Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2013
Título: Sabedoria de Deus para uma vida
vitoriosa — A atualidade de Provérbios e Eclesiastes
Comentarista: José Gonçalves
Lição
4: Lidando de forma correta com o
dinheiro
TEXTO ÁUREO
“Compra a verdade e não a vendas; sim, a
sabedoria, e a disciplina, e a prudência” (Pv 23.23).
COMENTÁRIO DO
TEXTO ÁUREO
“Compra a verdade e não a vendas; sim, a sabedoria, e a disciplina,
e a prudência” (Pv 23.23).
Nosso
texto áureo está em Provérbios 23.23, este pequeno versículo aponta para o
valor que tem a verdade. O Senhor Jesus falando em parábolas em Mateus 13.44-46
declara que a busca pelo Reino de Deus é “...semelhante a um
tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele,
vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo”. (Mateus 13.44) e “...é semelhante ao
homem negociante que busca boas pérolas; e, encontrando uma pérola de grande
valor, foi, vendeu tudo quanto tinha e comprou-a”. Pela verdade devemos vender tudo o que temos e nos
firmarmo-nos nela e não abrimos mão dela.
Comprar
a verdade tem o significado figurado de adquirir algo de grande valor, que
jamais deve ser vendido. Quando compreendemos o grande valor da fé que uma vez
foi dada aos santos, então jamais negociamos a verdade, jamais abrimos mão
dela.
No
livro O Peregrino de John Bunyan, o peregrino e seu companheiro,
passam pela Feira da Vaidade, mas ela não os impressiona,
mesmo tendo toda a espécie de vaidade: “Por
esta razão encontram-se na feira todas as mercadorias: casas, terras, negócios,
empregos, honras, títulos, países, reinos, concupiscências, prazeres; e toda a
espécie de delícias, tais como, prostitutas, esposas, maridos, filhos, amos,
criados, vida, sangue, corpos, almas, prata, ouro, pérolas, pedras preciosas e
muitas outras coisas. Também ali se encontram, constantemente, enganos, jogos,
diversões, arlequins, teatros, divertimentos e tratantes de toda a qualidade. E
não é só isso. Também ali há, gratuitamente, roubos, mortes, adultérios,
perjúrios, falsos testemunhos de toda a classe de gravidade...” – O
Peregrino – Imprensa Metodista – 19ª Edição – 1992 – pg.125. No
decorrer da história o peregrino e seu companheiro passam pela Feira da Vaidade
ocorrendo o seguinte episódio: “Um dos da
feira, querendo zombar destes homens, perguntou-lhes com insolência: Que queres
comprar? E eles, encarando-o com muita seriedade, responderam: “Compramos a
verdade” (Pv 23.23) – O Peregrino – Imprensa Metodista –
19ª Edição – 1992 – pg.126. Ou seja, têm a verdade, não precisa dos prazeres do
mundo, que jaz no maligno.
Comprar
a verdade é ter encontrado a salvação em Jesus Cristo (Jo 14.6), e jamais
vender, ou seja, deixar o Senhor Jesus, pelos muitos motivos ou prazeres deste
mundo.
Outra perspectiva
bastante edificante é o texto do Pastor Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez - Pastor
Titular da Igreja Batista Betel: “Compra a verdade e
não a vendas... Encontraram-se a paz e a verdade, a justiça e a paz se
beijaram” (Provérbios 23.23; Salmo 85.10).
Vivemos
em um mundo onde a verdade perdeu o seu lugar. Os filhos, ainda pequenos,
aprendem a mentira com os pais que muitas vezes os mandam dizer que ‘não estão
em casa’ ou então que estão ocupados. No trabalho os funcionários são praticamente
obrigados a mentir a fim de vender produtos ou fechar grandes negócios.
Atrasos
são justificados com mentiras do tipo ‘o carro quebrou ou o trânsito estava
ruim’ e por aí as coisas vão. A sociedade, como declarou Reddin em Confronto de
Poderes, está tão impregnada pela mentira que em alguns momentos não se sabe
mais o que é verdade e quando se sabe, ainda assim se opta pela mentira. É como
a resposta de um sábio a um de seus discípulos quando este perguntou acerca do
valor da verdade: ‘a verdade vale tudo ou nada – depende de quem a escuta.’
Se na
sociedade a verdade perdeu o seu lugar não pode acontecer o mesmo dentro da
Igreja, ou seja, na vida do crente. Sendo transformados pelo Senhor Jesus Cristo
não podemos viver mentindo (Efésios 4.25). Estamos no mundo, mas não somos do
mundo (João 15.19). Não pode haver dubiedade em nossas palavras e intenções
(Mateus 5.37). Como diz o verso citado acima, devemos ‘comprar’ e não ‘vender’
a verdade.
O que é
na prática ‘vender’ a verdade? Vender a verdade é ocultar informações que dão
contexto àquilo que se diz. É a famosa ‘meia-verdade.’ É dizer apenas aquilo
que interessa e sustenta meus argumentos, negando ou simplesmente omitindo o
que não gosto ou o que não me favorece. Quantas vezes nos utilizamos desse artifício
para prejudicar e transformar situações. Situações fora de contexto ganham
contexto próprio e são interpretadas não à luz dos acontecimentos do modo como
de fato ocorreram, mas sim do modo como queremos que eles sejam compreendidos.
Vender
a verdade é aumentar fatos e dar retoques pessoais que vão aos poucos modificando
cenas, frases e sentimentos. Phillip Yancey em O Deus invisível diz que raramente
reproduzimos com fidelidade o que vimos e ouvimos. Temos a tendência humana de
expressar nossa opinião e fazemos isso incluindo detalhes que existem em nossa
mente, mas que na verdade os olhos não viram e os ouvidos não ouviram. Daí surgem
as fofocas, maledicências e seus derivados. E, em uma cadeia diabólica, a verdade
se transforma em mentira e é propagada de modo destrutivo e terrível.
Vender
a verdade é inventar histórias. É literalmente mentir. O pai da mentira é o diabo
(João 8.44) de modo que é inconcebível um crente em Jesus Cristo mentir. Não importa
o motivo. Não existe ‘mentira-branca’ ou ‘mentirinha.’ Quando minto traio a minha
consciência e também o meu compromisso com Deus. Isso sem falar da pessoa que
ouviu a mentira. Mentiras, no entender de Ralph Riggs em Fale a Verdade, é um câncer
que destrói o caráter e corrompe a moral.
Vender
a verdade é ficar em silêncio e concordar com a mentira. É apoiar o que se sabe
não corresponder a verdade dos fatos. Existe o pensamento incorreto de que ficando
calada a pessoa não se compromete. É isso mesmo? Obviamente que não. O silêncio
na hora errada fala mais alto do que as palavras. Concordar com a mentira é ser
solidário, mesmo que no silêncio. A intenção do silêncio muitas vezes é tão
maligna como a do que está mentindo.
Vender
a verdade é usar os outros para afirmar, justificar ou mesmo assumir a autoria
da mentira. É ser um incendiário que aparece para ajudar o Corpo de Bombeiros a
apagar o fogo que ele mesmo iniciou.
Precisamos
comprar a verdade sempre. E isso tem um preço. O preço das lágrimas, do
descontentamento, da espera e até mesmo da confiança em Deus, mesmo que seja
preciso aguardar o tempo dEle e não o nosso. Há também o preço da unidade do
Corpo de Cristo que não pode ser quebrada pelo mexeriqueiro, fofoqueiro e
rebelde que, como louco, usa as palavras para destruir e não edificar
(Provérbios 26.18, 19).
Ao
comprarmos a verdade estaremos nos associando, conforme diz o verso citado
acima, à paz. Verdade e paz andam juntas. Por outro lado, mentira e guerra também
andam juntas. A mentira traz guerra pois para isso foi criada. A melhor maneira
de destruir a paz é mentir. A melhor maneira de promover a paz é falar a
verdade.
Boatos,
fofocas, maledicências e mentiras em geral não precisam de esclarecimento e sim
de arrependimento. O semeador de contendas precisa de juízo pois traz prejuízo
à Obra de Deus. Mas também precisa de misericórdia e graça, pois mentindo a
pessoa se afastará cada vez do referencial da verdade que é a Palavra de Deus
(João 17.17).
A
bíblia diz em Provérbios 26.20 que “sem lenha, o fogo
se apaga; e, não havendo maldizente, cessa a contenda.” Assim
sendo, diante de maledicência, mentira, invenções, boatos e outras
perversidades da língua, a melhor alternativa é ‘apagar o fogo.’ Também a em
Provérbios 20.19b temos a orientação de que “O
mexeriqueiro revela o segredo; portanto, não te metas com quem muito abre os
lábios.” Vale a pena seguir essas orientações.
A
verdade custa caro mas vale a pena você comprá-la com sua dignidade, bom senso,
respeito, honestidade, ética e outros valores que cabem a um crente.
Compre-a.
Não seja seduzido pela mentira e todas suas vertentes. Deste que pretende
continuar se guiando pela verdade e o incentiva a fazer o mesmo. (http://prgimenez.dominiotemporario.com/doc/OPREODAVERDADE.pdf).
VERDADE PRÁTICA
Quando o dinheiro não é dominado como servo, mas
domina como senhor, transforma-se num grande e terrível tirano.
LEITURA DIÁRIA
Pv
11.15 – Advertência contra
a fiança
Pv
22.26,27 – Advertência
acerca do crédito
Pv
28.8 – Advertência contra
a usura
Pv 17.16 – Advertência contra o tolo
Pv
23.23 – Buscando virtudes
Fp 4.19 – Buscando a suficiência em Cristo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 6.1-5.
1 - Filho meu, se ficaste por fiador do teu companheiro,
se deste a tua mão ao estranho,
2 - enredaste-te com as palavras da tua boca,
prendeste-te com as palavras da tua boca.
3 - Faze, pois, isto agora, filho meu, e livra- te,
pois já caíste nas mãos do teu companheiro: vai, humilha-te e importuna o teu
companheiro;
4 - não dês sono aos teus olhos, nem repouso às
tuas pálpebras;
5 - livra-te, como a gazela, da mão do caçador e,
como a ave, da mão do passarinheiro.
INTERAÇÃO
O amor ao dinheiro desperta o lado
mais primitivo do ser humano. Por dinheiro, as pessoas mentem, golpeiam,
dissimulam, roubam, matam, etc. Por dinheiro os homens constroem impérios sem
prestar atenção na pobreza estabelecida ao redor deles. Por dinheiro pessoas
lucram através do suor do rosto alheio, apesar de a Bíblia dizer que o homem
viveria do suor do próprio rosto. Enfim, o apego ao dinheiro é o elemento
responsável por muitas tragédias humanas. À luz do ensino de Provérbios,
devemos munir-nos da sabedoria divina em relação ao dinheiro para não
cometermos as mesmas injustiças que os homens sem Deus cometem.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Definir
fiador, empréstimo, usura e suborno.
- Decidir
usar corretamente o dinheiro.
- Buscar
o equilíbrio financeiro.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, providencie para a aula de hoje revistas
antigas e jornais que tenham matérias ou artigos a respeito de escândalos
financeiros (agiotagem, corrupção, etc).
Divida a turma em quatro grupos. Solicite aos
alunos que eles façam uma pesquisa sobre escândalos financeiros utilizando as
revistas e jornais. Reúna os grupos novamente e dê três minutos para cada grupo
relatar a matéria escolhida. Em seguida, pergunte a opinião deles sobre o caso.
Ouça as respostas. Conclua a tarefa afirmando que praticar atos ilícitos para
obter dinheiro não compensa, pois é um grave pecado contra Deus e contra o
próximo!
COMENTÁRIO
introdução
PALAVRA CHAVE
DINHEIRO:
Meio de
pagamento, na forma de moedas e cédulas, emitido e controlado pelo governo de
cada país.
Guerras, assassinatos, fomes e violência. Tanto no
passado como no presente, podemos afirmar que boa parte desses males tem como
causa primária o amor ao dinheiro. De fato, é o que as Escrituras afirmam em 1
Timóteo 6.10. Já vimos que ser rico e possuir bens não é errado, pois “a bênção
do Senhor é que enriquece” (Pv 10.22).
Todavia, amar o dinheiro significa torná-lo nosso
senhor em vez de nosso servo. Isto traz um grande mal, pois na condição de
senhor o dinheiro torna-se um tirano cruel. Por isso, nesta lição, aprenderemos
como usar o dinheiro de forma que ele venha a glorificar a Deus.
I. O CUIDADO COM AS FIANÇAS E
EMPRÉSTIMOS
1. O Fiador. O Dicionário Aurélio define o
fiador como “aquele que fia ou abona alguém, responsabilizando-se pelo
cumprimento de obrigações do abonado; aquele que presta fiança”. O crente deve
ter cuidado ao afiançar ou avalizar alguém, pois como diz o sábio, poderá
sofrer “severamente aquele que fica por fiador do estranho” (Pv 11.15).
Tenha cuidado com o cartão de crédito e com o
famoso “cheque emprestado”. Este último se não houver fundos para cobri-lo, na
data da apresentação, você será cadastrado na lista de emitentes de cheques sem
fundos. Siga a recomendação do sábio, evite esse tipo de problema e esteja
“seguro” (Pv 11.15).
2. Empréstimo. O Dicionário Aurélio
auxilia-nos também na definição do termo emprestar: “Confiar a alguém (certa
soma de dinheiro, ou certa coisa), gratuitamente ou não, para que faça uso
delas durante certo tempo, restituindo depois ao dono”. Sobre isso, o conselho
encontrado em Provérbios é atualíssimo: “Não estejas entre os que dão as mãos e
entre os que ficam por fiadores de dívidas. Se não tens com que pagar, por que
tirariam a tua cama de debaixo de ti?” (Pv 22.26,27).
Não há nada de errado em emprestar,
ou tomar emprestado, desde que se cumpra o compromisso firmado. Comprou? Pague!
Tomou emprestado? Devolva! Quem compra e não paga, toma emprestado e não devolve,
age desonestamente para com a pessoa que lhe deu crédito e desonra o nome do
Senhor.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O cristão deve ter prudência ao decidir
ser um fiador ou efetuar um empréstimo.
II. O CUIDADO COM O LUCRO FÁCIL
1. Evitando a usura. A prática de emprestar dinheiro a
juros é bem antiga. Para Milton C. Ficher, erudito em Antigo Testamento, a
legislação de Deuteronômio 23.19,20 já proibia a prática de se “emprestar com
usura” (“juros” na ARA). Mas não apenas dinheiro, também comida e “qualquer
coisa que se empreste à usura”.
Os termos hebraicos neshek e nashak aludem a qualquer tipo de cobrança
abusiva feita por ocasião do pagamento da dívida. O princípio de não cobrar
juros aos seus irmãos devia ser observado pela nação israelita. Sobre isso e
acerca de quem habitaria o tabernáculo do Altíssimo, Davi advertiu solenemente
(Sl 15.5).
A legislação brasileira prevê que o crime de usura,
ou agiotagem, ocorre quando os juros cobrados por particulares forem maiores
que os praticados pelo Mercado Financeiro e permitido por lei. Portanto,
agiotagem é crime! É pecado!
2. Evitando o suborno. De acordo com os léxicos, subornar é
“dar dinheiro ou outros valores a, para conseguir coisa oposta à justiça, ao
dever ou à moral”. Subornar é corromper para ganhar vantagens. A imprensa
veicula constantemente exemplos de pessoas que receberam suborno quando
deveriam zelar pelo cumprimento de suas obrigações.
A Palavra de Deus afirma que aquele que aceita
suborno secretamente perverte o caminho da justiça (Pv 17.23). O cristão não
pode aceitar suborno nem muito menos pagá-lo, pois ele anda na luz e precisa
honrar a Deus em todas as áreas de sua vida. A prática do suborno é uma
perigosa armadilha. O que se apresenta como lucro hoje, amanhã se revelará numa
perda irreparável. Por isso, atentemos ao conselho de Provérbios (Pv 17.23 —
ARA).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A Bíblia rechaça a prática do lucro
fácil que advém da usura e do suborno.
III. O USO CORRETO DO DINHEIRO
1. Para promover valores espirituais. Um dos melhores conselhos sobre a
promoção dos valores espirituais pode ser encontrado em Provérbios: “Compra a
verdade e não a vendas; sim, a sabedoria, e a disciplina, e a prudência” (Pv
23.23). Aquilo que é eterno custa caro e, por isso, poucos têm interesse nesse
investimento.
Para Judas foi mais fácil vender Jesus do que se
desfazer de sua cobiça. O mesmo aconteceu com os irmãos de José. Venderam-no
para o Egito por um punhado de dinheiro (Gn 37.1-36). Hoje, muitos crentes
estão negociando a sua herança espiritual e moral, trocando-a por coisas
pecaminosas. Por que não investir o dinheiro naquilo que promove a sabedoria, a
instrução e o conhecimento? Cuidado! Não desperdice o seu salário com
futilidades. Adquira somente o que glorifica a Deus e honra o Evangelho de
Cristo.
2. Para promover o bem-estar social. Para o pobre, o dinheiro mal dá para
suprir as necessidades mais elementares e básicas. Felizmente, o dinheiro não é
o único valor que realmente conta, pois “melhor é o pobre que anda na sua
sinceridade do que o de caminhos perversos, ainda que seja rico” (Pv 28.6).
Entretanto, há muitos crentes com dinheiro, e muito
dinheiro, mas que não o utilizam para honrar a Deus e ajudar ao próximo. Eles
não trazem os seus dízimos à Casa do Senhor, não ofertam, não contribuem com a
obra missionária, não investem em obras sociais e nem do bem-estar da própria
família cuidam. A estes as Escrituras chamam de insensatos (Pv 17.16 — ARA). Os
tais ainda não leram o conselho do sábio: “Porque as riquezas não duram para
sempre; e duraria a coroa de geração em geração?” (Pv 27.24). Quando morrerem,
outros irão usufruir o que eles deixarem!
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O conselho bíblico diz que o uso do
dinheiro deve promover valores espirituais e o bem estar social.
IV. BUSCANDO O EQUILÍBRIO FINANCEIRO
1. Buscando a suficiência. Em Provérbios 30.8,9, o sábio ensina
o sentido de ter uma vida financeira suficiente, isto é, nem pobreza nem
riqueza. Esse ponto de equilíbrio define bem o que é ter uma vida próspera na
perspectiva bíblica. É ter a suficiência, como ensinou o apóstolo Paulo (Fp
4.19). Essa suficiência mantém nossa vida equilibrada. Ela não permite o muito
tornar-se excesso nem o pouco virar escassez. Atentemos ao conselho do sábio!
2. Buscando o que é virtuoso. Para o sábio, há coisas que superam
o valor do dinheiro: “Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que
adquire conhecimento. Porque melhor é a sua mercadoria do que a mercadoria de
prata, e a sua renda do que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que os rubins;
e tudo o que podes desejar não se pode comparar a ela” (Pv 3.13-15).
A sabedoria, como bem espiritual, em muito supera o
dinheiro, pois para o sábio, a riqueza do verdadeiro saber não se compara com a
mais bela e cobiçada joia. É incomparável o seu valor (Pv 8.11). Diz ainda
Salomão: “Mais digno de ser escolhido é o bom nome do que as muitas riquezas; e
a graça é melhor do que a riqueza e o ouro” (Pv 22.1).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Uma vida financeiramente equilibrada se
caracteriza quando o muito não se torna excesso nem o pouco, escassez.
CONCLUSÃO
A presente lição mostrou que, embora o dinheiro
seja algo essencial à vida, não é o mais importante. Há outros valores mais
importantes do que ele. É necessário, portanto, buscarmos um viver equilibrado
como resultado da obediência aos princípios da Palavra de Deus. Em Cristo, o
centro de toda revelação bíblica, temos toda a suficiência de que precisamos.
Aleluia!
VOCABULÁRIO
Agiotagem: Empréstimo de dinheiro a juros
superiores à taxa legal; usura.
Mercado Financeiro: Segundo a Economia, é um complexo
mecanismo que organiza os processos de compras e vendas em comércio
(mercadorias, valores imobiliários, câmbio e outros bens).
EXERCÍCIOS
1. Defina o termo fiador.
R. Aquele
que fia ou abona alguém, responsabilizando-se pelo cumprimento de obrigações do
abonado; aquele que presta fiança.
2. Por que devemos ter cuidado com o cartão de
crédito e com o cheque emprestado?
R. Porque
se não houver fundos para cobrir os valores a pessoa será enquadrada na lista
de emitentes de cheques sem fundo.
3. Em relação à cobrança abusiva de juros, qual
princípio deveria ser observado pela nação israelita?
R. O
princípio de não cobrar juros aos seus irmãos.
4. O dinheiro é realmente o único valor que conta?
Por quê?
R. O
dinheiro não é o único valor que realmente conta, pois “melhor é o pobre que
anda na sua sinceridade do que o de caminhos perversos, ainda que seja rico”
(Pv 28.6).
5. Para o sábio, a sabedoria era um bem espiritual
muito superior ao dinheiro. Por quê?
R. Porque,
para o sábio, a riqueza do verdadeiro saber não se compara com a mais bela e
cobiçada joia.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Vida Cristã
“Trata do Crédito com Cuidado
As intermináveis pressões de ‘mês mais comprido que
o dinheiro’ é o bastante para separar famílias. Mas, em alguns casos, ter mais
dinheiro não é solução. Devemos começar a administrar corretamente o que temos.
O marido e a esposa têm de trabalhar juntos (e haverá o tempo e o lugar para
envolver os filhos). Olhe além dos pagamentos mensais. Faça uma imagem mental
de toda a dívida em destaque. Damos graças a Deus porque uma taxa de crédito
nos permitirá tomar dinheiro emprestado, mas não nos enganemos: os juros serão
altos. Cartões de crédito têm sido a ruína de muitos lares. Melhor deixar de
comprar a crédito, a menos que tenha disciplina e limite. Abandone o uso de
cartões de crédito, se você sabe que não haverá dinheiro para pagar. Pague suas
contas no vencimento. Quando os pagamentos não puderem ser efetuados, comunique
ao credor” (Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais.
3 ed., RJ: CPAD, 2005, p.146).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Vida Cristã
“É um Mundo Consumista
‘E o que há de errado com isto?’, você pode estar
se perguntado. Talvez você pense que eu queira persuadi-lo a vender tudo o que
tem e ir viver nas montanhas feito eremita. Relaxe, eu não pretendo fazer isto!
Nem estou tentando fazê-lo sentir-se culpado por ter uma lista de ‘coisas a
comprar’ guardada na gaveta de cômoda.
Não. Não é nada disso.
O que estou tentando dizer é que o problema está em
ser acometido pela síndrome do ‘adquira-e-possua’ de nossa cultura, em viver
para ter e ter para viver, em ter uma casa cheia de ‘coisas’ — todas estas
coisas raramente satisfazem. A batedeira que você almejava desde 1987
rapidamente perderá seu brilho. E logo logo você estará procurando ‘mais uma
coisinha’ para equipar sua cozinha. A casa de quatro quartos com piscina e
churrasqueira na qual você depositou todas as suas economias, em algum momento
perderá seu brilho também.
E quanto mais ficamos fascinados com as coisas
novas que brilham à nossa volta, mais espaço, energia, tempo e dinheiro será
necessário para manter o vício do consumo!
Coisas e Caos
Ilyce Glink, uma planejadora financeira [...], faz
a seguinte observação:
Quando você compra uma casa grande
para acomodar suas coisas, você paga altas taxas, altas contas de luz, altas
contas de gás e uma hipoteca maior; somando-se ainda tudo o que estas coisas
exigem de custos de manutenção!
Manter ou expandir as coisas que você já tem toma
muito dinheiro e tempo. E não estou falando apenas de casas. Coisas simples
como uma placa de memória com maior capacidade de armazenamento para o
computador do seu filho. Ou ‘coisas’ como férias de família. Apenas visitar um
parque temático já o deixa sem algumas centenas de dólares hoje em dia. E
Disneylândia? Bem, é mais fácil ganhar uma medalha de ouro olímpica do que
passar as férias lá!
Agora, eu imagino que muitos dos leitores ganham
consideravelmente mais dólares do que eu e Rick. Outros de vocês mantêm família
com salário mínimo. Não é minha intenção fazer um debate entre classes aqui.
Pelo contrário, quero chamar sua atenção de perdedor financeiro para um simples
fato: muitos de nós estamos nadando em dívidas e vivendo um caos conjugal como
resultado de nada menos que uma necessidade descontrolada de possuir e acumular
coisas. A verdade é que o caos em nosso casamento poderia ter fim se nós
simplesmente parássemos de acumular e começássemos a estar satisfeitos com as
coisas que já temos” (BARNHILL, J. A. Antes que as Dívidas nos Separem.
1 ed., RJ: CPAD, 2003, pp.70-1).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Lidando de forma correta com o dinheiro
Você sabe lidar com o dinheiro de forma correta?
Tem sua vida financeira equilibrada? Não é errado o crente possuir bens
materiais e ter uma conta bancária abençoada. Deus é bom e deseja que tenhamos
uma vida abundante (Jo 10.10). Porém, o que temos que temer é o amor ao
dinheiro. Jesus nos adverte para que tenhamos cautela quanto à avareza, “porque
a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc 12.15).
Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal “a
palavra traduzida por ‘avareza’ (pleonexia) literalmente significa a sede de
possuir mais”. A ganância, o desejo excessivo de possuir mais e mais tem levado
muitos a se envolverem em negócios ilícitos, como por exemplo, a prática da
agiotagem, suborno, corrupção. A agiotagem é uma prática perversa e bem antiga.
A Palavra de Deus proíbe tal prática desumana (Dt 23.19,20). Segundo o Código
Penal Brasileiro, agiotagem é crime.
O amor ao dinheiro também tem levado muitos a
caírem em outra prática pecaminosa: o suborno. Segundo o Dicionário Bíblico
Wycliffe “a palavra grega shohad significa um presente, mas no
sentido corrupto”. A corrupção é como um vírus maligno, ela tem se espalhado em
nossa nação trazendo dor, destruição, falência... A corrupção e o suborno são
resultados do amor ao dinheiro. Certa vez, João Batista exortou alguns soldados
para que eles se contentassem com seus soldos (Lc 3.14). Como profeta de Deus,
João estava alertando-os quanto ao perigo da cobiça e do suborno.
Rocha ou areia, você pode escolher
Adquirir fortuna de modo ilícito (agiotagem,
suborno) é como construir a casa sobre a areia; cedo ou tarde ela vai ruir (Mt
7.24-27). É bom lembrar que a areia não é o solo ideal para se estabelecer
nenhum tipo de fundamento; a rocha sim é segura, capaz de sustentar uma
construção. Porém, atualmente encontramos muita gente escolhendo o caminho mais
fácil, mais curto, a areia. Estas visam apenas os bens materiais, o lucro
fácil. A ganância cega. Trabalhar duro e no final do mês só ter dinheiro para
pagar as contas, viver contando os trocados é muito difícil. Mas, você já viu
alguém cavando na rocha? Não é fácil não! Exige muito esforço e tempo. É
preciso suar a camisa. Mas vale a pena, pois o alicerce será sólido, firme, e
principalmente, abençoado por Deus.
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