o menor possível. (três ou quatro pontos principais)

b) Transição de um ponto para outro. Deve ser progressivo até ao clímax da pregação. Deve-se evitar o excesso de floreios, de rodeios, ou de “conversa fiada”. Pois dispersa a atenção dos ouvintes da ideia principal.

4. CONCLUSÃO.
É o auge da pregação.
O seu clímax.
Nela, o pregador faz a Aplicação do que pregou no desenvolvimento da mensagem.
Na conclusão o pregador, pelo poder do Espírito Santo, deve chegar ao seu alvo que é atingir seus ouvintes e persuadi-los a praticarem e aplicarem às suas vidas a mensagem que ouviram. É a parte da pregação onde tudo o que foi dito anteriormente é reafirmado com mais intensidade e vigor, a fim de produzir maior impacto nos ouvintes. Sem uma boa conclusão, o que foi dito pode perder o brilho.

Uma conclusão pode ser feita através de:
a) Recapitulação. O pregador deve rever o que pregou, em resumo ou tópicos, evidenciando pensamentos-chave, pontos fortes da mensagem.

b) Ilustração. O pregador pode valer-se de um facto acontecido, um testemunho, uma parábola ou uma história, para comover os ouvintes, levando o descrente à conversão, e o crente à santificação, na unção do Espírito Santo.

c) Aplicação. O pregador fala ao coração dos ouvintes, afim de que estes pratiquem os ensinamentos ouvidos. É a parte mais difícil da conclusão. Depende muito mais do Espírito Santo do que do pregador. Por isso, toda mensagem deve ter a unção do Espírito Santo. Para isso, o pregador precisa
orar muito e jejuar diante de Deus, para que a mensagem atinja seu alvo.

d) Apelo. Toda pregação deve terminar com um apelo ou convite, seja para
pecadores, seja para a igreja. Um apelo na unção do Espírito tem maravilhoso efeito no coração das pessoas. (exemplo: levantar a mão, vir à frente, ficar de pé, curvar a cabeça e orar etc.)

A conclusão deve ser breve e simples, e com palavras adequadas, não dispersando do objetivo de toda a pregação.


VI. TIPOS DE PREGAÇÕES
1. PREGAÇÃO TEMÁTICA (ou Tópica).
É aquela cujas divisões principais derivam do tema, e não diretamente do texto bíblico. Isso não quer dizer que o tema não seja bíblico, mas sim que a mensagem gira em torno do tema e não de uma passagem específica. Porém para que a pregação temática seja bíblica, o tema deve ser extraído da Bíblia.
Um tema, por exemplo, poderia ser a fé cristã. A pregação, então não se basearia em apenas um texto bíblico, mas em diversos versículos da Bíblia, pois a palavra fé se prolifera por toda a Escritura. A pregação baseada neste tema poderia expor a fé dos patriarcas, a fé dos mártires, a fé dos apóstolos, e assim por diante.

Exemplo:
Título: O Poder de Deus
Hb.7:25, Jd.24, Hb.2:18, Ef.3:20

Introdução
1.Deus é um Ser Poderoso
2.A Capacidade de Deus não tem limites
Deus pode fazer tudo o que deseja porque para Ele nada é impossível

Quais são as obras poderosas que Deus pode fazer?
Vamos examinar quatro obras poderosas que Deus pode fazer

Desenvolvimento
I. Deus pode salvar (Hb.7:25)
1.Porque Jesus é o Fiador
2.Porque Jesus é Sacerdote Eterno

Qual a segunda obra poderosa que Deus pode fazer?

II. Deus pode guardar (Jd.24)
1.Porque Deus é Poderoso
2.Porque Deus é Salvador
Qual a terceira obra poderosa que Deus pode fazer?

III. Deus pode socorrer (Hb.2:18)
1.Porque Jesus também sofreu
2.Porque Jesus também é Poderoso
Qual a quarta obra poderosa que Deus pode fazer?

IV. Deus pode fazer além do que pedimos (Ef.3:20)
1.Porque Deus é infinitamente poderoso para fazer
2.Porque o seu poder opera em nós

Conclusão
Não há poder maior do que aquele que Deus usa em favor do seu povo

Essas obras demonstram o poder de Deus:
1.Para salvar,
2.Guardar o salvo eternamente,
3.Socorrê-lo em suas necessidades,
4.Operar em seu favor com muita graça.


2. PREGAÇÃO TEXTUAL
A Pregação textual é aquela cujas divisões principais derivam de um texto bíblico, constituído de uma porção breve da Bíblia. O tema é extraído do próprio texto, e por isso o esboço das divisões deve manter-se estritamente dentro dos limites do texto.

CARACTERÍSTICAS DO SERMÃO TEXTUAL
a) Deve girar em torno de uma única ideia principal da passagem, e as divisões principais devem desenvolver essa ideia.
b) As divisões podem consistir em verdades sugeridas pelo texto.
c) As divisões devem, preferencialmente e quando possível, vir em sequência lógica e cronológica.
d) As próprias palavras do texto podem formar as divisões principais da pregação, desde que elas se refiram à ideia principal.

Título: O Único Caminho para Deus
João 14:6

Introdução
1. Dizem que há muitos caminhos para Deus
2. A Bíblia diz que há caminhos que são caminhos de morte
Só há um Caminho que conduz a Deus

Qual é o Único Caminho para Deus?
A Bíblia informa com clareza qual é o Caminho

Desenvolvimento
I. Jesus é o Caminho
1.Jesus não é "um" caminho
2.Jesus é "o" Caminho
A Bíblia também informa quem é a Verdade

II. Jesus é a Verdade
1.Se Jesus é a Verdade, podemos confiar nele
2.Há muitas mentiras, mas uma única Verdade
A bíblia também informa quem é a Vida

III. Jesus é a Vida
1.Jesus pode nos dar a vida eterna
2.Jesus é o Autor da vida (At.3:15)
Só Jesus pode nos levar a Deus. Não há outro Caminho.

Conclusão
1. Jesus é o Caminho
2. Jesus é a Verdade
3. Jesus é a Vida


3. PREGAÇÃO EXPOSITIVA
É aquele em que as divisões se baseiam numa porção mais extensa da Bíblia, não abrangendo um só versículo, mas uma passagem, um capítulo, vários capítulos, ou mesmo um livro inteiro. Neste tipo de pregação, é revelado um ensinamento contido num determinado texto bíblico. Exige tempo, estudo e conhecimento bíblico.

Título: Nosso Senhor Singular

Mateus 14:14-21

Introdução
1. O carácter humano de Jesus
2. Sua conduta perante os homens
Todo crente deve procurar possuir o carácter Jesus Cristo em sua conduta

Quais aspectos revelam o carácter de Jesus?
O texto que acabamos de ler revela 3 aspectos do carácter de Jesus

Desenvolvimento
I.A COMPAIXÃO DE JESUS
1.Demonstrada em seu interesse pela multidão (v.14)
2.Demonstrada em seu serviço à multidão (v.14)
O segundo aspecto do carácter de Jesus é...

II.A TERNURA DE JESUS
1.Demonstrada em sua resposta graciosa aos discípulos (vv.15,16)
2.Demonstrada em seu trato paciente com os discípulos (vv.17,18)
O terceiro aspecto do carácter de Jesus é...

III.O PODER DE JESUS
1.Manifesto na alimentação da multidão (vv.19-21)
Devemos alimentar os famintos com o pão da Palavra de Deus...
2.Exercido mediante o serviço dos discípulos (vv.14-21)

Conclusão
Devemos possuir o carácter de Jesus...
1. Como Jesus devemos ser compassivos em nosso carácter
2. Como Jesus devemos ser ternos em nosso carácter
3. Devemos usar o poder que o Pai nos deu para levar a Palavra de Deus aos perdidos


DIFERENÇA ENTRE SERMÃO EXPOSITIVO E TEXTUAL

Na pregação textual as divisões principais oriundas do texto são usadas como uma linha de sugestão, isto é, indicam a tendência do pensamento a ser seguido na pregação, permitindo ao pregador extrair as subdivisões ou ideias de qualquer parte das Escrituras. Já na pregação expositiva o pregador é forçado a extrair todas as subdivisões e, é claro, as divisões principais, da própria passagem que pretende explicar ou expor.

4. PREGAÇÃO BIOGRÁFICA
É um tipo específico de pregação que tem por objetivo expor a vida de algum personagem bíblico como modelo de fé e exemplo de comportamento.

OBJERVAÇÃO: pregação expositiva é considerada, pelos pregadores mais
proeminentes, o melhor tipo de pregação.
Ela possui uma série de vantagens sobre os outros tipos. Uma dessas vantagens é que, justamente por se basear em uma porção extensa das Escrituras, é possível obter diversas aplicações de um mesmo texto.
Vejamos como exemplo o texto de Mateus 14:14-21

EXEMPLO 1
Este exemplo possui como tema "os atributos de Jesus"

TÍTULO: NOSSO SENHOR SINGULAR
I.A COMPAIXÃO DE JESUS
1.Demonstrada em seu interesse pela multidão (v.14)
2.Demonstrada em seu serviço à multidão (v.14)

II.A TERNURA DE JESUS
1.Demonstrada em sua resposta graciosa aos discípulos (vv.15,16)
2.Demonstrada em seu trato paciente com os discípulos (vv.17,18)

III.O PODER DE JESUS
1.Manifesto na alimentação da multidão (vv.19-21)
2.Exercido mediante o serviço dos discípulos (vv.14-21)

EXEMPLO 2: Este exemplo refere a mesma passagem tendo "Cristo como o Supridor de nossas necessidades"

TÍTULO: VEJA DEUS OPERAR
I. CRISTO SE INTERESSA POR NOSSAS NECESIDADES
1.Tem compaixão de nós em nossas necessidades (vv.14-16)
2. Ele nos considera em nossas necessidades quando outros não se importam conosco (vv.15,16)

II. CRISTO, AO SUPRIR NOSSAS NECESSIDADES, NÃO SE RESTRINGE PELAS CIRCUNSTÂNCIAS
1.Ele não se restringe por nossa falta de recursos (vv.17,18)
2.Ele não se restringe por qualquer outra falta (v.19)

III. CRISTO SUPRE NOSSAS NECESSIDADES
1.Supre nossas necessidades com abundância (vv.20)
2.Provê muito mais do que o suficiente (vv.20,21)

EXEMPLO 3
Este exemplo refere a mesma passagem sob o ponto de vista de "nossos problemas"

TÍTULO: RESOLVENDO NOSSOS PROBLEMAS
I.ÀS VEZES NOS CONFRONTAM OS PROBLEMAS
1.Problemas de grandes proporções (vv.14,15)
2.De natureza imediata (v.15)
3.De solução humana impossível (v.15)

II.CRISTO É ABUNDANTEMENTE CAPAZ DE SOLUCIONAR NOSSOS PROBLEMAS
1.Sob a condição de que lhe entreguemos nossos recursos limitados (vv.16-18)
2.Sob a condição de que lhe obedeçamos sem questionar (vv.19-22)


EXEMPLO 4
Este exemplo refere "a fé em relação com a necessidade humana"

TÍTULO: RELACIONANDO A FÉ COM A NECESSIDADE HUMANA
I.O DESAFIO DA FÉ
1.O motivo do desafio (vv.14,15)
2. A substância do desafio (vv.14,15)

II.A OBRA DA FÉ
1.O primeiro ato de fé (vv.17,18)
2.O segundo ato de fé (vv.19)

III. A RECOMPENSA DA FÉ
1.A bem-aventurança da recompensa (v.20)
2.A grandeza da recompensa (vv.20,21)


VII - QUALIDADES DO BOM PREGADOR
1. PERSONALIDADE
É o que caracteriza uma pessoa e a torna diferente de outra. "É tudo quanto o indivíduo é". Na pregação, o pregador demonstra que tem personalidade, quando se expressa, falando ou gesticulando, de acordo com aquilo que ele é e não imitando outras pessoas.
De vez em quando, percebe-se pregadores, imitando evangelistas famosos, dando gritos, pulando e correndo no púlpito, torcendo o pescoço, ajeitando a gravata, falando rouco ou estridente. Isso é falta de personalidade. É querer ser ator, imitador e não um instrumento nas mãos do Espírito Santo.
Devemos pregar debaixo da orientação do Espírito, evidenciando os traços do Seu carácter!

2. ESPIRITUALIDADE.
Nessa característica, podemos observar os seguintes aspectos:

a) Piedade: É o sentimento de devoção e amor pelos outros e pelas coisas de Deus. O pregador deve sentir pelo Espírito as necessidades do auditório, principalmente dos pecadores. (1 Tm. 4.8; Hb 12.28).

b) Devoção: É o sentimento de dedicação às práticas ensinadas na Palavra de Deus. Na devoção, o pregador busca inspirar-se na ORAÇÃO, na LEITURA DA BÍBLIA, e no LOUVAR A DEUS. Existem, infelizmente, verdadeiros profissionais da pregação, técnicos, que sabem pregar, mas não sabem orar, sabem gritar, mas não sabem amar as almas.
Pregam por interesse, por torpe ganância. Que os Líderes de nossa Igreja não entrem por esse caminho. Conta-se que Moody, o grande evangelista, orava uma hora para pregar cinco minutos. Enquanto isso, existem pregadores que oram cinco minutos para pregarem uma hora!

c) Sinceridade: Reflete a verdade contida na própria alma.
O pregador deve pregar aquilo que vive e viver aquilo que prega (Tg. 2.12). Um Pastor reconhecido internacionalmente, pregava bem e o povo o admirava. Mas, um dia, veio a público que este Pastor, que ensinará tanto sobre casamento, tinha caído em adultério, destruindo o seu ministério e envergonhando a Igreja de Cristo.

d) Humildade: "Nenhum pregador pode subir ao “púlpito” sem antes ter descido, pela oração e quebrantamento, os degraus da humildade. (Ler Pv 15.33). Um jovem vivia criticando quem ia pregar, dizendo que, se fosse ele, pregaria muito melhor. Um dia, o pastor deu oportunidade ao moço para pregar.
Ele subiu ao púlpito, orgulhoso, sorridente. Tentou achar um texto na Bíblia, de um lado para outro, e nada. Suou, pediu desculpa, e desceu cabisbaixo. Sentou-se noutro lugar, junto a um irmão experiente, que, percebendo sua tristeza, disse: "Rapaz, se tu tivesses subido como desceste (humilde), terias descido como subiste (alegre) ". É uma grande lição para todo pregador.

e) Poder: Todo o pregador precisa do Poder de Deus. S. Paulo disse que não pregava sabedoria humana, mas poder (1 Co. 2.4-5). É preciso ter unção e graça para pregar. É melhor uma pregação sem estrutura e técnica, mas na unção de Deus, do que dentro da técnica, e sem poder. Isso só se consegue com oração, jejum, leitura bíblica, e vida consagrada. Não se obtém num curso de Homilética.