segunda-feira, 19 de maio de 2014

As Viagens do Apóstolo Paulo

INTRODUÇÃO

Disse Henrietta C. Mears: "O maior empreendimento do mundo são as missões estrangeiras, e aqui temos o início dessa grande obra. A idéia originou-se exatamente como devia: numa reunião de oração". A lição de hoje é um estudo das missões transculturais, realizadas por Paulo.
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I. PRIMEIRA VIAGEM
1. A partida (13.4). O ponto de partida da primeira viagem de Paulo foi Antioquia da Síria (At 13.1-4). Barnabé e Marcos o acompanharam. Selêucia era uma cidade portuária, onde Paulo e seus companheiros embarcaram.
2. A campanha de Chipre. Chipre era a terra natal de Barnabé (At 4.36), região das primeiras atividades missionárias de Paulo. Em Salamina, anunciaram a Palavra de DEUS nas sinagogas (At 13.4,5). Depois, atravessaram a ilha até o outro extremo dela, chegando a Pafos (13.6-12), onde o apóstolo dos gentios pregou para o procônsul Sérgio Paulo e enfrentou Elimas, o mágico, que se opôs à pregação do Evangelho. Mas a mensagem divina triunfou e o encantador ficou cego por um determinado tempo.
3. Galácia do Sul (Pisídia e Licaônia). Depois, Paulo deixou a ilha e seguiu para o continente, passando por Perge, cidade da Panfilia. Marcos se assombrou com a hostilidade daquela sociedade pagã e voltou para a casa de sua mãe, em Jerusalém (13.13,14; 12.12). Na sinagoga de Antioquia da Pisídia, o apóstolo dos gentios pregou aos judeus.
Expulso de Antioquia da Pisídia, Paulo foi para Icônio (At 13.50; 14.1-5). Como as hostilidades era.m as mesmas da cidade anterior, havendo motim tanto dos judeus como dos gentios, foram para a região da Licaônia, e fundaram igrejas em Listra e Derbe.
A atividade missionária de Paulo em Listra resultou na cura de um coxo (14.8-10). Isso chamou a atenção das multidões, onde o apóstolo dos gentios aproveitou para anunciar a Palavra de DEUS. Os judeus de Antioquia da Pisídia e de Icônio o. atacaram, e ele foi arrastado da cidade, quase morto (At 14.19).
4. Fim da primeira viagem. Depois disso, Paulo e Barnabé foram para Derbe (14.20). De lá, retomaram ao ponto de partida, confirmando as igrejas em Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia (14.22) e estabelecendo pastores nativos em cada uma delas (14.23). Essa primeira viagem começou em 46 e terminou em 48 d.C. e ocupa os capítulos 13 e 14 de Atos.

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ll. SEGUNDA VIAGEM
1. Paulo e Barnabé se separam. Depois do Concílio de Jerusalém, Paulo resolveu empreender outra viagem. Era a segunda, com dois objetivos: visitar as igrejas que ele fundara durante a sua primeira missão e abrir novos campos de trabalho. Barnabé queria levar seu sobrinho Marcos, mas o apóstolo dos gentios não concordou com a idéia, pois aquele jovem havia voltado do meio do caminho, na vez anterior. Isso foi motivo para se separarem, apesar de terem continuado amigos.

2. Visitando as igrejas. Paulo e Silas partiram de Antioquia da Síria, de onde havia uma estrada que ia até Tarso e Ásia Menor. Portanto, nessa segunda viagem, o apóstolo dos gentios viajou por terra, atravessou a Cilícia, região onde se situava Tarso, sua terra natal, (não há registro de que ele tenha realizado trabalhos missionários em sua cidade), e seguiu direto para Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia, a fim de fortalecer as igrejas.
Em Listra, encontrou Timóteo e levou-o também. Os três atravessam a região frígio-gálata (região norte da Galácia). onde são "impedidos pelo ESPÍRITO SANTO de anunciar a palavra na Ásia" (At 16.6). Seguiram para Mísia e tentaram ir a Bitínia, "mas o ESPÍRITO de JESUS não lho permitiu" (At 16.7). Então, partiram para Trôade (At J 6.8).

3. Trôade e Neápolis. Antiga Tróia da Ilíada de Homero. Nessa
cidade, Paulo teve uma visão em que alguém lhe dizia: "Passa à Macedônia e ajuda-nos!" (16.9). Nessa localidade, Lucas se juntou à comitiva (16.10). Navegaram para Neápolis, durante dois dias de viagem, e chegaram a Filipos.

4. Filipos. Colônia romana e uma das principais cidades da Macedônia. Com essa visita, Paulo fundou a primeira igreja européia. Ao entrar, assim, neste continente, ele se deparou com outra realidade. Os romanos seriam uma nova experiência para o seu apostolado.
Nessa cidade, ele organizou uma igreja na casa de Lídia, vendedora de púrpura (16.14, 15). Nessa ocasião, libertou uma adivinha da opressão maligna e foi, por isso, para a cadeia, juntamente com Silas. O resultado foi a conversão do carcereiro (16.33, 34). Os direitos dos dois, como cidadãos romanos, foram desrespeitados. De lá, partiram para Tessalônica, passando por Anfípolis e Apolônia (At 17.1).
5. Tessalônica e Beréia. Tessalônica era a principal cidade da Macedônia. Sua população era constituída de gregos, romanos e judeus. Como de costume, o apóstolo procurou uma sinagoga, para iniciar seu trabalho. Paulo só ficou três semanas nessa localidade. por causa da perseguição (17,2,5). De lá, partiram para Beréia (v.10).
Os bereanos foram mais receptivos que os tessalonicenses e Paulo. na sinagoga, anunciou o Evangelho do Senhor JESUS. Como Beréia estava próxima de Tessalônica, não demorou muito, para que os mesmos judeus, os quais perseguiram o apóstolo, viessem também para aquela cidade. Assim, ele saiu às pressas e sozinho, indo para Atenas, deixando Silas e Timóteo naquela localidade (At 17.13-15).

6. Atenas. Paulo navegou para Atenas, o centro cultural do mundo grego. Lá, pregou para os filósofos estóicos e epicureus (duas escolas filosóficas muito em voga nos dias do apóstolo), e fundou uma igreja, como resultado dessa pregação, mas com um grupo muito pequeno.
De Atenas, partiu para Corinto (At 18.1). A maneira como Paulo descreveu o estado psicológico em que se encontrava, ao chegar naquela cidade (1 Co 2.1-5), mostra que a sua emoção ia muito além das palavras de Lucas, em Atos 17.32,33.

7. Corinto. Era a capital da Grécia, naqueles dias, com uma população de, aproximadamente, 500 mil habitantes. Paulo permaneceu ali. durante um ano e meio, onde ensinou a Palavra de DEUS (At 18.11). Morou na casa de Áquila (judeu do Ponto e expulso de Roma, por determinação de Cláudio) e Priscila, sua mulher.
De Corinto, em 52 d.C., ele escreveu 1 Tessalonicenses (1 Ts 3.6). Em menos de um ano, ele enviou. a segunda carta para a mesma igreja.
De lá, foi para Cencréia, cidade portuária, de onde partiu para sua base(18.18), com breve parada em Éfeso, navegando, em seguida, rumo a Cesaréia, de onde seguiu para Jerusalém e depois Antioquia da Síria (18.22). É o fim de sua segunda viagem.

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III. TERCEIRA VIAGEM
1. Éfeso. Paulo começou a terceira viagem a partir de Antioquia da Síria, como fez nas duas primeiras (At 13.2-4; 15.35-40; 18.23). Lucas omitiu detalhes dessa trajetória, até chegar a Éfeso.
a) Localização. CapitaI da Ásia Menor, era a cidade. mais importante da região, pois localizava-se no cruzamento das rotas comerciais. Nela, encontrava-se o templo da deusa Diana, chamada pelos romanos de Ártemis, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
b) Primeiros discípulos em.Éfeso. Por essa cidade havia passado Apolo (18.24) que foi instruído.por Áquila (18.26). Paulo encontrou nela um grupo de 12 novos convertidos, que conheciam apenas o batismo de João (19.1-7).

2. Regresso de Paulo. Novamente, Paulo viaja para Corinto, onde passou três meses (20.3), Aos coríntios ele escreveu duas cartas. De Éfeso, a primeira; e da Macedônia, a segunda, Nessa última visita a Corinto, escreveu a carta aos Romanos, em 58 d.C., à irmã Febe, de Cencréia; foi a portadora (Rm 16.1).
Na volta para Antioquia da Frígia, por terra, visitou as igrejas da Macedônia (20.1,2), até chegar a Mileto, depois de passar cinco dias em Filipos.
De Mileto, mandou chamar os anciãos da igreja em Éfeso, pois tinha pressa, e queria chegar o mais rápido possível a Jerusalém, para a festa de Pentecoste (20.16). Na praia local, fez o célebre discurso de despedida (20.17-38). Depois, segue para Cesaréia, passando pela Fenícia, e, em seguida, chega à Cidade Santa, onde é preso pelos judeus (At 21.1-8,27-36).

IV. QUARTA VIAGEM
1. Paulo é preso em Jerusalém. Isso aconteceu no Templo (21.27). Ele se defendeu diante do povo (21.40-22.2]) e do Sinédrio (22.3023.10). É enviado para Cesaréia, onde se apresenta diante de Félix (23.23-24.1-27), Festo e Agripa 11 (25.22-26-32).

2. Viagem para Roma. Como Paulo apelou para César (25.11; 26.32), na condição de prisioneiro romano, partiu de Cesaréia com destino a Roma (27.1-2). Foi uma viagem muito difícil. Era inverno, e o navio naufragou em Malta, onde esteve três meses (28.1-11). Até que chegou à capital do Império em 62 d.C.

3. Epístolas de Roma. Da capital do Império, escreveu as seguintes cartas: Efésios, Colossenses e Filemom, em 62 d.C.; Filipenses, em 63 d.C. Entre 67 e 68: 2 Timóteo, após o incêndio de Roma, quando estava preso pela segunda vez, durante a sua condicional. Em 64 d.C., escreveu da Macedônia: 1 Timóteo e a epístola a Tito.

CONCLUSÃO
Se Paulo vivesse em nossos dias, teria passaporte turco, pois Tarso situa-se hoje na Turquia. Será que, como cidadão deste país, ele permitiria que fosse uma das nações menos evangelizadas do mundo? A sua população é de 61 milhões de habitantes (1995), com 99,8% de muçulmanos. Os evangélicos não chegam aos 0,02%. Eis aí o desafio para as igrejas que querem imitar o apóstolo dos gentios! (1 Co 11.1).

ENSINAMENTOS PRÁTICOS
1. Paulo não possuía os recursos de que dispomos na atualidade e fez muito mais do que todos nós juntos. Ele andava, na maioria das vezes,a pé, ou em velhas embarcações marítimas, ocasião em que enfrentou diversos perigos, tanto dos salteadores, nas estradas, como nos mares, por causa das tempestades e dos piratas.
2. Em todas as viagens que empreendeu, Paulo defrontou-se com muitas perseguições. Uma vez, foi apedrejado até considerarem-no morto. Em Filipos, apesar de ser um cidadão romano, foi despido e apanhou publicamente. No entanto, em vez de reclamar, na prisão daquela localidade, glorificou a DEUS e ganhou o carcereiro para JESUS.
3. Paulo, por tudo o que sofreu, durante o exercício do seu ministério como apóstolo dos gentios, tornou-se o modelo para todos nós. Basta, agora, descruzarmos os braços, orarmos, buscarmos a direção divina e realizarmos a obra que o Senhor JESUS nos confiou, desde o momento em que o aceitamos como nosso Salvador.


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