terça-feira, 30 de janeiro de 2018

EBD Lição 4: Jesus é superior a Josué - O meio de entrar no repouso de Deus


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS1º Trimestre de 2018
Título: A supremacia da Cristo — Fé, esperança e ânimo na Carta aos Hebreus – Comentarista: José Gonçalves
Lição 4: Jesus é superior a Josué — O meio de entrar no repouso de Deus


TEXTO ÁUREO

Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência” (Hb 4.11).

VERDADE PRÁTICA

O descanso provido por Josué foi terreno, temporário e incompleto; o descanso provido por Cristo é celestial, eterno e completo.

LEITURA DIÁRIA

Hb 4.2 A mensagem de Deus deve ser recebida pela fé
Hb 4.6 – A mensagem de Deus deve ser acompanhada pela obediência
Hb 4.7 – A mensagem de Deus dever ser acolhida com contrição
Hb 4.8,9 – A mensagem de Deus promove um descanso real e total
Hb 4.11 – A mensagem de Deus promove um descanso eterno
Hb 4.12 – A Palavra de Deus é viva e eficaz






LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Hebreus 4.1-13.

1 — Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás.

Hb 4.2 A mensagem de Deus deve ser recebida pela fé
2 — Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.
3 — Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.
4 — Porque, em certo lugar, disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia.
5 — E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.

Hb 4.6 – A mensagem de Deus deve ser acompanhada pela obediência
6 — Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas-novas não entraram por causa da desobediência,
7 — determina, outra vez, um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.

Hb 4.8,9 – A mensagem de Deus promove um descanso real e total
8 — Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia.
9 — Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.
10 — Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.

Hb 4.11 – A mensagem de Deus promove um descanso eterno
11 — Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.

Hb 4.12 – A Palavra de Deus é viva e eficaz
12 — Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
13 — E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.

Hebreus 4 – NVI
1 Visto que nos foi deixada a promessa de entrarmos no descanso de Deus, temamos que algum de vocês pense que tenha falhado.
2 Pois as boas novas foram pregadas também a nós, tanto quanto a eles; mas a mensagem que eles ouviram de nada lhes valeu, pois não foi acompanhada de fé por aqueles que a ouviram.
3 Pois nós, os que cremos, é que entramos naquele descanso, conforme Deus disse: "Assim jurei na minha ira: Jamais entrarão no meu descanso" — embora as suas obras estivessem concluídas desde a criação do mundo.
4 Pois em certo lugar ele falou sobre o sétimo dia, nestas palavras: "No sétimo dia Deus descansou de toda obra que realizara".
5 E de novo, na passagem citada há pouco, diz: "Jamais entrarão no meu descanso".
6 Entretanto, resta entrarem alguns naquele descanso, e aqueles a quem anteriormente as boas novas foram pregadas não entraram, por causa da desobediência.
7 Por isso Deus estabelece outra vez um determinado dia, chamando-o "hoje", ao declarar muito tempo depois, por meio de Davi, de acordo com o que fora dito antes: "Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração".
8 Porque, se Josué lhes tivesse dado descanso, Deus não teria falado posteriormente a respeito de outro dia.
9 Assim, ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus;
10 pois todo aquele que entra no descanso de Deus, também descansa das suas obras, como Deus descansou das suas.
11 Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém venha a cair, seguindo aquele exemplo de desobediência.
12 Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração.
13 Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.
14 Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos,
15 pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.
16 Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade.

Hebreus 4 – O livro
1 E embora a promessa de Deus, de entrarmos no seu lugar de descanso, continue de pé, devemos ter muito cuidado quando alguns derem mostras de ficar para trás.
2 Porque essas boas novas foram-nos anunciadas também a nós, tal como a eles. Mas se de nada lhes serviu, é porque não creram nelas, quando a ouviram.
3 Quanto a nós, visto que cremos, temos a certeza de entrar no repouso de Deus. Quanto aos que não crêem, o Senhor disse: Na minha indignação obriguei-me com juramento a não deixar que entrassem no meu repouso, embora este lugar de repouso esteja pronto desde a criação do mundo.
4 Sabemos isto porque as Escrituras mencionam o sétimo dia, dizendo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia. 4
5 Mas acontece que aqueles a quem foram pregadas as primeiras boas novas não entraram nesse repouso preparado, por causa da sua desobediência; por isso está escrito: Não entrarão no meu repouso. Contudo, isto dá a entender que ainda haverá alguém que deverá entrar nele.
6 E é assim que fixa outra ocasião para entrar; essa ocasião é hoje. E isto diz Deus, pela boca de David, muito depois: Hoje, se ouvirem a sua voz, não endureçam os vossos corações.
7 Porque, se esse repouso tivesse sido aquele para onde Josué conduziu o povo de Israel, Deus não teria falado mais tarde numa nova ocasião.
8 Portanto é porque há ainda um repouso para o povo de Deus.
9 Ora quem já entrou no descanso de Deus, também já descansou das suas obras, tal como Deus também das suas.
10 Busquemos então tudo o que é necessário para entrar nesse lugar de descanso. Procuremos que ninguém, à semelhança do povo de Israel, caia na mesma incredulidade que eles.
11 A palavra de Deus é viva e eficaz. É mais penetrante do que uma espada de dois gumes, chegando à distinção da alma e do espírito, como que à junção de osso e medula. Ela é capaz de distinguir os pensamentos, as intenções do coração.
12 Não há nada em toda a criação que esteja escondido aos olhos de Deus; pelo contrário tudo está patente e a descoberto perante aquele a quem temos de prestar contas.
13 Portanto, visto que temos um tão excelente supremo sacerdote, que é Jesus o Filho de Deus, que penetrou nos céus, mantenhamo-nos firmemente fiéis à fé que confessamos ter.
14 Este nosso sacerdote supremo não é um simples homem que não possa compreender as nossas fraquezas. Pelo contrário, ele passou por todas as mesmas provas que nós, mas sem ter pecado.
15 Portanto cheguemo-nos com confiança ao trono de Deus para podermos receber misericórdia e graça, e para sermos ajudados sempre que tivermos necessidade.

Hebreus 4 – Catolica
1 Enquanto, pois, subsiste a promessa de entrar no seu descanso, tenhamos cuidado em que ninguém de nós corra o risco de ser excluído.
2 A boa nova nos foi trazida a nós, como o foi a eles. Mas a eles de nada aproveitou, porque caíram na descrença.
3 Nós, porém, se tivermos fé, haveremos de entrar no descanso. Ele disse: Eu jurei na minha ira: não entrarão no lugar do meu descanso. Ora, as obras de Deus estão concluídas desde a criação do mundo;
4 pois, em certa passagem, falou do sétimo dia o seguinte: E, terminado o seu trabalho, descansou Deus no sétimo dia {Gn 2,2}.
5 Se, pois, ele repete: Não entrarão no lugar do meu descanso,
6 é sinal de que outros são chamados a entrar nele. E como aqueles a quem primeiro foi anunciada a promessa não entraram por não ter tido a fé,
7 Deus, após muitos anos, por meio de Davi, estabelece um novo dia, um hoje, ao pronunciar as palavras mencionadas: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.
8 Se Josué lhes houvesse dado repouso, não teria depois disso falado dum outro dia.
9 Por isso, resta um repouso sabático para o povo de Deus.
10 E quem entrar nesse repouso descansará das suas obras, assim como descansou Deus das suas.
11 Assim, apressemo-nos a entrar neste descanso para não cairmos por nossa vez na mesma incredulidade.
12 Porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração.
13 Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.
14 Temos, portanto, um grande Sumo Sacerdote que penetrou nos céus, Jesus, Filho de Deus. Conservemos firme a nossa fé.
15 Porque não temos nele um pontífice incapaz de compadecer-se das nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado.
16 Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno.

Hebreus 4
1. EMBORA A PROMESSA de Deus ainda esteja de pé - sua promessa de que todos podem entrar no seu lugar de descanso - devemos tremer de medo, porque alguns de vocês podem estar à beira de, no fim de tudo, não conseguir chegar lá.
2. Porque esta maravilhosa noticia de que Deus deseja nos salvar foi-nos dada tal como foi àqueles que viveram no tempo de Moisés. Entretanto, não lhes fez nenhum bem. porque eles não creram nela. Não a combinaram com a fé.
Pois somente nós, os que cremos em Deus, podemos entrar no seu lugar de descanso. Ele afirmou: "Jurei em minha ira que aqueles que não crêem em Mim nunca entrarão", mesmo apesar de Ele estar preparando e esperando por eles desde o principio do mundo.
Nós sabemos, que Ele está preparando e esperando porque está escrito que Deus descansou no sétimo dia da criação, depois que terminou tudo quanto havia planejado fazer.
Mesmo assim eles não entraram, pois Deus finalmente disse: "Eles nunca entrarão no meu descanso".
Entretanto, a promessa continua, e alguns entraram; mas não aqueles que tiveram a primeira oportunidade, pois desobedeceram a Deus e não conseguiram entrar.
Mas Ele fixou uma outra ocasião para se entrar, e esta ocasião é agora. Ele anunciou isto por meio do Rei Davi, muitos anos depois do primeiro fracasso do homem na tentativa de entrar, dizendo nas palavras já citadas: "Hoje, quando vocês O ouvirem chamar, não endureçam o coração contra Ele".
Este novo lugar de descanso acerca do qual ele está falando não quer dizer a terra de Israel, pala a qual Josué os conduziu. Se Deus quisesse dizer isso, não teria falado muito depois a respeito de "hoje" como a ocasião para entrar.
Portanto, há um descanso completo e perfeito ainda esperando o povo de Deus.
Cristo já entrou lá. Está descansando do seu trabalho, tal como Deus fez após a criação.
Façamos o melhor que pudermos para entrar também naquele lugar de descanso, tomando cuidado para não desobedecermos a Deus como fizeram os filhos de Israel, e assim não conseguiram entrar.
Tudo quanto Deus nos diz é cheio de força viva: é mais cortante do que o punhal mais afiado, e corta rápido e profundo em nossos pensamentos e desejos mais íntimos em todos os seus detalhes, mostrando-nos como somos na realidade.
Ele sabe de cada um, em cada lugar. Cada coisa a respeito de nós está descoberta e escancarada aos olhos penetrantes do nosso Deus vivente; nada pode se esconder dele, a quem devemos prestar contas de tudo o que fizemos.
14. Mas Jesus, o Filho de Deus, é o nosso grande Supremo Sacerdote que foi diretamente para o céu, a fim de nos ajudar; portanto não deixemos nunca de confiar nele.
15. Este nosso Supremo Sacerdote compreende as nossas fraquezas, visto que Ele teve as mesmas tentações que nós temos, ainda que Ele nunca cedeu a elas nem pecou.
16. Portanto, vamos ousadamente até o próprio trono de Deus e permaneçamos lá para recebermos a sua misericórdia e acharmos a sua graça para nos ajudar em nossos tempos de necessidade.

HINOS SUGERIDOS

47, 146 e 212 da Harpa Cristã.


OBJETIVO GERAL

Demonstrar que Jesus é superior a Josué na mensagem e no provimento de repouso para o povo de Deus.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

·         I. Mostrar que a mensagem de Jesus é superior a de Josué;
·         II. Mencionar a provisão de um descanso superior ao de Josué;
·         III. Apontar a superioridade da orientação de Jesus em relação à de Josué.














INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O texto de Hebreus 4 mostra o que a história de Josué representa para a Igreja de Cristo. Enquanto o ministério do sucessor de Moisés foi de caráter terreno, temporário e incompleto — primeiro porque Israel não conquistou toda a terra; depois, as guerras continuaram —, Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo. Na lição desta semana, é preciso fazer o contraste entre os ministérios de Jesus e Josué, conforme abaixo:

JOSUÉ  Terreno  Temporário  Incompleto
JESUS  Celestial  Eterno  Completo

Devido à popularização da teologia da prosperidade, bem como o aumento da “politização ideológica” dos movimentos evangélicos, é comum alguns cristãos virarem as costas para a dimensão celestial e eterna do ministério de Jesus, alegando que se dermos ênfase ao “céu” formaremos cristãos “escapistas”. O problema é que eles se esqueceram de combinar isso com o autor de Hebreus. A natureza celestial, eterna e esperançosa do ministério de Cristo é cristalina nas Escrituras! Por isso, embora a obra de Cristo tenha consequências presentes como uma antecipação das bênçãos futuras, claro que podemos vivê-las hoje, aqui e agora, não tenha receio de enfatizar a natureza do porvir da obra de Cristo, pois Ele nos prometeu a vivência da comunhão no Reino Celestial (Mt 26.28,29 28. Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.
29. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.).

A Refeição Final. 26:17-30 – Comentario Biblico
Provavelmente nenhum problema de harmonia dos Evangelhos tem sido tão desconcertante quanto este. Esta refeição final foi na Páscoa dos Judeus? Os sinóticos dão a entender que foi. João, entretanto, dá a entender com muita clareza que a Páscoa ainda estava no futuro por ocasião do lava-pés (Jo. 13:1), refeição (13:29), julgamento (18:28) e crucificação (19:14, 31). Alguns mestres estão prontos a admitir um conflito irreconciliável. Outros insistem que uma das narrativas deve estar errada. Também já se argumentou que Jesus comeu uma Páscoa antecipada um dia antes do costume legal. Reforços a esta opinião recentemente vieram à luz no Qumran, onde se descobriu que a seita Qumran sempre observou a Páscoa na terça-feira. Assim, dá a impressão de que Jesus comeu a Páscoa na terça-feira (como está implícito nos sinóticos), enquanto os judeus ortodoxos observavam a Páscoa na sexta-feira. (Veja J. A. Walther, "Chronology of Passion Week", JBL, June, 1958, pág. 116 e segs.) Contra essa opinião levanta-se a grande improbabilidade que um tão notável desvio do judaísmo ortodoxo pudesse passar despercebido nos Evangelhos, ou que a ceia da Páscoa pudesse ser devidamente observada em Jerusalém antes da ocasião tradicional (por exemplo, os cordeiros tinham de ser mortos no Templo um pouco antes da ceia da Páscoa; conf. I Co. 5:7). Uma proposição mais digna de crédito explica João e os sinóticos, um à luz do outro. As duas possibilidades foram experimentadas, embora se admita dificuldades com ambos os métodos. O autor prefere explicar os sinóticos pelo explícito testemunho de João, o qual talvez tivesse parcialmente a intenção de esclarecer pontos ambíguos na cronologia. De acordo com este ponto de vista a última ceia não foi de maneira nenhuma a refeição da Páscoa; antes, Jesus morreu exatamente na hora em que os cordeiros da Páscoa estavam sendo mortos no Templo (conf. I Co. 5:7). Não obstante, Jesus deu a seus discípulos orientação no sentido de preparar a festa, por dois motivos: 1) os discípulos a comeriam; 2) Jesus não quis na ocasião predizer o momento exato de sua morte.
17-19. Preparativos para a Páscoa.
17. No primeiro dia dos pães asmos. Quatorze de Nisã, no qual o fermento era retirado de dentro das casas em preparação para as festas da Páscoa e dos Pães Asmos (conf. Mc. 14:12; Lc. 22:7). Esse dia começava ao pôr-do-sol do décimo terceiro dia e foi às primeiras horas desse dia que se fez referência.
18,19. Em resposta à pergunta dos discípulos, Jesus enviou-os a falar com um homem em cuja casa o grupo se reuniria. Celebrarei a páscoa. A esta declaração de propósito geral deve-se acrescentar as palavras de Lc. 22:16, "não a comerei", na qual ele indica posteriormente que o plano geral será interrompido. Talvez não quisesse que Judas soubesse dos seus planos tão especificamente com tanta antecedência.
20-30. A Última Ceia.
20. Chegada a tarde. Mais tarde naquela mesma tarde (primeiras horas do décimo-quarto dia), Jesus juntou-se aos discípulos na hora do jantar (Lc. 22:14).
21. Um dentre vós me trairá. Primeiro aviso de que o "entregar" do Filho do homem: (17:22; 20:18; 26:2) seria através de um dos Doze. Que choque essa declaração deve ter causado!
22. O fato de que onze discípulos tenham perguntado inocentemente, Porventura sou eu, senhor?, mostra que eles reconheciam sua própria fraqueza, embora sua pergunta fosse feita esperando uma resposta negativa – "Não sou eu, ou sou?"
23. O que mete comigo a mão. Considerando que o grupo provavelmente comia de um prato comum, esta declaração não identificou o traidor, mas apenas enfatizou a natureza vil da traição, pois ocorria entre companheiros íntimos.
24. Está escrito. A morte de Cristo estava se desenrolando conforme predito em diversas passagens do V.T. Entretanto, a soberania de Deus sobre todos os acontecimentos não livra o homem da responsabilidade ou culpa.
25. Quando Judas viu que o seu silêncio era causa de suspeitas, também perguntou, Acaso sou eu, Mestre? A ele Jesus responde, Tu o disseste. Parece que os demais não ouviram esta resposta no meio do burburinho da conversação geral. Não se pode afirmar se a explicação de Cristo a João (e Pedro) ocorreu antes ou depois da indicação de Judas (Jo. 13:23-26). Quando Judas saiu logo depois, ninguém sabia que Satanás o capacitara a imediatamente pôr em ação a conspiração (Jo. 13:27-30).
26. A narrativa que Mateus faz da consagração do pão e do vinho é semelhante à de Marcos; à de Lucas parece com I Co. 11:23-26. Isto é o meu corpo. Para um comentário completo dos pontos de vista contrários do Romanismo, Lutero, Calvino e Zuínglio, consulte dicionários bíblicos. O significado óbvio da passagem não permite que entendamos que o pão fosse mais do que simbólico sob qualquer aspecto, pois seu corpo real também estava presente. (Conf. metáforas semelhantes: Jo. 10:7; 15:1). Estes símbolos deviam ser lembretes para os discípulos (Lc. 22:19) do Senhor ausente, e um memorial do custo de sua redenção.
27, 28. Bebei dele todos, isto é, todos vocês.
O Novo Testamento ou aliança foi posto em vigor com a morte de Cristo. A velha aliança dada por Deus a Israel exigia sacrifícios contínuos pelo pecado. Mas a morte de Cristo forneceu um sacrifício perfeito, e tornou possível ambas, a justificação e a regeneração (Hb. 8:6-13). Derramado em favor de muitos. (Conf. 20:28) A morte de Cristo, embora suficiente em si mesma para resolver a questão daremissão dos pecados de todos, aqui foi considerada realmente eficiente só para os crentes.
29. Desta hora em diante, não beberei. Esta declaração dirigiu o olhar dos discípulos para o futuro reino do Pai (o reino de Deus, messiânico, Mc. 14:25) e para o momento de alegria e comunhão na grande Ceia das Bodas.
30. Tendo cantado um hino, saíram. Antes disso deve ter sido apresentado o discurso de João 14.







COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A conquista de Canaã sob a liderança de Josué é retratada pelo autor da Carta aos Hebreus como um tipo da Canaã celestial. Deus havia prometido a conquista da terra a Moisés e Josué
(Êx 3.8 8 Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu.
Js 1.2,3 2 Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel.
3 Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés.).
Mas ao longo da jornada do Êxodo muitos ficaram pelo caminho. A incredulidade e a desobediência, somadas à falta de ânimo, fizeram com que o povo não vivesse as promessas de Deus em sua plenitude. O mesmo processo estava se repetindo agora com os crentes da Nova Aliança e pelas mesmas razões. A única forma de voltar para a corrida e completar o percurso, entrando no descanso de Deus, era observando a sua Palavra.




JOSUÉ 1 – COMENTÁRIOS SELECIONADOS
O Senhor dá início à ação ao ordenar que Josué, o substituto escolhido por Ele para Moisés (v. Dt 31.1-8), conduzisse Israel pelo Jordão e tomasse posse da terra prometida. Conclama à coragem e promete o sucesso – mas somente se Israel obedecer à lei de Deus transmitida por Moisés à nação. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Esse livro é para o Antigo Testamento o que o livro de Atos dos Apóstolos é para o Novo. O nome “Josué” é equivalente a Jesus, e significa “Ele Salvará” (Hb 4.8). A Jericó da Igreja Primitiva foi Jerusalém, que os cristãos rodearam durante dez dias de oração como Israel rodeou durante em sete dias de marcha. No Pentecoste as muralhas do preconceito ruíram. Ananias e Safira foram o Acã dos primeiros dias. As vitórias da igreja em Samaria, Antioquia e em outros lugares lembram as conquistas de Josué. Comentário Bíblico Devocional Velho Testamento. F. B.Meyer.
Moisés, servo do SENHOR. Esse título de honra sugere o papel especial de Moisés dentro dos propósitos de Deus (vs. 1-2, 7, 13, 15; cf Is 42.1). Esse título também foi dado a Abraão (Gn 26.24) e será aplicado a Josué por ocasião de sua morte (24.29). Bíblia de Genebra.
Josué. Era da tribo de Efraim (1 Cr 7.27) e nasceu no Egito, no tempo da escravatura. … Seu nome significa “Jeová é Salvação” ou “Jeová Salvador”. Jesus é a forma grega de Josué (cf At 7.45; Hb 4.8). Bíblia Shedd.
O nome de Josué foi mudado de Oseias (“salvação”) para Josué (“o SENHOR é salvação”) por Moisés (Nm 13.16). … Na transição entre Moisés e Josué, há continuidade, porque o propósito de Deus para com Israel persiste, mas também existe descontinuidade, porquanto a era de Moisés foi ímpar e é o padrão de comparação para a gerações futuras. Há, semelhantemente, uma continuidade e também descontinuidade na tradição neotestamentária, entre os Evangelhos e o Livro de Atos. Bíblia de Genebra.
2-9 Estes versos contém o tema de todo o livro, uma estratégia divina de batalha de quatro passos para a vitória e o sucesso, arranjado em um lindo padrão literário paralelo: 1) inamovível confiança nas promessas divinas (vs. 3-5, 9b); 2) coragem inabalável e ousadia divina (vs. 6-7a, 9a); 3) obediência total à vontade de Deus (vs 7b-8b); e 4) meditação constante em Sua Torah (v. 8a). Andrews Study Bible.
vosso pé. Este versículo sugere que os israelitas deviam fazer algo para tomar posse da terra. eles só possuiriam as terras sobre as quais colocassem a planta do pé. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 2, p. 162.
A palavra “vosso” está no plural, indicando que a promessa foi dirigida a todo o povo de Israel. Bíblia de Genebra.
desde o deserto, i. e., da Arábia, que forma o limite sul da Palestina, enquanto o Líbano era o limite norte. Bíblia Shedd.
heteus, cf Jz 1.26n. Bíblia Shedd.
mar Grande. O Mediterrâneo. Bíblia Shedd.
A extensão da terra Prometida aqui excede aquilo que foi, de fato, conquistado nos dias de Josué e corresponde aos reinos de Davi e Salomão (1Rs 4.21). Apesar da ênfase sobre o cumprimento nos dias de Josué (21.45, nota), o livro estende a promessa como se ainda apontasse para o futuro (13.1, nota; 23.5, 12-13). Bíblia de Genebra.
A nova tarefa de Josué consistia em liderar mais de dois milhões de pessoas a uma terra estranha e conquistá-la. Que desafio – mesmo para um homem como este! Cada nova tarefa é um desafio. Sem Deus, isto pode ser assustador. Com Deus, isto pode ser uma grande aventura. Assim como Deus estava com Josué, Ele está conosco ao enfrentarmos nossos novos desafios.Podemos não conquistar nações, mas todos os dias enfrentamos situações difíceis, pessoas difíceis e tentações. Contudo, Deus promete nunca nos abandonar ou deixar de nos ajudar. Ao pedirmos a Deus para  nos dirigir, podemos conquistar muitos dos desafios da vidaLife Application Study Bible Kingsway.
6-8 Muitas pessoas pensam que prosperidade e sucesso vem de se ter poder, influentes contatos pessoais e um persistente desejo de ir em frente. Mas a estratégia para obter prosperidade que Deus ensinou a Josué vai contra este critério. Ele disse que, para ser bem sucedido, Josué deveria: 1) ser forte e corajoso porque as tarefas à frente não seriam fáceis, 2) obedecer a lei de Deus, e, 3) constantemente ler e estudar o Livro da Lei – a Palavra de Deus. Para ser bem sucedido, siga as palavras de Deus a Josué. Você pode não ter sucesso de acordo com os padrões do mundo, mas você será um sucesso aos olhos de Deus – e a Sua opinião dura para sempreLife Application Study Bible Kingsway.
a terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais. A herança, esperada durante muito tempo, prometida aos descendentes de Abraão (Gn 15.7-21) e de Jacó (Gn 28.13). Bíblia de Estudo NVI Vida.
Ao Josué tomar a frente na liderança, cheio de um senso da enormidade da tarefa e de sua própria insuficiência, Deus prometeu dar a israel a terra que havia prometido com juramento aos seus ancestrais se´culos atrás (Gn 22:16-18; 24:7; 26:3). Andrews Study Bible.
Tenha o cuidado de obedecer (NVI). O sucesso não era garantido incondicionalmente (v. Dt 8.1; 11.8, 22-25). Bíblia de Estudo NVI Vida.
falar. V. Dt 4.9, 10; 6.6, 7; 11.19. A lei em geral era lida oralmente (cf. Dt 30.9-14; At 8.30). Bíblia de Estudo NVI Vida.
Não cesses de falar (ARA; NKJV: “não deve se afastar de sua boca, dia e noite”). Isto implica a memorização da escritura de forma que possamos meditar nela mesmo à noite. A meditação sobre a Palavra está colocada no centro no centro literário desta passagem (ver nota em 1:2-9), como fonte de todas os outros passos de ação descritos no capítulo, e como a base do sucesso. Andrews Study Bible.
meditaO significado original desta palavra é “suspirar” e a imagem que esta palavra traduz é a de alguém se derramando sobre a Palavra de Deus com suspiros audíveis de contentamento e prazerAndrews Study Bible.
11 provisões (NVI). Gêneros alimentícios necessários para os vários dias de marcha que se seguiriam. Bíblia de Estudo NVI Vida.
12-15 Nm 32 mostra-nos como os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés (13.8, nota) já tinham recebido sua porção de terras a leste do rio Jordão. Bíblia de Genebra.
13 descanso. Conceito importante do AT… que subentende fronteiras seguras, paz com os países vizinhos e a ausência de ameaças à vida e ao bem-estar dentro do país. Bíblia de Estudo NVI Vida.
16-18 A resposta obediente dos israelitas a Josué e, portanto, a Deus, será ecoada e elaborada no fim do livro (Js 24.16-24). A conexão essencial entre a fé e a obediência fica implícita aqui: a obediência do povo era uma evidência de que eles acreditavam na promessa. As qualidades necessárias para a liderança de Josué consistiam em Deus estar com ele (v. 5, nota) e de ele ser um homem de fé (v. 6, nota).
18 Todo homem que se rebelar. Tendo acabado de tomar o juramento de lealdade a Josué, agora concordam com a pena de morte por qualquer ato de traição (e.g., o pecado de Acã, 7.15). Bíblia de Estudo NVI Vida.

PONTO CENTRAL
Enquanto Josué proporcionou um descanso terreno, temporário e incompleto para Israel, Jesus Cristo proveu um descanso celestial, eterno e completo para a Igreja.

 Significado de Hebreus 4 


Hebreus 4
4.1-11 — Em Hebreus 3.12-19, o fracasso de muitos de Israel em entrar no repouso que Deus lhes concedera serve de séria advertência aos cristãos. O autor explica o que esse repouso significa para os cristãos e mostra por que e como se encontra disponível para nós hoje.

4.1 — A trágica incredulidade de uma geração inteira de israelitas no deserto (Hb 3.7-19) age como um aviso aos cristãos de hoje para que possam entrar no repouso de Deus, ainda oferecido a Seu povo fiel (v. 6-11).

4.2 — Foram pregadas as boas novas é tradução de uma única palavra grega, que significa que as boas novas foram anunciadas. As boas novas do repouso de Deus (v. 1) foram proclamadas aos israelitas. A geração mais antiga, liderada por Moisés, falhou em entrar no repouso, a Terra Prometida (Dt 12.9), por causa de sua falta de fé. Do mesmo modo, o evangelho de Cristo foi proclamado aos leitores da carta, e o autor os convoca então para o repouso de Deus, antes que sua incredulidade venha a impedi-los, também, de nesse descanso entrar.

4.3 — Desde a fundação do mundo. O repouso da criação de Deus é o arquétipo e tipo de todas as experiências de repouso posteriores.

4.4 — E repousou Deus. O tema tem início no repouso do próprio Deus logo após a criação. O fato de Gênesis não fazer menção à noite do sétimo dia da criação forneceu a base para alguns comentaristas judeus concluírem que o repouso de Deus há de durar por toda a eternidade.

4.5,6 — Aqueles. Havia um repouso esperando pelo povo de Deus, mas grande parte da geração do Êxodo não conseguiu entrar nele.

4.7,8 — Assim como muitos israelitas não haviam entrado no repouso de Deus, na Terra Prometida, Davi, longos anos depois de Josué haver liderado os israelitas a ingressarem na terra, advertia sua geração para não endurecer seu coração, a fim de que pudesse entrar no repouso de Deus (Hb 3.7-11). E tal como Davi, o autor de Hebreus convoca a geração atual a responder a Deus hoje (Hb 3.13), que é o dia do arrependimento.

4.9 — A palavra grega para repouso, neste versículo, é diferente da palavra usada em Hebreus 4-1,3,5,10,11; 3.11,18. A palavra, aqui, significa descanso do sábado e somente nesta passagem é encontrada no Novo Testamento. Os judeus geralmente ensinavam que o Sábado prenunciava o mundo vindouro, falando de um dia que seria sempre sábado.

4.10 — Repousou de suas obras. Pode ser que se refira ao repouso no qual os cristãos entrarão quando terminarem seu trabalho para o Reino de Deus na terra (Ap 14.13).

4.11 — Procuremos. Ao incluir a si mesmo junto com seus leitores, o autor quer exortar os crentes a serem diligentes, a fazer todo o esforço para entrar naquele repouso. Pois o repouso não é automático; exige empenho e dedicação. O perigo está em que os cristãos de hoje, como os israelitas do passado, não persistam, mas caiam em desobediência.

4.12 — A palavra de Deus é o padrão de medida que Cristo usará no juízo (2 Co 5.10). A mensagem de Deus é viva e eficaz, penetrando as partes mais íntimas do ser. Diferencia o que é natural do que é espiritual, assim como os pensamentos (as reflexões) e as intenções (desejos) de cada pessoa. A palavra de Deus, enfim, expõe as motivações naturais e as espirituais do coração do crente (Hb 4.7; 3.8,10,12,15; 8.10; 10.16,22; 13.9).

4.13 — A expressão nuas e patentes significa uma completa exposição e clareza diante de Deus. Todos terão de prestar contas a Deus, que tudo vê e tudo conhece (Rm 14.10-12; 2 Co 5.10).

4.14—10.18 — Esta parte, que discorre sobre o sumo sacerdócio de Cristo, é o âmago de Hebreus. O assunto, mencionado em Hebreus 2.17, é reintroduzido, aqui, em Hebreus 4-14-16, discutido resumidamente em Hebreus 5.1-10 e considerado detalhadamente em Hebreus 7.1—10.18. Nosso Sumo Sacerdote é exatamente tal como dele precisamos: Ele pode purificar o pecaminoso coração humano.

4.14 — Visto que significa voltar ao assunto do sumo sacerdócio de Cristo (Hb 2.17—3.6). Temos indica propriedade. No Antigo Testamento, o sumo sacerdote de Israel atravessava o pátio e o véu, no tabernáculo, para então penetrar no Santo dos Santos. Nosso Sumo Sacerdote penetrou nos céus, na presença de Deus, onde se assentou à destra do Pai (Hb 1.3). Seu nome e título, Jesus, Filho de Deus, enfatizam Suas duas naturezas — Sua humanidade e divindade.

4.15 — Compadecer implica sofrer com. Expressa o sentimento por outro de quem já experimentou também sofrimento. Em tudo foi tentado. Jesus passou por todos os graus de tentação (Hb 2.18). Sem pecado (Hb 7.26; 2 Co 5.21). Somente quem não se rendeu ao pecado pode conhecer a intensidade total da tentação. Jesus não se rendeu à tentação.

4.16 — Cheguemos é a mesma palavra grega traduzida em Hebreus 10.22. Que contraste com o ficar afastado para que não morra do Antigo Testamento, que os leitores judeus da epístola e seus antepassados certamente cresceram ouvindo! João Batista resume admiravelmente essa diferença, em sua apresentação de Jesus: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Não haverá mais a morte de animais em sacrifício. Nunca mais o sumo sacerdote terá acesso exclusivo ao Santo dos Santos. Confiança é a mesma palavra traduzida por ousadia em Hebreus 10.19, significando, aqui, coragem, audácia, destemor. Os cristãos devem aproximar-se corajosamente de Deus em oração, porque dele é o trono da graça e nosso Sumo Sacerdote se assenta à Sua direita, intercedendo por nós.








































Hebreus 4 — Interpretação Bíblica

Hebreus 4
4.1 o descanso Esse descanso são as “bênçãos eternas” que Deus prometeu (Hb 9.15). É o mesmo que o Reino do Céu (Mt 4.17) ou a vida eterna (Jo 3.16) sobre a qual fala Jesus. algum de vocês tenha falhado Ver Intr. 2.1.
4.2 aquelas pessoas ouviram... a boa notícia Essa boa notícia é a mesma promessa de salvação que Deus fez a nós por meio de Cristo (Hb 1.1-2), a saber, o “descanso” na Terra Prometida.
4.3 ele mesmo disse Sl 95.11; Hb 3.11.
4.4 está escrito... em alguma parte das Escrituras Sagradas Gn 2.2.
4.5 o mesmo assunto é repetido Sl 95.11; Hb 3.11.
4.7 no trecho das Escrituras já citado Sl 95.7-8; Hb 3.7b-8,15.
4.8 Josué O sucessor de Moisés; ele comandou o povo de Israel na conquista da terra de Canaã (Dt 31.8; Js 22.4).
4.10 Deus descansou dos trabalhos dele Gn 2.2.
4.11 façamos tudo para receber esse descanso Ver Intr. 2.2.
4.12 a palavra de Deus O que Deus diz (Hb 1.1-2) é sempre poderoso e eficaz (Is 49.2; 55.11; Jr 23.20; Ef 6.17; Ap 1.16; 2.12).
4.13 tudo está descoberto e aberto diante dos seus olhos Jr 11.20; Rm 8.27; 1Co 4.5.
Cristo, o Grande Sacerdote eterno 4.14—5.10 Para que “fiquemos firmes na fé que anunciamos” (4.14), o autor apresenta Cristo como o Grande Sacerdote eterno que faz o seu trabalho na própria presença de Deus (1.3,13; 8.1-2; 9.11-12,24). O autor compara Jesus com o Grande Sacerdote da antiga aliança, mostrando as semelhanças entre eles (para as diferenças, ver (cap. 7). Duas características do Grande Sacerdote recebem destaque: o fato de ele ser capaz de compreender as nossas fraquezas (5.1-3,7-10) e o fato de ele ser chamado por Deus (5.4-6).
4.14 fiquemos firmes Ver Intr. 2.2. temos um Grande Sacerdote Hb 2.17; 3.1. Esse Grande Sacerdote, que é Cristo, compreende as nossas fraquezas (Hb 4.15a); foi tentado, mas não pecou (Hb 4.15b; 5.1-3; 7.26); foi chamado por Deus (Hb 5.4-5,10; 7.28a); é eterno (Hb 5.6; 7.20-21,24; 7.28b); é autor da salvação eterna (Hb 5.7-9; 7.25). entrou na própria presença de Deus Uma vez por ano, no Dia do Perdão, o Grande Sacerdote dos judeus entrava no Lugar Santíssimo e ali oferecia sacrifícios para tirar os pecados do povo. Mas Jesus entrou na presença de Deus no céu. Hb 9.11-14,24-26.
4.15 compreender as nossas fraquezas Hb 2.14-18. foi tentado do mesmo modo que nós Mt 4.1-11; Lc 4.1-13. não pecou Hb 7.26; Jo 8.46; 2Co 5.21; 1Pe 2.22; 3.18; 1Jo 3.5. Se isso não fosse verdade, Jesus não poderia ser o Grande Sacerdote que nos ajuda (Hb 9.14).
4.16 cheguemos perto do trono divino Por meio de Cristo, o trono divino não é mais um lugar que nos assusta (Hb 12.18-21), mas um lugar onde encontraremos graça sempre que precisarmos de ajuda.






























Hebreus 4 — Exposição da Carta aos Hebreus

Hebreus 4
4.9 RESTA... UM REPOUSO. O repouso prometido por Deus não é somente o terrestre, mas também o celestial (vv. 7,8; cf. Hb 13.14). Para os crentes, resta ainda o repouso eterno no céu (Jo 14.1-3; cf. Hb 11.10,16). Entrar nesse repouso final significa o cessar do labor, dos sofrimentos e da perseguição, tão comuns em nossa vida nesta terra (cf. Ap 14.13); significa participar do repouso do próprio Deus e experimentar eterna alegria, deleite, amor e comunhão com Deus e com os santos redimidos. Será um descanso sem fim (Ap 21,22).
4.11 PROCUREMOS, POIS, ENTRAR. À luz da bênção gloriosa do estado eterno e da terrível sorte dos que não entrarão ali, o crente deve esforçar-se diligentemente para alcançar o lar celestial do povo de Deus. Isso requer nosso esforço em direção ao alvo celestial (Fp 3.13,14), apego à Palavra (v. 12) e dedicação à oração (v. 16).
4.12 A PALAVRA DE DEUS. A palavra de Deus mostra quem vai entrar no repouso de Deus. Ela é uma espada cortante que penetra no mais íntimo do nosso ser para discernir se nossos pensamentos e motivos são espirituais ou não (vv. 12,13). Tem dois gumes e corta, ou para nos salvar ou para nos condenar à morte eterna (cf. Jo 6.63; 12.48). Por isso, nossa atitude para com a palavra de Deus deve ser achegar-nos a Jesus como nosso sumo sacerdote (vv. 14-16; ver estudo A PALAVRA DE DEUS)
4.14 TEMOS UM GRANDE SUMO SACERDOTE. Ver 8.1, nota sobre o ministério de Jesus como sumo sacerdote.
4.16 CHEGUEMOS POIS COM CONFIANÇA AO TRONO DA GRAÇA. Porque Cristo se compadece das nossas fraquezas (v. 15), podemos chegar com confiança ao trono celestial, sabendo que nossas orações e petições são bem acolhidas e ouvidas por nosso Pai celestial (cf. 10.19,20). É chamado o “trono da graça”, porque dele fluem o amor, o socorro, a misericórida, o perdão, o poder divino, o batismo com o Espírito Santo, os dons espirituais, o fruto do Espírito Santo e tudo de que precisamos em todas as circunstâncias. Uma das maiores bênçãos da salvação é que Cristo, agora, é nosso sumo sacerdote, conduzindo-nos até a sua presença pessoal, de modo que sempre podemos buscar a ajuda de que carecemos.





I. JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ

1. Uma mensagem que deve ser recebida pela fé. O autor inicia sua argumentação com uma afirmação e uma declaração. Primeiramente ele afirma que as boas-novas foram pregadas a seus contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos dias de Josué
(Hb 4.2 1 Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás.
 2 Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.).
Tanto aqui como no versículo seis, o autor usa o verbo grego euangelizomai, que significa “evangelizar”, “pregar as boas-novas a alguém”. É a mesma raiz que dá origem à palavra “evangelho”. Em segundo lugar, o autor declara que “a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram” (Hb 4.2 2 Porque também a nós foram pregadas as boas novas, assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não chegou a ser unida com a fé, naqueles que a ouviram.). Muitos crentes do Antigo Pacto haviam ficado de fora da Terra Prometida porque não receberam a mensagem com fé, o que se poderia esperar então dos que receberam a mensagem em sua plenitude, mas não lhe deram crédito?

2. Uma mensagem que se fundamenta na obediência. O autor passa a mostrar a razão de alguns não terem entrado no descanso de Deus: “Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência”
(Hb 4.6 6 Visto, pois, restar que alguns entrem nele, e que aqueles a quem anteriormente foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência, 7 determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, depois de tanto tempo, como antes fora dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.).
A desobediência (gr. apeitheia) é a manifestação ativa da incredulidade. Essa palavra ocorre seis vezes no texto original e foi usada pelo apóstolo Paulo para se referir aos “filhos da desobediência”
(Ef 2.2 2. Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; 3. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.).
O crente, quando não crê, age da mesma forma do incrédulo. O autor de Hebreus usa essa palavra novamente no versículo 11
(Hb 4.11 11 Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.),
do mesmo capítulo, quando alerta o crente a não “cair no exemplo de desobediência”. A mensagem de Deus só tem proveito quando acompanhada pela obediência.

3. Uma mensagem que conduz à contrição. A mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações receptivos, abertos: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração”
(Hb 4.7b 7 Determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações.).
O autor usa o termo sklerynô — traduzido como “duro”, “endurecido” — quatro vezes nesta carta. Esse termo deu origem a palavra portuguesa “esclerose”, “esclerosado”, isto é, “endurecido”, “enrijecido”. É a mesma palavra usada por Lucas em
Atos 19.9 9 Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a multidão, retirou-se deles, e separou os discípulos, disputando todos os dias na escola de um certo Tirano.
para dizer que os judeus se “mostraram endurecidos” e por essa razão rejeitaram a mensagem de Paulo. Aqui em Hebreus, como em outros lugares do Novo Testamento, é o homem, e não Deus, que endurece o seu próprio coração. Deus só endurece quem já está anteriormente endurecido (Rm 1.28,29 28. E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; 29. Estando cheios de toda a iniqüidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; 30. Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; 31. Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; 32. Os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.).
Para que a mensagem tenha efeito é preciso encontrar corações contritos.


SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A mensagem de Jesus deve ser percebida pela fé, praticada com obediência e recebida em contrição pessoal.










SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor(a), o recebimento da Palavra com fé, o viver em obediência e o coração contrito e aberto à Palavra são os três aspectos do ouvinte da mensagem de Jesus que devem ser enfatizados neste primeiro tópico. Deixe claro que sem fé é impossível agradar a Deus; sem obediência à Palavra não há fundamento na vida cristã; sem coração contrito não há arrependimento.
























II. JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ

1. Um descanso total. Quando contrastamos o capítulo
Hb 11.23 23 Pela fé Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.
com o
Hb 13.1 1 Permaneça o amor fraternal.

do livro de Josué surge uma pergunta: Josué conquistou ou não Canaã? Especialistas em línguas semíticas avaliam que Josué 11.23 23 Assim Josué tomou toda esta terra, conforme a tudo o que o Senhor tinha dito a Moisés; e Josué a deu em herança aos filhos de Israel, conforme as suas divisões, segundo as suas tribos; e a terra descansou da guerra.

refere-se a uma avaliação otimista das campanhas do líder do povo de Deus. Ora, o povo peregrino ansiava por vir chegar o dia de herdar a Terra Prometida. Nesse sentido, e como era comum à época, o exército de Josué estabeleceu a supremacia militar por sobre toda Canaã assim que chegou ao território, embora não tivesse pleno controle de cada cidade e vila, conforme deixa patente
Josué 13.1. 1 Era, porém, Josué já velho, entrado em dias; e disse-lhe o SENHOR: Já estás velho, entrado em dias; e ainda muitíssima terra ficou para possuir.

Logo, os capítulos 11 e 13 não são contraditórios,

Josué 11
1 Sucedeu depois disto que, ouvindo-o Jabim, rei de Hazor, enviou mensageiros a Jobabe, rei de Madom, e ao rei de Sinrom, e ao rei de Acsafe;
2 E aos reis, que estavam ao norte, nas montanhas, e na campina para o sul de Quinerete, e nas planícies, e nas elevações de Dor, do lado do mar;
3 Ao cananeu do oriente e do ocidente; e ao amorreu, e ao heteu, e ao perizeu, e ao jebuseu nas montanhas; e ao heveu ao pé de Hermom, na terra de Mizpá.
4 Saíram pois estes, e todos os seus exércitos com eles, muito povo, em multidão como a areia que está na praia do mar; e muitíssimos cavalos e carros.
5 Todos estes reis se ajuntaram, e vieram e se acamparam junto às águas de Merom, para pelejarem contra Israel.
6 E disse o Senhor a Josué: Não temas diante deles; porque amanhã, a esta mesma hora, eu os darei todos feridos diante dos filhos de Israel; os seus cavalos jarretarás, e os seus carros queimarás a fogo.
7 E Josué, e todos os homens de guerra com ele, veio apressadamente sobre eles às águas de Merom, e atacou-os de repente.
8 E o Senhor os deu nas mãos de Israel; e eles os feriram, e os perseguiram até à grande Sidom, e até Misrefote-Maim, e até ao vale de Mizpá ao oriente; feriram até não lhes deixarem nenhum.
9 E fez-lhes Josué como o Senhor lhe dissera; os seus cavalos jarretou, e os seus carros queimou a fogo.
10 E naquele mesmo tempo voltou Josué, e tomou a Hazor, e feriu à espada ao seu rei; porquanto Hazor antes era a cabeça de todos estes reinos.
11 E a todos os que nela estavam, feriram ao fio da espada, e totalmente os destruíram; nada restou do que tinha fôlego, e a Hazor queimou a fogo.
12 E Josué tomou todas as cidades destes reis, e todos os seus reis, e os feriu ao fio da espada, destruindo-os totalmente, como ordenara Moisés servo do Senhor.
13 Tão-somente não queimaram os israelitas as cidades que estavam sobre os seus outeiros; a não ser Hazor, a qual Josué queimou.
14 E todos os despojos destas cidades, e o gado, os filhos de Israel tomaram para si; tão-somente a todos os homens feriram ao fio da espada, até que os destruíram; nada do que tinha fôlego deixaram com vida.
15 Como ordenara o Senhor a Moisés, seu servo, assim Moisés ordenou a Josué; e assim Josué o fez; nem uma só palavra tirou de tudo o que o Senhor ordenara a Moisés.
16 Assim Josué tomou toda aquela terra, as montanhas, e todo o sul, e toda a terra de Gósen, e as planícies, e as campinas, e as montanhas de Israel, e as suas planícies.
17 Desde o monte Halaque, que sobe a Seir, até Baal-Gade, no vale do Líbano, ao pé do monte de Hermom; também tomou todos os seus reis, e os feriu e os matou.
18 Por muito tempo Josué fez guerra contra todos estes reis.
19 Não houve cidade que fizesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus, moradores de Gibeom; por guerra as tomaram todas.
20 Porquanto do Senhor vinha o endurecimento de seus corações, para saírem à guerra contra Israel, para que fossem totalmente destruídos e não achassem piedade alguma; mas para os destruir a todos como o Senhor tinha ordenado a Moisés.
21 Naquele tempo veio Josué, e extirpou os anaquins das montanhas de Hebrom, de Debir, de Anabe e de todas as montanhas de Judá e de todas as montanhas de Israel; Josué os destruiu totalmente com as suas cidades.
22 Nenhum dos anaquins foi deixado na terra dos filhos de Israel; somente ficaram alguns em Gaza, em Gate, e em Asdode.
23 Assim Josué tomou toda esta terra, conforme a tudo o que o Senhor tinha dito a Moisés; e Josué a deu em herança aos filhos de Israel, conforme as suas divisões, segundo as suas tribos; e a terra descansou da guerra.

Josué 13
1 Era, porém, Josué já velho, entrado em dias; e disse-lhe o SENHOR: Já estás velho, entrado em dias; e ainda muitíssima terra ficou para possuir.
2 A terra que ainda fica é esta: Todos os termos dos filisteus e toda a Gesur;
3 Desde Sior, que está em frente ao Egito, até ao termo de Ecrom para o norte, que se diz ser dos cananeus; cinco príncipes dos filisteus; o gazeu, e o asdodeu, o asqueloneu, o giteu, e o ecroneu, e os aveus;
4 Desde o sul, toda a terra dos cananeus, e Meara, que é dos sidônios; até Afeca, até ao termo dos amorreus;
5 Como também a terra dos gebalitas, e todo o Líbano, para o nascente do sol, desde Baal-Gade, ao pé do monte Hermom, até a entrada de Hamate;
6 Todos os que habitam nas montanhas desde o Líbano até Misrefote-Maim, todos os sidônios; eu os lançarei de diante dos filhos de Israel; tão-somente reparte a terra em herança a Israel, como já te mandei.
7 Reparte, pois, agora esta terra por herança às nove tribos, e à meia tribo de Manassés,
8 Com a qual os rubenitas e os gaditas já receberam a sua herança, além do Jordão para o oriente, assim como já lhes tinha dado Moisés, servo do Senhor.
9 Desde Aroer, que está à beira do ribeiro de Arnom, e a cidade que está no meio do vale, e toda a campina de Medeba até Dibom;
10 E todas as cidades de Siom, rei dos amorreus, que reinou em Hesbom, até ao termo dos filhos de Amom;
11 E Gileade, e o termo dos gesureus, e dos maacateus, e todo o monte Hermom, e toda a Basã até Salcá;
12 Todo o reino de Ogue em Basã, que reinou em Astarote e em Edrei; este ficou do restante dos gigantes que Moisés feriu e expulsou.
13 Porém os filhos de Israel não expulsaram os gesureus, nem os maacateus; antes Gesur e Maacate ficaram habitando no meio de Israel até ao dia de hoje.
14 Tão-somente à tribo de Levi não deu herança; os sacrifícios queimados do Senhor Deus de Israel são a sua herança, como já lhe tinha falado.
15 Assim Moisés deu à tribo dos filhos de Rúben, conforme as suas famílias.
16 E foi o seu limite desde Aroer, que está à beira do ribeiro de Arnom, e a cidade que está no meio do vale, e toda a campina até Medeba;
17 Hesbom e todas as suas cidades, que estão na campina; Dibom, e Bamote-Baal, e Bete-Baal-Meom;
18 E Jasa e Quedemote, e Mefaate;
19 E Quiriataim e Sibma, e Zerete-Saar, no monte do vale;
20 Bete-Peor, e Asdote-Pisga, Bete-Jesimote;
21 E todas as cidades da campina, e todo o reino de Siom, rei dos amorreus, que reinou em Hesbom, a quem Moisés feriu, como também aos príncipes de Midiã, Evi, e Requém, e Zur, e Hur, e Reba, príncipes de Siom, moradores da terra.
22 Também os filhos de Israel mataram à espada a Balaão, filho de Beor, o adivinho, com os outros que por eles foram mortos.
23 E o termo dos filhos de Rúben ficou sendo o Jordão e os seus limites; esta foi a herança dos filhos de Rúben, segundo as suas famílias, as cidades, e as suas aldeias.
24 E deu Moisés à tribo de Gade, aos filhos de Gade, segundo as suas famílias.
25 E foi o seu termo Jazer, e todas as cidades de Gileade, e metade da terra dos filhos de Amom, até Aroer, que está em frente de Rabá.
26 E desde Hesbom até Ramate-Mizpá e Betonim, e desde Maanaim até ao termo de Debir;
27 E no vale Bete-Arã, e Bete-Nimra, e Sucote, Zafom, que ficara do restante do reino de Siom, em Hesbom, o Jordão e o seu termo, até a extremidade do mar de Quinerete além do Jordão para o oriente.
28 Esta é a herança dos filhos de Gade segundo as suas famílias, as cidades e as suas aldeias.
29 Deu também Moisés herança à meia tribo de Manassés; e deu à meia tribo dos filhos de Manassés, segundo as suas famílias.
30 De maneira que o seu termo foi desde Maanaim, todo o Basã, todo o reino de Ogue, rei de Basã, e todas as aldeias de Jair, que estão em Basã, sessenta cidades,
31 E metade de Gileade, e Astarote, e Edrei, cidades do reino de Ogue em Basã, deu aos filhos de Maquir, filho de Manassés, a saber, à metade dos filhos de Maquir, segundo as suas famílias.
32 Isto é o que Moisés repartiu em herança nas campinas de Moabe, além do Jordão para o oriente de Jericó.
33 Porém, à tribo de Levi, Moisés não deu herança; o Senhor Deus de Israel é a sua herança, como já lhe tinha falado.

mas confirmam que o descanso dado por Josué ao antigo povo de Deus foi incompleto e parcial. Por outro lado, o que o autor de Hebreus está mostrando é que o descanso provido por Jesus foi completo, total. Nada ficou para ser conquistado.

2. Um descanso real. A redação de Hebreus 4.8, diz: “Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia”
(Hb 4.8  8 Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia.).
A conquista de Canaã era apenas um tipo da qual a Canaã celestial é o antítipo. A conquista da Terra Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual Jesus é a realidade. Quem proveu, de fato, um descanso para o povo de Deus foi Jesus, não Josué: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”
(Mt 11.28 28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.).

3. Um descanso eterno. Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas incompleto e tipológico, ele foi também temporário: “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus”
(Hb 4.9 9 Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.).
O descanso não é aqui! Embora desfrutemos das bênçãos do reino na era presente, todavia, o futuro aguarda a sua plenitude. A estrada é longa e ninguém pode se deixar fatigar pelo caminho. É preciso caminhar com dedicação e vigilância: “Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência”
(Hb 4.11 11 Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.).


SÍNTESE DO TÓPICO (II)

O descanso que Jesus proveu para o seu povo é completo, real e eterno.












SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O repouso de Deus, no qual os crentes são convidados a entrar, é algo para o presente ou para o futuro? Certamente o repouso de Deus em seu sentido mais amplo aguarda a era por vir, mas há também um sentido presente de entrar pela fé, como é indicado pelo versículo 3: ‘porque nós, os que temos crido [tempo passado], entramos [tempo presente] no repouso’ (cf. a ênfase do tempo presente em 4.1,10,11). A fé torna possível, no presente, realidades que são futuras, invisíveis, ou celestiais (cf. 11.1).

Em 4.3-5, são enfatizados dois fatos importantes:
1) O repouso de Deus é uma realidade presente e completa (4.3c,4) e
2) Os israelitas não puderam entrar no repouso de Deus (4.3b,5b) por causa de sua incredulidade e desobediência (3.19; 4.6). Note que nosso autor cita Gênesis 2.2 em Hebreus 4.4 e se refere ao Salmos 95.11 (duas vezes) em Hebreus 4.3,5. Sua preocupação por seus leitores é que entrem no repouso de Deus agora pela fé e que não o percam para sempre, como fez a geração que peregrinou no deserto. A incredulidade fecha o coração para Deus e torna sua promessa sem efeito.
O que é o repouso de Deus? É um repouso baseado na conclusão de sua obra na criação (4.3c,4), do qual o sábado sagrado é um testemunho duradouro. Nossa participação em seu repouso é baseada na obra consumada de Cristo na cruz; o fato de Ele estar ‘assentado’ (que inclui o pensamento de repouso) à direita do Pai é o testemunho duradouro. O fato de Deus ter repousado não significa que Ele, por conseguinte, tenha estado ou esteja em um estado de ociosidade, mas apenas que não há nada a se acrescentar àquilo que Ele fez. Deus repousou após criar todas as coisas porque sua obra (de criar) foi terminada ‘desde a fundação do mundo’ (4.3c)” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. RJ: CPAD, 2004, pp.1563,64).

CONHEÇA MAIS


O Descanso
“A preocupação pastoral do autor se torna novamente evidente: ‘Que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás’ (cf. 3.12,13; 4.11). Entrar no repouso de Deus não é algo que acontece automaticamente após a conversão a Cristo, da mesma maneira que Israel não entrou automaticamente em Canaã após a sua redenção do Egito. Como Bruce observa, os leitores ‘farão bem em temer a possibilidade de perder a grande bênção que nos está prometida, da mesma maneira que a geração de israelitas que morreu no deserto perdeu a Canaã terrestre, embora este fosse o objetivo que tinham diante de si quando saíram do Egito’”. Leia mais em Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, CPAD, pp.1563,64.



III. JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ

1. Uma palavra viva. Já vimos que o autor de Hebreus afirma que a geração do Êxodo ouviu as boas-novas da Palavra de Deus, mas não lhe deu ouvido. Novamente o povo de Deus estava diante de sua Palavra. Essa Palavra não foi anunciada por um anjo, Moisés nem tampouco por Josué, mas pelo próprio Filho de Deus — Jesus. Essa Palavra não mais se limita à letra, a Lei, porque ela é “viva”
(Ez 37.3,4 3. E me disse: Filho do homem, porventura viverão estes ossos? E eu disse: Senhor DEUS, tu o sabes.
4. Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor.).
Jesus afirmou que suas palavras “são espírito e vida”
(Jo 6.63 63 O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito e vida.).
Como devemos nos portar diante da Palavra Viva de Deus?

2. Uma palavra eficaz. A Palavra de Deus é viva, ela produz vida. Mas além de viva, ela é eficaz. Produz resultados: “sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre”
(1Pe 1.23 23 Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.).
O autor mostra que essa palavra é produtiva. O termo energes, traduzido como “eficaz”, é usado na Bíblia para se referir à atividade divina que produz resultados: “assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei”
(Is 55.11 11 Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei.).

3. Uma palavra penetrante. A Palavra de Deus é retratada como um instrumento vivo, eficaz e cortante, “mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”
(Hb 4.12 12 Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.).
A metáfora usada pelo autor é muito forte e serve para mostrar que a Palavra de Deus possui um grande poder de penetração. Ela não fica na superfície, mas vai até o centro do ser humano. Os israelitas falharam por não ouvir as palavras de Moisés e Josué, e os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para responder a essa Palavra.


SÍNTESE DO TÓPICO (III)

A orientação de Jesus foi manifesta por meio de uma Palavra viva, eficaz e penetrante.


SUBSÍDIO DIDÁTICO

Ao terminar a exposição deste tópico, e com o auxílio das seções objetivos específicos e sínteses dos tópicos, faça uma breve recapitulação dos assuntos abordados nesta aula. Não esqueça também de trabalhar com a classe as questões da seção Para Refletir.



















CONCLUSÃO

A palavra chave desta lição é “descanso”. Todos nós nos fatigamos na caminhada da vida. O problema, portanto, não é se cansar, mas permitir que fatores diversos interrompam a nossa jornada de fé. Com os israelitas o desânimo veio como consequência da infidelidade, incredulidade e desobediência. As mesmas coisas podem acontecer conosco se não atentarmos para a santa, viva e eficaz Palavra de Deus. Nessa jornada temos como guia não um Moisés ou um Josué, mas Jesus, o autor e consumador da nossa fé.



















PARA REFLETIR

A respeito de Jesus é superior a Josué — O meio de entrar no repouso de Deus, responda:

Qual a primeira afirmação do autor aos Hebreus?
Que as Boas-novas foram pregadas aos seus contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos dias de Josué (Hb 4.2).

O que é preciso para que a mensagem tenha efeito?
A mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações receptivos, abertos.

Segundo a lição, o que foi a conquista de Canaã?
A conquista da Terra Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual Jesus é a realidade.

Para o autor de Hebreus, o que foi o descanso de Josué?
Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas incompleto e tipológico, ele foi também temporário: “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hb 4.9).

Se os israelitas falharam ao não ouvir as palavras de Moisés e Josué, qual o cuidado que os cristãos devem ter?
Os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para responder a essa Palavra.






SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Jesus é superior a Josué —
O meio de entrar no repouso de Deus

O livro de Josué narra a conquista parcial da terra prometida, a terra de Canaã, sua distribuição e o estabelecimento do povo israelita nela. A narrativa do texto mostra batalhas sangrentas para conquistar a terra. Os cananeus não a entregariam gratuitamente. Entretanto, ao longo do livro é possível perceber que Deus honrou Israel, fazendo-o vencer os inimigos idólatras e obter a dádiva da terra prometida ao seu povo. Ali, começaria a se cumprir a promessa da Aliança de Deus com os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.
Nesse contexto que a promessa de descanso, ou repouso, isto é, a promessa de conquistar e permanecer na terra prometida, que não foi plenamente realizada, foi cumprida por intermédio de Josué ao povo de Israel, mas unicamente numa perspectiva terrena, incompleta e finita. Aqui, o capítulo 4 de Hebreus faz o maior contraste com o “repouso” proposto no livro de Josué.
A Carta aos Hebreus mostra que “o repouso prometido por Deus não é somente o terrestre, mas também o celestial”
(Hb 4.7,8; Determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações.
Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia.

cf.13.14 14 Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.).
Para os crentes, resta ainda o repouso eterno no céu
(Jo 14.1-3 1. Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
2. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
3. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.;
cf. Hb 11.10,16 10 Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.
16 Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.).
Entrar nesse repouso final significa o cessar do labor, dos sofrimentos e da perseguição, tão comuns em nossa vida nesta terra
(cf. Ap 14.13 13 E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem.);
significa participar do repouso do próprio Deus e experimentar a eterna alegria, deleite, amor e comunhão com Deus e com os santos redimidos. Será um descanso sem fim (Ap 21.22 22 E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.)”
(Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1905).






Jesus é Superior a Josué
O meio de entrar no Repouso de Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 4.1-13
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
Nova Versão Internacional
King James Atualizada
TEMAMOS, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás.
Visto que nos foi deixada a promessa de entrarmos no descanso de Deus, temamos que algum de vocês pense que tenha falhado.
Portanto, ainda que nos tenha sido outorgada a promessa de ingressar no descanso de Deus, tememos que algum de vós pareça ter falhado.
Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.
Pois as boas novas foram pregadas também a nós, tanto quanto a eles; mas a mensagem que eles ouviram de nada lhes valeu, pois não foi acompanhada de fé por aqueles que a ouviram.
Pois as boas novas foram pregadas também a nós, tanto quanto a eles; entretanto, a mensagem que eles ouviram de nada lhes valeu, pois não foi acompanhada de fé por aqueles que a ouviram.
Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.
Pois nós, os que cremos, é que entramos naquele descanso, conforme Deus disse: "Assim jurei na minha ira: Jamais entrarão no meu descanso" — embora as suas obras estivessem concluídas desde a criação do mundo.
Porquanto, somos nós, os que temos crido, que entramos no descanso, conforme Deus declarou: “Assim jurei na minha ira: Jamais entrarão no meu descanso”, muito embora suas obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo.
Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia.
Pois em certo lugar ele falou sobre o sétimo dia, nestas palavras: "No sétimo dia Deus descansou de toda obra que realizara".
Pois em certa passagem, Ele se referiu ao sétimo dia, nestes termos: “No sétimo dia, Deus descansou de toda a obra que realizara”.
E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.
E de novo, na passagem citada há pouco, diz: "Jamais entrarão no meu descanso".
E novamente, no texto citado há pouco, confirma: “Jamais entrarão no meu descanso”.
Visto, pois, que resta que alguns entrem nele, e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência,
Entretanto, resta entrarem alguns naquele descanso, e aqueles a quem anteriormente as boas novas foram pregadas não entraram, por causa da desobediência.
Portanto, considerando que ainda faltam alguns para entrar, e aqueles a quem antes foram pregadas as boas novas não ingressaram por causa da desobediência,
Determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações.
Por isso Deus estabelece outra vez um determinado dia, chamando-o "hoje", ao declarar muito tempo depois, por meio de Davi, de acordo com o que fora dito antes: "Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração".
determina Deus, uma nova oportunidade, e a chama de “hoje”, ao declarar muito tempo depois, por intermédio de Davi e conforme o que já fora proclamado antes: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração”.
Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia.
Porque, se Josué lhes tivesse dado descanso, Deus não teria falado posteriormente a respeito de outro dia.
Porque, se Josué lhes tivesse oferecido descanso, Deus não teria feito declaração posterior a respeito de outro dia.
Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.
Assim, ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus;
Sendo assim, ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus;
Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.
pois todo aquele que entra no descanso de Deus, também descansa das suas obras, como Deus descansou das suas.
pois toda pessoa que entra no repouso de Deus, também descansa de suas obras, como Deus descansou das suas.
Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.
Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém venha a cair, seguindo aquele exemplo de desobediência.
Diante disso, esforcemo-nos por entrar naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.
Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração.
Porquanto a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que qualquer espada de dois gumes; capaz de penetrar até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é sensível para perceber os pensamentos e intenções do coração.
E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de trata
Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas
E não há criatura alguma incógnita aos olhos de Deus. Absolutamente tudo está descoberto e às claras diante daquele a quem deveremos prestar contas. Jesus é o grande sumo sacerdote


Comentário
   INTRODUÇÃO

A conquista de Canaã sob a liderança de Josué é retratada pelo autor da Carta aos Hebreus como um tipo da Canaã celestial. Deus havia prometido a conquista da terra a Moisés e Josué (Êx 3.8; Js 1.2,3). Mas ao longo da jornada do Êxodo muitos ficaram pelo caminho. A incredulidade e a desobediência, somadas à falta de ânimo, fizeram com que o povo não vivesse as promessas de Deus em sua plenitude. O mesmo processo estava se repetindo agora com os crentes da Nova Aliança e pelas mesmas razões. A única forma de voltar para a corrida e completar o percurso, entrando no descanso de Deus, era observando a sua Palavra. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)

O autor de Hebreus está sempre comparando a caminhada dos israelitas no deserto, abandonando a escravidão no Egito e peregrinando até o “descanso de Deus” (em hebraico: Shabbâth) na Terra Prometida, em relação à jornada do cristão rumo a seu pleno repouso espiritual no Reino de Deus. O descanso dos Judeus sob a liderança de Moisés e depois de Josué, temporário e terrestre, prenunciava o descanso eterno das nossas almas em Cristo (compare v. 8 com Js1.13). Da mesma forma que a fé nas promessas de Deus era requerida para se entrar no “descanso de Canaã”, também só ingressaremos no descanso pleno e eterno da salvação mediante a fé sincera na pessoa e na obra expiatória de Jesus Cristo. Podemos tomar posse completa do “Sábado de Deus” por meio da fé sincera em Jesus Cristo. Assim como Deus descansou da obra da criação, o crente pode descansar de empreender esforços na tentativa de alcançar a sua salvação, e deve repousar na obra consumada pelo Filho de Deus na cruz do Calvário, o qual nos conduzirá ao “Shabbâth eterno do SENHOR” (Ap 14.13). Vamos pensar maduramente a fé cristã?


   TÓPICO I - JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ

1. Uma mensagem que deve ser recebida pela fé. O autor inicia sua argumentação com uma afirmação e uma declaração. Primeiramente ele afirma que as boas-novas foram pregadas a seus contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos dias de Josué (Hb 4.2). Tanto aqui como no versículo seis, o autor usa o verbo grego euangelizomai, que significa "evangelizar", "pregar as boas-novas a alguém". É a mesma raiz que dá origem à palavra "evangelho". Em segundo lugar, o autor declara que "a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram" (Hb 4.2). Muitos crentes do Antigo Pacto haviam ficado de fora da Terra Prometida porque não receberam a mensagem com fé, o que se poderia esperar então dos que receberam a mensagem em sua plenitude, mas não lhe deram crédito? (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)

O juízo divino inspira temor. O capítulo 4 inicia com o autor demonstrando receio de que se repita o caso daquela geração de israelitas que saíram do Egito, mas não puderam entrar na Terra Prometida, incluindo o próprio Moisés e Arão, por causa da incredulidade e rebelião. Naquela ocasião, Moisés transmitiu a palavra do Senhor a todo Israel, acompanhado de sinais e maravilhas, mas o povo não confiou nas promessas de Deus. Como aqueles, se os hebreus não dessem crédito à mensagem do Evangelho, abandonando a fé, pereceriam como aquela geração incrédula.
As boas novas de libertação e do amor de Deus que Israel ouviu no Sinai não foram tão claras quanto a Salvação anunciada agora por intermédio do Senhor (2.3), contudo, teria tido valor para seus ouvintes e os teria introduzido no descanso de Deus, se tivessem recebido com fé” (Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Nota textual Hebreus 4.2. Pág. 1467.)


2. Uma mensagem que se fundamenta na obediência. O autor passa a mostrar a razão de alguns não terem entrado no descanso de Deus: "Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência" (Hb 4.6). A desobediência (gr. apeitheia) é a manifestação ativa da incredulidade. Essa palavra ocorre seis vezes no texto original e foi usada pelo apóstolo Paulo para se referir aos "filhos da desobediência" (Ef 2.2). O crente, quando não crê, age da mesma forma do incrédulo. O autor de Hebreus usa essa palavra novamente no versículo 11, do mesmo capítulo, quando alerta o crente a não "cair no exemplo de desobediência". A mensagem de Deus só tem proveito quando acompanhada pela obediência. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)

Entendemos por desobediência, o ato de alguém se rebelar contra a autoridade, ser insubmisso, quebrar princípios, desrespeitar, afrontar. A desobediência a Deus é um pecado que certamente levará um homem à morte. O trágico desfecho do Éden iniciou-se com o ato de desobediência à Palavra de Deus. A desobediência a Deus e à sua Palavra, tem sido a ruína de muitos cristãos. Quando entramos por este caminho, estamos entrando pelo caminho da morte (Hb 3.18-19).
Essas boas novas para os filhos de Israel eram justamente a promessa de entrada na terra de Canaã. Imagine uma nação inteira que estava sendo escravizada no Egito, sair da casa da servidão rumo ao cumprimento da promessa de tomar posse de uma terra que manava leite e mel? Porem, as boas novas no tempo de Cristo são justamente o anuncio de novas promessas de posse de uma pátria celestial, onde os salvos não terão contrariedades, nem dor e nem sofrimentos de espécie nenhuma. NÃO ENTRARAM. Infelizmente grande parte daqueles que saíram cheios de esperança da terra do Egito, baseados na promessa feita a Deus de tomarem posse da terra prometida, não puderam entrar na terra prometida. Como também muitos dos que ouviram as boas novas do próprio Cristo de Deus, o rejeitaram, e por isso perderam a promessa de vida eterna: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam, nem o aceitaram” (Jo 1.10). POR CAUSA DA DESOBEDIÊNCIA. No caso dos filhos de Israel que pereceram no deserto, eles não tomaram posse da promessa de entrarem na terra prometida, por causa da desobediência. E manifestaram essa tal desobediência por meio das murmurações, tentando ao Senhor e lhe provocando a ira. Cristo veio e anunciou o novo programa de salvação de Deus, mas os seus não entenderam que ele era o Messias prometido por Deus. A desobediência às boas novas do evangelho impede a posse da vida eterna.” (COMENTÁRIO DO NOVO TESTAMENTO Versículo Por Versículo, Hebreus 3.6. Disponível em: http://comentarionovotestamento.blogspot.com.br/2017/03/hebreus-36.html. Acesso em 20 jan, 2018)


3. Uma mensagem que conduz à contrição. A mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações receptivos, abertos: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração" (Hb 4.7b). O autor usa o termo sklerynô - traduzido como "duro", "endurecido" - quatro vezes nesta carta. Esse termo deu origem a palavra portuguesa "esclerose", "esclerosado", isto é, "endurecido", "enrijecido". É a mesma palavra usada por Lucas em Atos 19.9 para dizer que os judeus se "mostraram endurecidos" e por essa razão rejeitaram a mensagem de Paulo. Aqui em Hebreus, como em outros lugares do Novo Testamento, é o homem, e não Deus, que endurece o seu próprio coração. Deus só endurece quem já está anteriormente endurecido (Rm 1.28,29). Para que a mensagem tenha efeito é preciso encontrar corações contritos. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)

Os leitores já aprenderam que eles vivem no tempo que se chama “hoje” (3.13), portanto, devem prestar atenção às promessas e advertências. Através de Davi a oferta para entrar ( e uma advertência sobre o perigo de não entrar) é continuada para uma nova geração, que deve “hoje” responder à voz de Deus. Esse “hoje” aponta em direção de todos aqueles que estavam tomando conhecimento do conteúdo desta carta, para aqueles que tiveram o privilégio de ouvirem o próprio Senhor Jesus, bem como para todos aqueles que nasceram após a os fatos do Calvário. A porta da graça de Deus continua aberta para todos.
“{...} O autor da carta aos Hebreus neste texto está chamando atenção dos seus destinatários quanto ao perigo do pecado, mormente o pecado da incredulidade que tem como consequência o endurecimento do coração. Ele vai buscar na experiência dos seus antepassados no deserto, quando após saírem do Egito, puseram por várias vezes Deus à prova, revelando a perversão e a dureza de seus corações, o exemplo para exortar a igreja sobre o perigo da incredulidade e do distanciamento do Deus vivo.
A insensibilidade espiritual, que no texto em foco é chamada de dureza de coração, foi o resultado desta atitude de incredulidade, daqueles que tinham visto e experimentado inúmeros milagres e livramento de Deus, desde a saída do Egito por todo o tempo de peregrinação no deserto. Endurecidos e incrédulos se afastaram do Deus vivo, sentenciando assim a própria condenação, razão porque toda uma geração de homens e mulheres morreu no deserto sem entrar na terra prometida.
O contexto nos desautoriza a usar o versículo em epígrafe para falar de conversão daqueles que ainda não reconheceram a Cristo como Senhor e Rei em suas vidas, mas pode sim, ser usado para exortar e confrontar àqueles que já se declarando crentes, já tendo experimentado da bênção da salvação, se recusam a viver em plena obediência ao Senhor e à sua palavra.
Não fomos salvos para vivermos descomprometidos neste mundo perdido, a nossa salvação cujo preço seria por nós impagável, foi realizada por Deus em Cristo Jesus. Na cruz o nosso Senhor tomou sobre si a nossa culpa e sofreu o castigo que nosso pecado merecia. Naquele maldito madeiro, Ele nos resgatou das mãos do nosso inimigo, nos livrou da perdição eterna, nos resgatou do inferno e nos trouxe para perto dele, a fim de termos uma nova vida e de vivermos de conformidade com a sua vontade que é boa, perfeita e agradável.
Aquele que nos salvou também nos deu uma missão. Nos chamou e nos comissionou para que fôssemos instrumentos em suas mãos na bendita tarefa de reconciliar o homem consigo mesmo. Ao contrário do que muitos pensam não estamos aqui apenas para desfrutarmos da proteção, cuidado, bondade e amor de Deus. Temos uma missão, um chamado, uma tarefa para realizarmos enquanto estivermos aqui. Neste caso, o descaso, o descompromisso, o desprezo ao propósito de Deus para as nossas vidas é uma grave e indesculpável rebeldia.” (Pr. Ivan José Santos Silva, Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração. Disponível em:http://www.ipsl.org.br/2014/10/hoje-se-ouvirdes-sua-voz-nao-endurecais.html.Acesso em 20 jan, 2018)

   TÓPICO II - JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ

1. Um descanso total. Quando contrastamos o capítulo 11.23 com o 13.1 do livro de Josué surge uma pergunta: Josué conquistou ou não Canaã? Especialistas em línguas semíticas avaliam que Josué 11.23 refere-se a uma avaliação otimista das campanhas do líder do povo de Deus. Ora, o povo peregrino ansiava por vir chegar o dia de herdar a Terra Prometida. Nesse sentido, e como era comum à época, o exército de Josué estabeleceu a supremacia militar por sobre toda Canaã assim que chegou ao território, embora não tivesse pleno controle de cada cidade e vila, conforme deixa patente Josué 13.1. Logo, os capítulos 11 e 13 não são contraditórios, mas confirmam que o descanso dado por Josué ao antigo povo de Deus foi incompleto e parcial. Por outro lado, o que o autor de Hebreus está mostrando é que o descanso provido por Jesus foi completo, total. Nada ficou para ser conquistado. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)

Josué recebeu a árdua tarefa (embora tenha sido apresentado pelo próprio Moisés, que lhe impôs suas mãos sobre Josué, e este ficou cheio do Espírito Santo de Deus, e todo o povo de Israel o reconheceu como seu líder (Dt 34.9) de suceder ninguém mais que Moisés, na tarefa ainda mais difícil de liderar o povo na conquista de Canaã. Ele conquistou a cidade de Jericó e organizou a divisão da terra de Canaã entre as doze tribos. Esta divisão, a terra ainda era ocupada por povos os quais Deus havia determinado que fossem exterminados. Cada tribo ficou responsável por eliminar os inimigos restantes de seu território. Este grande líder militar e espiritual de Israel morreu com 110 anos, durante sua vida ele viu o poder de Deus no Egito, no deserto e na terra prometida.
 HERANÇA - No sentido em que nós entendemos a palavra, o israelita herdava a propriedade de seu pai (Lv 25,46). Mas a palavra hebraica “herdar”(nahal ) tem um sentido mais amplo que em português. Israel recebe como herança Canaã, que é propriedade do Senhor (Js 22,19), prometida aos patriarcas (Gn 12,7). Canaã e o povo de Israel são herança de Deus, sem que ele os tenha recebido de outrem (Ex 15,17; Dt 9,26-29).”. (Bíblia Comentada. Josué 11.23. Disponível em:https://bibliacomentada.com.br/biblia/josue-capitulo-11-versiculo-23-comentado-por-versiculo.html. Acesso em: 20 jan, 2017)
Em Juízes 3.1-4 temos uma relação de povos que não foram exterminados por Israel e o motivo disso: “Estes, pois, ficaram, para por eles provar a Israel, para saber se dariam ouvido aos mandamentos do Senhor, que ele tinha ordenado a seus pais, pelo ministério de Moisés.” (Jz 3.4). O resultado? Logo cedo Israel se viu enredado pela idolatria - [...] e serviram aos seus deuses.” (Jz 3.6).
Parece evidente que de início Josué conquistou a terra apenas como um todo, mas não destruiu literalmente todo vestígio dos antigos moradores. Primeiro ele passou por toda a terra e obteve as maiores vitórias, deixando as batalhas menores para aqueles que mais tarde se apossariam da região. Assim, a expressão “destruiu tudo o que tinha fôlego” ou é uma figura de linguagem expressando sua ampla vitória, ou é uma hipérbole com relação ao seu completo sucesso. Entretanto, mesmo que tal expressão seja entendida mais literalmente, ela se completa com a frase: “sem deixar nem sequer um” (Js 10:40). Aqui nada se diz com relação aos que fugiram e só voltaram quando os exércitos de Josué rumaram para o norte, noutras batalhas. Sem dúvida, nesse ínterim, muitos dos cananeus retornaram e ocuparam suas habitações, e permaneceram como um espinho na carne do povo de Israel.”  (Extraído do livro MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler – Thomas Howe. Disponível em: http://www.cacp.org.br/os-cananeus-foram-destruidos-ou-simplesmente-subjugados/. Acesso em: 30 jan, 2017.)

2. Um descanso real. A redação de Hebreus 4.8, diz: "Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia". A conquista de Canaã era apenas um tipo da qual a Canaã celestial é o antítipo. A conquista da Terra Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual Jesus é a realidade. Quem proveu, de fato, um descanso para o povo de Deus foi Jesus, não Josué: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28). (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)

Tipo e Antítipo - Tipos (do grego TYPOS) são figuras que Deus utilizou ao longo da história bíblica para revelar acontecimentos futuros. Ele tem seu cumprimento na vinda do Messias. Este cumprimento é chamado antítipo. Num tipo há uma correspondência entre certas pessoas, eventos ou coisas do Antigo Testamento e Jesus Cristo no Novo Testamento.”. (Introdução à Teologia. Disponível em: http://institutoteologicocdm.blogspot.com.br/p/introducao-teologias.html. Acesso em 20 jan, 2018).
Aqui temos o tipo e o antítipo – Josué e Jesus; interessante notar que Josué é a forma grega do nome hebraico YEHOSHUA, que permite ao autor assinalar a superioridade de Jesus Cristo sobre Josué. Deus quer que entremos em seu repouso. Para os israelitas que cruzaram o Jordão liderados por Josué, este repouso era Canaã, a terra prometida. Para os cristãos, é paz com Deus agora e eternamente com Deus. Não precisamos esperar até a morte para desfrutar do repouso e da paz de Deus já agora, mesmo em meio às aflições (Habitando, pois, os filhos de Israel no meio dos cananeus, dos heteus, e amorreus, e perizeus, e heveus, e jebuseus, Jz 3.5).

3. Um descanso eterno. Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas incompleto e tipológico, ele foi também temporário: "Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus" (Hb 4.9). O descanso não é aqui! Embora desfrutemos das bênçãos do reino na era presente, todavia, o futuro aguarda a sua plenitude. A estrada é longa e ninguém pode se deixar fatigar pelo caminho. É preciso caminhar com dedicação e vigilância: "Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência" (Hb 4.11). (Hb 3.6). (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)

Assim como a terra de Canaã estava garantida à semente de Abraão, segundo a carne, também o céu está garantido a toda a sua semente espiritual, por meio de um concerto, e como uma possessão que é verdadeiramente eterna. Canaã é uma terra em direção à qual todos nós peregrinamos, pois ainda não podemos enxergar o que seremos! (Ef 1.14).
“A descrição do descanso como um “repouso de sábado” é importante, porque introduz uma palavra (sabbatismos) que não ocorre em nenhum outro lugar. Pode ter sido cunhada por este escritor (assim MM), porque diferencia eficazmente entre o tipo espiritual de descanso e o descanso em Canaã (o Salmo tem a palavra katapausis).42 Aqueles que são elegíveis para este repouso de sábado (ARA simplesmente repouso) são chamados o povo de Deus, que os distingue dos israelitas descrentes. Este é, na realidade, um termo abrangente, apropriado para a comunidade universal, que inclui tanto os judeus quanto os gentios (cf. um uso semelhante em 1 Pe 2.10). Este aspecto possessivo de Deus é notável. Deleita-Se em chamar os crentes de Seu povo. Uma nova comunidade, dedicada a ouvir a voz de Deus e a obedecê-la, tomou o lugar do antigo Israel que fracassou no tempo da provação”. (GUTHRIE, Donald. A Carta aos Hebreus - Introdução e Comentário por - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova e Associação Religiosa Editora Mundo Cristão. Disponível em: https://teologiaediscernimento.files.wordpress.com/2014/08/hebreus-introduc3a7c3a3o-e-comentc3a1rio-donald-guthrie.pdf. Acesso em 20 jan, 2018).
Por fim, note que este descanso é expressado numa forma que sugere que algum esforço considerável é necessário. O verbo (spoudazò, “esforçar-se”) envolve certo grau de pressa, e é em conformidade com isto que o escritor dá suas advertências. O autor tem em mente que a história possa voltar a repetir-se, embora não haja no texto nenhum indício de que isto já tenha acontecido com aquela comunidade, ficando assim, apenas no campo da advertência – para eles e para nós.

   TÓPICO III - JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ

1. Uma palavra viva. Já vimos que o autor de Hebreus afirma que a geração do Êxodo ouviu as boas-novas da Palavra de Deus, mas não lhe deu ouvido. Novamente o povo de Deus estava diante de sua Palavra. Essa Palavra não foi anunciada por um anjo, Moisés nem tampouco por Josué, mas pelo próprio Filho de Deus — Jesus. Essa Palavra não mais se limita à letra, a Lei, porque ela é "viva" (Ez 37.3,4). Jesus afirmou que suas palavras "são espírito e vida" (Jo 6.63). Como devemos nos portar diante da Palavra Viva de Deus? (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)

Ao dizer em Mt 4.17: ‘arrependei-vos’, nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse arrependimento. Porque Cristo é o mestre do espírito, não da letra, e suas palavras são vida e espírito (Jo 6.63), é necessário que ele ensine um arrependimento que seja feito em espírito e em verdade, não um arrependimento que possa ser feito exteriormente pelos mais soberbos hipócritas, desfigurando o rosto em seus jejuns, orando nos cantos e dando esmola com trombetas. Digo que é preciso que Cristo ensine um arrependimento que possa ser feito em toda espécie de vida – que o rei em sua púrpura, o sacerdote em sua pureza ritual e os príncipes em sua dignidade possam fazer não menos do que o monge em seus ritos e o mendigo em sua pobreza. Pois a doutrina de Cristo deve convir a todos os seres humanos, isto é, de todas as condições” (Bíblia Sagrada com reflexões de Lutero: Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Por Sociedade Bíblica do Brasil.)
A Bíblia inteira, o Velho Testamento e o Novo Testamento, estão entrelaçados com o evangelho da Salvação de Deus, apontando para a necessidade da salvação do pecador, do julgamento que está para vir, a expiação do sacrifício de Cristo na Cruz, apontando para o fato de que a nossa salvação é um trabalho feito pela soberana vontade de Deus ou uma verdade espiritual relacionada. Qualquer significado de simbolismo ou alegoria, deve apontar para Cristo e seu evangelho, e deve estar consistente com tudo o mais dentro das escrituras. Ao lermos os relatos de livros do Antigo Testamento como Êxodo, Josué ou Juízes, vemos que a geração que sucedia a anterior logo se esquecia da Palavra do Senhor e de Suas promessas. Por este fato, sobrevinha-lhes a dor e aflições. Por este motivo, aquela geração que saiu do Egito pereceu no deserto e o próprio Moisés, com seu irmão Arão, não puderam entrar na Terra Prometida. A advertência agora nos leva a refletirmos sobre a necessidade de cumprirmos a Grande Comissão, de anunciarmos à tempo e fora de tempo a Palavra Viva!


2. Uma palavra eficaz. A Palavra de Deus é viva, ela produz vida. Mas além de viva, ela é eficaz. Produz resultados: "sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre" (1Pe 1.23). O autor mostra que essa palavra é produtiva. O termo energes, traduzido como "eficaz", é usado na Bíblia para se referir à atividade divina que produz resultados: "assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei" (Is 55.11). (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)

Note que o Evangelho, como afirma Paulo, ‘é o poder de Deus para nossa salvação’ (Rm 1.16). A revelação do plano eterno de Deus para a salvação do homem atingiu seu ponto culminante no sacrifício de Jesus Cristo, e seu benefício na revelação do evangelho. O Evangelho produz vida! Ele é eficaz nessa nova geração.
Quando Jesus declarou que as palavras que Ele falava eram espírito e vida (Jo 6.63), era esta parte vivificante da Sua revelação que estava sendo enfatizada. A segunda característica, eficaz ou “ativa” (energês), serve para sublinhar a mesma idéia. Uma coisa pode ser viva mas dormente, mas a natureza da vida verdadeira é que explode em atividade e desafia em todas as frentes aqueles que não ficam à altura das suas exigências. A Palavra de Deus, nas suas exigências intelectuais e morais, persegue os homens e clama por decisões pessoais a serem feitas em resposta às suas exortações. Sem dúvida, o escritor está pensando no caráter sempre presente do desafio espiritual que acaba de extrair da sua leitura do Salmo 95.” (GUTHRIE, Donald.Hebreus introdução e comentário – Ed Vida Nova e Mundo Cristão. Disponível em: https://teologiaediscernimento.files.wordpress.com/2014/08/hebreus-introduc3a7c3a3o-e-comentc3a1rio-donald-guthrie.pdf. Acesso em 20 jan, 2018)

3. Uma palavra penetrante. A Palavra de Deus é retratada como um instrumento vivo, eficaz e cortante, "mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4.12). A metáfora usada pelo autor é muito forte e serve para mostrar que a Palavra de Deus possui um grande poder de penetração. Ela não fica na superfície, mas vai até o centro do ser humano. Os israelitas falharam por não ouvir as palavras de Moisés e Josué, e os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para responder a essa Palavra.  (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)

“A comparação entre a Palavra de Deus e uma espada é achada também em Efésios 6.17 e volta a ocorrer em Apocalipse 1.16, onde a idéia de uma espada de dois gumes é usada para descrever a natureza das palavras que procedem da boca do Filho de Deus glorificado. É achada, ademais, em Isaías 49.2 e Sabedoria 7.22. A referência em Efésios está num contexto da armadura espiritual, e é especificamente aplicada ao ataque contra as forças do mal. Aqui, porém, a ênfase recai sobre o caráter penetrante da Palavra, que é expresso na descrição comparativa: mais cortante. É a capacidade de penetração da espada de dois gumes que impressionou o autor mais fortemente. Mas até mesmo isso não está à altura de tudo quanto a Palavra é na sua atividade.” (GUTHRIE, Donald.Hebreus introdução e comentário – Ed Vida Nova e Mundo Cristão. Disponível em: https://teologiaediscernimento.files.wordpress.com/2014/08/hebreus-introduc3a7c3a3o-e-comentc3a1rio-donald-guthrie.pdf. Acesso em 20 jan, 2018)

A ação do Evangelho ressalta a verdadeira natureza a alma e do espírito. O uso neotestamentário de pneumafocaliza o aspecto espiritual do  homem, isto é, sua vida em relação a Deus, ao passo que psychê refere-se à vida do homem independentemente da sua experiência espiritual, isto é, sua vida em relação a si mesmo, às suas emoções e ao seu pensamento. O Evangelho é capaz de ‘ler’ o homem por completo e refletir sua real condição – inimigo de Deus. Nada, nem mesmo nossos pensamentos mais íntimos, está abrigado do discernimento da mensagem de Deus.




   CONCLUSÃO

A palavra chave desta lição é "descanso". Todos nós nos fatigamos na caminhada da vida. O problema, portanto, não é se cansar, mas permitir que fatores diversos interrompam a nossa jornada de fé. Com os israelitas o desânimo veio como consequência da infidelidade, incredulidade e desobediência. As mesmas coisas podem acontecer conosco se não atentarmos para a santa, viva e eficaz Palavra de Deus. Nessa jornada temos como guia não um Moisés ou um Josué, mas Jesus, o autor e consumador da nossa fé. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 4, 28 jan 18)

Finalmente, podemos encaixar todas as peças. Aqui em Hebreus temos imaginado o sábado semanal (descanso do trabalho), entretanto contextualmente a Escritura está falando sobre o descanso de Deus na criação, que é “Hoje”. Nós sabemos que aqueles que já guardavam o sábado semanal (os filhos de Israel) não entraram neste descanso. Após 40 anos de peregrinação eles entrarem na terra prometida, mas Josué ainda não pode dar-lhes descanso. “Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei (Mt 11.28). Esse convite é dirigido a todos indistintamente. Esse convite é aberto a todos os que estão cansados e sobrecarregados com o peso do pecado ou o peso do legalismo. Esse convite não é discutir sobre Cristo, mas para um encontro com Cristo. Não é religião. Não é moralidade. Não é rito religioso. Não é caridade. Não é misticismo. Não é legalismo. Não é fuga da realidade. É um encontro com aquele que é a vida, a paz, a alegria, a salvação. Vir a Cristo significa confiar nele. Entregar-se a ele,

“... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),




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