Escatologia - A doutrina da morte
“Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado,
a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos
pecaram” Romanos 5.12
Podemos apresentar quatro razões bíblicas para a
morte:
1. Necrológica. A
palavra nekros (no grego)
quer dizer “morto” e refere-se àquilo que não tem vida, seja um cadáver ou
matéria inanimada. Essa palavra tem na sua raiz nek o sentido de
“calamidade”, “infortúnio”, e passou a fazer parte do vocabulário médico para
indicar o estado de morte de uma pessoa, ou então, para significar o processo
de morte dalguma parte do corpo, devido a alguma doença. Do ponto de vista da
Bíblia, necrológico indica a parte física do homem, seu corpo (soma). A Carta aos
Hebreus fala da separação que a morte faz entre o corpo e a parte espiritual do
homem, quando diz: “E como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo,
depois disso o juízo” (Hb 9.27). Esse texto indica que há algo que sobrevive no
homem após a morte, ou seja, após a necrose do seu corpo.
2. Antropológica. Vem de antropos (no grego) que
quer dizer “homem”, para fazer diferença com os animais irracionais. E o homem
criado por Deus com a capacidade de pensar, sentir e realizar (Gn 1.26,27;
2.7). Na antropologia bíblica o corpo humano é visto como uma dádiva de Deus ao
homem e, por isso, o corpo tem a sua própria dignidade. Do ponto de vista
bíblico é dignificado pela sua razão de ser, como instrumento de serviço e
glorificação do Criador. Por isso, é o templo do Espírito de Deus (1Co 3.16;
6.19). Portanto, a razão antropológica nesse sentido refere-se ao que o homem
é, o que pensa acerca da morte, como ele a enfrenta e o que sobrevive dele
depois da morte.
3. Pneumatológica. Essa é a parte
espiritual do homem. A palavra pneuma refere-se ao espírito. Em primeiro lugar, valorizamos
o corpo físico e a sua dignidade na existência humana; em segundo, tratamos do
homem como ser racional; em terceiro lugar, preocupamo-nos em revelar o milagre
da transformação do corpo físico do crente em corpo espiritual. Nossos corpos
materiais e mortais serão ressuscitados em “soma pneumatikon”, isto é, “corpo
espiritual” (1Co 15.54). A nossa esperança é que Cristo ressuscitou primeiro e
definitivamente e, assim. Ele é o “primogênito dentre os mortos” (Cl 1.18; Ap
1.5). Ele ganhou a vitória final sobre a morte, o túmulo e o Diabo (At 2.24).
4. Escatológica. Nesse ponto
reside a preocupação com a esperança. Qual é a esperança cristã? E a
ressurreição de nossos corpos na vinda do Senhor, a transformação dos mesmos se
estivermos vivos no arrebatamento da Igreja. (ver 1Co 15.54.)
A morte não é um
fenômeno natural na vida humana. Ela é a maldição divina contra o pecado e só
Jesus foi capaz de cravar essa maldição no lenho de Sua cruz no Calvário.
Leitura para o estudo: Salmos 39.4-7;
90.4-6,10,12.
Em continuação ao estudo das últimas coisas
"Escatologia", hoje abordaremos um tema necessário para entendimento
dos eventos futuros, porém, não muito simpático à humanidade — a morte. Muitos
evitam falar sobre o assunto e até fogem para não recordar momentos tristes.
Com cuidado, e evitando que prevaleçam conceitos errôneos, vamos aprender
a verdadeira visão da morte que os crentes devem possuir.
A doutrina da morte é estudada a
partir do dilema existencial humano considerando as correntes filosóficas, passando
pela definição bíblica e os tipos de morte segundo as Sagradas Escrituras. Esta
lição objetiva mostrar que a morte significa para o crente uma vitória, baseada
na obra vicária de Cristo no Calvário.
INTRODUÇÃO
A morte é um assunto que evitamos falar e comentar.
Entretanto, o viver humano encontra em sua jornada a ameaça da morte. Nesta
lição estudaremos a questão da morte sob a perspectiva da Bíblia, pois nela, a
realidade da morte e o seu impacto na vida humana são tratados com clareza e
fé.
Toda criatura humana enfrenta esse dilema. Não foi
sua escolha vir ao mundo, mas não consegue fugir à realidade do fim de sua
existência. O dilema existencial resulta da realidade da morte que tem que ser
enfrentada. Em Eclesiastes, o pregador diz: “Todos vão para um lugar; todos são
pó e todos ao pó voltarão”, Ec 3.20,21. São palavras da Bíblia e não de nenhum
materialista contemporâneo. Quanto à realidade da vida e da morte, o homem é,
dentro da criação, o único que sabe que vai morrer. Analisemos alguns sistemas
filosóficos os quais discutem esse assunto.
1. Existencialismo. Seu interesse
é, essencialmente, com as questões inevitáveis de vida e morte. Preocupa-se com
a vida, mas reconhecem a presença da morte constante na existência humana. Os
seus filósofos vêem a morte como o fim de uma viagem ou como um perpétuo
acompanhante do ser humano desde o berço até a sepultura. Para eles, a morte é
um elemento natural da vida.
Ora, essas idéias são refutadas pela Bíblia
Sagrada. A morte nada tem de natural. É algo inatural, impróprio e hostil à
natureza humana. Deus não criou o ser humano para a morte, mas ela foi
manifestada como juízo divino contra o pecado (Rm 1.32). Foi introduzida no
mundo como castigo positivo de Deus contra o pecado (Gn 2.17; 3.19; Rm 5.12,17;
Rm 6.23; 1Co 15.21; Tg 1.15).
2. Materialismo. Não admite as coisas
espirituais. Do ponto de vista dos materialistas, tudo é matéria. Entendem que
a matéria é incriada e indestrutível substância da qual todas as coisas se
compõem e à qual todas se reduzem. Afirmam ainda que, a geração e a corrupção
das coisas obedecem a uma necessidade natural, não sobrenatural, nem ao
destino, mas às leis físicas. Portanto, o sentido espiritual da morte não é
aceita pelos materialistas. O cristão verdadeiro não foge à realidade
da morte, mas a enfrenta com confiança no fato de que Cristo conquistou
para Ele a vida após a morte — a vida eterna (Jo 11.25).
3. Estoicismo. Os estóicos seguem a idéia
fatalista que ensina que a morte é algo natural e devemos admiti-la sem
temê-la, uma vez que o homem não consegue fugir do seu destino.
4. Platonismo. O filósofo grego Platão
ensinava que a matéria é má e desprezível, só o espírito é que importa. Porém,
não é assim que a Bíblia ensina. O corpo do cristão, a despeito de ser uma casa
material, temporária e provisória, é templo do Espírito Santo (1Co 3.16,17).
Somos ensinados a proteger o corpo para a manifestação do Espírito de Deus.
II. DEFINIÇÃO BÍBLICA PARA A MORTE
1. O sentido literal e metafórico da palavra morte.
a) Separação. No grego a
palavra morte é thanatos que quer dizer separação. A morte separa as
partes materiais e imateriais do ser humano. A matéria volta ao pó e a parte
imaterial separa-se e vai ao mundo dos mortos, o Sheol-Hades, onde jaz no estado
intermediário entre a morte e a ressurreição (Mt 10.28; Lc 12.4; Ec 12.7; Gn
2.7).
b) Saída ou partida. A morte física
é como a saída de um lugar para outro (Lc 9.31; 2Pe 1.14-16).
c) Cessação. Cessa a
existência da vida animal, física (Mt 2.20).
d) Rompimento. Ela rompe as
relações naturais da vida material. Não há como relacionar-se com as pessoas
depois que morrem. A ideia de comunicação com pessoas que já morreram é uma
fraude diabólica.
e) Distinção. Ela distingue
o temporal do eterno na vida humana. Toda criatura humana não pode fugir do seu
destino eterno: salvação ou perdição (Mt 10.28).
2. O sentido bíblico e doutrinário da morte.
a) A morte como o salário do
pecado (Rm
6.23). O
pecado, no contexto desse versículo, é representado pela figura de um cruel
feitor de escravos que dá a morte como pagamento. O salário requerido pelo
pecado é merecidamente a morte. Como pagamento, a morte não aniquila o pecador.
A verdade que a Bíblia nos comunica é que a morte não é a simples cessação da
existência física, mas é uma conseqüência dolorosa pela prática do pecado, seu
pagamento, a sua justa retribuição. Quando morre, o pecador está ceifando na
forma de corrupção aquilo que plantou na forma de pecado (Gl 6.7,8; 2Co 5.10).
Portanto, a morte física é o primeiro efeito externo e visível da ação do
pecado (Gn 2.17; 1Co 15.21; Tg 1.15).
b) A morte é sinal e fruto do
pecado. O homem vive
inevitavelmente dentro da esfera da morte e não pode fugir da condenação.
Somente quem tem a Cristo e o aceitou está fora dessa esfera. Só em Cristo o
homem consegue salvar-se do poder da morte eterna. Tiago mostra-nos uma relação
entre o pecado e a morte, quando diz: “Mas cada um é tentado, quando atraído e
engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência
concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte”, Tg
1.14,15. O pecado, portanto, frutifica e gera a morte.
c) A morte foi vencida por Cristo
no Calvário. A resposta única, clara, evidente e
independente de quaisquer idéias filosóficas a respeito da morte é a Palavra de
Deus revelada e pronunciada através de Cristo Jesus no Calvário (Hb 1.1). Cristo
é a última palavra e a única solução para o problema do pecado e a crueldade da
morte (Rm 5.17).
A Bíblia fala de três tipos distintos de mortes:
física, espiritual e eterna.
1. Morte física. O texto que melhor elucida
esta morte é 2Sm 14.14, que diz: “Porque certamente morreremos e seremos como
águas derramadas na terra, que não se ajuntam mais”. O que acontece com o corpo
morto quando é sepultado? Depois de alguns dias, terá se desfeito e esvaído
como águas derramadas na terra. E isso que a morte física acarreta
literalmente.
2. Morte espiritual. Este tipo tem
dois sentidos na perspectiva bíblica: negativo e positivo. No sentido negativo,
a morte pode ser identificada pela expressão bíblica “morte no pecado”. E um
estado de separação da comunhão com Deus. Significa estar debaixo do pecado,
sob o seu domínio (Ef 2.1,5). O seu efeito é presente e futuro. No presente,
refere-se a uma condição temporal de quem está separado da vida de Deus (Ef
4.18). No futuro, refere-se ao estado de eterna separação de Deus, o que
acontecerá no Juízo Final (Mt 25.46).
No sentido positivo é a morte espiritual
experimentada pelo crente em relação ao mundo. Isto é: a sua pena do pecado foi
cancelada e, agora vive livre do domínio do pecado (Rm 6.14). Quanto ao futuro,
o cristão autêntico terá a vida eterna. Ou seja: a redenção do corpo do pecado
(Ap 21.27; 22.15).
3. Morte eterna. É chamada a segunda morte,
porque a primeira é física (Ap 2.11). Identificada como punição do pecado (Rm
6.23). Também denominada castigo eterno. E a eterna separação da presença de
Deus — a impossibilidade de arrependimento e perdão (Mt 25.46). Os ímpios,
depois de julgados, receberão a punição da rejeição que fizeram à graça de Deus
e, serão lançados no Geena (Lago de Fogo) (Ap 20.14,15; Mt 5.22,29,30;
23.14,15,33). Restringe-se apenas aos ímpios (At 24.15). Esse tipo de morte tem
sido alvo de falsas teorias que rejeitam o ensino real da Bíblia.
CONCLUSÃO
A morte é a prova máxima da fé cristã, que produz
nos crentes uma consciência de vitória (1Pe 4.12,13). Os sofrimentos e aflições
dessa vida são temporais, e aperfeiçoam nossa esperança para enfrentar a morte
física, que se constitui num trampolim para a vida eterna. Ela se torna a porta
que se abre para o céu de glória. Quando um cristão morre, ele descansa, dorme
(2Ts 1.7). Ao invés de derrota, a morte significa vitória, ganho (Fp 1.21). A
Bíblia consola o cristão acerca dos mortos em Cristo quando declara que a morte
do crente “é agradável aos olhos do Senhor”, Sl 116.15. Diz também, que morrer
em Cristo é estar “presente com o Senhor”, 2Co 5.8.
Subsídio Doutrinário
As falsas teorias que rejeitam o ensino real da
Bíblia sobre a morte eterna para os ímpios:
A teoria universalista ensina que
Deus é bom demais para excluir alguém. Jesus morreu por todos, por isso, todos
serão salvos.
A teoria restauracionista ensina que
Deus, ao final de todas as coisas, restaurará todas as coisas e todos, enfim,
serão salvos.
A teoria do purgatório ensina que,
quando uma pessoa morre neste mundo, tem a oportunidade de recuperação num
período probatório(que serve de prova). Nesse período, a culpa dos
pecados cometidos poderá ser aliviada enquanto aquele pecador paga por seus
pecados, tendo, ainda, a ajuda das orações pelos mortos da parte dos amigos e
parentes. (veja
mais em Purgatório;Indulgencia)
A teoria da aniquilação, seus adeptos tomam
por base 2Ts 1.8,9. Destacam a expressão “eterna perdição” e a traduzem por
eterna extinção. A palavra “extinguir” no lugar de “aniquilar” dá uma ideia que
contraria a doutrina do castigo eterno como ensinada na Bíblia.
De fato, o sentido real da expressão é de banimento
da presença de Deus, e não de extinção, como a folha de papel se extingue no
fogo.
Algumas igrejas, seguindo doutrinas de homens,
negam a existência do inferno, mas a Bíblia mostra que todos serão julgados e
separados, os justos para a vida eterna e os ímpios (Sl 1) para o tormento
eterno, separados de Deus para sempre (Jo 5:28-29; Mt 25:41,46). Leia também: As Testemunhas de Jeová
Fonte:
Escatologia - Doutrina das
últimas coisas - Severino Pedro da Silva (CPAD)
Escatologia- o estudo das últimas
coisas - Comentarista: Elienai Cabral - 3ºtrim/1998
Revista Ensinador Cristão
Guia do Leitor da Bíblia
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia Defesa da Fé
Escatologia
- O Estado Intermediário dos mortos
“E no Hades,
ergueu o olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu
seio” Lucas 16.23
Complementando a lição anterior, hoje estudaremos sobre o Estado Intermediário dos mortos. O assunto é estudado sob a visão dos argumentos existentes, os quais contribuem para esclarecimentos da doutrina bíblica. São apresentadas, também, algumas heresias sobre o assunto e, por último, o que ocorreu após a obra de Cristo no Calvário.
O Estado Intermediário representa um lugar espiritual fixo onde as almas e os espíritos dos mortos aguardam a ressurreição de seus corpos, para apresentarem-se, posteriormente, perante o Supremo Juiz.
Como existe uma
diversidade de interpretações a respeito e, para evitar confusão de idéias
acerca do Estado Intermediário, devemos aclarar essa doutrina.
I. A VIDA DEPOIS DA MORTE
São vários os
argumentos que reforçam a doutrina bíblica sobre a vida além-túmulo.
1. Argumento
histórico. Se a questão da
vida além-morte estivesse fundamentada apenas em teorias e conjecturas
filosóficas, ela já teria desaparecido. Mas as provas da crença na imortalidade
estão impressas na experiência da humanidade.
2. Argumento teleológico. Procura provar que a vida do ser humano tem uma finalidade além da própria vida física. Há algo que vai além da matéria de nossos corpos, é a parte espiritual. Quando Jesus Cristo aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, estava, de fato, desfazendo a morte espiritual e concedendo vida eterna, a imortalidade (2Tm 1.10). A vida humana tem uma finalidade superior, uma razão de ser, um desígnio.
3. Argumento moral. Há um governador moral dentro de cada ser
humano chamado consciência que rege as suas ações. Sua existência dentro do
espírito humano indica sua função interna, como um sensor moral, aliado à
soberania divina.
4. Argumento metafísico. Os elementos imateriais do ser humano denunciam o sentido metafísico que compõe a sua alma e espírito. Esses elementos são indissolúveis; portanto, como evitar a realidade da vida além-morte? É impossível! A palavra imortalidade no grego é athanasia e significa literalmente ausência de morte. No sentido pleno, somente Deus possui vida total, imperecível e imortal (1Tm 1.17). Ele é a Fonte de vida eterna e ninguém mais pode dá-la. No sentido relativo, o crente possui imortalidade conquistada pelos méritos de Jesus no Calvário (2Tm 1.8-12).
4. Argumento metafísico. Os elementos imateriais do ser humano denunciam o sentido metafísico que compõe a sua alma e espírito. Esses elementos são indissolúveis; portanto, como evitar a realidade da vida além-morte? É impossível! A palavra imortalidade no grego é athanasia e significa literalmente ausência de morte. No sentido pleno, somente Deus possui vida total, imperecível e imortal (1Tm 1.17). Ele é a Fonte de vida eterna e ninguém mais pode dá-la. No sentido relativo, o crente possui imortalidade conquistada pelos méritos de Jesus no Calvário (2Tm 1.8-12).
II. O QUE NÃO É ESTADO INTERMEDIÁRIO
1. Não é Purgatório. Heresia lançada pelos católicos romanos para
identificar o Sheol-Hades como lugar de prova, ou de segunda
oportunidade, para as almas daquelas pessoas que não conseguiram se purificar o
suficiente para galgarem o céu. Declara a doutrina romana que é uma forma
desses mortos serem provados e submetidos a um processo de purificação.
Entretanto, essa doutrina não tem base na Bíblia e é feita sobre premissas
falsas. Se o Purgatório fosse uma realidade, então a obra de Cristo não teria
sido completa. Se alguém quer garantir sua salvação eterna, precisa garanti-la
em vida física. Depois da morte, só resta a ressurreição.
2. Não é o Limbus Patrum. O vocábulo limbus significa borda, orla. A ideia é paralela ao Purgatório e foi criada pelos católicos romanos para denotar um lugar na orla ou na borda do inferno, onde as almas dos antigos santos ficavam até a ressurreição. Ensina ainda essa igreja que o limbus patrum (pais) era aquela orla do inferno onde Cristo desceu após sua morte na cruz, para libertar os pais (santos do Antigo Testamento) do seu confinamento temporário e levá-los em triunfo para o céu. Identificam “o seio de Abraão” como sendo o limbus patrum (Lc 16.23). Mas, o limbus patrum não tem apoio bíblico, e nem existe uma orla para os pais (santos antigos).
2. Não é o Limbus Patrum. O vocábulo limbus significa borda, orla. A ideia é paralela ao Purgatório e foi criada pelos católicos romanos para denotar um lugar na orla ou na borda do inferno, onde as almas dos antigos santos ficavam até a ressurreição. Ensina ainda essa igreja que o limbus patrum (pais) era aquela orla do inferno onde Cristo desceu após sua morte na cruz, para libertar os pais (santos do Antigo Testamento) do seu confinamento temporário e levá-los em triunfo para o céu. Identificam “o seio de Abraão” como sendo o limbus patrum (Lc 16.23). Mas, o limbus patrum não tem apoio bíblico, e nem existe uma orla para os pais (santos antigos).
3. Não é o Limbus Infantus. A palavra infantus refere-se à crianças. Na doutrina romana, havia no Sheol-Hades um lugar especial de habitação das almas de todas as crianças não batizadas. Segundo essa doutrina, nenhuma criança não batizada pode entrar no céu. Por outro lado, é inaceitável a idéia do limbus infantus como um lugar de prova, também, para crianças.
4. Não é um estado
para reencarnações. Não é um lugar
de migrações e perambulações espaciais.
Os espíritas gostam
de usar o texto de Lucas 16.22,23, para afirmarem que os mortos podem ajudar os
vivos. Mas Jesus, ao ensinar sobre o assunto, declarou que era impossível que
Lázaro ou algum outro que estivesse no Paraíso saísse daquele lugar para
entregar mensagem aos familiares do rico. Jesus disse que os vivos tinham “a
Lei e os Profetas”, isto é, eles tinham as Escrituras. Os mortos não podiam
sair de seus lugares para se comunicarem com os vivos. Portanto, é uma fraude
afirmar essa possibilidade de comunicação com os mortos. Usam equivocadamente
João 3.3 para defenderem a idéia da reencarnação. Vários textos bíblicos anulam
essa falsa doutrina (Dt 18.9-14; Jó 7.9,10; Ec 9.5,6; Lc 16.31). Veja mais em Espiritismo e a Bíblia - analise bíblica sobre os princípios da
doutrina espirita
III. O QUE É ESTADO INTERMEDIÁRIO
1. É uma habitação
espiritual fixa e temporal. Biblicamente,
o Estado Intermediário é um modo de existir entre a morte física e a
ressurreição final do corpo sepultado. No Antigo Testamento, esse lugar é
identificado como Sheol (no hebraico), e no Novo Testamento
como Hades (no grego). Os dois termos dizem respeito ao
reino da morte (Sl 18.5; 2Sm 22.5,6). É um lugar espiritual em que as almas e
espíritos dos mortos habitam fixamente até que seus corpos sejam ressuscitados,
para a vida eterna ou para a perdição eterna. E o estado das almas e espíritos,
fora dos seus corpos, aguardando o tempo em que terão de comparecer perante
Deus.
2. E um lugar de consciência ativa e ação racional. Segundo Jesus descreveu esse lugar, o rico e Lázaro participam de uma conversação no Sheol-Hades, estando apenas em lados diferentes (Lc 16.19-31). O apóstolo Paulo descreve-o, no que tange aos salvos, como um lugar de comunhão com o Senhor (2Co 5.6-9; Fp 1.23). A Bíblia denomina-o como um “lugar de consolação”, “seio de Abraão” ou “Paraíso” (Lc 16.22,25; 2Co 12.2-4). Se fosse um lugar neutro para as almas e espíritos dos mortos, não haveria razão para Jesus identificá-lo com os nomes que deu. Da mesma forma, “o lugar de tormento” não teria razão de ser, se não houvesse consciência naquele lugar. Rejeita-se segundo a Bíblia, a teoria de que o Sheol-Hades é um lugar de repouso inconsciente. A Bíblia fala dos crentes falecidos como “os que dormem no Senhor” (1Co 15.6; 1Ts 4.13), e isto não refere-se a uma forma de dormir inconsciente, mas de repouso, de descanso. As atividades existentes no Sheol-Hades não implicam que os mortos possam sair daquele lugar, mas que estão retidos até a ressurreição de seus corpos para apresentarem-se perante o Senhor (Lc 16.19-31; 23.43; At 7.59).
IV. O SHEOL-HADES, ANTES E DEPOIS DO CALVÁRIO
1. Antes do
Calvário.
O Sheol-Hades dividia-se em três partes distintas. Para entender essa habitação
provisória dos mortos, podemos ilustrá-lo por um círculo dividido em três
partes. A primeira parte é o lugar dos justos, chamada “Paraíso”, “seio de
Abraão”, “lugar de consolo” (Lc 16.22,25; 23.43). A segunda é a parte dos
ímpios, denominada “lugar de tormento” (Lc 16.23). A terceira fica entre a dos
justos e a dos ímpios, e é identificada como “lugar de trevas”, “lugar de
prisões eternas”, “abismo” (Lc 16.26; 2Pe 2.4; Jd v.6). Nessa terceira parte
foi aprisionada uma classe de anjos caídos, a qual não sai desse abismo, senão
quando Deus permitir nos dias da Grande Tribulação (Ap 9.1-12). Não há qualquer
possibilidade de contato com esses espíritos caídos; habitantes do Poço do
Abismo.
2. Depois do
Calvário.
Houve uma mudança
dentro do mundo das almas e espíritos dos mortos após o evento do Calvário.
Quando Cristo enfrentou a morte e a sepultura, e as venceu, efetuou uma mudança
radical no Sheol-Hades (Ef 4.9,10; Ap 1.17,18). A parte do “Paraíso”
foi trasladada para o terceiro céu, na presença de Deus (2Co 12.2,4),
separando-se completamente das “partes inferiores“ onde continuam os ímpios
mortos. Somente, os justos gozam dessa mudança em esperança pelo dia final
quando esse estado temporário se acabará, e viverão para sempre com o Senhor,
num corpo espiritual ressurreto.
CONCLUSÃO
Essa doutrina bíblica fortalece a nossa fé ao dar-nos segurança acerca dos mortos em Cristo, e é a garantia de que a vida humana tem um propósito elevado, além de renovar a nossa esperança de estar para sempre com o Senhor.
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Bibliológico
“A maioria dos israelitas, porém, olhava para a vida com uma atitude
positiva (Sl 128.5,6). O suicídio era extremamente raro, e uma vida longa era
considerada bênção de Deus (Sl 91.16). A morte trazia tristeza, usualmente
expressada com lamentações em voz alta e com luto profundo (Mt 9.23; Lc 8.52).
Os costumes israelitas de sepultamento eram diferentes daqueles praticados pelos povos em derredor. Os túmulos dos faraós ficavam repletos de móveis e de muitos outros objetos visando proporcionar-lhes o mesmo nível de vida no além. Os cananitas colocavam uma lâmpada, um vasilhame de óleo e um vaso de alimentos no esquife de cada pessoa sepultada. Os israelitas agiam doutra forma. O corpo, envolvido em pano de linho, usualmente ungido com especiarias, era simplesmente deitado num túmulo ou enterrado numa cova. Isso não significava, porém, que não acreditassem na vida no além. Falavam da ida do espírito a um lugar que, em hebraico, era chamado She’ol ou, às vezes, mencionavam à presença de Deus.” (Teologia Sistemática, CPAD)
Os costumes israelitas de sepultamento eram diferentes daqueles praticados pelos povos em derredor. Os túmulos dos faraós ficavam repletos de móveis e de muitos outros objetos visando proporcionar-lhes o mesmo nível de vida no além. Os cananitas colocavam uma lâmpada, um vasilhame de óleo e um vaso de alimentos no esquife de cada pessoa sepultada. Os israelitas agiam doutra forma. O corpo, envolvido em pano de linho, usualmente ungido com especiarias, era simplesmente deitado num túmulo ou enterrado numa cova. Isso não significava, porém, que não acreditassem na vida no além. Falavam da ida do espírito a um lugar que, em hebraico, era chamado She’ol ou, às vezes, mencionavam à presença de Deus.” (Teologia Sistemática, CPAD)
Subsídio Doutrinário
“Várias religiões orientais, por causa do seu conceito cíclico da
História, ensinam a reencarnação. Na morte, a pessoa recebe uma nova
identidade, e nasce noutra vida como animal, um ser humano, ou até mesmo um
deus. Sustentam que as ações da pessoa geram uma força, karma, que
exige a transmigração das almas e determina o destino da pessoa na próxima
existência. A Bíblia, todavia, deixa claro que agora é o dia da salvação (2Co
6.2). Não podemos salvar-nos mediante as nossas boas obras. Deus tem
providenciado por meio de Jesus Cristo a salvação total que expia os nossos
pecados, e cancela a nossa culpa. Não precisamos doutra vida para cuidar dos
pecados e enganos desta vida, ou de quaisquer supostas existências anteriores.
Além disso: ‘E como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois
disso, o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os
pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a
salvação [inclusive a plenitude das bênçãos da nossa herança]’ (Hb 9.27,28).” (Teologia
Sistemática, CPAD)
Subsídio Teológico
“A palavra ‘Paraíso’ é de origem persa e significa uma espécie de
jardim, usada simbolicamente quanto ao lugar dos justos mortos. No Paraíso,
Lázaro podia conversar com o rico que ali sofria o tormento dos ímpios, havendo
entre eles um ‘abismo’ intransponível (Lc 16.18-31). Depois de Sua morte Jesus
esteve ‘três dias e três noites no coração da terra’ (Mt 12.40; At 2.27; Ez
31.15-17). Paulo descreve esse lugar como ‘as regiões inferiores da terra’ (Ef
4.9). Portanto, concluímos que o Paraíso em que Jesus e o malfeitor entraram
estava no coração da terra. Nesta descida ao Hades, Cristo efetuou
uma grande e permanente mudança na região dos salvos, isto é, nas condições dos
justos mortos. Ele ‘anunciou’ a Sua vitória aos espíritos ali retidos. É o que
significa a expressão de Pedro, que ‘Cristo... pregou aos espíritos em
prisão...’ (1Pe 3.18-20). A palavra usada no original implica em anunciar, comunicar;
não pregar, como se entende em homilética.” (O plano divino através dos
séculos, CPAD)
Fonte:
Escatologia
- Doutrina das últimas coisas - Severino Pedro da Silva (CPAD)
Escatologia-
o estudo das últimas coisas - Comentarista: Elienai cabral - 3ºtrim/1998
Revista
Ensinador Cristão
Guia do
Leitor da Bíblia
Bíblia de
Estudo Pentecostal
Bíblia
Defesa da Fé
O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS
O que significa "Estado Intermediário dos
Mortos"?
O
estado intermediário é um período entre a morte de alguém e a ressurreição
final do fim dos tempos.
A
Bíblia não tem muito a dizer sobre o estado intermediário. Sua ênfase recai
sobre a volta de Cristo.
As
pessoas indagam sobre como é após a morte. Confesso que, como um ser ainda vivo
não saberia dizer sobre a morte, ou como é ou como foi ou como será.
Talvez
alguém que foi morto e voltou possa dizer como foi. Mas afirmo, é difícil
descrever como seria isso.
Baseado
na Bíblia, livros e nos estudos escatológicos (estudo do que
acontecerá quando todas as coisas forem consumadas, particularmente, no que se
refere na segunda vinda de Cristo) podemos dizer, resumidamente, de modo que os
irmãos venham entender sobre o “ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS”.
Onde
estão os mortos?
Esta
questão preocupa praticamente todas as religiões que já surgiram no mundo desde
os mais remotos tempos do aparecimento do homem sobre a Terra. Como exemplo
podemos citar:
Gregos – diziam que os mortos iam para as “Ilhas dos
Bem-Aventurados”, onde ficavam aguardando o julgamento por três representantes
do mundo subterrâneo. Se o morto tivesse sido bom durante sua vida, e os juízes
estabelecessem sua retidão, ele podia entrar nos Campos Elíseos (um tipo de paraíso), um lugar
ocupado pelos heróis e pelos homens virtuosos, segundo a mitologia
Greco-latina. Ali os mortos estariam em uma terra de música e luz, de ar doce e
agradável. As almas boas viveriam ali para sempre.
Outras
opiniões de várias religiões preocupam-se sobre essa questão dos mortos, por
exemplo:
Romanos – Imaginavam a eternidade como espelho desta vida.
Muçulmanos – A morte traz recompensas e punição.
Hindus
e budistas – dizem que as almas voltam a este mundo vezes
seguidas, até que alcancem a bem-aventurança eterna. Supõe que essa purificação
acontece através da transmigração das almas. Isto é, depois da morte a alma
volta a reencarnar no corpo de um animal inferior ou de outro ser humano. Há
grande semelhança entre essa crença e o que o espiritismo ensina quanto à
reencarnação.
Teoria
da transmigração – a alma passa de um corpo para outro até ser
purificada. Então ela é autorizada a entrar na morada dos deuses. Os budistas
chamam esse lugar de “Nirvana” (s. m. A beatitude (bem-aventurança;
bem estar espiritual) budista, isto é, a extinção da individualidade e sua
absorção no supremo espírito do Universo – Dic. Silveira Bueno), enquanto que
os hindus brâmanes dizem que a alma se une a Brahma (divindade indiana, dotada do
poder de criação), o poder universal.
Com
quem está a verdade?
A
verdade está revelada na Palavra de Deus, a Bíblia, e isso não deixa lugar para
especulações seja quem for, mesmo que as pessoas sejam bem intencionadas. A Palavra
de Deus afirma enfaticamente que uma das razões porque Jesus veio a este mundo,
foi para nos mostrar como podemos ter vida abundante não apenas aqui, mas
também eterna, no além. A Bíblia diz: “... segundo o poder de Deus, que
nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas
conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus,
antes dos tempos eternos.” (2Tm 1.8,9).
Não
precisamos ficar confundidos ou desencorajados a respeito do destino dos mortos
porque temos a Palavra de Deus e a revelação de Seu Filho Jesus Cristo.
As
bênçãos resultantes da vinda do Senhor Jesus a este mundo são incontáveis. Elas
se relacionam com tudo que concerne ao crente. Uma dessas bênçãos tem a ver com
os filhos de Deus que já dormiram ou vierem a dormir no Senhor. Na glória
celestial ser-nos-ão reveladas inumeráveis outras bênçãos das quais
usufruiremos, derivadas da vinda de Jesus aqui. Elas têm alcance ilimitado,
aqui e na eternidade.
O
que acontecia antes da ressurreição de Cristo?
Os
mortos ímpios iriam para um lugar chamado SHEOL (AT) HADES (NT), enquanto que
os justos, iam para o seio de Abraão. Para compreender os ensinos bíblicos
quanto ao lugar para onde vão os mortos, é necessário observar o texto original
do Antigo Testamento em hebraico, e o original grego do Novo Testamento.
1.
Antigo Testamento:
a. SHEOL
- A morada dos mortos. Era considerado como uma região situada embaixo da terra
(Nm 16.30,33; Am 9.2), sombria e escura, onde os espíritos desencarnados tinham
uma existência consciente, mas amortecida e inativa (2Sm 22.6; Ec9.10). O povo
hebreu via o Sheol como o lugar para onde justos e ímpios iam, após a morte (Gn
37.35; Sl 9.17; Is 38.10; Dt 32.22; NTLH, o mundo dos mortos), um lugar onde se
recebiam punições e recompensas. Além disso, a Bíblia o descreve como tendo um
apetite insaciável (Is 5.14; Hc 2.5; a morte).
- Entretanto, Deus está presente no Sheol (Sl 139.8; ARA, abismo; ARC, Seol).
Para Deus, ele é aberto e conhecido (Jó 26.6; Pv 15.11). Isto sugere que, na
morte, ao morrer, o justo continua sob os cuidados de Deus, e os perversos não
escapa ao seu castigo. O conceito de Sheol permite entender o significado de
Salmos 16.10. Pedro viu o cumprimento desse salmo messiânico na ressurreição de
Jesus (At 2.27).
2.
Novo Testamento:
a. HADES
- Palavra grega traduzida por Inferno.
Tanto
SHEOL como HADES, ambas designam o lugar para onde, nos tempos do Antigo
Testamento, iam todos após a morte: justos e injustos, havendo, no entanto
nessa região dos mortos, uma divisão para os justos e outra para os injustos,
separados por um abismo intransponível. Todos estavam ali plenamente
conscientes. O lugar dos justos era de felicidade, prazer e segurança. Era
chamado “Seio de Abraão” e “Paraíso”. Já o
lugar dos ímpios era e são medonhos, cheio de dores e sofrimentos, estando
todos lá plenamente conscientes. Tanto SHEOL quanto HADES quer dizer INFERNO.
Quanto
ao Inferno podemos dizer que é um lugar de punição eterna pela injustiça. A ARA
(Almeida Revista Atualizada e ARC (Almeida Revista Contemporânea) usam essa
palavra para traduzir Sheol (hebraico - Antigo Testamento) e Hades (grego –
Novo Testamento), respectivamente, referindo-se ao mundo dos mortos.
Inferno
também é a tradução para Gehenna, a forma grega da frase hebraica que significa
“Vale de Hinom” – vale a oeste e sul de Jerusalém. Nesse vale, os cananeus
adoravam Baal (senhor,
dono – nome de um ou mais falsos deuses, um lugar e dois povos dos Antigos
Testamentos: deus da fertilidade) e o deus Moloque (a divindade nacional dos amonitas.
Chamava-se, também, Milcom e Malcã, 1Rs 11.5; Jr 49.3.), os amonitas
sacrificava suas crianças em um fogo que queimava continuamente. Acaz e
Manassés, reis de Judá, foram culpados por essa terrível prática idólatra (2Cr 28.3;
33.6).
O
profeta Jeremias profetizou que Deus visitaria Jerusalém com tamanha
destruição, a tal ponto de seu vale ficar conhecido como “vale da Matança” (Jr
7.31-34; 19.2,6).
O
inferno também tem outra tradução chamada TÁRTARO, conforme 2Pe 2.4. (Procurei o significado para Tártaro e não achei.
Se alguém achar favor publicar fazendo comentário, ficarei agradecido).
Ilustração retirada da internet
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Depois
da ressurreição de Cristo
Antes
de morrer por nós, Jesus prometeu que as portas do Inverno não prevalecerão
contra a Igreja (Mt 16.18). Isto mostra que os fiéis de Deus, a partir dos dias
de Jesus, não mais descerão ao Hades, isto é, à divisão reservada
ali para os justos. A mudança ocorreu entre a morte e a ressurreição do Senhor,
pois Ele disse ao ladrão arrependido: “... hoje estarás comigo no
paraíso” (Lc 23.43). Sobre o assunto, diz o apóstolo Paulo: “...Quando
ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens.
Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões
inferiores da terra?” (Ef 4.8,9).
Entende-se,
pois, que Jesus, ao ressuscitar, levou para o Céu os crentes do Antigo
Testamento que estavam no “seio de Abraão”, conforme ele
prometera em Lucas 16.22. Muitos desses crentes, Jesus os ressuscitou por
ocasião da Sua morte, certamente para que se cumprisse o tipo prefigurado na
Festa das Primícias (Lv 23.9-11), que profeticamente falava da ressurreição de
Cristo (1Co 15.20,23).
O
apóstolo Paulo foi ao Paraíso, o qual está no terceiro Céu (2Co 12.1-4).
Portanto, o Paraíso está agora lá em cima, na imediata presença de Deus. Não em
baixo, como dantes. A mesma coisa vê-se em Ap 6.9,10, onde as almas dos
mártires da Grande Tribulação permanecem no Céu, “debaixo do altar”,
aguardando o fim da Grande Tribulação, para ressuscitarem (Ap 20.4) e
ingressarem no reino milenial de Cristo.
Os
crentes que agora dormem no Senhor estão no Céu, pois o Paraíso está lá agora,
como um dos resultados da obra redentora do Senhor Jesus Cristo (2Co 5.8). No
momento do arrebatamento da Igreja, seus espíritos virão com Jesus, unir-se-ão
a seus corpos ressurretos e subirão com Cristo, já glorificados.
Jesus
no Céu
Depois
que Cristo subiu para o Céu, a Bíblia não mais se refere ao Paraíso como
estando “em baixo”. Desse ponto em diante todas as referências no
Novo Testamento falam da localização do Paraíso como estando “em cima” ou “no
alto”.
Na
manhã da ressurreição, Cristo não permitiu que Maria Madalena ou os discípulos
O tocassem, porque Ele havia descido ao SHEOL. Ali Ele libertou os mortos
justos que estavam no Paraíso (seio de Abraão) e transferiu-os para um ponto
situado nos lugares celestiais. Foi nessa ocasião que Ele“levou cativo o
cativeiro” ou a multidão de almas cativas dos mortos justos esperando
no SHEOL/HADES pela consumação da obra de Cristo.
Como já sabemos, o crente
quando morrer, não vai mais para o HADES. Ele vai estar com Cristo. Paulo disse
que desejava "partir e estar com Cristo". Em 2 Coríntios 5.6-8, o
apóstolo Paulo foi enfático ao expressar sua confiança que, estar "ausente
do corpo" na morte, é estar "presente com o Senhor". Portanto,
os mortos justos estão "presentes com Cristo" agora, ou seja, estão
onde Cristo está.
A presente situação dos ímpios mortos
Continuam descendo ao HADES, o "império da morte", onde ficarão retidos em sofrimento consciente até o Juízo do Grande Trono Branco, após o Milênio, quando ressuscitarão para serem julgados e postos no Inferno eterno (Ap 20.13-15). Assim sendo, qualquer fantasma ou "alma do outro mundo" que possa aparecer por aqui é coisa diabólica, porque do HADES não sai ninguém. É uma prisão, cuja chave está com Jesus (Ap 1.18). Alma do outro mundo não vem à Terra, pois os salvos estão com Jesus, e os perdidos estão presos. O diabo, sim, por enquanto está solto e sabe imitar e enganar com muita habilidade.
O estudo comparativo de passagens bíblicas como 1Pe 3.18-20 e Atos 2.27,31, mostra que a vitória de Cristo foi anunciada até no HADES, o reino dos mortos. Todo o universo tomou conhecimento da transcendental vitória de Jesus, na Sua morte e ressurreição.
A sorte do incrédulo foi selada durante sua vida terrena. Ele sabe qual o seu destino eterno, e está apenas aguardando o julgamento e a justiça de Deus para ser "lançado fora" e sua sentença começar.
O estado dos mortos
Escritores gregos antigos viam a morte como um sono. Homero, em sua obra A ILÍADA, chama o sono de "irmão gêmeo da morte". Dizem que Sócrates, condenado a morrer envenenado, declarou: "Se a morte é apenas um sono sem sonhos, deve ser algo maravilhoso." Mas a Palavra de Deus ocupa-se do assunto com toda clareza. Davi aguardava por antecipação o dia em que iriam despertar na presença do Senhor. Ele disse: "Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar eu me satisfarei com a tua semelhança." (Sl 17.15). Outro autor dos Salmos declarou que nossos dias nesta Terra são "...como um sono..." (Sl 90.5).
O estado dos justos falecidos
Na morte, a vida corpórea cessa e o corpo começa a desintegrar-se, o que é inerente à sua natureza. Daí o espírito ou a alma humana entra em estado consciente de existência. É a natureza desse estado, particularmente com respeito aos justos, que agora temos de estudar.
1. Os justos estão com Deus - A declaração em Eclesiastes 12.7, de que o espírito volta a Deus que o deu, acha-se repetida em passagens do Novo Testamento. Em Filipenses 1.23 Paulo falou de partir e estar com Cristo. Referia-se ao dilema que tinha quanto ao morrer ou continuar vivo. Reconhecia que, continuar nesta vida significava muito sofrimento, mas o terminar desta vida significava uma partida imediata para a presença de Cristo.
2. Os justos estão no paraíso - Conforme Apocalipse 2.7, àquele que vencer, Cristo lhe concederá o privilégio de comer "...da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus". Ainda que não seja usado o termo "paraíso" em Apocalipse 22.1,2, é provável que a idéia seja a mesma. Nessa passagem, a "arvore da vida" aparece ao lado do rio da água da vida, e o quadro total é o de um paraíso ou jardim de bem-aventurança.
3. Os justos estão vivos e conscientes - Os justos desincorporados estão vivos e conscientes. Ainda que o Novo Testamento ensine que há um estado desincorporado durante o intervalo entre a morte e a ressurreição, em parte alguma ele deixa transparecer a idéia de que esse estado seja de animação suspensa ou de inconsciência. Várias passagens nos ajudam a compreender melhor.
A presente situação dos ímpios mortos
Continuam descendo ao HADES, o "império da morte", onde ficarão retidos em sofrimento consciente até o Juízo do Grande Trono Branco, após o Milênio, quando ressuscitarão para serem julgados e postos no Inferno eterno (Ap 20.13-15). Assim sendo, qualquer fantasma ou "alma do outro mundo" que possa aparecer por aqui é coisa diabólica, porque do HADES não sai ninguém. É uma prisão, cuja chave está com Jesus (Ap 1.18). Alma do outro mundo não vem à Terra, pois os salvos estão com Jesus, e os perdidos estão presos. O diabo, sim, por enquanto está solto e sabe imitar e enganar com muita habilidade.
O estudo comparativo de passagens bíblicas como 1Pe 3.18-20 e Atos 2.27,31, mostra que a vitória de Cristo foi anunciada até no HADES, o reino dos mortos. Todo o universo tomou conhecimento da transcendental vitória de Jesus, na Sua morte e ressurreição.
A sorte do incrédulo foi selada durante sua vida terrena. Ele sabe qual o seu destino eterno, e está apenas aguardando o julgamento e a justiça de Deus para ser "lançado fora" e sua sentença começar.
O estado dos mortos
Escritores gregos antigos viam a morte como um sono. Homero, em sua obra A ILÍADA, chama o sono de "irmão gêmeo da morte". Dizem que Sócrates, condenado a morrer envenenado, declarou: "Se a morte é apenas um sono sem sonhos, deve ser algo maravilhoso." Mas a Palavra de Deus ocupa-se do assunto com toda clareza. Davi aguardava por antecipação o dia em que iriam despertar na presença do Senhor. Ele disse: "Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar eu me satisfarei com a tua semelhança." (Sl 17.15). Outro autor dos Salmos declarou que nossos dias nesta Terra são "...como um sono..." (Sl 90.5).
O estado dos justos falecidos
Na morte, a vida corpórea cessa e o corpo começa a desintegrar-se, o que é inerente à sua natureza. Daí o espírito ou a alma humana entra em estado consciente de existência. É a natureza desse estado, particularmente com respeito aos justos, que agora temos de estudar.
1. Os justos estão com Deus - A declaração em Eclesiastes 12.7, de que o espírito volta a Deus que o deu, acha-se repetida em passagens do Novo Testamento. Em Filipenses 1.23 Paulo falou de partir e estar com Cristo. Referia-se ao dilema que tinha quanto ao morrer ou continuar vivo. Reconhecia que, continuar nesta vida significava muito sofrimento, mas o terminar desta vida significava uma partida imediata para a presença de Cristo.
2. Os justos estão no paraíso - Conforme Apocalipse 2.7, àquele que vencer, Cristo lhe concederá o privilégio de comer "...da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus". Ainda que não seja usado o termo "paraíso" em Apocalipse 22.1,2, é provável que a idéia seja a mesma. Nessa passagem, a "arvore da vida" aparece ao lado do rio da água da vida, e o quadro total é o de um paraíso ou jardim de bem-aventurança.
3. Os justos estão vivos e conscientes - Os justos desincorporados estão vivos e conscientes. Ainda que o Novo Testamento ensine que há um estado desincorporado durante o intervalo entre a morte e a ressurreição, em parte alguma ele deixa transparecer a idéia de que esse estado seja de animação suspensa ou de inconsciência. Várias passagens nos ajudam a compreender melhor.
Em
Mateus 22.32 Jesus declarou aos saduceus que Deus é Deus dos vivos. Sua
declaração foi feita em referência às palavras dirigidas a Moisés na ocasião da
sarça ardente: "Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus
de Jacó." Jesus interpretou essa declaração como significando que
Deus estava dizendo: "Abraão, Isaque e Jacó morreram há muito
tempo, porém eles continuam vivos".
4. Os
justos estão em descanso - Esta declaração se baseia nas palavras de
Apocalipse 14.13: "Bem-aventurados os mortos que desde agora
morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas,
pois as suas obras os acompanham." A idéia principal do termo
"descanso" é de refrigério depois do labor. Os que morrem no Senhor
são descritos como estando num estado de bem-aventurança, porque entram numa
experiência de regozijo, como sendo aliviados então das lutas desta vida. Mais
do que isto, sua obra não pára quando eles morrem. Ela continua produzindo
efeitos até aquele dia quando serão abertos os livros (Ap 20.12).
O
estado dos ímpios falecidos
As
passagens do Novo Testamento que tratam dos maus ou injustos no estado
desincorporados, são menos numerosas do que as que se referem aos justos.
Porém, as poucas que se relacionam com este tópico, conduzem a várias
conclusões:
·
Lucas 16.23 - Ímpios falecidos:
a) Estão num lugar fixo.
b) Continuam vivos e conscientes.
c) Estão separados de Deus.
·
2 Pedro 2.9 - Ímpios falecidos:
- Estão reservados para o castigo eterno.
Portanto,
o que estão ensinando sobre os mortos (justos ou ímpios) se encontrarem na
sepultura, em sono profundo e em estado de inconsciência, não tem apoio nas
Escrituras.
O
céu e o inferno
O
destino final da Igreja é sua habitação na eterna presença de Deus. A Bíblia e
a doutrina cristã chamam isto de "céu".
Como
é o céu?
Quando
as pessoas perguntam qual a crença do cristão sobre o Céu, não é possível dar
uma resposta precisa e detalhada. As razões são óbvias. Como seria possível
explicar a um índio que vive na selva, como é a cidade grande? Todavia, tanto
os selvagens como o citadino vivem no planeta Terra, respiram o mesmo ar e
gozam do mesmo sol. Mas o Céu, como quer que ele seja, deve ser
fundamentalmente diverso. Sua definição deve estar quase além do
entendimento humano.
Em
Apocalipse está escrito "...Deus habitará com eles (homens)..." (Ap
21.3). O ponto alto da história bíblica da redenção de Deus é "a Cidade
Santa", Deus com seu povo. Em tal comunidade, "...Deus lhes enxugará
dos olhos toda lágrima" e não haverá nem prato, nem luto, nem dor,
"porque as primeiras cousas passaram" (Ap 21.4). Quanto a isto é
importante saber que:
1. O
Céu é um lugar real, literal - Este mundo é apenas a ante-sala do
próximo. Esta existência é breve e incidental em relação às alturas eternas da
próxima. O coração, em seu anseio por algo melhor, apóia a conclusão que deve
haver um lugar para nós, após a morte física. Lendo João 14.2,3 vemos que por
duas vezes Jesus chama o Céu de LUGAR. Realmente o Céu é um lugar real,
literal, físico. É um lugar na presença de Deus, um lugar que Cristo nos está
preparando.
2. O
Ceu é um lugar espaçoso (Ap 7.9) - Se Jesus criou o mundo em seis
dias, como os animais, o firmamento e os seres humanos - toda a Sua criação é
realmente maravilha e ultrapassa a todo entendimento - qual não deve ser o
lugar que Ele vem preparando durante esses anos todos? Os capítulos 21 e 22 do
livro de Apocalipse fala das belezas desse lugar.
3. O
Céu fica em cima (At 1.9; 2Res 2.11; 2Co 12.2,4; Ap 21.3,4; 22.3-5) -
Sim, o Céu reserva maravilhosas perspetivas para aqueles que foram levados no
precioso sangue de Cristo; e, verdade é que, onde quer que esteja o Céu está
vinculado às bênçãos de Deus, em Seu Filho, Jesus Cristo.
A
realidade do inferno
No
Novo Testamento, há três palavras diferentes, no grego, que são traduzidas pela
mesma palavra INFERNO em português, são elas: HADES, GEENA e TÁRTARO.
Na
verdade, essas três palavras gregas têm basicamente um significado diferente:
-
HADES é o SHEOL do Antigo Testamento. É o lugar onde os espíritos dos mortos
aguardam a ressurreição.
-
GEENA por outro lado, refere-se ao inferno em relação ao castigo eterno. É o
lugar para onde irão os injustos após o julgamento do Grande Trono Branco.
-
TÁRTARO é usado para referir-se à prisão dos anjos caídos (Jd v. 6).
Quanto
ao inferno
-
É antítese (oposição entre palavras ou idéias) do Céu (Mt 11.23).
-
Cristo prometeu fazer a Sua Igreja triunfar sobre o inferno (Mt 16.18).
-
No inferno há vida consciente e sofrimento eterno (Lc 16.23).
-
Deus tem poder de matar o corpo e lançar a alma no Inferno (Mt 10.28).
-
A indisciplina dos nossos membros pode ser causa de condenação do corpo ao
Inferno (Mt 5.29).
-
Não há escape do Inferno para o impenitente (Mt 23.33).
-
O Inferno será um lugar de sofrimento eterno e de eterna separação do Salvador
(Mt 13.42,49,50; 25.41).
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