quarta-feira, 27 de março de 2013
A MORTE DE ELISEU
Lição 13
A MORTE DE ELISEU
31 de março de 2013
Bebeto de Araújo
Evangelista – Missão Koinõnia de
Evangelismo
TEXTO ÁUREO
“E sucedeu que, enterrando eles um
homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e,
caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre
os seus pés”
(2 Rs 13.21).
VERDADE PRÁTICA
O último milagre relacionado à vida de Eliseu demonstra o poder e o
exemplo de um homem que ama e teme a Deus.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“E sucedeu que,
enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na
sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu,
reviveu e se levantou sobre os seus pés” (2 Rs 13.21).
O contexto histórico do nosso texto áureo
está retratando o episódio da ressurreição de um homem que ao ser lançado na
sepultura de Eliseu (850 à 850 a.C.), e ao tocar nos seus ossos, ressuscitou (2
Rs 13.20-21). O historiador Flávio Josefo descreve o texto da seguinte maneira:
“O
profeta pouco depois de ter falado assim, morreu. Era um homem de eminente
virtude e visivelmente ajudado por Deus. Viram-se os efeitos maravilhosos e
quase incríveis de suas profecias e sua memória ainda hoje é tida em grande
veneração por todos os hebreus. Fizeram-lhe um magnífico túmulo como merecia
uma pessoa que Deus tinha cumulado de tantas graças. Aconteceu que uns ladrões
depois de terem matado um homem, lançaram-no nesse túmulo. Esse corpo apenas
tocou o corpo do profeta, voltou à vida, ressuscitado, o que nos mostra que não
somente durante a vida, mas também depois da morte, ele tinha recebido de Deus
o poder de fazer milagres” (História dos Hebreus – Flávio Josefo, CPAD,
p. 210 – Vol. I).
Eliseu morreu e foi
sepultado, seu corpo se decompôs e seus ossos estavam no túmulo, mesmo assim,
Deus manifestou o seu poder e deu testemunho do caráter de Eliseu como o
profeta que vivifica (2 Rs 4.32-37. 1 Rs 17.17-24).
Este milagre sugere que a
influência de uma pessoa que anda com Deus não cessa automaticamente com a sua
morte, mas que depois disso sua memória, suas obras, sua vida exemplar, poderá
ser um manancial de vida espiritual para os outros (Jo 12.24; 2 Co 4.11-12).
No entanto, o fato de Deus
ter feito um milagre através dos ossos de Eliseu não justifica a veneração das
relíquias dos santos, conforme alega a Igreja Católica para dar suporte à sua
prática de veneração de relíquias.
Essa passagem não justifica a
veneração de relíquias, do mesmo modo que não justifica a veneração de
quaisquer outros meios físicos que Deus tenha utilizado como veículo na
realização de milagres — tais como a vara de Moisés, a serpente de bronze no
deserto, o lodo que Jesus utilizou para curar o homem cego ou as mãos dos
apóstolos usadas para curar enfermidades.
Na realidade, a Bíblia
condenou a utilização da serpente de bronze com a finalidade de idolatria. Na
campanha contra a idolatria de Judá, Ezequias "tirou
os altos, e quebrou as estátuas, e deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a
serpente de metal que Moisés fizera, porquanto até àquele dia os filhos de
Israel lhe queimavam incenso" (2 Rs 18.4).
Deus claramente ordenou ao
seu povo que não fizesse imagens de escultura, e nem se prostrassem diante
delas em um ato de devoção religiosa. Esse é o mesmo erro dos pagãos que "reverenciaram e adoraram à criatura em lugar do
Criador" (Rm 1.25).
A Bíblia nos proíbe, em
qualquer tempo, fazer ou mesmo "nos
curvar" diante de uma "imagem" de
qualquer criatura em um ato de devoção religiosa.
"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em
cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te
encurvarás a elas nem as servirás" (Êx 20.4,5, ênfases
adicionadas pelos autores). (Resposta
as Seitas - Norman G. Geisler e Ron Rhodes- CPAD - Casa Publicadora das
Assembleias de Deus).
RESUMO DA LIÇÃO 13
A MORTE DE ELISEU
I. A DOENÇA TERMINAL DE ELISEU
1.
A velhice de Eliseu.
2.
O sofrimento de Eliseu.
II. A PROFECIA FINAL DE ELISEU
1.
A ação de Deus na profecia.
2.
A participação humana na profecia.
III. O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU
1.
A eternidade e fidelidade de Deus.
2.
A honra de Eliseu.
IV. O LEGADO DE ELISEU
1.
Legado sócio-cultural.
2.
Legado Espiritual.
LEITURA
DIÁRIA
2
Rs 13.20 – A transitoriedade da vida
2
Rs 13.14 – O sofrimento humano
2
Rs 13.17 – O lado divino na profecia
2
Rs 13.18 – O lado humano na profecia
2
Rs 13.21 – O justo abençoa em todo tempo
2
Rs 13.23,25 - A fidelidade de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2
Reis 13.14-21.
14
- E Eliseu estava doente da sua doença de que
morreu; e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e chorou sobre o seu rosto, e
disse: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!
15
- E Eliseu lhe disse: Toma um arco e flechas. E
tomou um arco e flechas.
16
- Então, disse ao rei de Israel: Põe a tua mão
sobre o arco. E pôs sobre ele a sua mão; e Eliseu pôs as suas mãos sobre as mãos
do rei.
17
- E disse: Abre a janela para o oriente. E
abriu-a. Então, disse Eliseu: Atira. E atirou; e disse: A flecha do livramento
do SENHOR é a flecha do livramento contra os siros; porque ferirás os siros em
Afeca, até os consumir.
18
- E disse mais: Toma as flechas. E tomou-as.
Então, disse ao rei de Israel: Fere a terra. E feriu-a três vezes e cessou.
19
- Então, o homem de Deus se indignou muito contra
ele e disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido; então, feririas os
siros até os consumir; porém agora só três vezes ferirás os siros.
20
- Depois, morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as
tropas dos moabitas invadiam a terra, à entrada do ano.
21
- E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis
que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o
homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés.
Leitura
do Texto Biblico: 2 Reis 13:1-25
1.
No ano vinte e três de Joás,
filho de Acazias, rei de Judá, começou a reinar Jeoacaz, filho de Jeú, sobre
Israel, em Samaria, e reinou dezessete anos.
2.
E fez o que era mau aos
olhos do SENHOR; porque seguiu os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez
pecar a Israel; não se apartou deles.
3.
Por isso a ira do SENHOR se
acendeu contra Israel; e entregou-os na mão de Hazael, rei da Síria, e na mão
de Ben-Hadade, filho de Hazael, todos aqueles dias.
4.
Porém Jeoacaz suplicou
diante da face do SENHOR; e o SENHOR ouviu; porque viu a opressão de Israel,
pois o rei da Síria os oprimia.
5.
E o SENHOR deu um salvador a
Israel, e saíram de sob as mãos dos sírios; e os filhos de Israel habitaram nas
suas tendas, como no passado
6.
(Contudo não se apartaram
dos pecados da casa de Jeroboão, com que fez Israel pecar; porém ele andou
neles e também o bosque ficou em pé em Samaria).
7.
Porque não deixou a Jeoacaz,
do povo, senão só cinqüenta cavaleiros, dez carros e dez mil homens de pé,
porquanto o rei da Síria os tinha destruído e os tinha feito como o pó,
trilhando-os.
8.
Ora, o mais dos atos de
Jeoacaz, e tudo quanto fez, e o seu poder, porventura não está escrito no livro
das crônicas dos reis de Israel?
9.
E Jeoacaz dormiu com seus
pais, e o sepultaram em Samaria; e Jeoás, seu filho, reinou em seu lugar.
10.
No ano trinta e sete de
Joás, rei de Judá, começou a reinar Jeoás, filho de Jeoacaz, sobre Israel, em
Samaria, e reinou dezesseis anos.
11.
E fez o que era mau aos
olhos do SENHOR; não se apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão, filho de
Nebate, com que fez Israel pecar, porém andou neles.
12.
Ora, o mais dos atos de
Jeoás, e tudo quanto fez, e o seu poder, com que pelejou contra Amazias, rei de
Judá, porventura não está escrito no livro das crônicas dos reis de Israel?
13.
E Jeoás dormiu com seus
pais, e Jeroboão se assentou no seu trono; e Jeoás foi sepultado em Samaria,
junto aos reis de Israel.
14.
E Eliseu estava doente da
enfermidade de que morreu, e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e chorou sobre
o seu rosto, e disse: Meu pai, meu pai, o carro de Israel, e seus cavaleiros!
15.
E Eliseu lhe disse: Toma um
arco e flechas. E tomou um arco e flechas.
16.
Então disse ao rei de
Israel: Põe a tua mão sobre o arco. E pós sobre ele a sua mão; e Eliseu pôs as
suas mãos sobre as do rei.
17.
E disse: Abre a janela para
o oriente. E abriu-a. Então disse Eliseu: Atira. E atirou; e disse: A flecha do
livramento do SENHOR é a flecha do livramento contra os sírios; porque ferirás
os sírios; em Afeque, até os consumir.
18.
Disse mais: Toma as flechas.
E tomou-as. Então disse ao rei de Israel: Fere a terra. E feriu-a três vezes, e
cessou.
19.
Então o homem de Deus se
indignou muito contra ele, e disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido;
então feririas os sírios até os consumir; porém agora só três vezes ferirás os
sírios.
20.
Depois morreu Eliseu, e o
sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiram a terra à entrada do ano.
21.
E sucedeu que, enterrando
eles um homem, eis que viram uma tropa, e lançaram o homem na sepultura de
Eliseu; e, caindo nela o homem, e tocando os ossos de Eliseu, reviveu, e se
levantou sobre os seus pés.
22.
E Hazael, rei da Síria,
oprimiu a Israel todos os dias de Jeoacaz.
23.
Porém o SENHOR teve
misericórdia deles, e se compadeceu deles, e tornou-se para eles por amor da
sua aliança com Abraão, Isaque e Jacó, e não os quis destruir, e não os lançou
ainda da sua presença.
24.
E morreu Hazael, rei da
Síria e Ben-Hadade, seu filho, reinou em seu lugar.
25.
E Jeoás, filho de Jeoacaz,
tornou a tomar as cidades das mãos de Ben-Hadade, que ele tinha tomado das mãos
de Jeoacaz, seu pai, na guerra; três vezes Jeoás o feriu, e recuperou as
cidades de Israel.
2 Reis 13:1-25
INTERAÇÃO
Nesta última lição do trimestre
estudaremos os derradeiros dias do profeta Eliseu.
Ele foi um homem fiel ao Senhor
até o fim dos seus dias.
Todavia, como homem ele era
mortal.
Não temos como escapar, um dia
enfrentaremos a morte.
Porém, ela não nos assusta.
Eliseu começou bem seu
ministério profético e o encerrou também com excelência.
Ele viveu todos os seus dias
como servo do Senhor e com certeza pode declarar como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz,
me dará naquele Dia [...]” (2 Tm 4.7).
Que quando chegar o nosso dia, possamos
também declarar estas mesmas palavras.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conscientizar-se sobre a brevidade da vida e a eternidade de Deus.
Compreender a natureza da profecia final de Eliseu.
Explicar o propósito do último milagre de Eliseu.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor para a aula de hoje sugerimos que você
reproduza o quadro abaixo conforme as suas possibilidades. Utilize-o para
concluir a lição, fazendo um resumo geral da vida de um dos maiores profetas do
Antigo Testamento, Eliseu. Conclua enfatizando que o último milagre relacionado
à vida de Eliseu demonstra o poder e o exemplo de um homem que ama e teme a
Deus.
ELISEU
Pontos
fortes e êxitos
• Foi sucessor de Elias como profeta de Deus.
• Teve um ministério que durou mais de 50 anos.
• Teve um grande impacto sobre quatro nações:
Israel, Judá, Moabe e Síria.
• Foi um homem íntegro que não tentou
enriquecer-se à custa dos outros.
• Fez muitos milagres para ajudar aqueles que
estavam sofrendo necessidades.
Lições de
vida
• Aos
olhos de Deus uma medida de grandeza é a disposição para servir aos pobres como
também aos poderosos.
• Um substituto eficaz não só aprende com o
seu mestre; também constrói sobre as realizações de seu mestre.
Assim
termina a vida do profeta Eliseu.
Um grande
homem de Deus que nunca deixou de ser servo.
Começou
pondo água nas mãos de Elias (2 Rs 3.11), um gesto claro de sua presteza em
servir, e foi exaltado por Deus.
Mesmo sem
ter escrito uma linha, levanta-se como um dos maiores profetas bíblicos de
todos os tempos.
Devemos
imitá-lo em sua vida de serviço e amor a Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
PALAVRA
CHAVE
MORTE:
Término das atividades vitais do ser humano sobre
a terra.
Nesta lição,
acompanharemos os últimos passos do profeta Eliseu.
Constataremos
que Eliseu foi, de fato, um gigante espiritual.
Mas, como
todos os homens, estava sujeito às limitações comuns a todos os mortais —
nasceu, cresceu, envelheceu e morreu.
Fica,
portanto, em destaque o fato de que os homens fazem história, mas Deus é o
Senhor da história.
I. A DOENÇA TERMINAL DE ELISEU
1. A velhice
de Eliseu.
Um bom tempo
já se havia passado desde a última aparição do profeta de Abel-meolá no
registro bíblico (2 Rs 9.1).
De fato,
entre os capítulos 9 e 13 de 2 Reis, há um intervalo de aproximadamente
quarenta anos.
Os
estudiosos acreditam que, por essa época, Eliseu deveria estar com a idade
aproximada de oitenta anos.
Eliseu fora
chamado ainda jovem para o ministério profético, mas agora estava velho e
doente.
Às vezes,
idealizamos de tal forma os homens de Deus, que acabamos nos esquecendo de que
eles também são humanos.
Envelhecem,
adoecem e também morrem.
O texto
bíblico deixa bem patente o lado humano do profeta.
Fora um
grande homem de Deus e ainda o era, mas ainda assim era um homem.
2. O
sofrimento de Eliseu.
O mesmo
texto que trata da doença e velhice de Eliseu fala também do seu sofrimento (2
Rs 13.14,20).
Eliseu
estava doente, e isso sem dúvida causava-lhe algum sofrimento.
Eliseu
envelheceu e padeceu.
Mas o foco
aqui não é o sofrimento em si, mas como Deus trata o profeta nesse momento de
sua vida e como ele responde a isso.
Mesmo
alquebrado pela idade, Eliseu continuava com o mesmo vigor espiritual de antes.
Possuía
ainda a mesma visão da obra de Deus.
Em nada a
doença, ou quaisquer outras coisas, impediu-o de continuar sendo a voz
profética do Deus de Israel.
3.- Eliseu
morreu de uma doença.
O detalhe da
Palavra de Deus não nos permite ter equívocos: “Eliseu estava doente da sua
doença de que morreu” (2 Rs 13.14).
Esse verso
pode deixar constrangidos os proponentes da confissão positiva, que alegam que
um crente não pode ficar doente, e se estiver doente, é porque não tem fé ou
está em pecado.
Eliseu era
um homem de Deus.
Era um homem
de fé.
Realizou
muitos milagres.
Mas quando
chegou sua hora de partir, esse momento ocorreu porque o profeta ficara doente
e a doença o levou.
Entende-se
que Eliseu já era um homem de idade avançada, e que naturalmente seu organismo,
como o de outras pessoas dessa fixa etária, ficou propenso a fraquezas e
doenças.
Foi um fato
natural.
Precisamos
entender dois princípios claros:
a) que a
nossa obrigação é orar ao Senhor pedindo cura, e é Ele quem manda a cura para o
seu povo, conforme a sua vontade;
b) Em sua
soberania, Deus pode permitir que nossa partida para estar com Ele se dê de
diversas formas, inclusive por meio de doenças.
Ainda que
isso ocorra, não podemos pensar que a morte, para o cristão, é uma punição, mas
sim uma promoção para estar lado a lado com o Senhor.
Deus tem uma
forma de tratar com cada pessoa.
Elias foi
levado ao céu, vivo; Eliseu passou pela morte, mas ambos estão com o Senhor.
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A doença não
conseguiu impedir o profeta Eliseu de continuar sendo a voz profética do Deus
de Israel.
II. A PROFECIA FINAL DE ELISEU
1. A ação de
Deus na profecia.
Hoje está na
moda o jargão: “Eu profetizo sobre a tua vida”.
Embora muito
bonito e vestido de roupagens espirituais, tal jargão não passa de orgulho e
afetação humana.
Isso por uma
razão bem simples: nenhuma profecia, que se ajuste ao modelo bíblico, tem seu
ponto de partida no querer humano, mas na vontade soberana de Deus (2 Pe
1.20,21).
Eliseu, por
exemplo, refletindo os desígnios divinos, dizia ao profetizar: “Assim
diz o Senhor” (2 Rs 2.21; 3.16).
A expressão “flecha
do livramento do SENHOR” (2 Rs 13.17) possui sentido semelhante.
A profecia
tem sua origem em Deus e não no homem.
Eliseu não
profetizou para depois se inspirar, mas foi primeiramente inspirado para depois
profetizar (2 Rs 3.15).
2. A
participação humana na profecia.
Vimos que
uma profecia genuinamente bíblica tem sua origem em Deus.
Todavia, a
Escritura mostra também que existe a participação do homem nesse processo.
É o que
vemos em 2 Reis 13.14-19.
Joás visitou
Eliseu devido ao grande respeito que tinha pelo profeta, que estava próximo de
falecer.
Sua
saudação: ‘Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!’ (2 Rs 143.14), foi
a exclamação que o profeta pronunciou na ocasião em que Elias foi levado ao céu
(2 Rs 2.12).
O fato de Jeoás
utilizar esta expressão é uma indicação de que ele reconhecia a proximidade da
morte de Eliseu.
A ordem
relacionada ao uso do arco e das flechas estava relacionada com a Síria, que
era a nação que oprimia Israel.
Uma flecha
lançada em direção ao oriente simbolizava a vitória em Afeca; as setas lançadas
ao solo simbolizavam a vitória de Israel sobre a Síria.
A indignação
de Eliseu quanto à relutância do rei Jeoás de Israel em continuar a atirar as
suas flechas, símbolo do livramento do Senhor contra os sírios, é bastante
significativa.
Deixa clara
a decepção do profeta com a falta de discernimento e perseverança do rei.
Faltou fé a
Jeoás! Ele pensava certamente tratar-se de uma mera cerimônia na qual ele teria
apenas uma participação técnica.
A sua
vitória seria do tamanho da resposta que ele desse ao profeta.
Deveria ter
ferido a terra cinco ou seis vezes, mas fez apenas três.
Eliseu se
indignou muito contra Joás, por saber que confiar e se apoiar em outras nações
era uma atitude errada.
Era necessário
ter uma completa confiança em Deus para que fossem ajudados contra as nações
estrangeiras que procuravam oprimir Israel.
O poder
miraculoso associado aos ossos de Eliseu tinha a finalidade de mostrar a Jeoás
que o poder do Deus de Israel seria manifestado sobre a Síria, mesmo após a
morte do profeta.
Uma fé
tímida obtém uma vitória igualmente tímida.
Em o Novo
Testamento, o Senhor Jesus irá por em destaque essa verdade (Mt 9.29).
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
Aprendemos
mediante a última profecia de Eliseu que uma fé tímida obtém uma vitória
igualmente tímida.
III. O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU
1. A
eternidade e fidelidade de Deus.
É
interessante observarmos que o último milagre de Eliseu deu-se postumamente.
Eliseu já
estava morto quando ocorre algo que desafia a razão humana (2 Rs 13.20,21).
Essa
passagem revela pelo menos dois aspectos dos atributos de Deus — Deus é eterno.
Ele não
morre quando morre um homem de Deus, nem tampouco deixa de cumprir a sua Palavra
quando as circunstâncias parecem dizer o contrário.
Ao permitir
que o toque nos restos mortais de Eliseu desse vida a um morto, Deus mostrava
ao rei Jeoás que a morte de Eliseu não iria impedir aquilo que há algum tempo
ele havia prometido a ele.
Deus é fiel
e zela pela sua Palavra para a cumprir.
2. Eliseu
teve um ministério respeitado.
Ao longo de
sua vida, Eliseu teve contato direto com a escola de profetas em seus dias.
Foi um homem
que viu milagres em seu ministério, trouxe orientações a governantes e gozava
da honra de outros profetas.
E mesmo
depois de morto, realizou um milagre de ressurreição.
Este último
fato não nos permite crer que podemos rogar a “santos homens e mulheres” para
que nos ajudem em nossas dificuldades, pois se observarmos a narrativa dessa
ressurreição, não foi feito nenhum pedido ao “santo Eliseu” para que ele
ressuscitasse o homem morto que foi jogado em sua cova.
O fato
simplesmente aconteceu pelo poder de Deus, e não pela súplica direcionada a um
profeta que estava no céu e poderia interceder pelo morto a Deus.
Nossas
orações devem ser para o Senhor, e não para pessoas consideradas santas.
Nosso único
intercessor é o Senhor Jesus Cristo, o próprio Filho de Deus, e ninguém mais.
3.- A honra
de Eliseu.
Além da
fidelidade e da eternidade de Deus, que ficam bem patentes nesse último milagre
de Eliseu, há ainda mais uma lição que o texto deixa em relevo.
Aqui é
possível perceber que, mesmo morto, o nome de Eliseu continuaria a ser lembrado
como um autêntico homem de Deus.
Elias subiu
ao céu vivo, Eliseu deu vida mesmo estando morto.
Os
intérpretes destacam que esse milagre, envolvendo os restos mortais de Eliseu,
mostra que o Senhor possui planos diferenciados para cada um de seus filhos.
Portanto,
não devemos fazer comparações nem questionar os atos divinos (Jo 21.19-23).
A Bíblia
fala de homens, cujas ações continuam falando mesmo depois de haverem morrido
(Hb 11.4).
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
Mesmo depois
de morto, Eliseu foi lembrado como um autêntico homem de Deus.
IV. O LEGADO DE ELISEU
1. Legado
socio-cultural.
Já estudamos
que Eliseu supervisionava as escolas de profetas (2 Rs 6.1).
Esse sem
dúvida foi um dos seus maiores legados.
Todavia,
Eliseu fez muito mais; teve uma participação ativa na vida espiritual, moral e
social da nação.
Enquanto
Elias era um profeta do deserto, Eliseu teve uma atuação mais urbana.
Eliseu tinha
acesso aos reis e comandantes militares, e possuía influência suficiente para
deles pedir algum favor (2 Rs 4.13).
Como povo de
Deus, não podemos viver isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar
os menos favorecidos.
2. Legado espiritual.
Há uma
extensa lista de obras e milagres operados através do profeta Eliseu.
Sem dúvida,
eles demonstram seu grande legado.
Podemos
enumerar alguns:
- abertura
do Jordão (2 Rs 2.13,14);
- a
purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22);
- o azeite
da viúva (2 Rs 4.1-7);
- o filho da
sunamita (2 Rs 4.8-37);
- a panela
envenenada (2 Rs 4.38-41);
- a
multiplicação dos pães (2 Rs 4.42-44);
- a cura de
Naamã (2 Rs 5.1-19) e
- o machado
que flutuou (2 RS 6.1-7).
SINÓPSE DO TÓPICO (4)
Como povo de
Deus, não podemos viver isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar
os menos favorecidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluimos a
lição, fazendo um resumo geral da vida de um dos maiores profetas do Antigo
Testamento, Eliseu.
É importante
enfatizar que o último milagre relacionado à vida de Eliseu demonstra o poder e
o exemplo de um homem que ama e teme a Deus.
Assim termina
a vida do profeta Eliseu. Um grande homem de Deus que nunca deixou de ser
servo. Começou pondo água nas mãos de Elias (2 Rs 3.11), um gesto claro de sua
presteza em servir, e foi exaltado por Deus. Mesmo sem ter escrito uma linha,
levanta-se como um dos maiores profetas bíblicos de todos os tempos. Devemos
imitá-lo em sua vida de serviço e amor a Deus.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOARES, E. O Ministério Profético na
Bíblia: A voz de Deus na terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010
Comentário Bíblico Beacon. Volume 2, 1 ed., RJ: CPAD, 2005
LEBAR, L. E. Educação
que é Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
ZUCK, R. B. Teologia
do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
1. Faça um breve
comentário sobre a velhice de Eliseu.
R. Resposta
pessoal.
2. Por que Eliseu
se indignou contra o rei?
R. Por que o
rei não agiu com discernimento e fé.
3. De acordo com
a lição, qual o propósito do milagre operado postumamente por Eliseu?
R. Demonstrar
a fidelidade de Deus e o valor do profeta Eliseu.
4. Cite dois dos
legados do profeta Eliseu.
R. Cultural e
espiritual.
5. Cite pelo
menos três obras do legado de Eliseu.
R. Abertura
do Jordão (2 Rs 2.13,14); a purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22); o
azeite da viúva (2 Rs 4.1-7).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio
Bibliográfico
“Joás visitou
Eliseu devido ao grande respeito que tinha pelo profeta, que estava próximo de
falecer. Sua saudação: ‘Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!’,
foi a exclamação que o profeta pronunciou na ocasião em que Elias foi levado ao
céu (2 Rs 2.12). O fato de Joás utilizar esta expressão é uma indicação de que
ele reconhecia a proximidade da morte de Eliseu. A ordem relacionada ao uso do
arco e das flechas estava relacionada com a Síria, que era a nação que oprimia
Israel. Uma flecha lançada em direção ao oriente simbolizava a vitória em
Afeca; as setas lançadas ao solo simbolizavam a vitória de Israel sobre a
Síria.
Eliseu se
indignou muito contra Joás, por saber que confiar e se apoiar em outras nações
era uma atitude errada. Era necessário ter uma completa confiança em Deus para
que fossem ajudados contra as nações estrangeiras que procuravam oprimir
Israel. O poder miraculoso associado aos ossos de Eliseu tinha a finalidade de
mostrar a Joás que o poder do Deus de Israel seria manifestado sobre a Síria,
mesmo após a morte do profeta” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 2, 1
ed., RJ: CPAD, 2005, pp.360-61).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A morte de
Eliseu
Aqui chegamos
ao fim de todos os homens, mesmo aqueles que possuem um ministério tão marcante
quanto o de Eliseu: a morte. Tal qual Elias, Eliseu conheceu o fim do seus
dias. Desta lição, podemos tirar pelo menos duas grandes lições:
Eliseu morreu
de uma doença. O detalhe da Palavra de Deus não nos permite ter equívocos: “Eliseu
estava doente da sua doença de que morreu” (2 Rs 13.14). Esse verso pode deixar
constrangidos os proponentes da confissão positiva, que alegam que um crente
não pode ficar doente, e se estiver doente, é porque não tem fé ou está em
pecado. Eliseu era um homem de Deus. Era um homem de fé. Realizou muitos
milagres. Mas quando chegou sua hora de partir, esse momento ocorreu porque o
profeta ficara doente e a doença o levou. Entende-se que Eliseu já era um homem
de idade avançada, e que naturalmente seu organismo, como o de outras pessoas
dessa fixa etária, ficou propenso a fraquezas e doenças. Foi um fato natural.
Precisamos
entender dois princípios claros: a) que a nossa obrigação é orar ao Senhor
pedindo cura, e é Ele quem manda a cura para o seu povo, conforme a sua
vontade; b) Em sua soberania, Deus pode permitir que nossa partida para estar
com Ele se dê de diversas formas, inclusive por meio de doenças. Ainda que isso
ocorra, não podemos pensar que a morte, para o cristão, é uma punição, mas sim
uma promoção para estar lado a lado com o Senhor. Deus tem uma forma de tratar
com cada pessoa. Elias foi levado ao céu, vivo; Eliseu passou pela morte, mas
ambos estão com o Senhor.
Eliseu teve um
ministério respeitado. Ao longo de sua vida, Eliseu teve contato direto com
a escola de profetas em seus dias. Foi um homem que viu milagres em seu
ministério, trouxe orientações a governantes e gozava da honra de outros
profetas. E mesmo depois de morto, realizou um milagre de ressurreição. Este
último fato não nos permite crer que podemos rogar a “santos homens e mulheres”
para que nos ajudem em nossas dificuldades, pois se observarmos a narrativa
dessa ressurreição, não foi feito nenhum pedido ao “santo Eliseu” para que ele
ressuscitasse o homem morto que foi jogado em sua cova. O fato simplesmente
aconteceu pelo poder de Deus, e não pela súplica direcionada a um profeta que
estava no céu e poderia interceder pelo morto a Deus. Nossas orações devem ser
para o Senhor, e não para pessoas consideradas santas. Nosso único intercessor
é o Senhor Jesus Cristo, o próprio Filho de Deus, e ninguém mais.
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