LIÇÕES
BÍBLICAS CPAD – ADULTOS – 1º
Trimestre de 2018
Título: A supremacia da Cristo — Fé, esperança e ânimo na Carta aos
Hebreus – Comentarista: José Gonçalves
Lição 4: Jesus é superior a Josué — O meio de entrar no repouso de Deus
TEXTO ÁUREO
“Procuremos,
pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de
desobediência” (Hb 4.11).
VERDADE PRÁTICA
O descanso provido por Josué foi
terreno, temporário e incompleto; o descanso provido por Cristo é celestial,
eterno e completo.
LEITURA DIÁRIA
Hb 4.2 A mensagem de Deus deve ser recebida
pela fé
Hb
4.6 – A mensagem de Deus
deve ser acompanhada pela obediência
Hb
4.7 – A mensagem de Deus
dever ser acolhida com contrição
Hb
4.8,9 – A mensagem de Deus
promove um descanso real e total
Hb
4.11 – A mensagem de Deus
promove um descanso eterno
Hb
4.12 – A Palavra de Deus é
viva e eficaz
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 4.1-13.
1
— Temamos, pois, que,
porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de
vós fique para trás.
Hb 4.2 A mensagem de Deus deve ser recebida pela fé
2
— Porque também a nós foram
pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou,
porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.
3
— Porque nós, os que temos
crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim, jurei na minha ira que não
entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a
fundação do mundo.
4
— Porque, em certo lugar,
disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo
dia.
5
— E outra vez neste lugar: Não
entrarão no meu repouso.
Hb 4.6 – A mensagem de Deus deve
ser acompanhada pela obediência
6
— Visto, pois, que resta que
alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas-novas
não entraram por causa da desobediência,
7
— determina, outra vez, um
certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se
ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.
Hb 4.8,9 – A mensagem
de Deus promove um descanso real e total
8
— Porque, se Josué lhes
houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia.
9
— Portanto, resta ainda um repouso
para o povo de Deus.
10
— Porque aquele que entrou no
seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.
Hb 4.11 – A mensagem de Deus promove
um descanso eterno
11
— Procuremos, pois, entrar
naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.
Hb 4.12 – A Palavra de Deus é viva e
eficaz
12
— Porque a palavra de Deus é
viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e
penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta
para discernir os pensamentos e intenções do coração.
13
— E não há criatura alguma
encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos
daquele com quem temos de tratar.
Hebreus 4 – NVI
1 Visto que nos foi deixada a
promessa de entrarmos no descanso de Deus, temamos que algum de vocês pense que
tenha falhado.
2 Pois as boas novas foram
pregadas também a nós, tanto quanto a eles; mas a mensagem que eles ouviram de
nada lhes valeu, pois não foi acompanhada de fé por aqueles que a ouviram.
3 Pois nós, os que cremos, é
que entramos naquele descanso, conforme Deus disse: "Assim jurei na minha
ira: Jamais entrarão no meu descanso" — embora as suas obras estivessem
concluídas desde a criação do mundo.
4 Pois em certo lugar ele
falou sobre o sétimo dia, nestas palavras: "No sétimo dia Deus descansou
de toda obra que realizara".
5 E de novo, na passagem
citada há pouco, diz: "Jamais entrarão no meu descanso".
6 Entretanto, resta entrarem
alguns naquele descanso, e aqueles a quem anteriormente as boas novas foram
pregadas não entraram, por causa da desobediência.
7 Por isso Deus estabelece
outra vez um determinado dia, chamando-o "hoje", ao declarar muito
tempo depois, por meio de Davi, de acordo com o que fora dito antes: "Se
hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração".
8 Porque, se Josué lhes
tivesse dado descanso, Deus não teria falado posteriormente a respeito de outro
dia.
9 Assim, ainda resta um
descanso sabático para o povo de Deus;
10 pois
todo aquele que entra no descanso de Deus, também descansa das suas obras, como
Deus descansou das suas.
11 Portanto,
esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém venha a cair,
seguindo aquele exemplo de desobediência.
12 Pois a
palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois
gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e
julga os pensamentos e intenções do coração.
13 Nada,
em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e
exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.
14 Portanto,
visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho
de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos,
15 pois
não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas,
mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem
pecado.
16 Assim
sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de
recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da
necessidade.
Hebreus 4 – O livro
1 E embora a promessa de Deus, de
entrarmos no seu lugar de descanso, continue de pé, devemos ter muito cuidado
quando alguns derem mostras de ficar para trás.
2 Porque essas boas novas foram-nos
anunciadas também a nós, tal como a eles. Mas se de nada lhes serviu, é porque
não creram nelas, quando a ouviram.
3 Quanto a nós, visto que cremos,
temos a certeza de entrar no repouso de Deus. Quanto aos que não crêem, o
Senhor disse: Na minha indignação obriguei-me com juramento a não deixar que
entrassem no meu repouso, embora este lugar de repouso esteja pronto desde a
criação do mundo.
4 Sabemos isto porque as Escrituras
mencionam o sétimo dia, dizendo: E repousou Deus de todas as suas obras no
sétimo dia. 4
5 Mas acontece que aqueles a quem
foram pregadas as primeiras boas novas não entraram nesse repouso preparado,
por causa da sua desobediência; por isso está escrito: Não entrarão no meu
repouso. Contudo, isto dá a entender que ainda haverá alguém que deverá entrar
nele.
6 E é assim que fixa outra ocasião
para entrar; essa ocasião é hoje. E isto diz Deus, pela boca de David, muito
depois: Hoje, se ouvirem a sua voz, não endureçam os vossos corações.
7 Porque, se esse repouso tivesse
sido aquele para onde Josué conduziu o povo de Israel, Deus não teria falado
mais tarde numa nova ocasião.
8 Portanto é porque há ainda um
repouso para o povo de Deus.
9 Ora quem já entrou no descanso de
Deus, também já descansou das suas obras, tal como Deus também das suas.
10 Busquemos então tudo o que é
necessário para entrar nesse lugar de descanso. Procuremos que ninguém, à
semelhança do povo de Israel, caia na mesma incredulidade que eles.
11 A palavra de Deus é viva e
eficaz. É mais penetrante do que uma espada de dois gumes, chegando à distinção
da alma e do espírito, como que à junção de osso e medula. Ela é capaz de
distinguir os pensamentos, as intenções do coração.
12 Não há nada em toda a criação que
esteja escondido aos olhos de Deus; pelo contrário tudo está patente e a
descoberto perante aquele a quem temos de prestar contas.
13 Portanto, visto que temos um tão
excelente supremo sacerdote, que é Jesus o Filho de Deus, que penetrou nos
céus, mantenhamo-nos firmemente fiéis à fé que confessamos ter.
14 Este nosso sacerdote supremo não
é um simples homem que não possa compreender as nossas fraquezas. Pelo
contrário, ele passou por todas as mesmas provas que nós, mas sem ter pecado.
15 Portanto cheguemo-nos com
confiança ao trono de Deus para podermos receber misericórdia e graça, e para
sermos ajudados sempre que tivermos necessidade.
Hebreus 4 – Catolica
1 Enquanto, pois, subsiste a
promessa de entrar no seu descanso, tenhamos cuidado em que ninguém de nós
corra o risco de ser excluído.
2 A boa nova nos foi trazida a nós,
como o foi a eles. Mas a eles de nada aproveitou, porque caíram na descrença.
3 Nós, porém, se tivermos fé,
haveremos de entrar no descanso. Ele disse: Eu jurei na minha ira: não entrarão
no lugar do meu descanso. Ora, as obras de Deus estão concluídas desde a
criação do mundo;
4 pois, em certa passagem, falou do
sétimo dia o seguinte: E, terminado o seu trabalho, descansou Deus no sétimo
dia {Gn 2,2}.
5 Se, pois, ele repete: Não
entrarão no lugar do meu descanso,
6 é sinal de que outros são chamados
a entrar nele. E como aqueles a quem primeiro foi anunciada a promessa não
entraram por não ter tido a fé,
7 Deus, após muitos anos, por meio
de Davi, estabelece um novo dia, um hoje, ao pronunciar as palavras
mencionadas: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.
8 Se Josué lhes houvesse dado
repouso, não teria depois disso falado dum outro dia.
9 Por isso, resta um repouso
sabático para o povo de Deus.
10 E quem entrar nesse repouso
descansará das suas obras, assim como descansou Deus das suas.
11 Assim, apressemo-nos a entrar
neste descanso para não cairmos por nossa vez na mesma incredulidade.
12 Porque a palavra de Deus é viva,
eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão
da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções
do coração.
13 Nenhuma criatura lhe é invisível.
Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.
14 Temos, portanto, um grande Sumo
Sacerdote que penetrou nos céus, Jesus, Filho de Deus. Conservemos firme a
nossa fé.
15 Porque não temos nele um
pontífice incapaz de compadecer-se das nossas fraquezas. Ao contrário, passou
pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado.
16 Aproximemo-nos, pois,
confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça
de um auxílio oportuno.
Hebreus 4
1. EMBORA A PROMESSA de Deus ainda esteja de pé - sua promessa de que
todos podem entrar no seu lugar de descanso - devemos tremer de medo, porque
alguns de vocês podem estar à beira de, no fim de tudo, não conseguir chegar
lá.
2. Porque esta maravilhosa noticia de que Deus deseja nos salvar foi-nos
dada tal como foi àqueles que viveram no tempo de Moisés. Entretanto, não lhes
fez nenhum bem. porque eles não creram nela. Não a combinaram com a fé.
Pois somente nós, os que cremos em Deus, podemos entrar no seu lugar de
descanso. Ele afirmou: "Jurei em minha ira que aqueles que não crêem em
Mim nunca entrarão", mesmo apesar de Ele estar preparando e esperando por
eles desde o principio do mundo.
Nós sabemos, que Ele está preparando e esperando porque está escrito que
Deus descansou no sétimo dia da criação, depois que terminou tudo quanto havia
planejado fazer.
Mesmo assim eles não entraram, pois Deus finalmente disse: "Eles
nunca entrarão no meu descanso".
Entretanto, a promessa continua, e alguns entraram; mas não aqueles que
tiveram a primeira oportunidade, pois desobedeceram a Deus e não conseguiram
entrar.
Mas Ele fixou uma outra ocasião para se entrar, e esta ocasião é agora.
Ele anunciou isto por meio do Rei Davi, muitos anos depois do primeiro fracasso
do homem na tentativa de entrar, dizendo nas palavras já citadas: "Hoje,
quando vocês O ouvirem chamar, não endureçam o coração contra Ele".
Este novo lugar de descanso acerca do qual ele está falando não quer
dizer a terra de Israel, pala a qual Josué os conduziu. Se Deus quisesse dizer
isso, não teria falado muito depois a respeito de "hoje" como a
ocasião para entrar.
Portanto, há um descanso completo e perfeito ainda esperando o povo de
Deus.
Cristo já entrou lá. Está descansando do seu trabalho, tal como Deus fez
após a criação.
Façamos o melhor que pudermos para entrar também naquele lugar de
descanso, tomando cuidado para não desobedecermos a Deus como fizeram os filhos
de Israel, e assim não conseguiram entrar.
Tudo quanto Deus nos diz é cheio de força viva: é mais cortante do que o
punhal mais afiado, e corta rápido e profundo em nossos pensamentos e desejos
mais íntimos em todos os seus detalhes, mostrando-nos como somos na realidade.
Ele sabe de cada um, em cada lugar. Cada coisa a respeito de nós está
descoberta e escancarada aos olhos penetrantes do nosso Deus vivente; nada pode
se esconder dele, a quem devemos prestar contas de tudo o que fizemos.
14. Mas Jesus, o Filho de Deus, é o nosso grande Supremo Sacerdote que
foi diretamente para o céu, a fim de nos ajudar; portanto não deixemos nunca de
confiar nele.
15. Este nosso Supremo Sacerdote compreende as nossas fraquezas, visto
que Ele teve as mesmas tentações que nós temos, ainda que Ele nunca cedeu a
elas nem pecou.
16. Portanto, vamos ousadamente até o próprio trono de Deus e
permaneçamos lá para recebermos a sua misericórdia e acharmos a sua graça para
nos ajudar em nossos tempos de necessidade.
HINOS SUGERIDOS
47, 146 e 212 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Demonstrar que Jesus é superior a
Josué na mensagem e no provimento de repouso para o povo de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·
I.
Mostrar que a
mensagem de Jesus é superior a de Josué;
·
II.
Mencionar a provisão de
um descanso superior ao de Josué;
·
III.
Apontar a
superioridade da orientação de Jesus em relação à de Josué.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O texto de Hebreus 4 mostra o que a
história de Josué representa para a Igreja de Cristo. Enquanto o ministério do
sucessor de Moisés foi de caráter terreno, temporário e incompleto — primeiro
porque Israel não conquistou toda a terra; depois, as guerras continuaram —,
Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo. Na lição desta
semana, é preciso fazer o contraste entre os ministérios de Jesus e Josué,
conforme abaixo:
JOSUÉ ⇒ Terreno → Temporário → Incompleto
JESUS ⇒ Celestial → Eterno → Completo
Devido à popularização da teologia da
prosperidade, bem como o aumento da “politização ideológica” dos movimentos
evangélicos, é comum alguns cristãos virarem as costas para a dimensão
celestial e eterna do ministério de Jesus, alegando que se dermos ênfase ao
“céu” formaremos cristãos “escapistas”. O problema é que eles se esqueceram de
combinar isso com o autor de Hebreus. A natureza celestial, eterna e
esperançosa do ministério de Cristo é cristalina nas Escrituras! Por isso,
embora a obra de Cristo tenha consequências presentes como uma antecipação das
bênçãos futuras, claro que podemos vivê-las hoje, aqui e agora, não tenha
receio de enfatizar a natureza do porvir da obra de Cristo, pois Ele nos
prometeu a vivência da comunhão no Reino Celestial (Mt 26.28,29 28. Porque isto é o meu sangue, o sangue
do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.
29. E digo-vos que, desde agora, não
beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no
reino de meu Pai.).
A Refeição Final. 26:17-30 –
Comentario Biblico
Provavelmente
nenhum problema de harmonia dos Evangelhos tem sido tão desconcertante quanto
este. Esta refeição final foi na Páscoa dos Judeus? Os sinóticos dão a entender
que foi. João, entretanto, dá a entender com muita clareza que a Páscoa ainda
estava no futuro por ocasião do lava-pés (Jo. 13:1), refeição (13:29),
julgamento (18:28) e crucificação (19:14, 31). Alguns mestres estão prontos a
admitir um conflito irreconciliável. Outros insistem que uma das narrativas
deve estar errada. Também já se argumentou que Jesus comeu uma Páscoa
antecipada um dia antes do costume legal. Reforços a esta opinião recentemente
vieram à luz no Qumran, onde se descobriu que a seita Qumran sempre observou a
Páscoa na terça-feira. Assim, dá a impressão de que Jesus comeu a Páscoa na
terça-feira (como está implícito nos sinóticos), enquanto os judeus ortodoxos
observavam a Páscoa na sexta-feira. (Veja J. A. Walther, "Chronology of Passion Week", JBL, June,
1958, pág. 116 e segs.) Contra essa opinião levanta-se a grande improbabilidade
que um tão notável desvio do judaísmo ortodoxo pudesse passar despercebido nos
Evangelhos, ou que a ceia da Páscoa pudesse ser devidamente observada em
Jerusalém antes da ocasião tradicional (por exemplo, os cordeiros tinham de ser
mortos no Templo um pouco antes da ceia da Páscoa; conf. I Co. 5:7). Uma
proposição mais digna de crédito explica João e os sinóticos, um à luz do
outro. As duas possibilidades foram experimentadas, embora se admita
dificuldades com ambos os métodos. O autor prefere explicar os sinóticos pelo
explícito testemunho de João, o qual talvez tivesse parcialmente a intenção de
esclarecer pontos ambíguos na cronologia. De acordo com este ponto de vista a
última ceia não foi de maneira nenhuma a refeição da Páscoa; antes, Jesus morreu
exatamente na hora em que os cordeiros da Páscoa estavam sendo mortos no Templo
(conf. I Co. 5:7). Não obstante, Jesus deu a seus discípulos orientação no
sentido de preparar a festa, por dois motivos: 1) os discípulos a comeriam; 2)
Jesus não quis na ocasião predizer o momento exato de sua morte.
17-19. Preparativos para a
Páscoa.
17. No primeiro dia
dos pães asmos. Quatorze de Nisã, no qual o fermento era retirado de dentro das casas em
preparação para as festas da Páscoa e dos Pães Asmos (conf. Mc. 14:12; Lc.
22:7). Esse dia começava ao pôr-do-sol do décimo terceiro dia e foi às
primeiras horas desse dia que se fez referência.
18,19. Em resposta à
pergunta dos discípulos, Jesus enviou-os a falar com um homem em cuja casa o
grupo se reuniria. Celebrarei a páscoa. A esta declaração de
propósito geral deve-se acrescentar as palavras de Lc. 22:16, "não a
comerei", na qual ele indica posteriormente que o plano geral será
interrompido. Talvez não quisesse que Judas soubesse dos seus planos tão
especificamente com tanta antecedência.
20-30. A Última Ceia.
20. Chegada a
tarde. Mais tarde naquela mesma tarde (primeiras horas do décimo-quarto dia),
Jesus juntou-se aos discípulos na hora do jantar (Lc. 22:14).
21. Um dentre vós
me trairá. Primeiro aviso de que o "entregar" do Filho do homem: (17:22;
20:18; 26:2) seria através de um dos Doze. Que choque essa declaração deve ter
causado!
22. O fato de que onze
discípulos tenham perguntado inocentemente, Porventura sou eu, senhor?,
mostra que eles reconheciam sua própria fraqueza, embora sua pergunta fosse
feita esperando uma resposta negativa – "Não sou eu, ou sou?"
23. O que mete
comigo a mão. Considerando que o grupo provavelmente comia de um prato comum, esta
declaração não identificou o traidor, mas apenas enfatizou a natureza vil da
traição, pois ocorria entre companheiros íntimos.
24. Está
escrito. A morte de Cristo estava se desenrolando conforme predito em diversas
passagens do V.T. Entretanto, a soberania de Deus sobre todos os acontecimentos
não livra o homem da responsabilidade ou culpa.
25. Quando Judas viu
que o seu silêncio era causa de suspeitas, também perguntou, Acaso sou
eu, Mestre? A ele Jesus responde, Tu o disseste. Parece
que os demais não ouviram esta resposta no meio do burburinho da conversação
geral. Não se pode afirmar se a explicação de Cristo a João (e Pedro) ocorreu
antes ou depois da indicação de Judas (Jo. 13:23-26). Quando Judas saiu logo
depois, ninguém sabia que Satanás o capacitara a imediatamente pôr em ação a
conspiração (Jo. 13:27-30).
26. A narrativa que
Mateus faz da consagração do pão e do vinho é semelhante à de Marcos; à de
Lucas parece com I Co. 11:23-26. Isto é o meu corpo. Para um
comentário completo dos pontos de vista contrários do Romanismo, Lutero,
Calvino e Zuínglio, consulte dicionários bíblicos. O significado óbvio da
passagem não permite que entendamos que o pão fosse mais do que simbólico sob
qualquer aspecto, pois seu corpo real também estava presente. (Conf. metáforas
semelhantes: Jo. 10:7; 15:1). Estes símbolos deviam ser lembretes para os
discípulos (Lc. 22:19) do Senhor ausente, e um memorial do custo de sua
redenção.
27, 28. Bebei dele
todos, isto é, todos vocês.
O Novo
Testamento ou aliança foi posto em vigor com a morte de Cristo. A velha aliança
dada por Deus a Israel exigia sacrifícios contínuos pelo pecado. Mas a morte de
Cristo forneceu um sacrifício perfeito, e tornou possível ambas, a justificação
e a regeneração (Hb. 8:6-13). Derramado em favor de muitos. (Conf.
20:28) A morte de Cristo, embora suficiente em si mesma para resolver a questão
daremissão dos pecados de todos, aqui foi considerada realmente
eficiente só para os crentes.
29. Desta hora em
diante, não beberei. Esta declaração dirigiu o olhar dos discípulos para
o futuro reino do Pai (o reino de Deus, messiânico, Mc. 14:25)
e para o momento de alegria e comunhão na grande Ceia das Bodas.
30. Tendo cantado
um hino, saíram. Antes disso deve ter sido apresentado o discurso de
João 14.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A
conquista de Canaã sob a liderança de Josué é retratada pelo autor da Carta aos
Hebreus como um tipo da Canaã celestial. Deus havia prometido a conquista da
terra a Moisés e Josué
(Êx
3.8 8 Portanto desci para
livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra
boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu,
e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu.
Js
1.2,3 2 Moisés, meu servo, é
morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra
que eu dou aos filhos de Israel.
3 Todo o lugar que pisar a
planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés.).
Mas
ao longo da jornada do Êxodo muitos ficaram pelo caminho. A incredulidade e a
desobediência, somadas à falta de ânimo, fizeram com que o povo não vivesse as
promessas de Deus em sua plenitude. O mesmo processo estava se repetindo agora
com os crentes da Nova Aliança e pelas mesmas razões. A única forma de voltar
para a corrida e completar o percurso, entrando no descanso de Deus, era
observando a sua Palavra.
JOSUÉ 1 –
COMENTÁRIOS SELECIONADOS
O Senhor dá
início à ação ao ordenar que Josué, o substituto escolhido por Ele para Moisés
(v. Dt 31.1-8), conduzisse Israel pelo Jordão e tomasse posse da terra
prometida. Conclama à coragem e promete o sucesso – mas somente se Israel
obedecer à lei de Deus transmitida por Moisés à nação. Bíblia de Estudo
NVI Vida.
Esse livro é
para o Antigo Testamento o que o livro de Atos dos Apóstolos é para o Novo. O
nome “Josué” é equivalente a Jesus, e significa “Ele Salvará” (Hb 4.8). A
Jericó da Igreja Primitiva foi Jerusalém, que os cristãos rodearam durante dez
dias de oração como Israel rodeou durante em sete dias de marcha. No Pentecoste
as muralhas do preconceito ruíram. Ananias e Safira foram o Acã dos primeiros
dias. As vitórias da igreja em Samaria, Antioquia e em outros lugares lembram
as conquistas de Josué. Comentário Bíblico Devocional Velho Testamento.
F. B.Meyer.
1 Moisés,
servo do SENHOR. Esse título de honra sugere o papel especial de Moisés
dentro dos propósitos de Deus (vs. 1-2, 7, 13, 15; cf Is 42.1). Esse título
também foi dado a Abraão (Gn 26.24) e será aplicado a Josué por ocasião de sua
morte (24.29). Bíblia de Genebra.
Josué. Era da tribo de Efraim (1 Cr 7.27) e nasceu no Egito, no tempo da
escravatura. … Seu nome significa “Jeová é Salvação” ou “Jeová Salvador”. Jesus
é a forma grega de Josué (cf At 7.45; Hb 4.8). Bíblia Shedd.
O nome de Josué
foi mudado de Oseias (“salvação”) para Josué (“o SENHOR é salvação”) por Moisés
(Nm 13.16). … Na transição entre Moisés e Josué, há continuidade, porque o
propósito de Deus para com Israel persiste, mas também existe descontinuidade,
porquanto a era de Moisés foi ímpar e é o padrão de comparação para a gerações
futuras. Há, semelhantemente, uma continuidade e também descontinuidade na
tradição neotestamentária, entre os Evangelhos e o Livro de Atos. Bíblia
de Genebra.
2-9 Estes
versos contém o tema de todo o livro, uma estratégia divina de batalha de
quatro passos para a vitória e o sucesso, arranjado em um lindo padrão
literário paralelo: 1) inamovível confiança nas promessas divinas (vs. 3-5,
9b); 2) coragem inabalável e ousadia divina (vs. 6-7a, 9a); 3) obediência total
à vontade de Deus (vs 7b-8b); e 4) meditação constante em Sua Torah (v.
8a). Andrews Study Bible.
3 vosso
pé. Este versículo sugere que os israelitas deviam fazer algo para tomar
posse da terra. eles só possuiriam as terras sobre as quais colocassem a planta
do pé. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 2,
p. 162.
A palavra
“vosso” está no plural, indicando que a promessa foi dirigida a todo o povo de
Israel. Bíblia de Genebra.
4 desde
o deserto, i. e., da Arábia, que forma o limite sul da Palestina, enquanto
o Líbano era o limite norte. Bíblia Shedd.
heteus, cf Jz 1.26n. Bíblia Shedd.
mar Grande. O Mediterrâneo. Bíblia Shedd.
A extensão
da terra Prometida aqui excede aquilo que foi, de fato, conquistado nos dias de
Josué e corresponde aos reinos de Davi e Salomão (1Rs 4.21). Apesar da ênfase
sobre o cumprimento nos dias de Josué (21.45, nota), o livro estende a promessa
como se ainda apontasse para o futuro (13.1, nota; 23.5, 12-13). Bíblia
de Genebra.
5 A nova tarefa de Josué consistia em liderar mais de dois milhões de
pessoas a uma terra estranha e conquistá-la. Que desafio – mesmo para um homem
como este! Cada nova tarefa é um desafio. Sem Deus, isto pode ser assustador.
Com Deus, isto pode ser uma grande aventura. Assim como Deus estava com Josué,
Ele está conosco ao enfrentarmos nossos novos desafios.Podemos não conquistar
nações, mas todos os dias enfrentamos situações difíceis, pessoas difíceis e
tentações. Contudo, Deus promete nunca nos abandonar ou deixar de nos ajudar.
Ao pedirmos a Deus para nos dirigir, podemos conquistar muitos dos
desafios da vida. Life Application Study Bible
Kingsway.
6-8 Muitas pessoas pensam que prosperidade e sucesso vem de se ter poder,
influentes contatos pessoais e um persistente desejo de ir em frente. Mas a
estratégia para obter prosperidade que Deus ensinou a Josué vai contra este
critério. Ele disse que, para ser bem sucedido, Josué deveria: 1) ser forte e
corajoso porque as tarefas à frente não seriam fáceis, 2) obedecer a lei de
Deus, e, 3) constantemente ler e estudar o Livro da Lei – a Palavra de Deus.
Para ser bem sucedido, siga as palavras de Deus a Josué. Você pode não ter
sucesso de acordo com os padrões do mundo, mas você será um sucesso aos olhos
de Deus – e a Sua opinião dura para sempre. Life
Application Study Bible Kingsway.
6 a
terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais. A herança, esperada
durante muito tempo, prometida aos descendentes de Abraão (Gn 15.7-21) e de
Jacó (Gn 28.13). Bíblia de Estudo NVI Vida.
Ao Josué
tomar a frente na liderança, cheio de um senso da enormidade da tarefa e de sua
própria insuficiência, Deus prometeu dar a israel a terra que havia prometido
com juramento aos seus ancestrais se´culos atrás (Gn 22:16-18; 24:7;
26:3). Andrews Study Bible.
7 Tenha
o cuidado de obedecer (NVI). O sucesso não era garantido
incondicionalmente (v. Dt 8.1; 11.8, 22-25). Bíblia de Estudo NVI Vida.
8 falar.
V. Dt 4.9, 10; 6.6, 7; 11.19. A lei em geral era lida oralmente (cf. Dt
30.9-14; At 8.30). Bíblia de Estudo NVI Vida.
Não cesses
de falar (ARA; NKJV: “não deve se afastar
de sua boca, dia e noite”). Isto implica a memorização da escritura de forma
que possamos meditar nela mesmo à noite. A meditação sobre a Palavra está
colocada no centro no centro literário desta passagem (ver nota em 1:2-9), como
fonte de todas os outros passos de ação descritos no capítulo, e como a base do
sucesso. Andrews Study Bible.
medita. O significado original desta palavra é
“suspirar” e a imagem que esta palavra traduz é a de alguém se derramando sobre
a Palavra de Deus com suspiros audíveis de contentamento e prazer. Andrews Study Bible.
11 provisões (NVI).
Gêneros alimentícios necessários para os vários dias de marcha que se
seguiriam. Bíblia de Estudo NVI Vida.
12-15 Nm 32
mostra-nos como os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés (13.8,
nota) já tinham recebido sua porção de terras a leste do rio Jordão. Bíblia
de Genebra.
13 descanso.
Conceito importante do AT… que subentende fronteiras seguras, paz com os países
vizinhos e a ausência de ameaças à vida e ao bem-estar dentro do país. Bíblia
de Estudo NVI Vida.
16-18 A
resposta obediente dos israelitas a Josué e, portanto, a Deus, será ecoada e
elaborada no fim do livro (Js 24.16-24). A conexão essencial entre a fé e a
obediência fica implícita aqui: a obediência do povo era uma evidência de que
eles acreditavam na promessa. As qualidades necessárias para a liderança de
Josué consistiam em Deus estar com ele (v. 5, nota) e de ele ser um homem de fé
(v. 6, nota).
18 Todo
homem que se rebelar. Tendo acabado de tomar o juramento de lealdade a
Josué, agora concordam com a pena de morte por qualquer ato de traição (e.g., o
pecado de Acã, 7.15). Bíblia de Estudo NVI Vida.
PONTO CENTRAL
Enquanto
Josué proporcionou um descanso terreno, temporário e incompleto para Israel,
Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo para a Igreja.
Significado de Hebreus 4
Hebreus 4
4.1-11 — Em
Hebreus 3.12-19, o fracasso de muitos de Israel em entrar no repouso que Deus
lhes concedera serve de séria advertência aos cristãos. O autor explica o que
esse repouso significa para os cristãos e mostra por que e como se encontra
disponível para nós hoje.
4.1 — A
trágica incredulidade de uma geração inteira de israelitas no deserto (Hb
3.7-19) age como um aviso aos cristãos de hoje para que possam entrar no
repouso de Deus, ainda oferecido a Seu povo fiel (v. 6-11).
4.2 — Foram
pregadas as boas novas é tradução de uma única palavra grega, que significa que
as boas novas foram anunciadas. As boas novas do repouso de Deus (v. 1) foram
proclamadas aos israelitas. A geração mais antiga, liderada por Moisés, falhou
em entrar no repouso, a Terra Prometida (Dt 12.9), por causa de sua falta de
fé. Do mesmo modo, o evangelho de Cristo foi proclamado aos leitores da carta,
e o autor os convoca então para o repouso de Deus, antes que sua incredulidade
venha a impedi-los, também, de nesse descanso entrar.
4.3 — Desde a fundação do mundo. O repouso da criação de Deus é o arquétipo e tipo de todas as
experiências de repouso posteriores.
4.4 — E repousou Deus. O tema tem início no repouso do próprio Deus logo após a criação.
O fato de Gênesis não fazer menção à noite do sétimo dia da criação forneceu a
base para alguns comentaristas judeus concluírem que o repouso de Deus há de
durar por toda a eternidade.
4.5,6 — Aqueles. Havia
um repouso esperando pelo povo de Deus, mas grande parte da geração do Êxodo
não conseguiu entrar nele.
4.7,8 — Assim como muitos israelitas não haviam entrado no repouso de
Deus, na Terra Prometida, Davi, longos anos depois de Josué haver liderado os
israelitas a ingressarem na terra, advertia sua geração para não endurecer seu
coração, a fim de que pudesse entrar no repouso de Deus (Hb 3.7-11). E tal como
Davi, o autor de Hebreus convoca a geração atual a responder a Deus hoje (Hb
3.13), que é o dia do arrependimento.
4.9 — A
palavra grega para repouso, neste versículo, é diferente da palavra usada em
Hebreus 4-1,3,5,10,11; 3.11,18. A palavra, aqui, significa descanso do sábado e
somente nesta passagem é encontrada no Novo Testamento. Os judeus geralmente
ensinavam que o Sábado prenunciava o mundo vindouro, falando de um dia que
seria sempre sábado.
4.10 — Repousou de suas obras. Pode ser que se refira ao repouso no qual os cristãos entrarão
quando terminarem seu trabalho para o Reino de Deus na terra (Ap 14.13).
4.11 — Procuremos. Ao
incluir a si mesmo junto com seus leitores, o autor quer exortar os crentes a
serem diligentes, a fazer todo o esforço para entrar naquele repouso. Pois o
repouso não é automático; exige empenho e dedicação. O perigo está em que os
cristãos de hoje, como os israelitas do passado, não persistam, mas caiam em
desobediência.
4.12 — A
palavra de Deus é o padrão de medida que Cristo usará no juízo (2 Co 5.10). A
mensagem de Deus é viva e eficaz, penetrando as partes mais íntimas do ser.
Diferencia o que é natural do que é espiritual, assim como os pensamentos (as
reflexões) e as intenções (desejos) de cada pessoa. A palavra de Deus, enfim,
expõe as motivações naturais e as espirituais do coração do crente (Hb 4.7;
3.8,10,12,15; 8.10; 10.16,22; 13.9).
4.13 — A
expressão nuas e patentes significa uma completa exposição e clareza diante de
Deus. Todos terão de prestar contas a Deus, que tudo vê e tudo conhece (Rm
14.10-12; 2 Co 5.10).
4.14—10.18 — Esta
parte, que discorre sobre o sumo sacerdócio de Cristo, é o âmago de Hebreus. O
assunto, mencionado em Hebreus 2.17, é reintroduzido, aqui, em Hebreus 4-14-16,
discutido resumidamente em Hebreus 5.1-10 e considerado detalhadamente em
Hebreus 7.1—10.18. Nosso Sumo Sacerdote é exatamente tal como dele precisamos:
Ele pode purificar o pecaminoso coração humano.
4.14 — Visto
que significa voltar ao assunto do sumo sacerdócio de Cristo (Hb 2.17—3.6).
Temos indica propriedade. No Antigo Testamento, o sumo sacerdote de Israel
atravessava o pátio e o véu, no tabernáculo, para então penetrar no Santo dos
Santos. Nosso Sumo Sacerdote penetrou nos céus, na presença de Deus, onde se
assentou à destra do Pai (Hb 1.3). Seu nome e título, Jesus, Filho de Deus,
enfatizam Suas duas naturezas — Sua humanidade e divindade.
4.15 — Compadecer
implica sofrer com. Expressa o sentimento por outro de quem já experimentou
também sofrimento. Em tudo foi tentado. Jesus passou por todos os graus de
tentação (Hb 2.18). Sem pecado (Hb 7.26; 2 Co 5.21). Somente quem não se rendeu
ao pecado pode conhecer a intensidade total da tentação. Jesus não se rendeu à
tentação.
4.16 — Cheguemos
é a mesma palavra grega traduzida em Hebreus 10.22. Que contraste com o ficar
afastado para que não morra do Antigo Testamento, que os leitores judeus da
epístola e seus antepassados certamente cresceram ouvindo! João Batista resume
admiravelmente essa diferença, em sua apresentação de Jesus: Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Não haverá
mais a morte de animais em sacrifício. Nunca mais o sumo sacerdote terá acesso
exclusivo ao Santo dos Santos. Confiança é a mesma palavra traduzida por ousadia
em Hebreus 10.19, significando, aqui, coragem, audácia, destemor. Os cristãos
devem aproximar-se corajosamente de Deus em oração, porque dele é o trono da
graça e nosso Sumo Sacerdote se assenta à Sua direita, intercedendo por nós.
Hebreus 4
— Interpretação Bíblica
Hebreus 4
4.1 o descanso Esse
descanso são as “bênçãos eternas” que Deus prometeu (Hb 9.15). É o mesmo que o
Reino do Céu (Mt 4.17) ou a vida eterna (Jo 3.16) sobre a qual fala
Jesus. algum de vocês tenha falhado Ver Intr. 2.1.
4.2 aquelas
pessoas ouviram... a boa notícia Essa boa notícia é a mesma promessa de
salvação que Deus fez a nós por meio de Cristo (Hb 1.1-2), a saber, o
“descanso” na Terra Prometida.
4.3 ele mesmo
disse Sl 95.11;
Hb 3.11.
4.4 está
escrito... em alguma parte das Escrituras Sagradas Gn 2.2.
4.5 o mesmo
assunto é repetido Sl 95.11; Hb 3.11.
4.7 no trecho
das Escrituras já citado Sl 95.7-8; Hb 3.7b-8,15.
4.8 Josué O sucessor
de Moisés; ele comandou o povo de Israel na conquista da terra de Canaã (Dt
31.8; Js 22.4).
4.10 Deus
descansou dos trabalhos dele Gn 2.2.
4.11 façamos
tudo para receber esse descanso Ver Intr. 2.2.
4.12 a palavra
de Deus O que Deus
diz (Hb 1.1-2) é sempre poderoso e eficaz (Is 49.2; 55.11; Jr 23.20; Ef 6.17; Ap
1.16; 2.12).
4.13 tudo está
descoberto e aberto diante dos seus olhos Jr 11.20; Rm 8.27; 1Co
4.5.
Cristo, o Grande
Sacerdote eterno 4.14—5.10 Para que “fiquemos firmes na fé que anunciamos”
(4.14), o autor apresenta Cristo como o Grande Sacerdote eterno que faz o seu
trabalho na própria presença de Deus (1.3,13; 8.1-2; 9.11-12,24). O autor
compara Jesus com o Grande Sacerdote da antiga aliança, mostrando as
semelhanças entre eles (para as diferenças, ver (cap. 7). Duas características
do Grande Sacerdote recebem destaque: o fato de ele ser capaz de compreender as
nossas fraquezas (5.1-3,7-10) e o fato de ele ser chamado por Deus (5.4-6).
4.14 fiquemos
firmes Ver Intr.
2.2. temos um Grande Sacerdote Hb 2.17; 3.1. Esse Grande
Sacerdote, que é Cristo, compreende as nossas fraquezas (Hb 4.15a); foi
tentado, mas não pecou (Hb 4.15b; 5.1-3; 7.26); foi chamado por Deus (Hb
5.4-5,10; 7.28a); é eterno (Hb 5.6; 7.20-21,24; 7.28b); é autor da salvação
eterna (Hb 5.7-9; 7.25). entrou na própria presença de Deus Uma
vez por ano, no Dia do Perdão, o Grande Sacerdote dos judeus entrava no Lugar
Santíssimo e ali oferecia sacrifícios para tirar os pecados do povo. Mas Jesus
entrou na presença de Deus no céu. Hb 9.11-14,24-26.
4.15 compreender
as nossas fraquezas Hb 2.14-18. foi tentado do mesmo modo
que nós Mt 4.1-11; Lc 4.1-13. não pecou Hb 7.26; Jo
8.46; 2Co 5.21; 1Pe 2.22; 3.18; 1Jo 3.5. Se isso não fosse verdade, Jesus não
poderia ser o Grande Sacerdote que nos ajuda (Hb 9.14).
4.16 cheguemos
perto do trono divino Por meio de Cristo, o trono divino não é mais
um lugar que nos assusta (Hb 12.18-21), mas um lugar onde encontraremos graça
sempre que precisarmos de ajuda.
Hebreus 4
— Exposição da Carta aos Hebreus
Hebreus 4
4.9 RESTA...
UM REPOUSO. O repouso prometido por Deus não é somente o
terrestre, mas também o celestial (vv. 7,8; cf. Hb 13.14). Para os crentes,
resta ainda o repouso eterno no céu (Jo 14.1-3; cf. Hb 11.10,16). Entrar nesse
repouso final significa o cessar do labor, dos sofrimentos e da perseguição,
tão comuns em nossa vida nesta terra (cf. Ap 14.13); significa participar do
repouso do próprio Deus e experimentar eterna alegria, deleite, amor e comunhão
com Deus e com os santos redimidos. Será um descanso sem fim (Ap 21,22).
4.11
PROCUREMOS, POIS, ENTRAR. À luz da bênção gloriosa do estado eterno e
da terrível sorte dos que não entrarão ali, o crente deve esforçar-se
diligentemente para alcançar o lar celestial do povo de Deus. Isso requer nosso
esforço em direção ao alvo celestial (Fp 3.13,14), apego à Palavra (v. 12) e
dedicação à oração (v. 16).
4.12 A
PALAVRA DE DEUS. A palavra de Deus mostra quem vai entrar no
repouso de Deus. Ela é uma espada cortante que penetra no mais íntimo do nosso
ser para discernir se nossos pensamentos e motivos são espirituais ou não (vv.
12,13). Tem dois gumes e corta, ou para nos salvar ou para nos condenar à morte
eterna (cf. Jo 6.63; 12.48). Por isso, nossa atitude para com a palavra de Deus
deve ser achegar-nos a Jesus como nosso sumo sacerdote (vv. 14-16; ver estudo A
PALAVRA DE DEUS)
4.14 TEMOS
UM GRANDE SUMO SACERDOTE. Ver 8.1, nota sobre o ministério de Jesus
como sumo sacerdote.
4.16 CHEGUEMOS POIS COM
CONFIANÇA AO TRONO DA GRAÇA. Porque Cristo se compadece das nossas
fraquezas (v. 15), podemos chegar com confiança ao trono celestial, sabendo que
nossas orações e petições são bem acolhidas e ouvidas por nosso Pai celestial
(cf. 10.19,20). É chamado o “trono da graça”, porque dele fluem o amor, o
socorro, a misericórida, o perdão, o poder divino, o batismo com o Espírito
Santo, os dons espirituais, o fruto do Espírito Santo e tudo de que precisamos
em todas as circunstâncias. Uma das maiores bênçãos da salvação é que Cristo,
agora, é nosso sumo sacerdote, conduzindo-nos até a sua presença pessoal, de
modo que sempre podemos buscar a ajuda de que carecemos.
I.
JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ
1.
Uma mensagem que deve ser recebida pela fé. O autor inicia sua argumentação com uma
afirmação e uma declaração. Primeiramente ele afirma que as boas-novas foram
pregadas a seus contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos
dias de Josué
(Hb
4.2 1 Temamos,
pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que
algum de vós fica para trás.
2 Porque
também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da
pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles
que a ouviram.).
Tanto
aqui como no versículo seis, o autor usa o verbo grego euangelizomai, que significa “evangelizar”, “pregar as
boas-novas a alguém”. É a mesma raiz que dá origem à palavra “evangelho”. Em segundo lugar, o autor
declara que “a palavra da pregação nada
lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a
ouviram” (Hb 4.2 2 Porque também a nós foram pregadas as boas novas,
assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto
não chegou a ser unida com a fé, naqueles que a ouviram.). Muitos crentes do Antigo Pacto
haviam ficado de fora da Terra Prometida porque não receberam a mensagem com
fé, o que se poderia esperar então dos que receberam a mensagem em sua
plenitude, mas não lhe deram crédito?
2.
Uma mensagem que se fundamenta na obediência. O autor passa a mostrar a razão de alguns não
terem entrado no descanso de Deus: “Visto,
pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram
pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência”
(Hb
4.6 6 Visto, pois, restar que
alguns entrem nele, e que aqueles a quem anteriormente foram pregadas as boas
novas não entraram por causa da desobediência, 7 determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, depois de
tanto tempo, como antes fora dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais
os vossos corações.).
A
desobediência (gr. apeitheia) é a manifestação ativa da
incredulidade. Essa palavra ocorre seis vezes no texto original e foi usada
pelo apóstolo Paulo para se referir aos “filhos
da desobediência”
(Ef
2.2 2. Em que noutro tempo
andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar,
do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; 3. Entre os quais
todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade
da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros
também.).
O
crente, quando não crê, age da mesma forma do incrédulo. O autor de Hebreus usa
essa palavra novamente no versículo 11
(Hb
4.11 11 Procuremos, pois, entrar
naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.),
do
mesmo capítulo, quando alerta o crente a não “cair no exemplo de desobediência”. A mensagem de Deus só tem
proveito quando acompanhada pela obediência.
3.
Uma mensagem que conduz à contrição. A
mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações receptivos,
abertos: “Hoje, se ouvirdes a sua voz,
não endureçais o vosso coração”
(Hb
4.7b 7 Determina outra vez um
certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se
ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações.).
O
autor usa o termo sklerynô — traduzido como “duro”, “endurecido” — quatro vezes nesta
carta. Esse termo deu origem a palavra portuguesa “esclerose”, “esclerosado”,
isto é, “endurecido”, “enrijecido”. É a mesma palavra usada
por Lucas em
Atos
19.9 9 Mas, como alguns deles se
endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a multidão,
retirou-se deles, e separou os discípulos, disputando todos os dias na escola
de um certo Tirano.
para
dizer que os judeus se “mostraram
endurecidos” e por essa razão rejeitaram a mensagem de Paulo. Aqui em
Hebreus, como em outros lugares do Novo Testamento, é o homem, e não Deus, que
endurece o seu próprio coração. Deus só endurece quem já está anteriormente
endurecido (Rm 1.28,29 28. E, como eles
não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um
sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; 29. Estando cheios de
toda a iniqüidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja,
homicídio, contenda, engano, malignidade; 30. Sendo murmuradores, detratores,
aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de
males, desobedientes aos pais e às mães; 31. Néscios, infiéis nos contratos,
sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; 32. Os quais,
conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas
praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.).
Para
que a mensagem tenha efeito é preciso encontrar corações contritos.
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
A
mensagem de Jesus deve ser percebida pela fé, praticada com obediência e
recebida em contrição pessoal.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor(a), o recebimento da
Palavra com fé, o viver em obediência e o coração contrito e aberto à Palavra
são os três aspectos do ouvinte da mensagem de Jesus que devem ser enfatizados
neste primeiro tópico. Deixe claro que sem fé é impossível agradar a Deus; sem
obediência à Palavra não há fundamento na vida cristã; sem coração contrito não
há arrependimento.
II. JESUS PROVEU UM
DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ
1.
Um descanso total. Quando
contrastamos o capítulo
Hb
11.23 23 Pela fé Moisés, já
nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino
formoso; e não temeram o mandamento do rei.
com
o
Hb
13.1 1 Permaneça o amor
fraternal.
do
livro de Josué surge uma pergunta: Josué conquistou ou não Canaã? Especialistas
em línguas semíticas avaliam que Josué 11.23 23 Assim Josué tomou toda esta terra, conforme a
tudo o que o Senhor tinha dito a Moisés; e Josué a deu em herança aos filhos de
Israel, conforme as suas divisões, segundo as suas tribos; e a terra descansou
da guerra.
refere-se
a uma avaliação otimista das campanhas do líder do povo de Deus. Ora, o povo
peregrino ansiava por vir chegar o dia de herdar a Terra Prometida. Nesse
sentido, e como era comum à época, o exército de Josué estabeleceu a supremacia
militar por sobre toda Canaã assim que chegou ao território, embora não tivesse
pleno controle de cada cidade e vila, conforme deixa patente
Josué
13.1. 1 Era, porém, Josué já velho, entrado em dias; e
disse-lhe o SENHOR: Já estás velho, entrado em dias; e ainda muitíssima terra
ficou para possuir.
Logo,
os capítulos 11 e 13 não são contraditórios,
Josué 11
1 Sucedeu depois disto que,
ouvindo-o Jabim, rei de Hazor, enviou mensageiros a Jobabe, rei de Madom, e ao
rei de Sinrom, e ao rei de Acsafe;
2 E aos reis, que estavam ao norte,
nas montanhas, e na campina para o sul de Quinerete, e nas planícies, e nas
elevações de Dor, do lado do mar;
3 Ao cananeu do oriente e do
ocidente; e ao amorreu, e ao heteu, e ao perizeu, e ao jebuseu nas montanhas; e
ao heveu ao pé de Hermom, na terra de Mizpá.
4 Saíram pois estes, e todos os
seus exércitos com eles, muito povo, em multidão como a areia que está na praia
do mar; e muitíssimos cavalos e carros.
5 Todos estes reis se ajuntaram, e
vieram e se acamparam junto às águas de Merom, para pelejarem contra Israel.
6 E disse o Senhor a Josué: Não
temas diante deles; porque amanhã, a esta mesma hora, eu os darei todos feridos
diante dos filhos de Israel; os seus cavalos jarretarás, e os seus carros
queimarás a fogo.
7 E Josué, e todos os homens de
guerra com ele, veio apressadamente sobre eles às águas de Merom, e atacou-os
de repente.
8 E o Senhor os deu nas mãos de
Israel; e eles os feriram, e os perseguiram até à grande Sidom, e até
Misrefote-Maim, e até ao vale de Mizpá ao oriente; feriram até não lhes
deixarem nenhum.
9 E fez-lhes Josué como o Senhor
lhe dissera; os seus cavalos jarretou, e os seus carros queimou a fogo.
10 E
naquele mesmo tempo voltou Josué, e tomou a Hazor, e feriu à espada ao seu rei;
porquanto Hazor antes era a cabeça de todos estes reinos.
11 E
a todos os que nela estavam, feriram ao fio da espada, e totalmente os
destruíram; nada restou do que tinha fôlego, e a Hazor queimou a fogo.
12 E
Josué tomou todas as cidades destes reis, e todos os seus reis, e os feriu ao
fio da espada, destruindo-os totalmente, como ordenara Moisés servo do Senhor.
13 Tão-somente
não queimaram os israelitas as cidades que estavam sobre os seus outeiros; a
não ser Hazor, a qual Josué queimou.
14 E
todos os despojos destas cidades, e o gado, os filhos de Israel tomaram para
si; tão-somente a todos os homens feriram ao fio da espada, até que os
destruíram; nada do que tinha fôlego deixaram com vida.
15 Como
ordenara o Senhor a Moisés, seu servo, assim Moisés ordenou a Josué; e assim
Josué o fez; nem uma só palavra tirou de tudo o que o Senhor ordenara a Moisés.
16 Assim
Josué tomou toda aquela terra, as montanhas, e todo o sul, e toda a terra de
Gósen, e as planícies, e as campinas, e as montanhas de Israel, e as suas planícies.
17 Desde
o monte Halaque, que sobe a Seir, até Baal-Gade, no vale do Líbano, ao pé do
monte de Hermom; também tomou todos os seus reis, e os feriu e os matou.
18 Por
muito tempo Josué fez guerra contra todos estes reis.
19 Não
houve cidade que fizesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus,
moradores de Gibeom; por guerra as tomaram todas.
20 Porquanto
do Senhor vinha o endurecimento de seus corações, para saírem à guerra contra
Israel, para que fossem totalmente destruídos e não achassem piedade alguma;
mas para os destruir a todos como o Senhor tinha ordenado a Moisés.
21 Naquele
tempo veio Josué, e extirpou os anaquins das montanhas de Hebrom, de Debir, de
Anabe e de todas as montanhas de Judá e de todas as montanhas de Israel; Josué
os destruiu totalmente com as suas cidades.
22 Nenhum
dos anaquins foi deixado na terra dos filhos de Israel; somente ficaram alguns
em Gaza, em Gate, e em Asdode.
23 Assim
Josué tomou toda esta terra, conforme a tudo o que o Senhor tinha dito a
Moisés; e Josué a deu em herança aos filhos de Israel, conforme as suas
divisões, segundo as suas tribos; e a terra descansou da guerra.
Josué 13
1 Era, porém, Josué já velho,
entrado em dias; e disse-lhe o SENHOR: Já estás velho, entrado em dias; e ainda
muitíssima terra ficou para possuir.
2 A terra que ainda fica é esta:
Todos os termos dos filisteus e toda a Gesur;
3 Desde Sior, que está em frente ao
Egito, até ao termo de Ecrom para o norte, que se diz ser dos cananeus; cinco
príncipes dos filisteus; o gazeu, e o asdodeu, o asqueloneu, o giteu, e o
ecroneu, e os aveus;
4 Desde o sul, toda a terra dos
cananeus, e Meara, que é dos sidônios; até Afeca, até ao termo dos amorreus;
5 Como também a terra dos
gebalitas, e todo o Líbano, para o nascente do sol, desde Baal-Gade, ao pé do
monte Hermom, até a entrada de Hamate;
6 Todos os que habitam nas
montanhas desde o Líbano até Misrefote-Maim, todos os sidônios; eu os lançarei
de diante dos filhos de Israel; tão-somente reparte a terra em herança a
Israel, como já te mandei.
7 Reparte, pois, agora esta terra
por herança às nove tribos, e à meia tribo de Manassés,
8 Com a qual os rubenitas e os
gaditas já receberam a sua herança, além do Jordão para o oriente, assim como
já lhes tinha dado Moisés, servo do Senhor.
9 Desde Aroer, que está à beira do
ribeiro de Arnom, e a cidade que está no meio do vale, e toda a campina de
Medeba até Dibom;
10 E
todas as cidades de Siom, rei dos amorreus, que reinou em Hesbom, até ao termo
dos filhos de Amom;
11 E
Gileade, e o termo dos gesureus, e dos maacateus, e todo o monte Hermom, e toda
a Basã até Salcá;
12 Todo
o reino de Ogue em Basã, que reinou em Astarote e em Edrei; este ficou do
restante dos gigantes que Moisés feriu e expulsou.
13 Porém
os filhos de Israel não expulsaram os gesureus, nem os maacateus; antes Gesur e
Maacate ficaram habitando no meio de Israel até ao dia de hoje.
14 Tão-somente
à tribo de Levi não deu herança; os sacrifícios queimados do Senhor Deus de
Israel são a sua herança, como já lhe tinha falado.
15 Assim
Moisés deu à tribo dos filhos de Rúben, conforme as suas famílias.
16 E
foi o seu limite desde Aroer, que está à beira do ribeiro de Arnom, e a cidade
que está no meio do vale, e toda a campina até Medeba;
17 Hesbom
e todas as suas cidades, que estão na campina; Dibom, e Bamote-Baal, e
Bete-Baal-Meom;
18 E
Jasa e Quedemote, e Mefaate;
19 E
Quiriataim e Sibma, e Zerete-Saar, no monte do vale;
20 Bete-Peor,
e Asdote-Pisga, Bete-Jesimote;
21 E
todas as cidades da campina, e todo o reino de Siom, rei dos amorreus, que
reinou em Hesbom, a quem Moisés feriu, como também aos príncipes de Midiã, Evi,
e Requém, e Zur, e Hur, e Reba, príncipes de Siom, moradores da terra.
22 Também
os filhos de Israel mataram à espada a Balaão, filho de Beor, o adivinho, com
os outros que por eles foram mortos.
23 E
o termo dos filhos de Rúben ficou sendo o Jordão e os seus limites; esta foi a
herança dos filhos de Rúben, segundo as suas famílias, as cidades, e as suas
aldeias.
24 E
deu Moisés à tribo de Gade, aos filhos de Gade, segundo as suas famílias.
25 E
foi o seu termo Jazer, e todas as cidades de Gileade, e metade da terra dos
filhos de Amom, até Aroer, que está em frente de Rabá.
26 E
desde Hesbom até Ramate-Mizpá e Betonim, e desde Maanaim até ao termo de Debir;
27 E
no vale Bete-Arã, e Bete-Nimra, e Sucote, Zafom, que ficara do restante do
reino de Siom, em Hesbom, o Jordão e o seu termo, até a extremidade do mar de
Quinerete além do Jordão para o oriente.
28 Esta
é a herança dos filhos de Gade segundo as suas famílias, as cidades e as suas
aldeias.
29 Deu
também Moisés herança à meia tribo de Manassés; e deu à meia tribo dos filhos
de Manassés, segundo as suas famílias.
30 De
maneira que o seu termo foi desde Maanaim, todo o Basã, todo o reino de Ogue,
rei de Basã, e todas as aldeias de Jair, que estão em Basã, sessenta cidades,
31 E
metade de Gileade, e Astarote, e Edrei, cidades do reino de Ogue em Basã, deu
aos filhos de Maquir, filho de Manassés, a saber, à metade dos filhos de
Maquir, segundo as suas famílias.
32 Isto
é o que Moisés repartiu em herança nas campinas de Moabe, além do Jordão para o
oriente de Jericó.
33 Porém,
à tribo de Levi, Moisés não deu herança; o Senhor Deus de Israel é a sua
herança, como já lhe tinha falado.
mas
confirmam que o descanso dado por Josué ao antigo povo de Deus foi incompleto e
parcial. Por outro lado, o que o autor de Hebreus está mostrando é que o
descanso provido por Jesus foi completo, total. Nada ficou para ser
conquistado.
2.
Um descanso real. A
redação de Hebreus 4.8, diz: “Porque, se
Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia”
(Hb
4.8 8 Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não
falaria depois disso de outro dia.).
A
conquista de Canaã era apenas um tipo da qual a Canaã celestial é o antítipo. A
conquista da Terra Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual Jesus é a
realidade. Quem proveu, de fato, um descanso para o povo de Deus foi Jesus, não
Josué: “Vinde a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”
(Mt
11.28 28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei.).
3.
Um descanso eterno. Para
o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas incompleto e
tipológico, ele foi também temporário: “Portanto,
resta ainda um repouso para o povo de Deus”
(Hb
4.9 9 Portanto,
resta ainda um repouso para o povo de Deus.).
O
descanso não é aqui! Embora desfrutemos das bênçãos do reino na era presente,
todavia, o futuro aguarda a sua plenitude. A estrada é longa e ninguém pode se
deixar fatigar pelo caminho. É preciso caminhar com dedicação e vigilância: “Procuremos, pois, entrar naquele repouso,
para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência”
(Hb
4.11 11 Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para
que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.).
SÍNTESE DO TÓPICO
(II)
O descanso que Jesus
proveu para o seu povo é completo, real e eterno.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O repouso de Deus, no qual os
crentes são convidados a entrar, é algo para o presente ou para o futuro?
Certamente o repouso de Deus em seu sentido mais amplo aguarda a era por vir,
mas há também um sentido presente de entrar pela fé, como é indicado pelo
versículo 3: ‘porque nós, os que temos crido [tempo passado], entramos [tempo
presente] no repouso’ (cf. a ênfase do tempo presente em 4.1,10,11). A fé torna
possível, no presente, realidades que são futuras, invisíveis, ou celestiais
(cf. 11.1).
Em 4.3-5, são enfatizados dois fatos
importantes:
1) O repouso de Deus é uma realidade
presente e completa (4.3c,4) e
2) Os israelitas não puderam entrar
no repouso de Deus (4.3b,5b) por causa de sua incredulidade e desobediência
(3.19; 4.6). Note que nosso autor cita Gênesis 2.2 em Hebreus 4.4 e se refere
ao Salmos 95.11 (duas vezes) em Hebreus 4.3,5. Sua preocupação por seus
leitores é que entrem no repouso de Deus agora pela fé e que não o percam para
sempre, como fez a geração que peregrinou no deserto. A incredulidade fecha o
coração para Deus e torna sua promessa sem efeito.
O que é o repouso de Deus? É um
repouso baseado na conclusão de sua obra na criação (4.3c,4), do qual o sábado
sagrado é um testemunho duradouro. Nossa participação em seu repouso é baseada
na obra consumada de Cristo na cruz; o fato de Ele estar ‘assentado’ (que
inclui o pensamento de repouso) à direita do Pai é o testemunho duradouro. O
fato de Deus ter repousado não significa que Ele, por conseguinte, tenha estado
ou esteja em um estado de ociosidade, mas apenas que não há nada a se
acrescentar àquilo que Ele fez. Deus repousou após criar todas as coisas porque
sua obra (de criar) foi terminada ‘desde a fundação do mundo’ (4.3c)”
(ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal
Novo Testamento. RJ: CPAD, 2004, pp.1563,64).
CONHEÇA MAIS
O Descanso
“A preocupação pastoral do autor se
torna novamente evidente: ‘Que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu
repouso, pareça que algum de vós fique para trás’ (cf. 3.12,13; 4.11). Entrar
no repouso de Deus não é algo que acontece automaticamente após a conversão a
Cristo, da mesma maneira que Israel não entrou automaticamente em Canaã após a
sua redenção do Egito. Como Bruce observa, os leitores ‘farão bem em temer a
possibilidade de perder a grande bênção que nos está prometida, da mesma
maneira que a geração de israelitas que morreu no deserto perdeu a Canaã
terrestre, embora este fosse o objetivo que tinham diante de si quando saíram
do Egito’”. Leia mais em Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento,
CPAD, pp.1563,64.
III. JESUS PROVEU UMA
ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ
1.
Uma palavra viva. Já
vimos que o autor de Hebreus afirma que a geração do Êxodo ouviu as boas-novas
da Palavra de Deus, mas não lhe deu ouvido. Novamente o povo de Deus estava
diante de sua Palavra. Essa Palavra não foi anunciada por um anjo, Moisés nem
tampouco por Josué, mas pelo próprio Filho de Deus — Jesus. Essa Palavra não
mais se limita à letra, a Lei, porque ela é “viva”
(Ez
37.3,4 3. E me disse: Filho do homem, porventura
viverão estes ossos? E eu disse: Senhor DEUS, tu o sabes.
4. Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes:
Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor.).
Jesus
afirmou que suas palavras “são espírito
e vida”
(Jo
6.63 63 O espírito é o que vivifica, a carne para nada
aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito e vida.).
Como
devemos nos portar diante da Palavra Viva de Deus?
2.
Uma palavra eficaz. A
Palavra de Deus é viva, ela produz vida. Mas além de viva, ela é eficaz. Produz
resultados: “sendo de novo gerados, não
de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que
permanece para sempre”
(1Pe
1.23 23 Sendo de novo gerados, não de semente
corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece
para sempre.).
O
autor mostra que essa palavra é produtiva. O termo energes, traduzido como “eficaz”, é usado na Bíblia para se referir à atividade divina que
produz resultados: “assim será a palavra
que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes fará o que me
apraz e prosperará naquilo para que a enviei”
(Is
55.11 11 Assim será a minha palavra, que sair da minha
boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará
naquilo para que a enviei.).
3.
Uma palavra penetrante. A
Palavra de Deus é retratada como um instrumento vivo, eficaz e cortante, “mais penetrante do que qualquer espada de
dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”
(Hb
4.12 12 Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais
penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma
e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e
intenções do coração.).
A
metáfora usada pelo autor é muito forte e serve para mostrar que a Palavra de
Deus possui um grande poder de penetração. Ela não fica na superfície, mas vai
até o centro do ser humano. Os israelitas falharam por não ouvir as palavras de
Moisés e Josué, e os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para
responder a essa Palavra.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A orientação de Jesus foi manifesta por
meio de uma Palavra viva, eficaz e penetrante.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Ao terminar a exposição deste tópico,
e com o auxílio das seções objetivos específicos e sínteses
dos tópicos, faça uma breve recapitulação dos assuntos abordados nesta
aula. Não esqueça também de trabalhar com a classe as questões da seção Para
Refletir.
CONCLUSÃO
A
palavra chave desta lição é “descanso”.
Todos nós nos fatigamos na caminhada da vida. O problema, portanto, não é se
cansar, mas permitir que fatores diversos interrompam a nossa jornada de fé.
Com os israelitas o desânimo veio como consequência da infidelidade,
incredulidade e desobediência. As mesmas coisas podem acontecer conosco se não
atentarmos para a santa, viva e eficaz Palavra de Deus. Nessa jornada temos
como guia não um Moisés ou um Josué, mas Jesus, o autor e consumador da nossa
fé.
PARA REFLETIR
A respeito de Jesus é superior a Josué — O meio de
entrar no repouso de Deus, responda:
Qual a primeira afirmação do autor aos Hebreus?
Que as Boas-novas foram pregadas aos seus contemporâneos, assim como
havia acontecido com os crentes dos dias de Josué (Hb 4.2).
O que é preciso para que a mensagem tenha efeito?
A mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações
receptivos, abertos.
Segundo a lição, o que foi a conquista de Canaã?
A conquista da Terra Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual
Jesus é a realidade.
Para o autor de Hebreus, o que foi o descanso de
Josué?
Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas
incompleto e tipológico, ele foi também temporário: “Portanto, resta ainda um
repouso para o povo de Deus” (Hb 4.9).
Se os israelitas falharam ao não ouvir as palavras
de Moisés e Josué, qual o cuidado que os cristãos devem ter?
Os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para responder
a essa Palavra.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Jesus é superior a
Josué —
O meio de entrar no
repouso de Deus
O
livro de Josué narra a conquista parcial da terra prometida, a terra de Canaã,
sua distribuição e o estabelecimento do povo israelita nela. A narrativa do
texto mostra batalhas sangrentas para conquistar a terra. Os cananeus não a
entregariam gratuitamente. Entretanto, ao longo do livro é possível perceber
que Deus honrou Israel, fazendo-o vencer os inimigos idólatras e obter a dádiva
da terra prometida ao seu povo. Ali, começaria a se cumprir a promessa da
Aliança de Deus com os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.
Nesse
contexto que a promessa de descanso, ou repouso, isto é, a promessa de
conquistar e permanecer na terra prometida, que não foi plenamente realizada,
foi cumprida por intermédio de Josué ao povo de Israel, mas unicamente numa
perspectiva terrena, incompleta e finita. Aqui, o capítulo 4 de Hebreus faz o
maior contraste com o “repouso” proposto no livro de Josué.
A
Carta aos Hebreus mostra que “o repouso
prometido por Deus não é somente o terrestre, mas também o celestial”
(Hb
4.7,8; Determina outra vez um certo dia,
Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a
sua voz, Não endureçais os vossos corações.
Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia.
cf.13.14 14 Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.).
Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia.
cf.13.14 14 Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.).
Para
os crentes, resta ainda o repouso eterno no céu
(Jo
14.1-3 1. Não se turbe o vosso coração;
credes em Deus, crede também em mim.
2. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
2. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
3. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e
vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.;
cf.
Hb 11.10,16 10 Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da
qual o artífice e construtor é Deus.
16 Mas agora desejam uma
melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de
se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.).
Entrar
nesse repouso final significa o cessar do labor, dos sofrimentos e da
perseguição, tão comuns em nossa vida nesta terra
(cf.
Ap 14.13 13 E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve:
Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o
Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem.);
significa
participar do repouso do próprio Deus e experimentar a eterna alegria, deleite,
amor e comunhão com Deus e com os santos redimidos. Será um descanso sem fim
(Ap 21.22 22 E nela não vi templo, porque o seu templo é o
Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.)”
(Bíblia
de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1905).
Jesus é Superior a
Josué
O meio de entrar no
Repouso de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 4.1-13
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
|
Nova Versão Internacional
|
King James Atualizada
|
TEMAMOS, pois, que, porventura,
deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica
para trás.
|
Visto que nos foi deixada a promessa de entrarmos no descanso de Deus,
temamos que algum de vocês pense que tenha falhado.
|
Portanto, ainda que nos tenha sido outorgada a promessa de ingressar
no descanso de Deus, tememos que algum de vós pareça ter falhado.
|
Porque também a nós foram pregadas
as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou,
porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.
|
Pois as boas novas foram pregadas também a nós, tanto quanto a eles;
mas a mensagem que eles ouviram de nada lhes valeu, pois não foi acompanhada
de fé por aqueles que a ouviram.
|
Pois as boas novas foram pregadas também a nós, tanto quanto a eles;
entretanto, a mensagem que eles ouviram de nada lhes valeu, pois não foi
acompanhada de fé por aqueles que a ouviram.
|
Porque nós, os que temos crido,
entramos no repouso, tal como disse: Assim jurei na minha ira Que não
entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a
fundação do mundo.
|
Pois nós, os que cremos, é que entramos naquele descanso, conforme Deus
disse: "Assim jurei na minha ira: Jamais entrarão no meu descanso"
— embora as suas obras estivessem concluídas desde a criação do mundo.
|
Porquanto, somos nós, os que temos crido, que entramos no descanso,
conforme Deus declarou: “Assim jurei na minha ira: Jamais entrarão no meu
descanso”, muito embora suas obras estivessem concluídas desde a fundação do
mundo.
|
Porque em certo lugar disse assim
do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia.
|
Pois em certo lugar ele falou sobre o sétimo dia, nestas palavras:
"No sétimo dia Deus descansou de toda obra que realizara".
|
Pois em certa passagem, Ele se referiu ao sétimo dia, nestes termos:
“No sétimo dia, Deus descansou de toda a obra que realizara”.
|
E outra vez neste lugar: Não
entrarão no meu repouso.
|
E de novo, na passagem citada há pouco, diz: "Jamais entrarão no
meu descanso".
|
E novamente, no texto citado há pouco, confirma: “Jamais entrarão no
meu descanso”.
|
Visto, pois, que resta que alguns
entrem nele, e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não
entraram por causa da desobediência,
|
Entretanto, resta entrarem alguns naquele descanso, e aqueles a quem
anteriormente as boas novas foram pregadas não entraram, por causa da
desobediência.
|
Portanto, considerando que ainda faltam alguns para entrar, e aqueles
a quem antes foram pregadas as boas novas não ingressaram por causa da
desobediência,
|
Determina outra vez um certo dia,
Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes
a sua voz, Não endureçais os vossos corações.
|
Por isso Deus estabelece outra vez um determinado dia, chamando-o
"hoje", ao declarar muito tempo depois, por meio de Davi, de acordo
com o que fora dito antes: "Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não
endureçam o coração".
|
determina Deus, uma nova oportunidade, e a chama de “hoje”, ao
declarar muito tempo depois, por intermédio de Davi e conforme o que já fora
proclamado antes: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso
coração”.
|
Porque, se Josué lhes houvesse dado
repouso, não falaria depois disso de outro dia.
|
Porque, se Josué lhes tivesse dado descanso, Deus não teria falado
posteriormente a respeito de outro dia.
|
Porque, se Josué lhes tivesse oferecido descanso, Deus não teria feito
declaração posterior a respeito de outro dia.
|
Portanto, resta ainda um repouso
para o povo de Deus.
|
Assim, ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus;
|
Sendo assim, ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus;
|
Porque aquele que entrou no seu
repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.
|
pois todo aquele que entra no descanso de Deus, também descansa das
suas obras, como Deus descansou das suas.
|
pois toda pessoa que entra no repouso de Deus, também descansa de suas
obras, como Deus descansou das suas.
|
Procuremos, pois, entrar naquele
repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.
|
Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém
venha a cair, seguindo aquele exemplo de desobediência.
|
Diante disso, esforcemo-nos por entrar naquele descanso, para que
ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.
|
Porque a palavra de Deus é viva e
eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à
divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para
discernir os pensamentos e intenções do coração.
|
Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer
espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas
e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração.
|
Porquanto a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que
qualquer espada de dois gumes; capaz de penetrar até ao ponto de dividir alma
e espírito, juntas e medulas, e é sensível para perceber os pensamentos e
intenções do coração.
|
E não há criatura alguma encoberta
diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele
com quem temos de trata
|
Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está
descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar
contas
|
E não há criatura alguma incógnita aos olhos de Deus. Absolutamente
tudo está descoberto e às claras diante daquele a quem deveremos prestar
contas. Jesus é o grande sumo sacerdote
|
Comentário
INTRODUÇÃO
A conquista de Canaã
sob a liderança de Josué é retratada pelo autor da Carta aos Hebreus como um
tipo da Canaã celestial. Deus havia prometido a conquista da terra a Moisés e
Josué (Êx 3.8; Js 1.2,3). Mas ao longo da jornada do Êxodo muitos ficaram pelo
caminho. A incredulidade e a desobediência, somadas à falta de ânimo, fizeram
com que o povo não vivesse as promessas de Deus em sua plenitude. O mesmo
processo estava se repetindo agora com os crentes da Nova Aliança e pelas
mesmas razões. A única forma de voltar para a corrida e completar o percurso,
entrando no descanso de Deus, era observando a sua Palavra. (LB CPAD, 1º Trim
2018, Lição 4, 28 jan 18)
O autor de Hebreus
está sempre comparando a caminhada dos israelitas no deserto, abandonando a
escravidão no Egito e peregrinando até o “descanso de Deus” (em hebraico:
Shabbâth) na Terra Prometida, em relação à jornada do cristão rumo a seu pleno
repouso espiritual no Reino de Deus. O descanso dos Judeus sob a liderança de
Moisés e depois de Josué, temporário e terrestre, prenunciava o descanso eterno
das nossas almas em Cristo (compare v. 8 com Js1.13). Da mesma forma que a fé
nas promessas de Deus era requerida para se entrar no “descanso de Canaã”,
também só ingressaremos no descanso pleno e eterno da salvação mediante a fé
sincera na pessoa e na obra expiatória de Jesus Cristo. Podemos tomar posse
completa do “Sábado de Deus” por meio da fé sincera em Jesus Cristo. Assim como
Deus descansou da obra da criação, o crente pode descansar de empreender
esforços na tentativa de alcançar a sua salvação, e deve repousar na obra
consumada pelo Filho de Deus na cruz do Calvário, o qual nos conduzirá ao
“Shabbâth eterno do SENHOR” (Ap 14.13). Vamos pensar maduramente a fé
cristã?
TÓPICO I - JESUS PROVEU
UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ
1. Uma mensagem que
deve ser recebida pela fé. O autor inicia sua argumentação com uma
afirmação e uma declaração. Primeiramente ele afirma que as boas-novas foram
pregadas a seus contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos
dias de Josué (Hb 4.2). Tanto aqui como no versículo seis, o autor usa o verbo
grego euangelizomai, que significa "evangelizar", "pregar as
boas-novas a alguém". É a mesma raiz que dá origem à palavra
"evangelho". Em segundo lugar, o autor declara que "a palavra da
pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles
que a ouviram" (Hb 4.2). Muitos crentes do Antigo Pacto haviam ficado de
fora da Terra Prometida porque não receberam a mensagem com fé, o que se
poderia esperar então dos que receberam a mensagem em sua plenitude, mas não
lhe deram crédito? (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)
O juízo divino
inspira temor. O capítulo 4 inicia com o autor demonstrando receio de que se
repita o caso daquela geração de israelitas que saíram do Egito, mas não
puderam entrar na Terra Prometida, incluindo o próprio Moisés e Arão, por causa
da incredulidade e rebelião. Naquela ocasião, Moisés transmitiu a palavra do
Senhor a todo Israel, acompanhado de sinais e maravilhas, mas o povo não
confiou nas promessas de Deus. Como aqueles, se os hebreus não dessem crédito à
mensagem do Evangelho, abandonando a fé, pereceriam como aquela geração
incrédula.
“As boas novas
de libertação e do amor de Deus que Israel ouviu no Sinai não foram tão claras
quanto a Salvação anunciada agora por intermédio do Senhor (2.3), contudo,
teria tido valor para seus ouvintes e os teria introduzido no descanso de Deus,
se tivessem recebido com fé” (Bíblia de Estudo de Genebra. São
Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Nota
textual Hebreus 4.2. Pág. 1467.)
2. Uma mensagem que
se fundamenta na obediência. O autor passa a mostrar a razão de
alguns não terem entrado no descanso de Deus: "Visto, pois, que resta que
alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas
não entraram por causa da desobediência" (Hb 4.6). A desobediência (gr.
apeitheia) é a manifestação ativa da incredulidade. Essa palavra ocorre seis
vezes no texto original e foi usada pelo apóstolo Paulo para se referir aos
"filhos da desobediência" (Ef 2.2). O crente, quando não crê, age da
mesma forma do incrédulo. O autor de Hebreus usa essa palavra novamente no
versículo 11, do mesmo capítulo, quando alerta o crente a não "cair no
exemplo de desobediência". A mensagem de Deus só tem proveito quando
acompanhada pela obediência. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)
Entendemos por
desobediência, o ato de alguém se rebelar contra a autoridade, ser insubmisso,
quebrar princípios, desrespeitar, afrontar. A desobediência a Deus é um pecado
que certamente levará um homem à morte. O trágico desfecho do Éden iniciou-se
com o ato de desobediência à Palavra de Deus. A desobediência a Deus e à sua
Palavra, tem sido a ruína de muitos cristãos. Quando entramos por este caminho,
estamos entrando pelo caminho da morte (Hb 3.18-19).
“Essas boas novas para os filhos
de Israel eram justamente a promessa de entrada na terra de Canaã. Imagine uma
nação inteira que estava sendo escravizada no Egito, sair da casa da servidão
rumo ao cumprimento da promessa de tomar posse de uma terra que manava leite e
mel? Porem, as boas novas no tempo de Cristo são justamente o anuncio de novas
promessas de posse de uma pátria celestial, onde os salvos não terão
contrariedades, nem dor e nem sofrimentos de espécie nenhuma. NÃO ENTRARAM.
Infelizmente grande parte daqueles que saíram cheios de esperança da terra do
Egito, baseados na promessa feita a Deus de tomarem posse da terra prometida,
não puderam entrar na terra prometida. Como também muitos dos que ouviram as
boas novas do próprio Cristo de Deus, o rejeitaram, e por isso perderam a
promessa de vida eterna: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam,
nem o aceitaram” (Jo 1.10). POR CAUSA DA DESOBEDIÊNCIA. No caso dos filhos de
Israel que pereceram no deserto, eles não tomaram posse da promessa de entrarem
na terra prometida, por causa da desobediência. E manifestaram essa tal
desobediência por meio das murmurações, tentando ao Senhor e lhe provocando a
ira. Cristo veio e anunciou o novo programa de salvação de Deus, mas os seus
não entenderam que ele era o Messias prometido por Deus. A desobediência às
boas novas do evangelho impede a posse da vida eterna.” (COMENTÁRIO DO NOVO
TESTAMENTO Versículo Por Versículo, Hebreus 3.6. Disponível em: http://comentarionovotestamento.blogspot.com.br/2017/03/hebreus-36.html.
Acesso em 20 jan, 2018)
3. Uma mensagem que
conduz à contrição. A mensagem de Deus para ser recebida necessita
encontrar corações receptivos, abertos: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não
endureçais o vosso coração" (Hb 4.7b). O autor usa o termo sklerynô -
traduzido como "duro", "endurecido" - quatro vezes nesta
carta. Esse termo deu origem a palavra portuguesa "esclerose",
"esclerosado", isto é, "endurecido",
"enrijecido". É a mesma palavra usada por Lucas em Atos 19.9 para
dizer que os judeus se "mostraram endurecidos" e por essa razão
rejeitaram a mensagem de Paulo. Aqui em Hebreus, como em outros lugares do Novo
Testamento, é o homem, e não Deus, que endurece o seu próprio coração. Deus só
endurece quem já está anteriormente endurecido (Rm 1.28,29). Para que a
mensagem tenha efeito é preciso encontrar corações contritos. (LB CPAD, 1º Trim
2018, Lição 4, 28 jan 18)
Os leitores já
aprenderam que eles vivem no tempo que se chama “hoje” (3.13), portanto, devem
prestar atenção às promessas e advertências. Através de Davi a oferta para
entrar ( e uma advertência sobre o perigo de não entrar) é continuada para uma
nova geração, que deve “hoje” responder à voz de Deus. Esse “hoje” aponta em direção
de todos aqueles que estavam tomando conhecimento do conteúdo desta carta, para
aqueles que tiveram o privilégio de ouvirem o próprio Senhor Jesus, bem como
para todos aqueles que nasceram após a os fatos do Calvário. A porta da graça
de Deus continua aberta para todos.
“{...} O autor da
carta aos Hebreus neste texto está chamando atenção dos seus destinatários
quanto ao perigo do pecado, mormente o pecado da incredulidade que tem como
consequência o endurecimento do coração. Ele vai buscar na experiência dos seus
antepassados no deserto, quando após saírem do Egito, puseram por várias vezes
Deus à prova, revelando a perversão e a dureza de seus corações, o exemplo para
exortar a igreja sobre o perigo da incredulidade e do distanciamento do Deus vivo.
A insensibilidade
espiritual, que no texto em foco é chamada de dureza de coração, foi o
resultado desta atitude de incredulidade, daqueles que tinham visto e
experimentado inúmeros milagres e livramento de Deus, desde a saída do Egito
por todo o tempo de peregrinação no deserto. Endurecidos e incrédulos se
afastaram do Deus vivo, sentenciando assim a própria condenação, razão porque
toda uma geração de homens e mulheres morreu no deserto sem entrar na terra
prometida.
O contexto nos
desautoriza a usar o versículo em epígrafe para falar de conversão daqueles que
ainda não reconheceram a Cristo como Senhor e Rei em suas vidas, mas pode sim,
ser usado para exortar e confrontar àqueles que já se declarando crentes, já
tendo experimentado da bênção da salvação, se recusam a viver em plena
obediência ao Senhor e à sua palavra.
Não fomos salvos
para vivermos descomprometidos neste mundo perdido, a nossa salvação cujo preço
seria por nós impagável, foi realizada por Deus em Cristo Jesus. Na cruz o
nosso Senhor tomou sobre si a nossa culpa e sofreu o castigo que nosso pecado
merecia. Naquele maldito madeiro, Ele nos resgatou das mãos do nosso inimigo,
nos livrou da perdição eterna, nos resgatou do inferno e nos trouxe para perto
dele, a fim de termos uma nova vida e de vivermos de conformidade com a sua
vontade que é boa, perfeita e agradável.
Aquele que nos
salvou também nos deu uma missão. Nos chamou e nos comissionou para que
fôssemos instrumentos em suas mãos na bendita tarefa de reconciliar o homem
consigo mesmo. Ao contrário do que muitos pensam não estamos aqui apenas para
desfrutarmos da proteção, cuidado, bondade e amor de Deus. Temos uma missão, um
chamado, uma tarefa para realizarmos enquanto estivermos aqui. Neste caso, o
descaso, o descompromisso, o desprezo ao propósito de Deus para as nossas vidas
é uma grave e indesculpável rebeldia.” (Pr. Ivan José
Santos Silva, Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração.
Disponível em:http://www.ipsl.org.br/2014/10/hoje-se-ouvirdes-sua-voz-nao-endurecais.html.Acesso em 20 jan, 2018)
TÓPICO II - JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR
AO DE JOSUÉ
1. Um descanso
total. Quando contrastamos o capítulo 11.23 com o 13.1 do livro de Josué surge
uma pergunta: Josué conquistou ou não Canaã? Especialistas em línguas semíticas
avaliam que Josué 11.23 refere-se a uma avaliação otimista das campanhas do
líder do povo de Deus. Ora, o povo peregrino ansiava por vir chegar o dia de
herdar a Terra Prometida. Nesse sentido, e como era comum à época, o exército
de Josué estabeleceu a supremacia militar por sobre toda Canaã assim que chegou
ao território, embora não tivesse pleno controle de cada cidade e vila,
conforme deixa patente Josué 13.1. Logo, os capítulos 11 e 13 não são
contraditórios, mas confirmam que o descanso dado por Josué ao antigo povo de
Deus foi incompleto e parcial. Por outro lado, o que o autor de Hebreus está
mostrando é que o descanso provido por Jesus foi completo, total. Nada ficou
para ser conquistado. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)
Josué recebeu a
árdua tarefa (embora tenha sido apresentado pelo próprio Moisés, que lhe impôs
suas mãos sobre Josué, e este ficou cheio do Espírito Santo de Deus, e todo o
povo de Israel o reconheceu como seu líder (Dt 34.9) de suceder ninguém mais
que Moisés, na tarefa ainda mais difícil de liderar o povo na conquista de
Canaã. Ele conquistou a cidade de Jericó e organizou a divisão da terra de
Canaã entre as doze tribos. Esta divisão, a terra ainda era ocupada por povos
os quais Deus havia determinado que fossem exterminados. Cada tribo ficou
responsável por eliminar os inimigos restantes de seu território. Este grande líder
militar e espiritual de Israel morreu com 110 anos, durante sua vida ele viu o
poder de Deus no Egito, no deserto e na terra prometida.
“HERANÇA - No
sentido em que nós entendemos a palavra, o israelita herdava a propriedade de
seu pai (Lv 25,46). Mas a palavra hebraica “herdar”(nahal ) tem um sentido mais
amplo que em português. Israel recebe como herança Canaã, que é propriedade do
Senhor (Js 22,19), prometida aos patriarcas (Gn 12,7). Canaã e o povo de Israel
são herança de Deus, sem que ele os tenha recebido de outrem (Ex 15,17; Dt
9,26-29).”. (Bíblia Comentada. Josué 11.23.
Disponível em:https://bibliacomentada.com.br/biblia/josue-capitulo-11-versiculo-23-comentado-por-versiculo.html. Acesso em: 20
jan, 2017)
Em Juízes 3.1-4
temos uma relação de povos que não foram exterminados por Israel e o motivo
disso: “Estes, pois, ficaram, para por eles provar a Israel, para saber se
dariam ouvido aos mandamentos do Senhor, que ele tinha ordenado a seus pais,
pelo ministério de Moisés.” (Jz 3.4). O resultado? Logo cedo Israel se viu
enredado pela idolatria - [...] e serviram aos seus deuses.” (Jz
3.6).
“Parece evidente que de início
Josué conquistou a terra apenas como um todo, mas não destruiu literalmente
todo vestígio dos antigos moradores. Primeiro ele passou por toda a terra e
obteve as maiores vitórias, deixando as batalhas menores para aqueles que mais
tarde se apossariam da região. Assim, a expressão “destruiu tudo o que tinha
fôlego” ou é uma figura de linguagem expressando sua ampla vitória, ou é uma
hipérbole com relação ao seu completo sucesso. Entretanto, mesmo que tal
expressão seja entendida mais literalmente, ela se completa com a frase: “sem
deixar nem sequer um” (Js 10:40). Aqui nada se diz com relação aos que fugiram
e só voltaram quando os exércitos de Josué rumaram para o norte, noutras
batalhas. Sem dúvida, nesse ínterim, muitos dos cananeus retornaram e ocuparam
suas habitações, e permaneceram como um espinho na carne do povo de
Israel.” (Extraído do livro MANUAL POPULAR de
Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler – Thomas Howe.
Disponível em: http://www.cacp.org.br/os-cananeus-foram-destruidos-ou-simplesmente-subjugados/. Acesso em: 30
jan, 2017.)
2. Um descanso
real. A redação de Hebreus 4.8, diz: "Porque, se Josué lhes houvesse dado
repouso, não falaria, depois disso, de outro dia". A conquista de Canaã
era apenas um tipo da qual a Canaã celestial é o antítipo. A conquista da Terra
Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual Jesus é a realidade. Quem proveu,
de fato, um descanso para o povo de Deus foi Jesus, não Josué: "Vinde a
mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt
11.28). (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)
“Tipo e Antítipo
- Tipos (do grego TYPOS) são figuras que Deus utilizou ao longo da
história bíblica para revelar acontecimentos futuros. Ele tem seu cumprimento
na vinda do Messias. Este cumprimento é chamado antítipo. Num tipo há uma
correspondência entre certas pessoas, eventos ou coisas do Antigo Testamento e
Jesus Cristo no Novo Testamento.”. (Introdução à
Teologia. Disponível em:
http://institutoteologicocdm.blogspot.com.br/p/introducao-teologias.html.
Acesso em 20 jan, 2018).
Aqui temos o tipo e
o antítipo – Josué e Jesus; interessante notar que Josué é
a forma grega do nome hebraico YEHOSHUA, que permite ao
autor assinalar a superioridade de Jesus Cristo sobre Josué. Deus quer que
entremos em seu repouso. Para os israelitas que cruzaram o Jordão liderados por
Josué, este repouso era Canaã, a terra prometida. Para os cristãos, é paz com
Deus agora e eternamente com Deus. Não precisamos esperar até a morte para
desfrutar do repouso e da paz de Deus já agora, mesmo em meio às aflições (Habitando,
pois, os filhos de Israel no meio dos cananeus, dos heteus, e amorreus, e
perizeus, e heveus, e jebuseus, Jz 3.5).
3. Um descanso
eterno. Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas
incompleto e tipológico, ele foi também temporário: "Portanto, resta ainda
um repouso para o povo de Deus" (Hb 4.9). O descanso não é aqui! Embora
desfrutemos das bênçãos do reino na era presente, todavia, o futuro aguarda a
sua plenitude. A estrada é longa e ninguém pode se deixar fatigar pelo caminho.
É preciso caminhar com dedicação e vigilância: "Procuremos, pois, entrar
naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência"
(Hb 4.11). (Hb 3.6). (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)
Assim como a terra
de Canaã estava garantida à semente de Abraão, segundo a carne, também o céu
está garantido a toda a sua semente espiritual, por meio de um concerto, e como
uma possessão que é verdadeiramente eterna. Canaã é uma terra em direção à qual
todos nós peregrinamos, pois ainda não podemos enxergar o que seremos! (Ef
1.14).
“A descrição do
descanso como um “repouso de sábado” é importante, porque introduz uma palavra
(sabbatismos) que não ocorre em nenhum outro lugar. Pode ter sido cunhada por
este escritor (assim MM), porque diferencia eficazmente entre o tipo espiritual
de descanso e o descanso em Canaã (o Salmo tem a palavra katapausis).42 Aqueles
que são elegíveis para este repouso de sábado (ARA simplesmente repouso) são
chamados o povo de Deus, que os distingue dos israelitas descrentes. Este é, na
realidade, um termo abrangente, apropriado para a comunidade universal, que
inclui tanto os judeus quanto os gentios (cf. um uso semelhante em 1 Pe 2.10).
Este aspecto possessivo de Deus é notável. Deleita-Se em chamar os crentes de
Seu povo. Uma nova comunidade, dedicada a ouvir a voz de Deus e a obedecê-la,
tomou o lugar do antigo Israel que fracassou no tempo da provação”. (GUTHRIE,
Donald. A Carta aos Hebreus - Introdução e Comentário por - Sociedade Religiosa
Edições Vida Nova e Associação Religiosa Editora Mundo Cristão. Disponível em:
https://teologiaediscernimento.files.wordpress.com/2014/08/hebreus-introduc3a7c3a3o-e-comentc3a1rio-donald-guthrie.pdf.
Acesso em 20 jan, 2018).
Por fim, note que
este descanso é expressado numa forma que sugere que algum esforço considerável
é necessário. O verbo (spoudazò, “esforçar-se”) envolve certo grau de pressa, e
é em conformidade com isto que o escritor dá suas advertências. O autor tem em
mente que a história possa voltar a repetir-se, embora não haja no texto nenhum
indício de que isto já tenha acontecido com aquela comunidade, ficando assim,
apenas no campo da advertência – para eles e para nós.
TÓPICO III - JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO
SUPERIOR A DE JOSUÉ
1. Uma palavra
viva. Já vimos que o autor de Hebreus afirma que a geração do Êxodo ouviu as
boas-novas da Palavra de Deus, mas não lhe deu ouvido. Novamente o povo de Deus
estava diante de sua Palavra. Essa Palavra não foi anunciada por um anjo,
Moisés nem tampouco por Josué, mas pelo próprio Filho de Deus — Jesus. Essa
Palavra não mais se limita à letra, a Lei, porque ela é "viva" (Ez
37.3,4). Jesus afirmou que suas palavras "são espírito e vida" (Jo
6.63). Como devemos nos portar diante da Palavra Viva de Deus? (LB CPAD, 1º
Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)
“Ao dizer em Mt 4.17:
‘arrependei-vos’, nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos
fiéis fosse arrependimento. Porque Cristo é o mestre do espírito, não da letra,
e suas palavras são vida e espírito (Jo 6.63), é necessário que ele ensine um
arrependimento que seja feito em espírito e em verdade, não um arrependimento
que possa ser feito exteriormente pelos mais soberbos hipócritas, desfigurando
o rosto em seus jejuns, orando nos cantos e dando esmola com trombetas. Digo
que é preciso que Cristo ensine um arrependimento que possa ser feito em toda
espécie de vida – que o rei em sua púrpura, o sacerdote em sua pureza ritual e
os príncipes em sua dignidade possam fazer não menos do que o monge em seus
ritos e o mendigo em sua pobreza. Pois a doutrina de Cristo deve convir a todos
os seres humanos, isto é, de todas as condições” (Bíblia Sagrada com
reflexões de Lutero: Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Por Sociedade Bíblica
do Brasil.)
A Bíblia inteira, o
Velho Testamento e o Novo Testamento, estão entrelaçados com o evangelho da
Salvação de Deus, apontando para a necessidade da salvação do pecador, do
julgamento que está para vir, a expiação do sacrifício de Cristo na Cruz,
apontando para o fato de que a nossa salvação é um trabalho feito pela soberana
vontade de Deus ou uma verdade espiritual relacionada. Qualquer significado de
simbolismo ou alegoria, deve apontar para Cristo e seu evangelho, e deve estar
consistente com tudo o mais dentro das escrituras. Ao lermos os relatos de
livros do Antigo Testamento como Êxodo, Josué ou Juízes, vemos que a geração
que sucedia a anterior logo se esquecia da Palavra do Senhor e de Suas
promessas. Por este fato, sobrevinha-lhes a dor e aflições. Por este motivo,
aquela geração que saiu do Egito pereceu no deserto e o próprio Moisés, com seu
irmão Arão, não puderam entrar na Terra Prometida. A advertência agora nos leva
a refletirmos sobre a necessidade de cumprirmos a Grande Comissão, de anunciarmos à tempo e fora de
tempo a Palavra Viva!
2. Uma palavra
eficaz. A Palavra de Deus é viva, ela produz vida. Mas além de viva, ela é
eficaz. Produz resultados: "sendo de novo gerados, não de semente
corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece
para sempre" (1Pe 1.23). O autor mostra que essa palavra é produtiva. O
termo energes, traduzido como "eficaz", é usado na Bíblia para se
referir à atividade divina que produz resultados: "assim será a palavra
que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes fará o que me
apraz e prosperará naquilo para que a enviei" (Is 55.11). (LB CPAD, 1º
Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)
Note que o
Evangelho, como afirma Paulo, ‘é o poder de Deus para nossa salvação’
(Rm 1.16). A revelação do plano eterno de Deus para a salvação do homem atingiu
seu ponto culminante no sacrifício de Jesus Cristo, e seu benefício na
revelação do evangelho. O Evangelho produz vida! Ele é eficaz nessa nova
geração.
“Quando Jesus declarou que as
palavras que Ele falava eram espírito e vida (Jo 6.63), era esta parte
vivificante da Sua revelação que estava sendo enfatizada. A segunda
característica, eficaz ou “ativa” (energês), serve para sublinhar a mesma
idéia. Uma coisa pode ser viva mas dormente, mas a natureza da vida verdadeira
é que explode em atividade e desafia em todas as frentes aqueles que não ficam
à altura das suas exigências. A Palavra de Deus, nas suas exigências
intelectuais e morais, persegue os homens e clama por decisões pessoais a serem
feitas em resposta às suas exortações. Sem dúvida, o escritor está pensando no
caráter sempre presente do desafio espiritual que acaba de extrair da sua
leitura do Salmo 95.” (GUTHRIE, Donald.Hebreus introdução e
comentário – Ed Vida Nova e Mundo Cristão. Disponível em: https://teologiaediscernimento.files.wordpress.com/2014/08/hebreus-introduc3a7c3a3o-e-comentc3a1rio-donald-guthrie.pdf.
Acesso em 20 jan, 2018)
3. Uma palavra
penetrante. A Palavra de Deus é retratada como um instrumento vivo, eficaz e
cortante, "mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra
até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para
discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4.12). A metáfora
usada pelo autor é muito forte e serve para mostrar que a Palavra de Deus
possui um grande poder de penetração. Ela não fica na superfície, mas vai até o
centro do ser humano. Os israelitas falharam por não ouvir as palavras de
Moisés e Josué, e os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para
responder a essa Palavra. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)
“A comparação entre a Palavra de Deus
e uma espada é achada também em Efésios 6.17 e volta a ocorrer em Apocalipse
1.16, onde a idéia de uma espada de dois gumes é usada para descrever a
natureza das palavras que procedem da boca do Filho de Deus glorificado. É
achada, ademais, em Isaías 49.2 e Sabedoria 7.22. A referência em Efésios está
num contexto da armadura espiritual, e é especificamente aplicada ao ataque
contra as forças do mal. Aqui, porém, a ênfase recai sobre o caráter penetrante
da Palavra, que é expresso na descrição comparativa: mais cortante. É a
capacidade de penetração da espada de dois gumes que impressionou o autor mais
fortemente. Mas até mesmo isso não está à altura de tudo quanto a Palavra é na
sua atividade.” (GUTHRIE, Donald.Hebreus introdução e comentário – Ed Vida Nova e Mundo
Cristão. Disponível em:
https://teologiaediscernimento.files.wordpress.com/2014/08/hebreus-introduc3a7c3a3o-e-comentc3a1rio-donald-guthrie.pdf.
Acesso em 20 jan, 2018)
A ação do Evangelho
ressalta a verdadeira natureza a alma e do espírito. O uso neotestamentário
de pneumafocaliza o aspecto espiritual do homem, isto é, sua
vida em relação a Deus, ao passo que psychê refere-se à vida
do homem independentemente da sua experiência espiritual, isto é, sua vida em
relação a si mesmo, às suas emoções e ao seu pensamento. O Evangelho é capaz de
‘ler’ o homem por completo e refletir sua real condição – inimigo de Deus.
Nada, nem mesmo nossos pensamentos mais íntimos, está abrigado do discernimento
da mensagem de Deus.
CONCLUSÃO
A palavra chave desta
lição é "descanso". Todos nós nos fatigamos na caminhada da vida. O
problema, portanto, não é se cansar, mas permitir que fatores diversos
interrompam a nossa jornada de fé. Com os israelitas o desânimo veio como
consequência da infidelidade, incredulidade e desobediência. As mesmas coisas
podem acontecer conosco se não atentarmos para a santa, viva e eficaz Palavra
de Deus. Nessa jornada temos como guia não um Moisés ou um Josué, mas Jesus, o
autor e consumador da nossa fé. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)
Finalmente, podemos
encaixar todas as peças. Aqui em Hebreus temos imaginado o sábado semanal
(descanso do trabalho), entretanto contextualmente a Escritura está falando
sobre o descanso de Deus na criação, que é “Hoje”. Nós sabemos que aqueles que
já guardavam o sábado semanal (os filhos de Israel) não entraram neste
descanso. Após 40 anos de peregrinação eles entrarem na terra prometida, mas
Josué ainda não pode dar-lhes descanso. “Vinde a mim todos vós que estais
cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei (Mt 11.28). Esse convite
é dirigido a todos indistintamente. Esse convite é aberto a todos os que estão
cansados e sobrecarregados com o peso do pecado ou o peso do legalismo. Esse
convite não é discutir sobre Cristo, mas para um encontro com Cristo. Não é
religião. Não é moralidade. Não é rito religioso. Não é caridade. Não é
misticismo. Não é legalismo. Não é fuga da realidade. É um encontro com aquele
que é a vida, a paz, a alegria, a salvação. Vir a Cristo significa confiar
nele. Entregar-se a ele,
“... corramos, com
perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor
e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),
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