terça-feira, 30 de janeiro de 2018

EBD Lição 3 - A superioridade de Jesus em relação a Moises


TEXTO ÁUREO
"Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou." (Hb 3.3)

VERDADE PRÁTICA
Cristo em tudo foi superior a Moisés na Casa de Deus, pois enquanto o legislador hebreu foi um mordomo, o Salvador foi o dono.

LEITURA DIÁRIA
Lc 19.10: Uma missão superior que apenas Cristo poderia cumprir
10 Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.

1Tm 2.5: Cristo - O único Mediador entre os homens e Deus
5. Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, 6. o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos. Esse foi o testemunho dado em seu próprio tempo.

Hb 3.1: Uma vocação superior dada a Cristo por Deus Pai
Hb 3.1: Cristo - O único Mediador entre os homens e Deus
1 Portanto, santos irmãos, participantes do chamado celestial, fixem os seus pensamentos em Jesus, apóstolo e sumo sacerdote que confessamos.

Hb 3.2: Cristo, o edificador da Casa de Deus
2 Ele foi fiel àquele que o havia constituído, assim como Moisés foi fiel em toda a casa de Deus.

Hb 3.5,6: Cristo, não apenas servo, mas Filho
5. Moisés foi fiel como servo em toda a casa de Deus, dando testemunho do que haveria de ser dito no futuro, 6. mas Cristo é fiel como Filho sobre a casa de Deus; e esta casa somos nós, se é que nos apegamos firmemente à confiança e à esperança da qual nos gloriamos.

Hb 3.7,8: Cristo, superior em palavra à Lei
7. Assim, como diz o Espírito Santo: "Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, 8. não endureçam o coração, como na rebelião, durante o tempo de provação no deserto, 9. onde os seus antepassados me tentaram, pondo-me à prova, apesar de, durante quarenta anos, terem visto o que eu fiz.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 3.1-19: 

3.1—4.16 — É esta a segunda exortação na epístola (Hb 2.1-4  1 Por isso é preciso que prestemos maior atenção ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos.

2 Porque se a mensagem transmitida por anjos provou a sua firmeza, e toda transgressão e desobediência recebeu a devida punição, 3 como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Esta salvação, primeiramente anunciada pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos que a ouviram.
4 Deus também deu testemunho dela por meio de sinais, maravilhas, diversos milagres e dons do Espírito Santo distribuídos de acordo com a sua vontade.). Irmãos santos a interliga ao conceito de santificação em Hebreus 2.11: 11 Ora, tanto o que santifica quanto os que são santificados provêm de um só. Por isso Jesus não se envergonha de chamá-los irmãos.

1 POR isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão, 2 Sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua casa.


3.1,2 — Participantes é a mesma palavra grega traduzida por companheiros em Hebreus 1.9. A vocação celestial desses companheiros é a de herdar a salvação (Hb 1.14) e a glória futura em Cristo (Hb 2.10). O autor de Hebreus convida os cristãos judeus a considerar a fidelidade de Jesus Cristo. Apóstolo significa aquele que é enviado. Essa é a única passagem no Novo Testamento que designa Jesus como o Apóstolo. O título indica que Jesus foi enviado por Deus para revelar o Pai (Jo 4.34; 6.38; 7.28,29; 8.16).

A frase em toda a sua casa é retirada de Números 12.7, onde casa se refere à Casa de Deus, ao tabernáculo, centro da adoração israelita. Moisés havia obedecido fielmente às instruções de Deus em relação ao tabernáculo. Da mesma forma, Jesus obedeceu em tudo à missão que o Pai lhe dera. Como resultado de Sua obediência, Deus pôde estabelecer Sua nova casa, a igreja.

3 Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.
4 Porque toda a casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus.


3.3 ,4 — Mas o que edificou todas as coisas é Deus. O autor iguala Jesus a Deus. Deste modo, Ele, certamente, é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés (Hb 1.2,8,10). Conclui-se que o concerto estabelecido mediante a morte de Jesus é mais glorioso do que o estabelecido no monte Sinai.

5 E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar; 6 Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.

3.5 — O autor de Hebreus continua a comparação entre Moisés e Jesus. Enquanto Moisés foi fiel como servo, a fidelidade de Cristo foi maior porque exercida pelo Filho. Coisas que se haviam de anunciar indica que o trabalho de Moisés apontava para Cristo (Hb 9.10; 10.1-3). Os preceitos da Lei de Moisés chamam a atenção tanto para o pecado humano quanto para a necessidade de um sacrifício perfeito, a fim de reconciliar o povo com o seu santo Criador.

3.6 — Como Filho sobre a Sua própria casa. O Filho se assentará no trono no Reino vindouro (Hb 1.8). No momento, reina sobre a Igreja. Reinará sobre toda a criação quando Seus oponentes forem completamente derrotados. Sua habitação consiste em todos os que nele creem. Conservarmos firme a confiança [...] até ao fim. Aqueles que perseverarem até o fim, colocando sua esperança firmemente no Filho, viverão com Ele na eternidade.

7 Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, 8 Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no deserto.
9 Onde vossos pais me tentaram, me provaram, E viram por quarenta anos as minhas obras.
10 Por isso me indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em seu coração, E não conheceram os meus caminhos.
11 Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso.

3.7-11 — O autor de Hebreus cita Salmo 95.7-11 para alertar os cristãos judeus de não endurecerem o coração para com Deus e a salvação que Ele oferece. A geração de Moisés se recusou a crer que Deus supriria suas necessidades no deserto (Ex 17.1-7), e os leitores desta carta estariam igualmente em perigo não crendo na salvação oferecida por Deus mediante Seu Filho. Para que permanecessem firmes até ao final (v. 6), não poderiam endurecer o coração para com Deus (v. 8,13,15). Pelo contrário, teriam de renovar sua fé na Palavra de Deus (v. 12,19), depositá-la em Cristo e obedecer a Ele (v. 18).

Repouso é um conceito fundamental em Hebreus. No Antigo Testamento, a conquista da Terra Prometida e o fim das lutas na terra eram vistos como uma forma de repouso (Dt 3.20; 12.9; 25.19; Js 11.23; 21.44; 22.4; 23.10. No Novo Testamento, significa o lar eterno do cristão e a alegria que há de experimentar na presença de Jesus (Hb 4.1).

12 Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.

3.12 — O autor fala claramente a legítimos cristãos. Dirige-se a eles como irmãos (gr. adelphoi; compare com irmãos santos no versículo 1), que é o tratamento padrão em todo o livro. Não existe a menor sugestão, em parte alguma da epístola, de que se tratasse apenas de cristãos nominais, e não genuínos, como tem sido por vezes suposto. Um coração mau e infiel. Refere-se a um sério problema espiritual. Um coração descrente é mau porque a incredulidade é má.

Apartar (gr. aphistemi). Esta palavra dá a ideia de manter-se à distância do Deus vivo. Os incrédulos, aqueles que se recusam a ouvir e são indiferentes a Deus, sofrem com isso sérios prejuízos. Aqui se trata, naturalmente, da descrição de uma recaída do cristianismo para o judaísmo. Jesus é Deus. Afastar-se dele é afastar-se do Deus vivo, o que certamente contraria o conservar-se firme no versículo 6.

13 Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; 14 Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim.

3.13, 14 — Exortarmo-nos uns aos outros para permanecermos na fé é importante. Os cristãos devem permanecer firmes na fé até o fim de sua vida para que sejam participantes de Cristo (v. 15-19). Participantes é a mesma palavra traduzida por companheiros em Hebreus 1.9. Os fiéis serão participantes com Cristo do Seu Reino futuro (Ap 2.26,27).

15 Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação.
16 Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés.
17 Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
18 E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes?
19 E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.

3.15-19 — O autor de Hebreus fala da incredulidade dos israelitas como sendo pecado (v. 17) e desobediência (v. 18). Muitos israelitas não entraram no repouso de Deus, a Terra Prometida (v. 11), porque não creram nas promessas de Deus para eles (Nm 1.1-34). Deixaram de possuir a herança reservada para eles porque não creram em Deus (Dt 12.9; Js 13.7).

Cristãos a quem esta carta foi endereçada estavam provavelmente em perigo de seguir os passos dos israelitas. Estavam tentados certamente a duvidar das palavras de Jesus. Ao apresentar questões retóricas nestes versículos, o autor da carta os encoraja a depositar firmemente toda a sua fé em Cristo (Hb 10.26; 12.1,2).















HINOS SUGERIDOS:
295, 396, 620 da Harpa Cristã
Novo Canto de Louvor
Novo canto de louvor,
Canta já meu coração;
Hino de paz a de amor,
Que me traz consolação.
Ouve quão doce e o louvor,
Ao Cordeiro divinal!
Jesus, canto inspirador,
Harmonia angelical
Canto hinos de louvor,
Porque Cristo me salvou
Deste mundo enganador;
Sobre a rocha me firmou
Este canto novo é
Cada noite que passar;
Sombras dão lugar à fé,
Se a Deus louvor cantar.
Quando o coração vibrar,
Os acordes lá do céu,
E da rola a voz soar,
No jardim do nosso Deus.
Quando meu Jesus voltar,
E levar-me com os Seus,
Inda eu irei cantar,
Este hino lá nos céus.
No céu, hino de louvor,
Canta a grande multidão.
Vinde às bodas de amor,
Ao banquete do perdão.

Além de Nosso Entendimento

Muito além do nosso entendimento,
Alto mais que todo o pensamento,
Glorioso em seu sublime intento,
É o amor de Deus, sem par.
Grande amor! Amor de Deus!
Enche a terra e enche os céus!
Grande amor! Amor que abrange
A todo o mundo e atinge a mim!
Fez um sacrifício infinito
Dum valor imenso, inaudito;
Dando-nos o Filho Seu bendito;
Calculei o amor de Deus!
Grande, foi mui grande o meu pecado;
Triste, perigoso o meu estado;
Mas o amor que nunca foi sondado
Me salvou - o amor de Deus!
Foi quem perdoou os pecadores,
Rogos atendeu de malfeitores,
Quem sarou os pobres sofredores,
Esse imenso amor de Deus!









Na Jornada Para o Céu

Na jornada para o Céu,
Vivo sempre a meditar.
Muito alegre vou cantando
E seguindo pro meu lar.
Muito alegre vou cantando
E seguindo pro meu lar.
Sei que é certa a vitória,
Que Jesus me garantiu:
Eu vou chegar à Glória (bis)
Que o mortal inda não viu.
Caminhando com Jesus,
Meu prazer sempre aumentou:
Revelou-me o amor da cruz,
Que meus crimes perdoou
Revelou-me o amor da cruz,
Que meus crimes perdoou.
Um clarão da luz do Céu
Minha alma iluminou
Então vi o abismo eterno
Do qual Deus já me salvou.
Então vi o abismo eterno
Do qual Deus já me salvou.
Nesta senda gloriosa,
Me ajude o meu Rei:
Tenho paz, e mui ditosa,
E mais paz no Céu terei.
Tenho paz, e mui ditosa.
E mais paz no Céu terei.
Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário

OBJETIVO GERAL
Evidenciar a superioridade de Jesus em relação ao legislador Moisés.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Apresentar a superioridade da vocação, da missão e da mediação de Jesus em relação a Moisés;
II. Exprimir a autoridade maior de Jesus em relação a Moisés;
III. Esclarecera superioridade do discurso de Jesus em relação ao de Moisés.











• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A Antiga Aliança apresenta Moisés como "apóstolo", isto é, o mensageiro de Deus da Aliança com o povo de Israel, e o seu irmão Arão, como sumo J sacerdote do povo de Deus, respectivamente. Essa dispensação deu lugar a uma nova ordem, a um novo concerto em que Cristo Jesus se apresenta como executor desses dois ofícios. Agora, Ele é o apóstolo da Nova Aliança e o Sumo. Sacerdote perfeito. Essa verdade é que permeia toda a lição.












INTRODUÇÃO

O autor dá início ao capítulo três fazendo um contraste entre Moisés e Cristo. Ele estava consciente da grande estima que seus compatriotas tinham pela figura do grande legislador hebreu, Moisés. Em nenhum momento desse contraste o autor deprecia a pessoa de Moisés, mas sempre o coloca como um homem fiel a Deus na execução de sua obra. Entretanto, mesmo tendo assumido a grande missão de conduzir o povo rumo à Terra Prometida, Moisés não poderia se equiparar a Jesus, o Autor da nossa fé. O contraste entre Moisés e Cristo é bem definido: Moisés é visto como um administrador da casa, Jesus como Edificador; Moisés é retratado como servo, Jesus como Filho; Moisés foi enviado em uma missão terrena, Jesus numa missão celestial, eterna.

PONTO CENTRAL
A carta de Hebreus revela a superioridade de Jesus em relação a Moisés quanto à tarefa, à autoridade e o discurso.

l - UMA TAREFA SUPERIOR

1. Uma vocação superior.
O autor introduz a seção vv.1-6 1 Portanto, santos irmãos, participantes do chamado celestial, fixem os seus pensamentos em Jesus, apóstolo e sumo sacerdote que confessamos.
2 Ele foi fiel àquele que o havia constituído, assim como Moisés foi fiel em toda a casa de Deus.
3 Jesus foi considerado digno de maior glória do que Moisés, da mesma forma que o construtor de uma casa tem mais honra do que a própria casa.
4 Pois toda casa é construída por alguém, mas Deus é o edificador de tudo.
5 Moisés foi fiel como servo em toda a casa de Deus, dando testemunho do que haveria de ser dito no futuro, 6 mas Cristo é fiel como Filho sobre a casa de Deus; e esta casa somos nós, se é que nos apegamos firmemente à confiança e à esperança da qual nos gloriamos.

tomando como ponto de partida o que havia dito anteriormente — Jesus era o autor e mediador da nossa salvação (Hb 2.14-18: 14. Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, 15. e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.
16. Pois é claro que não é a anjos que ele ajuda, mas aos descendentes de Abraão.
17. Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus e fazer propiciação pelos pecados do povo.
18 Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados.).

Tomando por base esse conhecimento, seus leitores, a quem ele chama afetuosamente de irmãos santos, deveriam ficar atentos ao que seria dito agora (Hb 3.1
1 Portanto, santos irmãos, participantes do chamado celestial, fixem os seus pensamentos em Jesus, apóstolo e sumo sacerdote que confessamos.). Eles não eram apenas um povo nómade pelo deserto escaldante à procura da Terra Prometida, mas herdeiros de uma vocação celestial. Eles deveriam se lembrar de quem os fez aptos e idóneos dessa vocação. Nesse aspecto, os leitores de Hebreus não deveriam ter dúvida alguma de que Jesus, como Aquele que os conduzia ao destino eterno, era em tudo superior a Moisés, a quem coube a missão de conduzir o povo à Canaã terrena.

2. Uma missão superior.
O autor pela primeira vez usa a palavra apóstolo em relação a Jesus (Hb 3.1 1 Portanto, santos irmãos, participantes do chamado celestial, fixem os seus pensamentos em Jesus, apóstolo e sumo sacerdote que confessamos.). A palavra apóstolo se refere a alguém que é comissionado como um representante autorizado. Não havia dúvida de que Moisés havia sido um enviado de Deus em uma missão, todavia, ele não foi o "apóstolo da grande salvação". A missão de Moisés foi tirar o povo de dentro do Egito e conduzi-lo à Terra Prometida, mas a missão de Jesus é a de conduzir a Igreja à Canaã celestial. A missão mosaica era daqui, a Canaã terrena; a missão de Jesus possuía uma vocação celestial. Cristo não foi apenas um enviado em uma missão, mas acima de tudo, o apóstolo da nossa confissão, alguém com autoridade na missão de nos conduzir ao destino eterno.

3. Uma mediação superior.
Depois de afirmar que Jesus era "o apóstolo", o autor também diz que Ele é o "sumo sacerdote da nossa confissão". Jesus era superior a Moisés, não apenas em relação à missão, mas também em relação à função que exercia. O autor fará um contraste mais detalhado entre o sacerdócio de Cristo e o araônico mais adiante, mas aqui os crentes deveriam ter em mente que a mediação de Jesus era em tudo superior ao sistema mosaico e levítico. Cristo era o mediador da nossa confissão. A palavra "confissão" traduz o termo original homoiogia, que tem o sentido primeiro de "concordância". Quando confessamos Jesus como Salvador, concordamos que Ele em tudo tem a primazia. Ele é o Senhor. Ele é maior do que tudo e do que todos; Ele, e somente Ele, é a razão do nosso viver.

SÍNTESE DO TÓPICO l
Em relação a Moisés, a carta de Hebreus apresenta o Senhor Jesus com uma vocação superior, uma missão superior e uma mediação superior.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Prezado (a) professor (a), inicie a aula desta semana fazendo as seguintes perguntas:
a) O que Moisés representou para o povo de Israel?
b) Qual foi o papel de Moisés no estabelecimento da Antiga Aliança de Deus com o seu povo?
c) Por que Moisés é uma autoridade respeitada na história de Israel?
Ouça as respostas dos alunos e em seguida faça um resumo abordando as respostas das três perguntas a fim de amarrar as informações. A ideia dessa atividade é familiarizar a classe com Moisés a fim de, a partir da importância dele para o povo judeu, destacar a magnitude de Jesus Cristo como o mediador da Nova Aliança.






CONHEÇA MAIS
A possibilidade de não chegar ao fim da caminhada
"O livro de Hebreus considera a possibilidade de permanecer firme na fé ou de abandoná-la como uma escolha real, que deve ser feita por cada um dos leitores; o autor ilustra as consequências da segunda opção referindo-se à destruição dos hebreus rebeldes no deserto após sua gloriosa libertação do Egito." "Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento", CPAD, p.1557-59.











II - UMA AUTORIDADE SUPERIOR

1. Construtor, não apenas administrador.
O autor destaca que tanto Moisés como Jesus foram fiéis na "casa de Deus" (Hb 3.2 2 Ele foi fiel àquele que o havia constituído, assim como Moisés foi fiel em toda a casa de Deus.). Eles foram fiéis na missão que lhes foram confiada. Isso mostra o apreço que o autor possuía pelo legislador hebreu. Todavia, ao se referir a Jesus, o autor usa a palavra grega aksioô, traduzida como "digno", "valor", "mérito". Duas coisas precisam ser destacadas no uso desse vocábulo pelo autor. Primeiramente ele quer mostrar que o mérito de Jesus era maior do que o de Moisés. Nosso Senhor era o construtor do edifício, da casa de Deus, e não apenas o mordomo, como fora Moisés. Os crentes precisavam enxergar isso e, assim, valorizarem mais a sua salvação. Por outro lado, ao usar o pretérito perfeito (tempo verbal grego), ele demonstra que a glória de Moisés era desvanecente, enquanto a de Jesus era permanente.

2. O perigo de ver, mas não crer.
"[...] E viram, por quarenta anos, as minhas obras" (Hb 3.9 9 onde os seus antepassados me tentaram, pondo-me à prova, apesar de, durante quarenta anos, terem visto o que eu fiz.). Erra quem pensa que só acredita quem vê. Parece que quem muito vê, menos acredita. Acaba ficando acostumado com o sobrenatural. Para algumas pessoas o sobrenatural se "naturaliza". É exatamente isso que aconteceu no deserto e era especificamente isso que acontecera com a comunidade dos primeiros leitores de Hebreus. Tanto Moisés como Jesus foram poderosos em obras, mas isso não era suficiente para segurar os crentes. É preocupante quando o cristão se acostuma com o sobrenatural e nada mais parece impactá-lo ou sensibilizá-lo.

3. O perigo de começar, mas não terminar.
"Estes sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos" (Hb 3.10b 10 Por isso fiquei irado contra aquela geração e disse: Os seus corações estão sempre se desviando, e eles não reconheceram os meus caminhos.). Com essas palavras o autor mostra o perigo de começar, mas não chegar; de andar, mas se desviar. Alguns do antigo povo de Deus haviam começado bem, mas terminado mal. Muitos caíram pelo caminho, desistiram da estrada. O mesmo risco estava ocorrendo com os cristãos neotestamentários — haviam começado bem, mas corriam o risco de caírem e perderem a fé. Esse alerta é para nós hoje! Como está a tua fé?

SÍNTESE DO TÓPICO II
Hebreus destaca o Senhor Jesus como o construtor da Nova Aliança; o Filho amado de Deus; o ministro excelente da Igreja de Deus.









SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"[...] Pedro apresenta Jesus como o Profeta semelhante a Moisés (vv.22,23). Moisés havia declarado: 'O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis' (Dt 18.15). Seria natural dizer que Josué cumpriu essa profecia. Josué, o seguidor de Moisés, realmente veio depois deste e foi um grande libertador de seu tempo. Surgiu, porém, outro Josué (na língua hebraica, os nomes Josué e Jesus são idênticos). Os cristãos primitivos reconheciam Jesus como o derradeiro cumprimento da profecia de Moisés.

No final do capítulo (vv.25,26). Pedro lembra aos ouvintes a aliança com Abraão, muito importante para se entender a obra de Cristo: 'Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez em nossos pais, dizendo 3 Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra. Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, e vos desviasse, a cada um, das vossas maldades'. Claro está que, agora, é Jesus quem traz a bênção prometida e cumpre a aliança com Abraão - e não apenas a Lei dada por meio de Moisés" (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.307,08).
















Ill - UM DISCURSO SUPERIOR

1. O perigo de ouvir, mas não atender.
Seguindo a redação da Septuaginta (tradução grega da Bíblia Hebraica), o autor cita o Salmo 95.7-11 (6. Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, o nosso Criador; 7. pois ele é o nosso Deus, e nós somos o povo do seu pastoreio, o rebanho que ele conduz. Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, 8. não endureçam o coração, como em Meribá, como aquele dia em Massá, no deserto, 9. onde os seus antepassados me tentaram, pondo-me à prova, apesar de terem visto o que eu fiz.
10. Durante quarenta anos fiquei irado contra aquela geração e disse: "Eles são um povo de coração ingrato; não reconheceram os meus caminhos".
11. Por isso jurei na minha ira: "Jamais entrarão no meu descanso".) para trazer uma série de advertências. Se o povo de Deus no Antigo Pacto precisou ser exortado, maior exortação precisava os que tinham maiores promessas. Primeiramente havia o perigo de ouvir e não atender (Hb 3.7,8 7. Assim, como diz o Espírito Santo: "Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, 8. não endureçam o coração, como na rebelião, durante o tempo de provação no deserto, 9. onde os seus antepassados me tentaram, pondo-me à prova, apesar de, durante quarenta anos, terem visto o que eu fiz.). No passado, o povo de Deus tinha ouvido a mensagem divina; entendido, mas não atendido! O mesmo erro estava se repetindo. O Espírito Santo, falando profeticamente pela boca do salmista, advertia os o leitores para que seus corações não se endurecessem. É um apelo atual, porque o povo de Deus muitas vezes demonstra ser tardio para ouvir.

2. A humilhação do servo.
A humilhação de Jesus teve início com o esvaziamento de sua glória para tomar a forma de servo e culminou com o sofrimento na cruz (Fp 2.7,8
5. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, 6. que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; 7. mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.
8. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!). Sua humilhação está relacionada aos seus sofrimentos, como o ser perseguido, desprezado pelas autoridades, discriminado (Jo 1.46 46 Perguntou Natanael: "Nazaré? Pode vir alguma coisa boa de lá? " Disse Filipe: "Venha e veja".), silenciado diante de seus acusadores, açoitado impiedosamente, injustamente julgado diante de Pilatos e Caifás e, finalmente, crucificado e morto. Assim se cumpriu cada detalhe da profecia a respeito do Servo Sofredor (Is 53 1 Quem creu em nossa mensagem e a quem foi revelado o braço do Senhor?
2 Ele cresceu diante dele como um broto tenro, e como uma raiz saída de uma terra seca. Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos.
3 Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de tristeza e familiarizado com o sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima.
4 Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido.
5 Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.
6 Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.
7 Ele foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca.
8 Com julgamento opressivo ele foi levado. E quem pode falar dos seus descendentes? Pois ele foi eliminado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo ele foi golpeado.
9 Foi-lhe dado um túmulo com os ímpios, e com os ricos em sua morte, embora não tivesse cometido qualquer violência nem houvesse qualquer mentira em sua boca.
10 Contudo foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e, embora o Senhor faça da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá sua prole e prolongará seus dias, e a vontade do Senhor prosperará em sua mão.
11 Depois do sofrimento de sua alma, ele verá a luz e ficará satisfeito; pelo seu conhecimento meu servo justo justificará a muitos, e levará a iniqüidade deles.
12 Por isso eu lhe darei uma porção entre os grandes, e ele dividirá os despojos com os fortes, porquanto ele derramou sua vida até à morte, e foi contado entre os transgressores. Pois ele carregou o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.).

3. O exemplo a ser seguido.
Quando andou na Terra, Jesus nos ofereceu o melhor exemplo, fazendo a vontade do Pai e amando o próximo com um amor sem igual (Jo 4.34 34 Disse Jesus: "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra.
Lc 4.18,19 17. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abriu-o e encontrou o lugar onde está escrito: 18. "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos 19. e proclamar o ano da graça do Senhor".). Logo, a partir da vida do Salvador, somos estimulados a priorizar o Reino de Deus, a pessoa do Altíssimo em todas as áreas de nossa vida, não permitindo que nada tome o seu lugar em nosso coração. Assim, somos instados a amar o próximo na força do mesmo amor que o Pai tem por nós (Mc 12.30,31 30. Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’.
31. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes".).


SÍNTESE DO TÓPICO III
A mensagem de Cristo faz alguns alertas: o perigo de ouvir, mas não atender ao apelo; o perigo de ver, mas não crer na revelação; o perigo de começar, mas não terminar a jornada.













SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
SE OUVIRDES HOJE A SUA VOZ Citando Salmos 95.7-11, o escritor se refere à desobediência de Israel no deserto, depois do êxodo do Egito, como advertência aos crentes sob o novo concerto. Porque os israelitas deixaram de resistir ao pecado e de permanecer leais a Deus, foram impedidos de entrar na Terra Prometida (ver Nm 14.29-43; SI 95-7-10). Semelhantemente, os crentes do Novo Testamento devem reconhecer que eles, também, podem ficar fora do repouso divino, se forem desobedientes e deixarem que seus corações se endureçam.

NÃO ENDUREÇAIS O VOSSO CORAÇÃO
O Espírito Santo fala conosco a respeito do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11; Rm 8.11-14; Gl 5.16-25). Se formos indiferentes à sua voz, nossos corações se tornarão cada vez mais duros e rebeldes a ponto de se tornarem insensíveis à Palavra de Deus ou aos apelos do Espírito Santo (v.7). A verdade e o viver em retidão já não serão prioridades nossas. Cada vez mais, buscaremos prazer nos caminhos do mundo e não nos caminhos de Deus (v.10). O Espírito Santo nos adverte que Deus não continuará a insistir conosco indefinidamente se endurecermos os nossos corações por rebeldia (vv.7-11; Gn 6.3). Existe um ponto do qual não há retorno (vv.10,11; 6.6; 10.26)" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1902).















CONCLUSÃO
Ao mostrar a superioridade de Jesus sobre Moisés, o autor da Carta aos Hebreus não tencionava exaltar o primeiro e desprezar o segundo, mas pôr em relevo a obra do Calvário, bem como esclarecer como os crentes devem valorizá-la. Ora, se Moisés que não era divino, que não se deu sacrificalmente em lugar de ninguém, merecia ser ouvido, então por que Jesus, o Filho do Deus bendito, Senhor da Igreja e superior aos anjos, não merecia reconhecimento ainda maior?











PARA REFLETIR
A respeito da Superioridade de Jesus em relação a Moisés, responda:
• Qual o ponto de partida para o autor aos Hebreus introduzir o assunto sobre a vocação superior de Jesus?
Que Jesus era o autor e mediador da nossa salvação (Hb 2.14-18).

• Em que concordamos quando confessamos Jesus como Salvador?  
Quando confessamos Jesus como Salvador, concordamos que Ele em tudo tem a primazia. Ele é o Senhor. Ele é maior do que tudo e do que todos; Ele e somente Ele é a razão do nosso viver.      

• O que devemos destacar quando o autor usa aksioô, isto é, "digno", "valor" e "mérito"?  
Diferente de Moisés, o mérito de Jesus era maior e sua glória era permanente.

• Se Moisés foi um ministro de Deus no culto da congregação do deserto, o que foi Jesus?
O ministro da Igreja, o povo de Deus na Nova Aliança, "a qual casa somos  nós"(Hb 3.6).  '

• Qual risco corria os cristãos neotestamentários?
O perigo de ouvir, mas não atender, o perigo de ver, mas não crer e o perigo de começar, mas não terminar.






  
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72
Explicando o capítulo 3
O capítulo 3 de Hebreus está na seção que aborda a supremacia do Filho de Deus: 1.4-4.13. Essa parte da carta demarca a supremacia de Jesus em relação a Moisés, o legislador de Israel. Diferentemente de Moisés, que serviu a uma casa, que "não era o tabernáculo, mas os da casa de Deus, ou o povo de Deus como a comunidade da fé" (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, CPAD, p.1557), Jesus Cristo é o construtor dessa casa de Deus, enquanto o legislador de Israel fazia parte dela.

Podemos retomar essa abordagem no Evangelho de Mateus, no capítulo 16, e no versículo 18: "edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16.18). Atenção para o verbo "edificarei" e o pronome possessivo "minha". É Cristo quem construiu, edificou e ergueu o povo de Deus, por isso, esse povo pertence a Ele; diferentemente de Moisés, que embora fosse uma figura proeminente entre os judeus, um líder exemplar, ele não edificou o povo de Deus, mas se achou parte dele.
Portanto, o escritor de Hebreus faz um apelo aos leitores de sua carta, que diferentemente aos judeus do deserto que não atentaram para as palavras de Moisés, os seguidores de Cristo atentem para o mandamento do Filho, o edificador do povo de Deus, e não se deixem endurecer pelo engano do pecado.













Sugestão Pedagógica
Caro professor, prezada professora, ao introduzir a lição desta semana reproduza o esquema abaixo conforme as suas possibilidades:
COMPARAÇÃO ENTRE MOISÉS E JESUS CRISTO COM BASE NO CAPÍTULO 3 DE HEBREUS
Moisés
• Fidelidade com toda a casa de Deus (o povo de Deus);
• Servo da casa de Deus;
Jesus
• A casa de Deus pertence ao Filho;
• Cristo foi quem edificou casa de Deus;
Em seguida, dê um espaço de tempo para que os alunos tenham a oportunidade de expressar suas opiniões sobre a comparação entre Moisés e Jesus a partir do esquema apresentado. Depois explique a superioridade da vocação de Jesus reafirmando os pontos do esquema acima.




Hebreus 3 Estudo: Jesus é Superior a Moisés

Em Hebreus 3, o autor começa explicando porque Jesus Cristo é superior a Moisés. Isso ocorre porque o profeta dirigiu a casa terrena de Deus, Jesus, por sua vez dirige a casa eterna de Deus que somos nós.
Ao dizer isso, ele alerta mais uma vez para a necessidade de ouvirmos a voz de Deus e sermos obedientes a ela. Ele cita o exemplo dos hebreus no deserto, que ouviram a voz do Senhor mas preferiram seguir o pecado.
resistência a voz de Deus é fruto de um coração endurecido pelo ceticismo e incredulidade, algo que produz a ira de Deus e a morte.

Esboço de Hebreus 3:
Hebreus 3.1 – 6: Jesus Cristo é superior a Moisés
Hebreus 3.7 – 11: Devemos ouvir a voz de Deus
Hebreus 3.12 – 14: O perigo de um coração endurecido
Hebreus 3.15 – 19: As consequências da incredulidade

 Jesus e Moisés
1Meus irmãos na fé, vocês que também foram chamados por Deus, olhem para Jesus, que Deus enviou para ser o Grande Sacerdote da fé que professamos. 2Pois ele foi fiel a Deus, que o escolheu para esse serviço, assim como Moisés foi fiel no seu trabalho em toda a casa de Deus . 3Assim como a pessoa que constrói uma casa é mais importante do que a casa, assim, também, Jesus é mais importante do que Moisés. 4Uma casa tem de ser construída por alguém, mas Deus é o construtor de tudo o que existe. 5E Moisés foi um servo fiel no seu trabalho na casa de Deus e falou das coisas que Deus ia dizer no futuro. 6Mas Cristo é fiel como Filho, que dirige a casa de Deus. E nós seremos a sua casa se conservarmos a nossa coragem e a nossa confiança naquilo que esperamos.

O descanso do povo de Deus
7Por isso, como diz o Espírito Santo:
“Se hoje vocês ouvirem a voz de Deus,
8não sejam teimosos como foram os seus antepassados
quando se revoltaram contra ele, no dia em que eles o puseram à prova no deserto.
9Ali os antepassados de vocês me desafiaram e me puseram à prova,
embora eles tivessem visto o que eu fiz durante quarenta anos.
10Por isso fiquei irritado com aquela gente e disse:
‘Eles são gente de coração perverso e não querem obedecer
aos meus mandamentos.’
11Eu fiquei irado e fiz este juramento:
‘Eles nunca entrarão na Terra Prometida, onde eu lhes teria dado descanso!’ ”
12Meus irmãos, cuidado para que nenhum de vocês tenha um coração tão mau e descrente, que o leve a se afastar do Deus vivo. 13Pelo contrário, enquanto esse “hoje” de que falam as Escrituras Sagradas se aplicar a nós, animem uns aos outros, a fim de que nenhum de vocês se deixe enganar pelo pecado, nem endureça o seu coração. 14Pois seremos companheiros de Cristo se continuarmos firmes até o fim na confiança que temos tido desde o princípio.
15É isso o que as Escrituras Sagradas dizem:
“Se hoje vocês ouvirem a voz de Deus, não sejam teimosos
como foram os seus antepassados quando se revoltaram contra ele.”
16Quem foi que ouviu a voz de Deus e se revoltou contra ele? Foram todos os que Moisés tirou do Egito. 17Com quem foi que Deus se irritou durante quarenta anos? Foi com os que pecaram e caíram mortos no deserto. 18E de quem é que Deus estava falando quando fez este juramento: “Eles nunca entrarão na Terra Prometida, onde eu lhes teria dado descanso”? Ele estava falando das pessoas que se revoltaram. 19Portanto, vemos que elas não puderam entrar na Terra Prometida porque não tiveram fé.


Digno de Maior Glória
“Jesus foi considerado digno de maior glória do que Moisés, da mesma forma que o construtor de uma casa tem mais honra do que a própria casa. Pois toda casa é construída por alguém, mas Deus é o edificador de tudo”. (Hebreus 3.3,4)
Nesses versículos, temos a aplicação da doutrina esboçada no final do último capítulo com respeito ao sacerdócio de nosso Senhor Jesus Cristo.
A maneira ardente e afável com que o apóstolo exorta os cristãos a terem em alta conta esse sumo sacerdote, e fazerem dele o objeto de seu profundo e sério exame.
E certamente ninguém na terra nem no céu merece mais a nossa consideração do que Ele. Para que essa exortação se torne mais eficiente, observe a saudação honrosa usada para com aqueles a quem ele escreve: “Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial”.
Irmãos, não somente meus irmãos, mas os irmãos de Cristo, e nele irmãos de todos os santos. Todos no povo de Deus são irmãos, e deveriam se amar e viver como irmãos.
Irmãos santos; santos não só de confissão e título, mas em princípio e prática, de coração e vida. Alguns transformaram isso em motivo de zombaria: “Esses”, assim dizem eles, “são os santos irmãos”; mas é perigoso fazer gracejos com ferramentas tão afiadas; “…não mais escarneçais, para que vossas ligaduras se não façam mais fortes” (Isaías 28.22).
Deixem que os que são assim desprezados e zombados se esforcem em ser de fato irmãos santos, e se mostrem aprovados diante de Deus; e eles não precisam se envergonhar do título nem ter medo dos escárnios dos profanos.
Está chegando o dia em que os que fazem disso motivo de vergonha o considerariam sua grande honra e felicidade se pudessem ser recebidos nessa santa irmandade.

Participantes da Vocação Celestial
Participantes dos meios da graça, e do Espírito da graça, que veio do céu, e por meio do qual os cristãos são de forma eficaz chamados das trevas para a maravilhosa luz.
Esse chamado que traz o céu à alma dos homens, elevando-os a uma disposição e a conversas celestiais, e os prepara para viverem para sempre com Deus no céu.
Os títulos que ele dá a Cristo, a quem ele quer que eles considerem como o apóstolo da nossa confissão, o primeiro-ministro da igreja do evangelho, um mensageiro e o principal mensageiro enviado por Deus aos homens, com a mais importante missão.
O grande revelador daquela fé em que professamos crer e da esperança que professamos ter. Não somente como o apóstolo, mas também como o sumo sacerdote da nossa profissão de fé, o principal ministrante do Antigo Testamento. Como também do Novo, o cabeça da igreja em qualquer estado, e em cada dispensação, de cuja satisfação e intercessão confessamos depender para o perdão dos pecados e a aceitação por parte de Deus.
Como o Cristo, o Messias, o ungido e em todas as formas qualificado para a missão tanto de apóstolo quanto de sumo sacerdote.
Como Jesus, nosso Salvador, o que nos cura, o grande médico da nossa alma, tipificado na serpente de bronze que Moisés levantou no deserto, para que os que haviam sido picados pelas serpentes de fogo pudessem olhar para Ele e ser salvos. (Henry, Matthew, Comentário de Atos a Apocalipse)




Estudo Textual: Hebreus 3:1-4:16
Um Descanso Permanece
No capítulo 1 de Hebreus, o autor afirmou que Jesus é superior tanto aos outros profetas de Deus como aos anjos. Ele continua sua afirmação no capítulo três, observando que Jesus é superior até mesmo a Moisés! Os judeus tinham muito respeito por Moisés, porque ele recebeu a velha lei de Deus e o escritor de Hebreus reconhece sua fidelidade. Mas Jesus é superior até mesmo a Moisés, do mesmo modo que o construtor de uma casa tem mais honra do que a casa que ele constrói (3:3), assim como o filho do dono da casa é superior a um servo daquela casa (3:1-6). De fato, é sua casa! O escritor fala da igreja (3:6- “qual casa somos nós”; veja também 1 Timóteo 3:15). Mais tarde, no livro, o escritor estenderá este argumento da superioridade de Jesus, observando que sua aliança é também superior àquela dada através de Moisés (capítulos 9 e 10).
Os cristãos, contudo, precisam guardar “firme até ao fim” (3:6). É este comentário do autor que introduz o segundo trecho de advertência do livro (veja também 2:1-4; 5:11-6:20; 10:19-39; 12:25-29). Ele cita o Salmo 95:7-11 para introduzir a descrença e o fracasso de Israel, o povo escolhido por Deus, no passado. O restante do capítulo 4 é dedicado a advertir seus leitores a não repetirem o erro de Israel, em se afastar de Deus (4:11).
A Israel foi prometido um descanso, mas a nação não herdou esse descanso. O autor afirma que eles não poderiam entrar no descanso prometido por causa da descrença (3:19), por causa da desobediência (3:18). Por que Israel foi forçado a peregrinar no deserto? Descrença ou desobediência? Ambos: sua descrença resultou em sua desobediência (4:6)! É possível para o povo escolhido por Deus, nestes dias, afastar-se do Deus vivo, ao endurecer-se através do engano do pecado (3:12-14).
O autor observa que o descanso prometido ainda permanece (4:1, 9)! Aqueles a quem ele foi prometido inicialmente não o herdaram; eles morreram nas peregrinações no deserto. Mesmo quando a nação de Israel entrou finalmente na terra de Canaã, o descanso ainda permaneceu (4:8); de outro modo o salmista não teria escrito muitos anos depois da conquista de Canaã como se o descanso permanecesse (Salmos 95:7; Hebreus 4:6-9). O descanso que agora permanece não é a terra física de Canaã, nem mesmo o dia do sábado; é o próprio céu!
O capítulo três começa chamando nossa atenção para os papéis de Jesus como Apóstolo e Sumo Sacerdote. O capítulo 4 termina encorajando o cristão a conservar-se firme na sua confissão e apelar para seu Sumo Sacerdote, por auxílio no tempo da necessidade (4:14-16).
Perguntas para estudar:
1. Jesus é considerado digno de mais glória do que quem?
2. O descanso prometido ainda permanece?
3. É possível para um cristão não entrar no descanso prometido?
4. Existem coisas que podemos esconder de Deus?










A CASA DE DEUS SOMOS NÓS Hebreus 3: 1 a 18

Ao estudarmos a carta aos Hebreus, fica evidente que seu autor além de ter um enfoque à exortação, ele também tem um enfoque quanto a perseverança na peregrinação da nossa fé.
            Quando olhamos para a descrição que o autor faz quanto a pessoa de Jesus, percebemos que ele o descreve como misericordioso e fiel sumo sacerdote. ( Hb 2.17). Cristo foi fiel ao que o constituiu como também o foi Moisés em toda a sua casa (Hb 3.2).  Casa aqui refere-se não a construção, mobília em si, mas à família que nela reside, incluindo os empregados. Vejamos (Nm 12.7).
            Se atentarmos mais acuradamente, veremos que enquanto no Velho Testamento a casa é o povo de Israel, no Novo Testamento é a Igreja, que num sentido mais amplo podemos afirmar que isto inclui todos os cristãos, já que a parede que separava o povo de Israel dos gentios foi quebrada (Ef. 2:14).
            Podemos evidentemente constatar segundo a carta aos hebreus três coisas importantes que prova a superioridade de Cristo sobre Moisés:
1) O Construtor é superior à casa. (Hb. 3.3)
2) O Senhor é maior do que o servo (Hb. 3.5a)
3) A realização é maior do que o símbolo dela. (Hb.3.5b)
            Desta forma podemos afirmar que a dispensação de Moisés era simbólica e dava testemunho tanto da pessoa quanto da obra de Cristo. Em contra partida Cristo cumpre cabalmente a sua obra e nos faz casa de Deus. Seja no sentido coletivo ou individual, somos a casa de Deus edificada para a morada de Deus no Espírito (vejamos Ef. 2.22b).
            Quando olhamos com os olhos espirituais, iremos entender que cada indivíduo é como uma pedra viva na casa espiritual, e esta é habitada pelo Espírito e manifesta a santidade de Deus. Em um sentido coletivo podemos afirmar que estas pedras vivas entram juntas na edificação da casa de Deus e, por meio de suas relações pessoais umas com as outras, manifestam a glória do Senhor.
            Mas para que possamos desfrutar da fidelidade de Cristo e da alegria de Sua comunhão devemos:
a) Render-lhe o controle de nossa vida.
b) Ele tem que ser presença constante em nossa vida em nosso coração, mas não como hóspede e sim como hospedeiro.
c) Temos que ser a Sua Casa. Ele tem que ter acesso a todos os aposentos, a administração e o controle de tudo deve estar em Suas mãos.
d) Temos que ter uma consagração genuína ao Senhor. Para isto as chaves da casa devem estar em Suas mãos seja nos dias de êxito quanto nos dias de dor e adversidade.
        Se assim cremos e assim vivemos verdadeiramente somos a casa do Senhor! Que honra grandiosa esta! Desfrutarmos da paz do Espírito e da libertação de todas as preocupações quando entregamos nossa vida nas mãos de Cristo!. Ele não é só a cabeça da Igreja, mas de todas as coisas sobre a Igreja. O Universo é administrado para o progresso e o cuidado dela.
           Mas precisamos estar atentos a três advertências importantes dadas nesta passagem:

1) Não negligenciar a tão grande salvação:
        
    Ser a casa de Deus é estar atentos à condição de guardarmos firme. até ao fim a ousadia e a exultação da esperança. (Hb. 3.6b). Nossa ação aqui é de falar intrepidamente, sem temor, é liberdade sincera e reverente, que provém de um coração purificado, dilatado e posto em liberdade (Sl.119:32) é uma experiência alegre, despertada por duas situações, a saber: A primeira por circunstâncias favoráveis (hedone) a segunda pelo oposto (parresian) que vem de dentro e triunfa sobre todas as circunstâncias desfavoráveis.  Estas são as qualidades LIBERDADE E OUSADIA – que vem da unção do Espírito Santo, que habilitou de tal modo os discípulos em pentecostes que eles anunciavam com ousadia a Palavra de Deus (At.4.31). 

2) Não endurecer o coração:

            Para alertá-los quanto ao endurecimento do nosso coração, o autor volta aos israelitas que por endurecerem os seus corações pereceram no deserto. Assim, tanto os judeus cristãos a quem a carta está endereçada quanto a nós enquanto povo de Deus, corremos muitas vezes o risco de cairmos na incredulidade. Por isso somos advertidos e o autor usa o episódio do deserto para nos chamar atenção. Isto se faz quando temos o nosso coração endurecido como consequência o subestimar da pessoa e obra do Filho, vistas em Sua humilhação.  
            Mas precisamos nos lembrar e honrá-lo sempre porque, o Filho de Deus é o mesmo quer como Rei ou como Servo, seja O leão da tribo de Judá ou a criança da manjedoura, seja ele ancião ou criança em Belém, esteja ele com o cetro símbolo da sua majestade e poder ou simplesmente carregando o fardo do mundo Ele sempre será O Senhor dos Senhores o dono da Casa da qual somos nós.
            E por último não devemos:

3) Deixar de ouvir a Voz na casa:
            Como diz o Espírito Santo (Hb 3.7). O Espírito Santo é o seu intérprete sugere o próprio autor.  Seu anuncio só pode ser entendido por quem o Espírito Santo habita verdadeiramente e integralmente num coração rendido e obediente. Se no início do livro aos Hebreus o autor afirma que antes Deus falava por meio dos profetas e que agora nos fala por meio do Seu Filho qual a diferença?
1) Na Primeira era externa, cerimonial e preparatória;
2) Na Segunda ela é interna, espiritual e perfeita.
           
CONCLUSÃO:

Sendo assim, Cristo agora habita no coração do seu povo, mediante a presença do Espírito Santo e, assim, fala não somente a nós, mas em nós. O Espírito Santo revela Cristo em nós e só  Ele torna a verdade vital e real em nossa experiência. Somente por intermédio dele é possível ter comunhão com o Pai e o Filho.
Que estejamos prontos para sermos a CASA DE DEUS. 

      
 ( Estudo baseado no livro A excelência da Nova Aliança em Cristo de Orton H. Wiley )      




Hebreus 3
4) Cristo é Superior a Moisés. 3:1-6.
Uma comparação de duas demonstrações de fidelidade está sendo agora introduzida, e pela primeira vez os leitores são diretamente aparteados na frase santos irmãos. Os paralelos na estrutura entre os capítulos 1,2 e capítulos 3, 4 são evidentes (CGT, pág. 56).

1,2. A chave para a compreensão de Hebreus pode estar na idéia do considerai atentamente. . . Jesus. De katanoesate, "observar atentamente, fixar os pensamentos, prestar atenção". Este mesmo pensamento aparece novamente em 12:3. Em 3:1, 2 a ênfase está sobre Cristo sendo fiel; em 12:3 é sobre Ele ter suportado. Aqui os irmãos são encorajados a olhar para Jesus como Apóstolo ("mensageiro"; só aqui este título foi usado referindo-se a Cristo no N.T.) e Sumo Sacerdote, uma função que é mais e mais detalhadamente explicada aos leitores.
Confissão (homologias) se relaciona com os crentes confessando que Cristo é o seu sumo sacerdote.

3-5. A metáfora da casa é simples. Que diferença? Cristo edificou a casa; Moisés serviu na casa. Como em Jo. 1:17, a justaposição de Moisés e Cristo foi apresentada claramente. Do mesmo modo a justaposição da velha aliança e da nova aliança foi insinuada. A ênfase está, entretanto, sobre a fidelidade. Incomparável em posição, Cristo é fiel como Filho, sobre a sua casa (v. 6).

6. A qual casa somos nós refere-se aos crentes, o grupo dos redimidos de Deus, cuja fé é uma fé contínua. Sua fé está manifesta na alegre ousadia (parresian, "discurso livre, franqueza"; e assim ousadia franca ou alegre) que se transforma em uma exultação da esperança no Filho. Cristo é o objetivo como também o alicerce de sua confiança e sua esperança.
Até ao fim (mechri telous). Até que a esperança se transforme na realidade.

5) A Superioridade do Descanso de Cristo contra o Descanso de Israel sob a Liderança de Moisés e Josué. 3:7 – 4:13.
O princípio do descanso é a fé. Foi verdade para os israelitas quando entraram em Canaã, e é verdade para os crentes hoje em dia. O descanso da fé tem ambos, um significado presente e um significado futuro. Salmo 95:7-11 foi usado para mostrar como ambas, advertência e promessa, foram relacionadas com o descanso de Israel em Canaã. A entrada na terra prometida estava condicionada à obediência.

7-11. A geração do deserto sofreu as consequências da advertência feita por Deus. Não foi por acidente que pereceu no deserto (veja Nm. 14 e 21). Conforme este salmo indica, os filhos de Israel desafiaram a autoridade soberana de Deus através de sua rebeldia no deserto (Nm. 20). A lição é óbvia. A verdadeira obediência do coração vai além da mera recepção de instruções. Uma geração de israelitas pereceu porque rebelou-se e desobedeceu premeditadamente, e isto apesar da ampla revelação no Monte Sinai.

12. Aqui a verdade do Sl. 95:7-11 recebe uma aplicação atual (para os leitores originais) e pertinente. Negligência e desobediência premeditadas, perverso coração de incredulidade, podem levar uma pessoa a tropeçar e apostatar de Deus. Esta advertência foi feita, individual e pessoalmente, para encorajar um auto-exame. Sugere-se um contraste entre a fidelidade de Cristo é a infidelidade dos apóstatas. A apostasia é um afastamento do Deus vivo (theou zontos), o qual executa seus juízos; portanto a advertência é ainda mais evidente.

13-19. Para se fugir de ambos, a apostasia e consequente julgamento, torna-se necessária a exortação diária. Os crentes devem advertir e admoestar uns aos outros na esperança e confiança em Cristo.
A advertência posterior contra o abandono da congregação aproxima-se do mesmo assunto (10:25). Tal congregamento inclui a oportunidade para a exortação. Fortalecimento mútuo vem por meio de tal exortação, a qual é uma eficaz contramedida para os corações endurecidos e para o pecado. Esta é uma responsabilidade específica que os crentes devem exercitar até a vinda de Cristo. Exortando uns aos outros e encorajando a fé e a obediência, os cristãos demonstram serem participantes de Cristo nas bênçãos do descanso prometido. O teste para um coração cheio de fé é guardar firme até ao fim a confiança. A geração do deserto não entrou no descanso de Canaã (v. 19) por causa da incredulidade (di'apistian).

Poderia a advertência ser mais explícita?
Observe que os filhos de Israel que pereceram no deserto deixaram apenas dois porta-vozes, apenas dois representantes de sua geração incrédula e portanto silenciosa – Calebe e Josué. E foi a fé destes dois que os protegeu e fala aos nossos corações até o dia de hoje.

A geração que pereceu fracassou em dois setores –
1) dureza de coração, e
2) incredulidade. Isto a levou ao erro e finalmente ao juízo.
Sua incredulidade era manifesta em atitudes que continuam comuns.
Eles murmuraram e se queixaram; eles estabeleceram planos alterados e buscaram outra liderança; rebelaram-se declaradamente contra Deus; expressaram insatisfação com a provisão divina; e, finalmente, aceitaram de má vontade o seu lugar nos planos de Deus. O registro detalhado em Nm. 14-21 e o comentário no Salmo 95 serviram bem para o escritor de Hebreus em suas repetidas advertências contra a dureza e incredulidade que foram evidentes na geração que pereceu (3:12, 13, 18, 19; 4: 6, 7, 11).

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