LIÇÃO 02
SINAIS
QUE ANTECEDEM A VOLTA DE CRISTO
10 de janeiro de 2016
Professor Alberto
TEXTO ÁUREO
“E, estando assentado no monte das Oliveiras,
chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: Dize-nos quando
serão essas coisas [...]” (Mt 24.3).
VERDADE PRÁTICA
Para que a Igreja não seja apanhada de
surpresa, Jesus revelou alguns sinais que devem anteceder a sua vinda.
COMENTÁRIO DO TEXTO ÁUREO
“E, estando assentado no monte das
Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo:
Dize-nos quando serão essas coisas [...]” (Mt 24.3).
A partir do capítulo 24 do
Evangelho Segundo escreveu Mateus está registrado o Sermão Profético do Senhor
Jesus sobre o fim dos tempos, também registrado em Marcos 13.1-3 e Lucas
21.5-36. Nosso texto áureo está inserido entre os versículos 31 a 14: “E, estando
assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em
particular, dizendo: Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da
tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 14.3).
Portanto, os capítulos 24 e 25
do Evangelho de Mateus são fundamentais para o desenvolvimento da Doutrina das
Últimas Coisas, no entanto, é importante frisar que eles não estão estruturados
cronologicamente.
No capítulo 24, nos primeiros 14
versículos (vv.1-14), há uma introdução geral do assunto, intitulado “o princípio das dores”, onde há um
resumo geral da Grande Tribulação (vv.4-12), da salvação dos que perseverarem
até o fim, da pregação do evangelho do reino em todo mundo e do fim (vv.13,14),
trata-se de uma introdução geral. A partir do versículo 15, o evangelista
desdobra pormenorizadamente os conteúdos introduzidos nos primeiros 14
versículos do capítulo 24. Ou seja, assuntos centrais dos dois capítulos já
aparecerem na introdução do capítulo 24.
Após fazer o prenúncio dos
últimos dias (vv.15-35), nosso Senhor exorta os discípulos à vigilância
(vv.36-44). Então, o Mestre, por intermédio de imagens, ensina três parábolas:
“Dois Servos”; “Dez Virgens”; “Dez Talentos”. São três parábolas expondo o
mesmo assunto: exortação à vigilância (iniciada nos versículos 36-44).
Logo depois, o evangelista
finaliza a seção dos capítulos 24 e 25 mostrando o julgamento final, onde o
Filho do Homem destinará os ímpios e os salvos ao castigo eterno e à vida
eterna respectivamente — perceba o quanto o nosso Senhor leva em conta as boas
obras das pessoas (25.31-46).
“E, estando assentado no monte das Oliveiras,...” - o monte das Oliveiras é uma pequena elevação com quatro
cumes, o mais alto dos quais está situado a “30 metros de altura, e domina
Jerusalém e o monte do templo do oriente, do outro lado do vale do Cedrom e do
poço de Siloé”. Nos dias de Jesus, esse monte estava coberta densamente por
bosques, rico em oliveiras; e foi isso que lhe emprestou o nome. Durante o
assédio do comandante romano Tito, o monte perdeu inteiramente a sua vegetação.
Jardim das Oliveiras – Monte das Oliveiras – Jerusalém -
Israel
Atualmente há um templo cristão
localizado em suas bases, para indicar onde Jesus andou; mas não há certeza
alguma sobre a localização exata de qualquer narrativa dos evangelhos que se
veria desenrolar ali.
Igreja da Agonia construída no Monte das Oliveiras – Jerusalém
- Israel
O Velho Testamento também
menciona o lugar (2 Sm 15:30; Ne 8:15; Et 11:23; 1 Rs 11:7; 2 Rs 23:13). Em um
ou mais de seus cumes, praticava-se a idolatria , nos tempos de Salomão. como
tambem noutras ocasiões históricas; e é provável que isso é que tenha feito com
que um de seus cumes fosse intitulado como “monte do Escândalo”. Uma profecia
que se refere ao futuro estabelecimento do reino de Cristo sobre a terra,
indica que esse monte se dividirá em duas partes, por ocasião da volta de Jesus
em Glória.
“... chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo:
Dize-nos quando serão essas coisas [...]” –
a predição de Jesus acerca da destruição de Jerusalém, levou os discípulos a
fazerem muitas perguntas escatológicas. Estas cousas provavelmente são uma
alusão ao julgamento descrito imediatamente antes da destruição de Jerusalém no
ano 70 d.C., mas que também deverá cumprir no período que antecede a volta do
Senhor Jesus em glória com sua igreja para implantar o reino milenar (Ap 20).
“... e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3) – a expressão “tua vinda” é uma referência
indubitável a segunda vinda
de Cristo, a “parousia”.
Veja a seguir um resumo geral
da nossa escatologia de acordo com o Credo Oficial da Assembleia de Deus no
Brasil (CGADB):
O arrebatamento da Igreja
As Sagradas Escrituras apresenta a segunda
vinda do Senhor Jesus em duas fases distintas, a primeira especificamente para
arrebatar todos os fiéis da terra: “Dizemo-nos, pois, isto pela palavra do
Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos
os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de
arcanjo, e com a trombeta de Deus e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois, nós os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com
eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o
Senhor” (1 Tessalonicenses 4.15-17). A sua vinda para o arrebatamento não será
observada pelos ímpios e descrentes, embora seus efeitos serão perceptíveis. Os
corpos dos fiéis arrebatados serão transformados incorruptivelmente e revestido
de imortalidade (1 Coríntios 15.51-53; Filipenses 3.21; 2 Tessalonicenses 1.10;
1 Pedro 5.4), e comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber a recompensa
dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2 Coríntios 5.10; Romanos
14.10- 12 Apocalipse 22.12; Mateus 24.27). Os fiéis glorificados participarão
no céu das Bodas do Cordeiro, o casamento entre Cristo e a Igreja (Apocalipse
19.1-9; Efésios 5.25-27; 2 Coríntios 11.2; Lucas 22.29-30).
A Grande Tribulação
A Grande Tribulação será um período futuro
de aflição sem precedentes na história da humanidade, que ofuscará todos os
tempos anteriores (Mateus 24.21). Será um período da ira de Deus sobre os
ímpios moradores da terra e adoradores da Besta (Apocalipse 6.16-17). Esse
período ocorrerá somente após o arrebatamento da Igreja de Cristo na terra: “e
esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus,
que nos livra da ira futura” (1 Tessalonicenses 1.10; Lucas 21.36; Apocalipse
3.10). Deus não nos destinou para a ira (1 Tessalonicenses 5.9). A Grande
Tribulação tem um propósito duplo: concluir “os tempos dos gentios” (Lucas
21.24) e cumprir a promessa da última semana de Daniel (Daniel 9.24-27), bem
como preparar Israel para o Milênio após o segundo advento. A Grande Tribulação
faz parte do período de sete anos de transição no plano de Deus (Daniel 9.27),
entre o trato de Deus com a igreja arrebatada no céu e a continuação de seu
decreto primário com a nação de Israel na terra (Daniel 12.1; Romanos
11.25-29).
A volta de Cristo em glória
A segunda fase da vinda de Cristo será
visível e corporal, com a sua Igreja Glorificada: “Eis que vem com as nuvens, e
todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram, e todas as tribos da
terra se lamentarão sobre ele” (Apocalipse 1.7; Mateus 24.30-31; Zacarias
12.10; 14.4). Paulo assim declara: “... na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo
com todos os seus santos” (1 Tessalonicenses 3.13; Colossenses 3.4). O apóstolo
Judas diz: “... Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos, para
fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios...” (Judas
14-15). O profeta Zacarias declara que o Messias virá e colocará seus pés no
Monte das Oliveiras em Jerusalém (Zacarias 14.4). O apóstolo João relata a
futura vitória de Cristo sobre a besta e sobre o falso profeta junto com seus
santos (Apocalipse 19.8, 14 e 19).
A restauração espiritual de
Israel
O povo de Israel não foi rejeitado por
Deus: “... Deus não rejeitou ao seu povo que antes conheceu...” (Romanos
11.1-2). A eleição do povo de Israel é um conselho divino (Hebreus 6.17-18). O
apóstolo Paulo diz: “Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de
vós, mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais. Porque os dons e a
vocação de Deus são sem arrependimento” (Romanos 11.28-29). Deus restaurará
espiritualmente Israel por amor ao seu santo nome, como profetizou Ezequiel na
visão do vale de ossos secos (Ezequiel 37.1-14). O apóstolo Paulo diz que após
o término do tempo dos gentios o povo de Israel será salvo (Romanos 11.25-27).
O Israel natural, como nação, se converterá ao Senhor (Romanos 11.15-16; 25-27;
Zacarias 12.10), e por intermédio de Israel, Deus abençoará o mundo inteiro
(Romanos 11.12, 15). Portanto, com a vinda do Messias em glória, haverá a
conversão da nação de Israel e iniciará o Reino Milenar de Cristo na terra.
O Milênio
O Messias, nosso Senhor Jesus, estabelecerá
um reino na terra, da cidade de Jerusalém, no trono de Davi, por mil anos,
conforme revelado pelo apóstolo João: “... e viveram e reinaram com Cristo
durante mil anos”; “... mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com
ele mil anos” (Apocalipse 20.4, 6). Este reino será de perfeita paz, retidão e
justiça entre os homens, conforme descrito pelo profeta Isaías (Isaías 2.1-4;
11.4-6). O milênio terá início com a Segunda Vinda de Cristo com seus santos em
glória (Apocalipse 19.14), quando derrotarão a besta e o falso profeta (Apocalipse
19.19-21), e Satanás será preso (Apocalipse 20.1-3). Todos que estiverem vivos
na terra após esses acontecimentos se submeterão ao governo do Messias
(Zacarias 14.16; Filipenses 2.10-11). O Senhor Jesus literalmente se assentará
sobre o trono de Davi e de Jerusalém, e reinará sobre toda humanidade (Miquéias
4.1-7). Na última ceia o Senhor Jesus assim falou sobre o reino vindouro: “E
digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em
que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai” (Mateus 26.29).
O Juízo Final
O Juízo Final é o julgamento que o Senhor
Deus conduzirá no final dos tempos (2 Timóteo 4.1; Apocalipse 20.12). A base
primordial do Juízo Final é a justiça perfeita e inquestionável de Deus
(Deuteronômio 32.4; Salmo 7.11; Apocalipse 16.7). Deus instaurará o Juízo Final
logo após a última apostasia da humanidade, no final do Milênio (Apocalipse
20.7-10). O Juízo Final terá como símbolo o grande Trono Branco, o mais
perfeito e justo de todos os julgamentos, sobre ele assentar-se-á o mais reto
dos juízes. As Sagradas Escrituras ensinam que o branco é o símbolo da justiça
divina (Apocalipse 19.8). Além do Trono Branco, onde se assentará o
Todo-Poderoso, tendo ao seu lado o Cordeiro, muitos outros tronos serão
instalados. E nestes estarão os redimidos de todas as eras (Apocalipse 20.4). O
Supremo Juiz é o Senhor Deus o juiz de toda a terra (Gênesis 18.25), Juiz de
vivos e de mortos (Atos 10.42). No Juízo
Final, muitos livros serão abertos: “E abriram-se os livros. E abriu-se outro
livro, que é o da vida” (Apocalipse 20.12). Os mortos, grandes e pequenos,
estarão diante do Trono Branco e cada um destes será tratado individual e
personalizadamente (Apocalipse 20.13).
O Lago de Fogo
O Lago de Fogo e Enxofre é o local do
tormento eterno (Apocalipse 20.10), também denominado de segunda morte ou
segunda separação de Deus (Apocalipse 20.14; 21.8). Local onde será jogado o
último inimigo a ser aniquilado: a morte (1 Coríntios 15.26). Os justos nunca
mais experimentarão a morte, porque viverão eternamente ao lado do Senhor:
“Tragada foi à morte na vitória” (1 Coríntios 15.54). Ela será lançada no lago
de fogo, juntamente com o inferno: “E a morte (thanatos) e o inferno (hades)
foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte” (Apocalipse 20.14). As
Escrituras revelam que a besta e o falso profeta serão lançados vivos no Lago
de Fogo e Enxofre (Apocalipse 19.20). Após o Milênio, Satanás, a antiga
serpente, será lançado no Lago de Fogo (Apocalipse 20.10). Os incrédulos e
abomináveis também serão lançados no Lago de Fogo, lugar de tormentos eternos e
de trevas exteriores (Apocalipse 21.8; 20; Mateus 25.30). Assim, o Senhor
aniquilará todas as maldições que, desde Adão e Eva, infelicitam a raça humana.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 24.3-8,11-14.
3 — E, estando
assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em
particular, dizendo: Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da
tua vinda e do fim do mundo?
4 — E Jesus,
respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane,
5 — porque muitos virão
em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
6 — E ouvireis de
guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que
isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.
7 — Porquanto se
levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e
terremotos, em vários lugares.
8 — Mas todas essas
coisas são o princípio das dores.
11 — E surgirão muitos
falsos profetas e enganarão a muitos.
12 — E, por se
multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.
13 — Mas aquele que
perseverar até ao fim será salvo.
14 — E este evangelho
do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então
virá o fim.
OBJETIVO
GERAL
Mostrar os sinais que antecedem a volta de Jesus.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Não sabemos a hora em que Jesus voltará para arrebatar a sua Igreja.
Somente o Pai sabe quando se dará tal acontecimento.
Porém, Jesus falou a respeito dos sinais que antecederiam a sua volta.
Estes sinais são um alerta para nós.
Precisamos estar atentos, mas para isso é necessário saber o que são
realmente os sinais escatológicos.
Um dos sinais é o surgimento dos falsos cristos e falsos profetas.
Para não sermos enganados precisamos de discernimento e conhecimento
das Escrituras Sagradas.
Não descuide do estudo bíblico sistemático, pois ele poderá livrar
você e seus alunos do engano.
Atualmente, os falsos profetas e falsos cristos disseminam suas
mentiras e tramoias através da internet e das redes sociais, alcançando um
número incalculável de pessoas.
Estejamos alertas, vigilantes, nos dedicando ao estudo da Palavra de
Deus para não sermos enganados.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos acerca dos sinais que antecedem a volta
do Senhor Jesus.
A segunda vinda de Cristo, e o fim de todas as coisas, parece algo
fictício e inconcebível para aqueles que não creem em Deus.
Mas, seguramente se cumprirá, pois Jesus assegurou que os céus e a
terra passarão, mas suas palavras não hão de passar (Mt 24.35).
A Igreja deve estar alerta, pois o retorno de Cristo está mais perto
do que podemos imaginar.
Como afirmar que sua volta é iminente?
Mediante os sinais que evidenciam esse grande acontecimento
escatológico. Estejamos atentos a cada sinal.
PONTO
CENTRAL
Jesus falou a respeito dos sinais que antecederiam a sua segunda
vinda.
I.
SINAIS NA VIDA DA IGREJA
Jesus virá buscar todos os que amam a sua vinda (2Tm 4.8), porém é
preciso cuidado para não confundir o arrebatamento da Igreja com a sua vinda em
glória (segunda fase), quando Ele virá com os santos e com os anjos trazendo
juízo contra todos os ímpios (Jd vv.14-16; 2Ts 1.7; Ap 19.14).
“Qual o mais importante
discurso profético proferido por Jesus?”
O discurso no Monte das Oliveiras (Mt 24-25) é o mais importante
discurso profético de toda a Bíblia.
Veja no quadro abaixo um paralelismo entre o discurso de Jesus no
Monte das Oliveiras e os selos de Juízo.
1. Os falsos cristos e falsos profetas.
O crente deve estar vigilante, pois um dos sinais da vinda de Jesus
são os falsos cristos e os falsos profetas.
Para não sermos enganados, precisamos conhecer a Palavra de Deus.
Não negligencie o estudo bíblico, leia e medite na Palavra de Deus,
pois ela é um escudo protetor contra os falsos ensinos e contra tudo que não
procede de Deus.
Os falsos cristos e falsos profetas costumam ter grande eloquência,
carisma e boa argumentação, por isso, Jesus alertou a respeito da vigilância e
do discernimento: “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane,
porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a
muitos” (Mt 24.4,5).
2. Apostasia.
Você sabe o que significa apostasia?
Apostasia significa “desvio”, “afastamento”.
Quer dizer “abandono premeditado e consciente da fé cristã”.
O aumento da apostasia é um sinal que evidencia a segunda vinda de
Jesus (2Ts 2.3).
O apóstolo Paulo alertou a Igreja quanto ao perigo da apostasia: “Mas o Espírito
expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando
ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1Tm 4.1).
No Antigo Testamento vemos que por muitas vezes os israelitas
apostataram-se abandonando ao Senhor e a sua Lei, mas eles receberam a
recompensa por se desviarem do Senhor.
O profeta Isaías assim declara: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta
Palavra, nunca verão a alva"(Is 8.20)
Jesus voltará e julgará os apóstatas, dando-lhes a recompensa que
merecem.
Para Deus a apostasia é sempre vista como um “adultério espiritual”.
3. “Doutrinas de demônios” (1Tm 4.1).
Os falsos mestres e os seus ensinos eram e ainda continuam sendo uma
ameaça para Igreja e para a fé cristã.
Atualmente muitos estão se deixando seduzir por doutrinas de demônios.
Estes deturpam as Escrituras Sagradas e acabam por aceitar o erro,
como por exemplo:
- a “Confissão Positiva”,
- a “Teologia da Prosperidade”,
- o “Culto aos Anjos” e
- muitas crendices e misticismos
que corrompem a sã doutrina.
Sabemos que Satanás é enganador.
Ele procura, de todas as formas, iludir os crentes a fim de que
abandonem a fé verdadeira, por isso, precisamos estar vigilantes.
Muitos que se dizem crentes já estão aceitando e até legislando em
favor do aborto, da homossexualidade, da disfunção familiar, etc.
Deus abomina o pecado e sem santificação ninguém poderá ver o Senhor
(Hb 12.14).
Atualmente temos visto o “evangelho do entretenimento”, que agrada a
muitos, levando-os a uma vida sem compromisso com Jesus e sem santificação (1Pe
1.15).
Por não conhecerem a Palavra de Deus e não viverem segundo ela, muitos
acabam sendo levados pela apostasia moral.
4. Perseguição aos crentes.
Ao falar a respeito dos tempos do fim, Jesus previu grandes
perseguições aos seus discípulos (Mt 24.9).
Os cristãos do primeiro século foram perseguidos e muitos perderam a
sua vida por amor a Cristo.
Atualmente, em muitas nações, há uma perseguição mais velada, mas os
cristãos continuam sendo alvo de perseguições.
Quantos nas universidades não são perseguidos e se tornam alvo de
chacota por declararem sua fé em Cristo?
Nenhuma outra religião tem tantos fiéis mortos quanto o cristianismo.
Mas há uma promessa para os que forem fiéis na tribulação (Mt
5.11,12).
Em algumas nações a perseguição não é velada, mas torna-se bem
explícita, como por exemplo, na Síria, na Coreia do Norte, na China e em países
do norte da África.
Segundo a missão Portas Abertas, que trabalha com a Igreja Perseguida,
recentemente na Síria “dezenas de cristãos foram sequestrados por combatentes
do Estado Islâmico”.
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
Um dos principais sinais da vinda de Jesus na vida religiosa é o
surgimento de falsos cristos, falsos profetas, a apostasia e as doutrinas de
demônios.
II.
SINAIS NOS CÉUS DA VINDA DE CRISTO
1. Sinais do céu.
Jesus alertou que antes de sua vinda haveria vários sinais, como por
exemplo, “grandes
terremotos e fomes, pestilências, coisas espantosas e grandes sinais do céu”
(Lc 21.11).
Notemos que o texto diz “sinais do céu” e não sinais “no céu”.
Não devemos especular e muito menos ensinar sobre assuntos que não
estão revelados na Palavra de Deus.
Não sabemos que sinais serão estes nos céus, pois as Escrituras não
revelam, porém sabemos que eles trarão espanto a todos que o virem, mostrando
que serão algo jamais visto pelo homem.
2. Jesus fala de sinais e não de datas.
Jesus fala de sinais que antecedem a sua volta, mas em momento algum
Ele fala a respeito de datas.
O Mestre também deixou claro que estes sinais são parte do plano de
Deus, todavia quando eles acontecerem, o fim não será logo.
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
Haverá sinais da vinda de Jesus também nos céus.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
As Dores de Um Parto Difícil
“Cristo começa o seu sermão com uma longa lista de calamidades que Ele
compara com as dores de parto que precedem o nascimento de uma criança (Mt
24.4-8).
A palavra ‘dores’ no versículo 8 é do grego Ùdin, que fala do trabalho
e da dor de parto. As aflições que Cristo relaciona aqui são como as dores de
parto. A princípio, são relativamente moderadas e não frequentes, porém à
medida que a hora se aproxima, elas vêm em ondas implacáveis, mais rápidas e mais
severas.
A ilustração de dores de parto é bastante comum na literatura
apocalíptica judaica. O apóstolo Paulo usou uma figura similar para descrever o
dia do Senhor (1Ts 5.3).
O contexto indica que esses sinais se aplicam de um modo particular à
era da Tribulação. No entanto, esses próprios males (guerras e rumores de
guerras, falsos cristos, desastres naturais e perseguição) são aflições que têm
caracterizado a totalidade da era cristã. Características similares estão
presentes neste exato momento em diversos graus, e coletivamente parecem estar
piorando de modo grosseiro e mais preponderante, exatamente como dores de
parto.
Isso não significa que a era em que estamos vivendo seja a que Cristo
descreve. Mas realmente sublima a iminência da volta de Cristo para a Igreja. O
mundo no qual vivemos já está maduro para a Tribulação. Elementos como os
sinais das dores de parto já estão sendo sentidos. As aflições atuais podem
meramente ser como as contrações Braxton-Hicks — dores de parto prematuras;
entretanto, significam que a hora do trabalho difícil, e então o parto em si, é
inevitável e se aproxima rapidamente” (MACARTHUR, John. A Segunda Vinda. 4ª
Edição. RJ: CPAD, 2013, pp.89-90).
III.
GUERRAS, CONFLITOS E TERREMOTOS
1. Guerras e conflitos.
Jesus falou a respeito de guerras e conflitos entre as nações como um
dos sinais de sua volta.
O Mestre alertou que se levantará nação contra nação, e reino contra
reino (Mt 24.7).
Não é o que temos visto ao longo do tempo?
O mundo já sofreu com duas grandes guerras (a Primeira e a Segunda
Guerra Mundial).
Milhares de pessoas inocentes foram mortas.
As guerras e os conflitos continuam sendo constantes em nosso planeta.
Atualmente temos visto também a ameaça do terrorismo, que é também um tipo de
guerra.
Os vários atentados terroristas ao redor do mundo têm causado a morte
de vários inocentes.
Há pouco tempo vimos a Europa, em especial a França, sendo palco de
ataques de extremistas islâmicos.
Estes espalham o medo e a violência ao redor do mundo.
Recentemente, alguns que pertencem a ala dos extremistas efetuaram
atentados terroristas, na França, na Tunísia e no Kuwait, matando dezenas de
pessoas.
O grupo extremista que atua no norte da Nigéria, o Boko Haran, tem
como um dos seus alvos a destruição da fé cristã.
2. Terremotos.
Segundo alguns geólogos, o número de terremotos tem aumentado
assustadoramente nos últimos 20 anos.
De acordo com a United States Geological Survey, dos EUA, “entre 2000
e 2010, aconteceram mais de 200.000 terremotos”.
Destes, somente 100.000 são percebidos.
A maior parte dos tremores ocorre em escalas imperceptíveis ao ser
humano.
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
Os sinais da vinda de Jesus na Terra são as guerras e os terremotos.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“Assim como a terra reagiu quando Jesus morreu (cf. Mt 27.51), também
ocorrerão sinais ‘em baixo na terra’ (cf. At 2.19) antes da segunda vinda de
Jesus.
• Terremotos. Esse sinal continua a manifestar-se em várias
partes do mundo. Se compararmos estatisticamente o número de terremotos
ocorridos, veremos que do nascimento de Jesus até o ano de 1900, aconteceram
menos terremotos do que entre 1901 e 1908. Torna-se real, em nossos dias, a
profecia de Isaías 24.19.
• Fome (cf. Lc 21.11; Ap 6.8). Secas, catástrofes e
outras causas, têm motivado a fome em várias partes do mundo. Desde o início do
século, o mundo tem presenciado períodos de fome, onde dezenas de milhares de
vidas têm sido ceifadas. Carestia e escassez de víveres fazem parte da
fotografia profética dos últimos tempos (cf. Ap 6.5,6).
• Pestilência (cf. Lc 21.11). Os jornais mostram que doenças
incuráveis têm ceifado a vida de milhões de pessoas todos os anos. O câncer até
o momento não tem solução clínica. Novas bactérias letais são detectadas com
uma frequência assustadora. Com relação à peste, existe uma observação
interessante em Apocalipse 6.8 onde se fala das causas de mortes nos últimos
tempos. Uma delas é ‘com as feras da terra’. No original grego, a palavra
traduzida por ‘fera’ é qhriwn. Essa palavra é um substantivo genitivo, neutro,
plural e encontra-se no diminutivo — ‘pequenas feras’. Isso certamente se
refere aos ratos que são causadores da peste bubônica” (BERGSTÉN, Eurico. Introdução
à Teologia Sistemática. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1999, p.304).
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Os sinais que prenunciam a volta de Jesus estão se cumprindo a cada
dia.
A apostasia tem se evidenciado, no meio de igrejas evangélicas, a
ponto de a Bíblia não ser mais referência para a conduta de muitos que se dizem
cristãos.
Na natureza, há fenômenos que indicam o cumprimento das previsões
apocalípticas.
Na vida moral, certamente, há o maior grau de fatos que comprovam o
aumento da iniquidade humana.
Mas a Igreja de Jesus Cristo deve continuar em oração e vigilância
como “coluna e
firmeza da verdade” (1Tm 3.15),
aguardando em santificação a volta de Jesus.
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