LIÇÃO 01
ESCATOLOGIA,
O ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS
03 de janeiro de 2016
Professor Alberto
TEXTO ÁUREO
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias
sobrevirão tempos trabalhosos” (2Tm 3.1).
VERDADE PRÁTICA
O estudo da Escatologia bíblica traz ao
coração dos salvos a esperança de um dia estarem para sempre com o Senhor Jesus
Cristo.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias
sobrevirão tempos trabalhosos” (2Tm 3.1).
No capítulo 3 de 2 Timóteo,
versículos 1 ao 9 está uma advertência contra os hereges ou aqueles que erram o
alvo, o caminho. O apóstolo Paulo retorna ao seu tema muitas vezes
reiteradamente, a questão da heresia, do herege, e como o pastor ideal deve
encará-los e tratar com eles.
Esse é o tema mais enfatizado
nas “epístolas pastorais”, porque, quando foram escritas, a igreja já vinha
sendo assediada por heresias, que continuaram “infestando” à igreja por cerca
de centro e cinquenta anos. No entanto, a grande apostasia que havia de vir,
seria para os últimos dias, onde segundo o livro de Apocalipse os homens
chegariam ao extremo de adorar o próprio Satanás, através do anticristo, ao
invés de adorarem a Deus, por intermédio de Jesus Cristo. A passagem de 2 Tm
2.4, reitera esse conceito.
Este capítulo 3 de 2 Timóteo foi
escrito a fim de alertar os pastores que, ao invés de irem melhorando, as
coisas irão se agravando. Até mesmo os cristãos professos se voltarão para os
prazeres mundanos, hedonismo, como se isso fosse o seu deus; e do seio da
própria igreja cristã surgirão horrendas heresias e uma vida caracterizada pela
impiedade.
Em face de tudo isso, do
crescimento intensivo da iniquidade, à proporção em que se for avizinhando a
segunda vinda de Cristo, o bom ministro de Cristo deverá permanecer fiel, com
vida no altar, vida piedosa, seguindo o padrão e o exemplo dados pelo apóstolo
dos gentios, assim não cairá vítima da apostasia que, inevitavelmente sobrevirá
aqueles que perdem o temor de Deus e pervertem a fé cristã e a si mesmo
(adaptado da obra: O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo de N.
Champlin, Editora Candeia).
"Sabe, porém,
isto: ...” – Essa era a exortação do apóstolo Paulo,
nos alertando que se a situação estava ruim naquela época, quando os crentes
tinham que enfrentar a heresia gnóstica; ninguém deveria pensar que, para os
pastores posteriores, as coisas se tornariam mais fáceis. Antes, tempos piores
haveriam de vir, sendo os acontecimentos daquela época a pré figuração do que
haveria de vir.
Os líderes cristãos sabem
disso, não são surpreendidos, todos os cristãos estão sabendo, não deverão se
escandalizar ou ignorar, que haverá dificuldades no nosso caminhar em direção
da “terra da promessa”, temos que ter consciência, estarmos preparados, que
situações adversas piores sobrevirão e você está sendo avisado, orientado.
“...que nos últimos
dias sobrevirão...” - Essa é uma expressão específica das epístolas
pastorais, encontramos pelo menos 6 possibilidades do que significa essa
expressão. Ela pode indicar:
1.- “o dia do Senhor”, que seriam os
últimos dias, em Atos 2.17 aparece como últimos dias, mas essa é uma citação de
Joel 2.28 que diz “o dia do Senhor”;
2.- no judaísmo a expressão “últimos dias” pode indicar o término da dispensação terrena e o
início da era messiânica;
3.- em outros escritos judaicos
indica a própria era messiânica;
4.- e em outros escritos
judaicos indica o reino milenar e o juízo final;
5.- essa expressão para o
cristianismo pode indicar a era do evangelho;
6.- indica dias anteriores ao
advento do Senhor Jesus, ou seja, aquele período que antecede a segunda vinda
de Cristo.
A Igreja Evangélica Assembleia
de Deus crê que essa expressão se refere aos dias que antecedem a segunda vinda
do Senhor Jesus. Nas epístolas pastorais, por exemplo, a heresia gnóstica é
amplamente referida nas passagens sobre a “apostasia”, como esta que ora
consideramos. Contudo, com base na consideração de outros textos, sabemos que
os crentes da igreja primitiva esperavam uma grande apostasia, naqueles dias
que antecederiam a segunda vinda de Cristo.
“... tempos
trabalhosos" (2 Tm 3.1) - No grego temos o adjetivo chapelos, que significa: “difícil,
árduo, trabalhoso”, dando a entender um período de grande “tensão”, de maldade, iniquidade,
absurdos.
Após dois mil anos de
cristianismo, da época que foi escrita esta palavra, estamos vivenciando em
nosso cotidiano coisas jamais imaginadas. A Bíblia declara que aqueles tempos
serão difíceis devido às condições, ao contexto existente no meio da Igreja,
oriundas da apostasia e não somente por isso, mas também por causa da grande
dificuldade que atingirão os crentes, a decadência de valores de todas as
sociedades é assombroso, incrivelmente estamos vivendo dias em que o errado se
torna certo, e o certo errado.
Observamos atualmente muitos
cristãos se acostumando com os “desvalores” da sociedade, igrejas inteiras tem
aceitado condutas imorais, coisas pecaminosas e abomináveis diante do Senhor, que
tornam-se comuns e aceitas por muitos grupos e denominações “cristãs”.
Ao aproximar do advento da
segunda volta do Senhor Jesus, todos os crentes perceberão as grandes
dificuldades que haverá, o Senhor Jesus declara que por multiplicar a
iniquidade o amor de muitos esfriará (Mt 24.12), que o Senhor nos guarde de
todo o mal.
INFORMAÇÕES INICIAIS
1º Trimestre
de 2016
Título: O
final de todas as coisas — Esperança e glória para os salvos
Comentarista: Elinaldo
Renovato de Lima - é presidente
das Assembleias de Deus em Parnamirim, no Estado do Rio Grande do Norte, membro
da Convenção Estadual de Ministros da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no
Rio Grande do Norte (CEMADERN), e membro da Convenção Geral das Assembleias de
Deus no Brasil (CGADB), há anos tem
feito comentários para as Lições Bíblicas da Casa Publicadora das Assembleias
de Deus.
SUMÁRIO:
Lição 1 - Escatologia, o Estudo das Últimas
Coisas
Lição 2 - Sinais que Antecedem a Volta de
Cristo
Lição 3 - Esperando a Volta de Jesus
Lição 4 - Esteja Alerta e Vigilante, Jesus
Voltará
Lição 5 - O Arrebatamento da Igreja
Lição 6 - O Tribunal de Cristo e os
Galardões
Lição 7 - As Bodas do Cordeiro
Lição 8 - A Grande Tribulação
Lição 9 - A Vinda de Jesus em Glória
Lição 10 - Milênio - Um Tempo Glorioso para
a Terra
Lição 11 - O Juízo Final
Lição 12 - Novos Céus e Nova Terra
Lição 13 - O Destino Final dos Mortos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus
24.4,5,11-13; 1 Tessalonicenses 1.10.
Mateus 24
4
— E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane,
5
— porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a
muitos.
11
— E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.
12
— E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.
13
— Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.
1 Tessalonicenses 1
10
— e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus,
que nos livra da ira futura.
OBJETIVO GERAL
Explicar o real significado da Escatologia
Bíblica.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Professor neste primeiro trimestre do ano estudaremos a respeito das
últimas coisas, pois em breve Jesus virá!
Muitos já não creem na Segunda Vinda de Cristo, por isso, desprezam as
profecias bíblicas.
Todavia, Jesus virá como um ladrão, na hora que ninguém espera.
Este glorioso dia não nos pegará de surpresa, pois somos do Senhor e
aguardamos a sua vinda a qualquer momento.
Que o estudo de cada lição possa trazer esperança ao seu coração, pois
breve Ele virá e estaremos para todo o sempre em sua presença.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta primeira
lição, examinaremos a Escatologia bíblica.
Para os salvos
em Jesus Cristo este é um tema que traz esperança, pois não há nada melhor do
que ter a certeza de que o Salvador voltará e que viveremos junto com Ele por
toda a eternidade.
No entanto,
para os descrentes, a segunda vinda de Jesus não oferece motivos para regozijo.
As previsões bíblicas para o futuro dos ímpios são aterradoras: “Os ímpios serão
lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl 9.17). Porém, ainda é tempo para o arrependimento e a
conversão.
Por isso, a
Igreja do Senhor tem a responsabilidade de anunciar Jesus, cumprindo a Grande
Comissão (Mt 28.19,20).
PONTO CENTRAL
O estudo da Escatologia
Bíblica traz esperança para os salvos em Jesus Cristo.
I. O ESTUDO DA ESCATOLOGIA
1.
Definição.
A palavra
escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos, “último”, e logos,
“estudo”, “mensagem”, “palavra”.
O termo grego
cognato é , que significa “últimas coisas”.
Daí vem à
expressão “estudo”, ou “doutrina” das “últimas coisas”.
Portanto, escatologia
é o estudo sistemático das coisas que acontecerão nos últimos dias ou a
“doutrina das últimas coisas”.
A escatologia
estuda os seguintes temas: Estado
Intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento
Final e o Estado Perfeito Eterno.
2. A
escatologia e a volta de Jesus.
O estudo da
escatologia bíblica mostra que o crente tem de estar sempre alerta, vigilante,
pois a volta de Jesus pode acontecer a qualquer momento: “Portanto, estai vós também apercebidos; porque
virá o Filho do Homem à hora que não imaginais” (Lc 12.40).
Muitos
desprezam e desdenham das verdades bíblicas, mas Deus vela pela sua Palavra e
em breve Jesus voltará e julgará a todos aqueles que amam a prática do pecado.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A Escatologia Bíblica
tem como objetivo estudar os assuntos relacionados às últimas coisas.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Embora lide
com eventos futuros, a escatologia tem suas raízes tanto na vida, morte e
ressurreição históricas de Cristo como em seu futuro retorno.
Como afirma
Berkouwer: ‘Não é o desconhecimento do futuro, mas sim seu conhecimento que é
fundamental na reflexão escatológica’.
A verdadeira
questão é ‘se as expectativas bíblicas são certas ou incertas, duvidosas ou
inevitáveis’.
Eis uma verdade
com a qual quase todos os teólogos evangélicos concordam: Jesus voltará.
Os cristãos
fundamentam sua esperança nesta promessa, que foi claramente firmada por Cristo
(Mt 24.27-31).
Nas parábolas
dos dois servos (Mt 24.45-51), das dez virgens (Mt 25.1-13) e dos talentos (Mt
25.14-30), Jesus assegurou que voltaria.
Ele virá sobre
as nuvens (Mt 26.64; Ap 1.7), à vista de todos (Mt 24.30), chegará ao mesmo
lugar do qual partiu (Zc 14.4; At 1.11) e em um momento que apenas o Pai
conhece (Mc 13.32).
Embora os
estudiosos normalmente concordem que Jesus voltará, existem diferentes opiniões
sobre os detalhes das circunstâncias que levarão ou se seguirão ao retorno de
Cristo.
Estas
diferentes opiniões estão relacionadas à sequência dos eventos do fim, à Grande
Tribulação, ao Milênio e ao futuro de Israel” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.168).
II. A PREOCUPAÇÃO COM OS FINS DOS TEMPOS
1.
Os discípulos de Jesus.
Certa vez, os
discípulos de Jesus fizeram a seguinte indagação ao Mestre: “[...] Dize-nos
quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”
(Mt 24.3).
Tanto os
discípulos quanto os cristãos do primeiro século desejavam saber a respeito do
fim dos tempos, pois este é um assunto que chama a atenção de crentes e não
crentes.
Já no primeiro
século algumas pessoas não acreditavam mais na segunda vinda de Jesus, pois
Pedro fala sobre os “escarnecedores” que dizem: “Onde está a promessa da sua
vinda?”.
Infelizmente,
hoje muitos também continuam achando que a Palavra de Deus não se cumprirá e
que o fim não virá (2Pe 3.3,4).
2.
As previsões falsas sobre o futuro.
O homem sempre se preocupou com o fim dos
tempos, por isso, o grande número de falsos profetas e falsas previsões quanto
ao futuro da humanidade.
São inúmeras
seitas e falsos profetas que já marcaram a data da segunda vinda de Jesus e o
fim de todas as coisas, pois todos erram.
3.
Falsos profetas.
Willian
Miller, um homem “especialmente escolhido por Deus para iniciar a proclamação
da vinda de Cristo” — segundo Ellen G. White — previu, em 1831, que Jesus
voltaria em 10 de dezembro de 1843. Com base em cálculos, Miller estabeleceu,
ainda, outras datas: outubro de 1844, 1847, 1850, 1852, 1854, 1855, 1863, 1877…
Nenhuma previsão se confirmou.
Charles Russel afirmou que a
volta de Jesus se daria em 1914. Mais tarde, adiou-a para 1918. Depois da sua
morte, em 1916, seu sucessor, Joseph Rutherford, começou a proclamar que,
segundo novos cálculos, a vinda de Cristo havia sido transferida para 1925…
Nenhuma das predições se cumpriu, mas as testemunhas de Jeová, temendo passar
por mentirosas, resolveram voltar à primeira predição: Cristo teria voltado “em
espírito”, em 1914, como Russel havia predito a princípio… Que confusão!
Willian
Branham, líder do Tabernáculo da Fé — o “Mensageiro do Apocalipse” —, garantiu
que a volta do Senhor se daria em 1977. Pregava que seu ministério perduraria
até este ano. Mas, para a frustração de seus fiéis seguidores, ele morreu em
1965, doze anos antes de se cumprir a sua predição!
Edgar
Whisenant, em 1988, lançou o livro Tempo Emprestado: 88 Razões Por Que o
Arrebatamento se Dará em 1988. Ele se baseou em cálculos matemáticos
“precisos”… Várias pessoas creram na sua predição… Mas o óbvio aconteceu…
Whisenant sequer pediu desculpas. Simplesmente afirmou que se esquecera de um
detalhe: fizera seus cálculos até o ano de 1988, enquanto Roma deixara de lado
o ano zero. Houve, portanto, no primeiro século, apenas noventa e nove anos. E
Jesus voltaria em 1989!
Bang-Ik Ha, um jovem
profeta da Missão Mundial Taberah, tinha razões “mais convincentes” para
afirmar que Jesus viria em outubro de 1992. Não chegara a essa conclusão apenas
por meio de cálculos matemáticos. Ele mesmo fora ao céu várias vezes e recebera
“diretamente de Deus” mensagens específicas sobre o futuro do planeta Terra!
Vários panfletos alusivos ao acontecimento foram distribuídos pela missão, e a
notícia espalhou-se pelo mundo. Até um livro, intitulado O Último Plano de
Deus, foi publicado, com o intuito de provar “biblicamente” que a vinda de
Jesus se daria na data mencionada… Que desperdício!
Certo pastor
marcou o arrebatamento da Igreja para o ano de 1993 e o início da Grande
Tribulação, considerando que o ano 2000 seria o fim do sexto milênio.
Outro
“profeta”, baseado em cálculos matemáticos, somando ou subtraindo referências
bíblicas e utilizando a contagem bíblica dos tempos, assegurou que o Anticristo
seria revelado em 13 de novembro de 1986 às 17 horas em Jerusalém!
Marcou o “fim
do mundo” para março de 1987. Mais um falso profeta foi desmoralizado.
Valnice
MIlhomes, profetizou que Jesus voltaria em um sábado de 2007, possivelmente
7/7/2007. E agora há alguém afirmando que Ele virá em 21 de maio deste ano…
No site do Sr.
Sidney Spíndola: http://rb24horas.blogspot.com.br/2012/04/jesus-voltara-em-2022.html está
registrada a seguinte “profecias”:
“Em 04 de
Janeiro de 2012 esta foi a primeira revelação não-corriqueira ou não-menos
importante que o Senhor me deu. Acreditem ou não, é meu dever registrar aqui o
que ouvi de Deus, e o que ouvi foi: JESUS VOLTARÁ EM 11 ANOS.... . Eu sei que
você chegou a conta de 11 anos + 2012 = 2023; porém se você contar os 11 anos a
partir de 2012 = 2022. Eu pessoalmente fico com o ano de 2022 porque a
revelação se deu em 04 de Janeiro de 2012, logo o ano de 2012 precisa ser
contado entre os 11 anos por estar ainda em seu início. A compreensão deve ser
1 ano + 10 anos = 11 anos, ou ano de 2012 + 10 anos = 11 anos ou ano de 2022.
... A
propósito, se lhe parece coincidência, quero dizer que quando recebi a
revelação do Ano do ARREBATAMENTO da IGREJA (2022), em 4 de Janeiro de 2012
minha idade era 39 anos. A redução de 39 é 3+9=12 (2012 Ano da Revelação do
Arrebatamento em 2022).”
Bispo Sidney Espíndola
BRASIL - Brasília - DF
CONTATO: (61) 84674403
E-mail: prcarismatico@gmail.com
- Pastor
Mark
Biltz lista “sinais da vinda de Cristo” e diz que a Grande Tribulação começará
no próximo ano: http://noticias.gospelmais.com.br/pastor-grande-tribulacao-comecara-proximo-ano-71395.html
Na verdade, o
próprio Senhor Jesus asseverou que “daquele dia e hora ninguém sabe” (Mt 24.36).
“Não vos pertence saber os tempos ou as
estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At 1.7), afirmou ainda.
É evidente que
Ele, que é o Todo-Poderoso (Mt 28.18; Ap 1.8), sabe o dia e a hora de sua
volta!
Quem não o
sabe somos nós. Paulo afirmou: “acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se
vos escreva” (1 Ts 5.1).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Os discípulos de Jesus
sempre se preocuparam com os fins dos tempos.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Marcos 13.32
assinala que apenas o Pai conhece o momento do retorno de Cristo.
Mateus 24.42
alerta: ‘Vigiai,
pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”.
Paulo escreve:
‘porque vós
mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite’ (1Ts
5.2).
Estas
passagens indicam que Jesus pode retornar a qualquer momento advertindo-nos
para estarmos prontos.
Já outras
passagens trazem sinais que precederão a volta de Cristo.
O próprio
Jesus mencionou sinais que marcariam o fim dos tempos como lemos em Mateus
24.1-14” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica.
1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.169).
III. INTERPRETAÇÕES ESCATOLÓGICAS
Existem
diferentes interpretações escatológicas a respeito do fim.
Não podemos estudar todas em uma única lição,
porém estudaremos algumas:
1.
Futurista.
Essa
interpretação considera que a maior parte das profecias ainda vai se cumprir,
começando com o arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes.
Sem dúvida, é
a mais adequada à realidade das profecias sobre os últimos tempos.
Essa corrente,
porém, subdivide-se em:
a)
Pré-tribulacionista. Esta corrente afirma que o Senhor Jesus
arrebatará sua Igreja antes da Tribulação de sete anos (Jo 14.1-3; 1Ts 4-5).
Segundo Tim
Lahaye, aqueles que “interpretam a Bíblia literalmente encontram razões fortes
para crer que o arrebatamento será pré-tribulacional”.
O ensino a
respeito do arrebatamento é uma doutrina fundamental, porém, o povo de Deus não
precisa estar dividido quanto a tal assunto. O importante é que Jesus voltará
para buscar a sua Igreja.
É importante
ressaltar que a corrente pré-tribulacionista está mais de acordo com o livro de
Apocalipse (Ap 4.1-2).
Para os
pré-tribulacionistas os crentes serão guardados da Tribulação.
Segundo esta
corrente o propósito da Tribulação não é preparar a Igreja para estar com
Cristo, mas, preparar Israel para a restauração do plano de Deus.
b)
Pré-milenista. Essa corrente conclui que a Vinda de Cristo
ocorrerá antes do milênio, quando Cristo virá reinar sobre a Terra.
Grande parte
dos cristãos do primeiro século, eram pré-milenistas.
Segundo o
pastor Claudionor de Andrade “tal posicionamento foi duramente combatido por
Orígenes que, influenciado pela filosofia grega, passou a ensinar que o Milênio
nada mais era que uma referência alegórica à ação do Evangelho na vida das
nações”.
c)
Midi-tribulacionistas. Os midi-tribulacionistas entendem que a Igreja
será arrebatada no meio da Tribulação.
d)
Pós-tribulacionistas. Os pós-tribulacionistas pregam que a Igreja vai
passar pela Grande Tribulação.
No entanto, esse
ensino não tem base sólida na Palavra de Deus.
Jesus disse à
igreja de Filadélfia, que representa a igreja fiel, que iria guardá-la “da hora da tentação
que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap
3.10).
A Igreja não
estará mais na Terra quando começar a Grande Tribulação.
Paulo ensina
que devemos “[...]
esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus,
que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10).
2.
Histórica.
Considera que
o Apocalipse é um livro histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior
parte.
Mas tal
entendimento não corresponde à realidade bíblica.
3.
Preterista.
Os preteristas
entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano,
incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C.
Entretanto, as
profecias bíblicas sobre os fins dos tempos indicam que diversos eventos
escatológicos ainda não se cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1Ts
4.17), a Grande Tribulação ou “a hora da tentação que há de vir sobre todo o
mundo” (Ap 3.10), a Vinda de Cristo em glória (Mt 16.27) e o milênio (Ap
20.2-5).
4.
Simbolista.
É também
chamada de interpretação idealista ou espiritualista.
Tudo é
“espiritualizado”, simbólico; nada é histórico, mas apenas uma alegoria da luta
entre o bem e o mal.
Nessa linha de
pensamento, há o ensino amilenista, segundo o qual não haverá um período
literal de mil anos para o reinado de Cristo.
Ensinam que a
Igreja está vivendo um milênio simbólico, mas as referências que indicam que o
milênio será literal são muitas (Ap 20.2-5; Hc 2.14).
Há os
pós-milenistas que pregam que Jesus só voltará depois do milênio.
Os textos
bíblicos, porém, indicam uma ordem diferente dos acontecimentos escatológicos.
A ressurreição
dos mortos salvos ocorrerá na vinda de Cristo (1Ts 4.13-17). A volta de Jesus é
tão literal quanto o foi a sua Ascensão (cf. At 1.9,11).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Existem várias
interpretações escatológicas a respeito do fim.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Os termos
pré-milenismo, amilenialismo e pós-milenialismo existem porque Apocalipse 20
fala sobre um reinado milenial de Cristo, que terá lugar logo após o seu
retorno (retratado em Apocalipse 19).
Uma teologia
sólida deve ser desenvolvida a partir da própria Bíblia e as Escrituras ensinam
apenas um ponto de vista.
O
amilenialismo e o pós-milenialismo não são encontrados em nenhuma parte, mas o
pré-milenialismo é percebido ao longo de toda a Bíblia.
A força do
pré-milenialismo está no texto das Escrituras.
O
pré-milenialismo é a opinião escatológica de que Jesus Cristo voltará
literalmente para estabelecer o seu reino na terra por mil anos. Isso ocorrerá
após o período da Tribulação e antes do estabelecimento de um novo céu e uma
nova terra (Ap 20).
Ryrie observa:
‘Todas as formas de pré-milenialismo entendem que o Milênio segue à segunda
vinda de Cristo.
A sua duração
será de mil anos; a sua localização será na terra; o seu governo será
teocrático com a presença pessoal de Cristo reinando como Rei’.
Dentro do
pré-milenialismo, em geral, existe uma variedade de pontos de vista acerca do
arrebatamento da Igreja, os quais incluem o pré-milenialismo pré-tribulacional,
e pós-tribulacional.
Em outras
palavras, os pré-milenialistas estão divididos quanto as suas opiniões de
quando o arrebatamento ocorrerá em relação à Tribulação e ao Milênio” (LAHAYE,
Tim. Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.348).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Defendemos a
interpretação futurista, que se revela como a que melhor ajusta-se à boa
hermenêutica sagrada, segundo a qual a Bíblia interpreta-se a si mesma.
Nos livros
escatológicos, podemos identificar algumas profecias que já se cumpriram e
também entendemos que há linguagem simbólica nos livros escatológicos.
Mas, em
relação aos fins dos tempos, face à volta de Jesus, cremos que esta se dará
antes da Grande Tribulação.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Escatologia, o estudo
das Últimas Coisas
Esperança: o
fundamento da Escatologia Bíblica.
“O único
motivo por que a promessa da nossa ressurreição, do nosso corpo glorificado, do
nosso reinar com Cristo, e do nosso futuro eterno é chamada ‘esperança’ é
porque ainda não os alcançamos (Rm 8.24,25)” (Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. CPAD, p.610). De fato, não alcançamos a plena redenção
do nosso corpo; a nova realidade de uma transformação radical nos termos que o
apóstolo Paulo escreveu em 1 Tessalonicenses: “Porque o mesmo Senhor descerá do
céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que
morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos,
seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos
ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (4.16,17). Ao anunciar esta
promessa, o apóstolo conclui: “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas
palavras” (v.18).
A sentença
acima, pronunciada pelo apóstolo dos gentios, demonstra que a “esperança” é o
grande tema da verdadeira Escatologia Bíblica. E que, por isso, devemos
reforçar tal esperança consolando uns aos outros com a memória dessa promessa.
A razão de aguardarmos algo que ainda não ocorreu é porque “anelamos e
esperamos a realidade última da manifestação do Reino de Deus no mundo”. Por
isso, essa esperança se inicia e permanece em nós por intermédio de Jesus
Cristo (Ef 2.12). Éramos um povo sem esperança, já condenado como filhos da
ira, com uma natureza essencialmente alienada de Deus e do seu plano de salvação.
Mas, “estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com
Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2.5). Aqui, está a razão da nossa
esperança! Se o Pai, por intermédio de Jesus, o seu Filho, nos vivificou em
Cristo, significa que Ele completará essa boa obra iniciada em nós. Por isso, a
“esperança” é o fundamento primeiro da Escatologia Bíblica.
Enfatize a
esperança cristã
Ao iniciar a
primeira lição deste trimestre, antes de abordar o conceito da Escatologia, a
preocupação com os fins dos tempos e as linhas de interpretações do livro de
Apocalipse, dê ênfase ao tema da "esperança". A doutrina das últimas
coisas não pode ser ensinada com o objetivo de trazer medo às pessoas. À luz da
Palavra de Deus, sempre que os autores bíblicos trataram do assunto, eles
tinham como alvo de consolar, confortar e animar o povo de Deus.
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