8 Itens que você precisa aprender e seguir.
1. Vida de santificação
O cristão é chamado a consagrar a Deus todos os aspectos de sua vida.
Como está escrito: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e
esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus
Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis
anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo Aquele que
vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento,
porque escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo” (1Pe 1:13-16). Ao fazer
a vontade do Mestre, “precisamos chegar ao ponto de reconhecer plenamente o
poder e a autoridade da Palavra de Deus, quer ela concorde ou não com nossas
opiniões preconcebidas. Temos um perfeito livro-guia. O Senhor nos falou a nós;
e, sejam quais forem as consequências, devemos receber Sua Palavra e praticá-la
na vida diária. De outro modo estaremos escolhendo nossa própria versão do
dever e fazendo exatamente o oposto daquilo que nosso Pai celestial nos mandou
fazer”.
2. Crescimento espiritual
A santificação implica um contínuo processo de crescimento espiritual
pela graça de Deus em Jesus, através da comunhão pessoal com Ele pelo estudo da
Bíblia, pela prática da oração e pelo testemunho pessoal. O alvo é chegar “ao
pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da
estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos,
agitados de um lado ao outro e levados ao redor por todo vento de doutrina,
pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo
a verdade em amor, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo” (Ef
4:13-15). “Muitos têm a ideia de que devem fazer sozinhos parte do trabalho.
Confiaram em Cristo para o perdão dos pecados, mas agora procuram por seus
próprios esforços viver retamente. Mas qualquer esforço como este terá de
fracassar. Diz Jesus: ‘Sem Mim nada podereis fazer’ (Jo 15:5). Nosso
crescimento na graça, nossa felicidade, nossa utilidade – tudo depende de nossa
união com Cristo. É pela comunhão com Ele, todo dia, toda hora – permanecendo
nEle – que devemos crescer na graça”.
3. Pureza moral
Todo filho e filha de Deus deve conservar puros o coração e a mente (Sl
24:3, 4; 51:10), seguindo o modelo de Cristo: “E a si mesmo se purifica todo o
que nEle tem esta esperança, assim como Ele é puro.” (1Jo 3:3). O cristão deve
evitar e rejeitar tudo que possa poluir sua mente e sua vida, levando-o a pecar.
Duas exortações de Paulo servem para nortear suas escolhas: “Portanto, quer
comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de
Deus” (1Co 10:31); “Finalmente, irmãos, tudo que é verdadeiro, tudo o que é
respeitável, tudo o que é puro, tudo que é amável, tudo que é de boa fama, se
alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isto que ocupe o vosso
pensamento” (Fp 4:8).
4. Recreação e mídia
Seguindo o princípio da pureza moral, o cristão deve evitar livros e
revistas, programas de rádio, televisão, internet ou qualquer outro tipo de
mídia, jogos ou equipamentos modernos cujo conteúdo possa poluir sua mente e
coração. Deve-se evitar tudo que induza ao mal e promova violência,
desonestidade, desrespeito, adultério, pornografia, vícios de toda sorte,
descrença, uso de palavrões e linguagem obscena, entre outras coisas. O cristão
não pode conformar-se aos valores comuns de um mundo profundamente corrompido
pelo pecado, mas deve ser transformado pelo Espírito, renovando sua mente a fim
de experimentar “a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2; ver
também 1Jo 2:15-17). Certos lugares públicos de diversão tais como estádios
esportivos, teatros e cinemas, em sua programação habitual, são inapropriados
para o cristão adventista. Vários fatores contribuem para essa avaliação
negativa por parte da Igreja, dentre eles:
·
a falta de controle sobre o conteúdo que é apresentado ou o evento que
está ocorrendo;
·
a psicologia de massa que muitas vezes leva alguém a seguir em uma
direção que de outro modo não o faria;
·
o fato de todo o ambiente ser planejado para potencializar o impacto
sobre o indivíduo e sua mente, facilitando a aceitação, geralmente
imperceptível, de ideias e valores contrários à fé cristã;
·
o tempo e os recursos financeiros gastos nessas diversões que poderiam
ser utilizados para outros fins mais condizentes com a fé e os propósitos de
vida de um cristão;
·
o testemunho negativo que a frequência a esses lugares pode deixar na
mente de membros e não membros da igreja. O conselho de Ellen White aos jovens
acerca do teatro, no seu tempo, parece ainda mais pertinente hoje para todos os
lugares de diversão: “Entre os mais perigosos lugares de diversões, acha-se o
teatro. Em vez de ser uma escola de moralidade e virtude, como muitas vezes se
pretende, é um verdadeiro foco de imoralidade. Hábitos viciosos e propensões
pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. Canções
baixas, gestos, expressões e atitudes licenciosos depravam a imaginação e
rebaixam a moralidade. Todo jovem que costuma assistir a essas exibições se
corromperá em seus princípios. [...] O amor a essas cenas aumenta a cada
condescendência, assim como o desejo das bebidas alcoólicas se fortalece com
seu uso. O único caminho seguro é abster-nos de ir ao teatro, ao circo e a
qualquer outro lugar de diversão duvidosa” (Ellen G. White, Mensagens aos
Jovens, p. 380).
A dança e os ambientes sociais como boates e outras casas noturnas são
contrários ao princípio da pureza cristã, uma vez que excitam as paixões
humanas, a luxúria e sedução. A dança é ainda comumente acompanhada do estímulo
ao uso de bebidas alcoólicas, de drogas, da prática de violência e
comportamento desenfreado. Sua promoção e prática não se harmonizam com os
princípios cristãos adventistas, nem mesmo em um contexto particular,
residencial, ou em atividades espirituais e sociais realizadas pela igreja.
A recreação através da música, seja ela religiosa ou não, também deve
passar pelos critérios bíblicos da glorificação a Deus e qualidade do material
em questão.
5. Vestuário
O vestuário cristão é claramente orientado nas Escrituras pelo princípio
da modéstia e da beleza interior que implicam bom gosto com decoro. Os Adventistas
do Sétimo Dia creem que os princípios acerca do vestuário que aparecem em 1
Timóteo 2:9 e 10 e 1 Pedro 3:3 e 4, em relação às mulheres cristãs, se aplicam
tanto a homens como a mulheres. O cristão deve se vestir com modéstia,
decência, bom-senso, evitando a sensualidade provocativa tão comum da moda, e
sem ostentação de “ouro, pérolas ou pedras preciosas, ou vestuário dispendioso”
(1Tm 2:9).
Esse princípio deve aplicar-se não apenas a roupas, mas a todas as
questões que envolvem a aparência pessoal e seus enfeites. Tudo deve evidenciar
a riqueza do “homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito
manso e quieto, que é precioso diante de Deus” (1Pe 3:4). “O caráter de uma
pessoa é julgado pelo aspecto de seu vestuário. Um gosto apurado, um espírito
cultivado, revelar-se-ão na escolha de ornamentos simples e apropriados. [...]
É justo amar e desejar a beleza; Deus, porém, deseja que amemos e procuremos
primeiro a mais alta beleza – aquela que é imperecível. As mais seletas
produções da perícia humana não possuem beleza que se possa comparar com a
beleza do caráter, que à Sua vista é de grande preço”.
6. Jóias e ornamentos
Os princípios bíblicos da modéstia e da beleza interior, que aparecem em
1 Timóteo 2:9 e 1 Pedro 3:3, deixam bem claro que o cristão deve abster-se do
uso de joias e de outros ornamentos, como bijuterias e piercing, e de tatuagens
(Lv 19:28). Segundo a exortação bíblica, o cristão deve levar uma vida simples,
sem ostentação, evitar despesas desnecessárias e estar livre do espírito de
competição tão comum na sociedade. Esses princípios se aplicam às joias
ornamentais. As joias funcionais, usadas segundo o contexto sociocultural,
também devem seguir os mesmos princípios. Para o cristão, a autoestima e a
valorização social estão fundamentadas no fato de o ser humano ter sido criado
à imagem de Deus (Gn 1:26, 27); de cada individuo ser dotado de dons e talentos
que lhes são únicos (Mt 25:14-29); e, sobretudo, por ele ter sido resgatado do pecado
pelo mais alto preço possível no Universo, o precioso sangue de Cristo (1Co
6:20).
A busca de autoestima e valorização social por meio do uso de joias ou
ornamentação externa conflita com a profunda experiência cristã que Deus deseja
para Seus filhos e filhas (1Tm 2:9, 10; 1Pe 3:3, 4). Apesar de vários
personagens bíblicos terem usado joias, o texto bíblico deixa claro que o seu
abandono caracteriza um movimento de total reavivamento e reforma espiritual do
povo de Deus (Gn 35:2-4; Êx 33:5, 6). É nesse contexto de reforma e
reconsagração que os apóstolos Paulo e Pedro apontam a norma a ser seguida
pelos discípulos de Cristo. Para os Adventistas do Sétimo Dia, essa norma deve
ser ainda mais relevante, visto que nossa missão como o Elias profético nestes
últimos tempos significa também simplicidade no vestuário (Mt 11:7-10; Mc 1:6;
Lc 7:24-27). “Trajar-se com simplicidade e abster-se de ostentação de joias e
ornamentos de toda espécie está em harmonia com nossa fé”.
7. Sexualidade humana
A sexualidade humana é apresentada na Bíblia como parte da imagem de
Deus na humanidade (Gn 1:27), e foi planejada por Deus para ser uma bênção ao
gênero humano (Gn 1:28). Desde o princípio, Deus estabeleceu também o contexto
em que ela deve ser exercida – o casamento entre um homem e uma mulher (Gn
2:18-25; Hb 13:4). A Bíblia deixa claro que a sexualidade deve ser exercida com
respeito, fidelidade, amor e consideração pelas necessidades do cônjuge (Pv
5:15-23; Ef 5:22-33).
O fiel adventista deve evitar também o jugo desigual, relacionando-se
afetivamente e unindo-se em matrimônio somente com alguém que compartilhe sua
fé (2Co 6:14, 15). As Escrituras claramente classificam
como pecado as diferentes formas de sexo fora das diretrizes divinas, como:
·
o sexo pré-marital e a violência sexual (Dt 22:13-21, 23-29);
·
o adultério ou sexo extraconjugal (Êx 20:14; Lv 18:20; 20:10; Dt 22:22;
1Ts 4:3-7);
·
a prostituição, feminina ou masculina (Lv 19:29; Dt 23:17);
·
a relação com pessoas da mesma família ou crianças (Lv 18:6-17; 20:11,
12, 14, 17, 19-21);
·
a relação entre pessoas do mesmo sexo (Lv 18:22; Lv 20:13; Rm 1:26, 27);
·
o travestismo (Dt 22:5);
·
e a relação sexual com animais (Lv 18:23; Lv 20:15, 16).
As Escrituras também condenam:
·
o assédio sexual (Gn 39:7-9; 2Sm 13:11-13);
·
o exibicionismo sensual (Ez 16:16, 25; Pv 7:10, 11);
·
manter pensamentos e desejos impuros (Mt 5:27-28; Fp 4:8);
·
a impureza e os vícios secretos, como a pornografia e a masturbação (Ez
16:15-17; 1Co 6:18; Gl 5:19; Ef 4:19; 1Ts 4:7).
O argumento comum de que muitos desses comportamentos sexuais não eram
aceitos na antiguidade, quando a Bíblia foi escrita, mas que hoje são
socialmente aceitos e, portanto, podem ser até mesmo praticados pelos cristãos,
demonstra falta de conhecimento da realidade entre os povos vizinhos do antigo
Israel. O próprio texto bíblico é bem claro nessa questão. Levítico 18 diz que
essas práticas eram comuns e aceitas no Egito e, mais ainda, na terra de Canaã
(Lv 18:3, 24, 25, 27).
Deus condenou essas práticas, apesar de serem aceitas na antiguidade. Os
israelitas deveriam viver segundo outro modelo de comportamento sexual, ou
seja, o que está explícito nos mandamentos de Deus (Lv 18:4, 5, 26, 30). No
entanto, para aqueles que sofrem tentações ou que têm sucumbido em qualquer
área do comportamento sexual, a promessa de vitória em Deus é animadora: “Tudo
posso nAquele que me fortalece” (Fp 4:13); “não por força nem por poder, mas
pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4:6). “Os que põem em Cristo
a confiança não devem ficar escravizados por nenhuma tendência ou hábito
hereditário, ou cultivado. Em lugar de ficar subjugados em servidão à natureza
inferior, devem reger todo apetite e paixão. Deus não nos deixou lutar contra o
mal em nossa própria, limitada força. Sejam quais forem nossas tendências
herdadas ou cultivadas para o erro, podemos vencer mediante o poder que Ele
está disposto a nos comunicar”.
8. Saúde
O corpo humano é o templo do Espírito Santo e o cristão deve glorificar
a Deus em seu corpo (1Co 3:16, 17; 6:19, 20; 10:31). O cuidado do corpo e da
saúde faz parte da restauração da imagem de Deus no homem: “Deus deseja que
alcancemos a norma de perfeição que o dom de Cristo nos tornou possível. Ele
nos convida a fazer nossa escolha do direito, para nos ligarmos com os
instrumentos celestes, adotarmos princípios que hão de restaurar em nós a
imagem divina. Na Sua palavra escrita e no grande livro da natureza, Ele
revelou os princípios da vida. É nossa obra obter conhecimento desses
princípios e, pela obediência, cooperar com Ele na restauração da saúde do
corpo bem como da alma” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 114, 115).
Em Sua Palavra, Deus deu orientações claras acerca de comida (Gn 1:29;
3:18; 7:2; 9:3, 4; Lv 11:1-47; 17:10-15; Dt 14:3-21) e bebida (Lv 10:9; Nm 6:3;
Pv 20:1; 21:17; 23:20, 29-35; Ef 5:18). A dieta vegetariana é o ideal de Deus
para o ser humano (Gn 1-3) e também a abstinência de qualquer tipo de bebida
alcoólica e de tudo que seja prejudicial à saúde humana, como bebidas cafeinadas
e drogas (Êx 20:13; 1Co 3:17; 6:19; 10:31). As boas coisas que Deus criou para
o ser humano devem ser usadas com equilíbrio e sabedoria (Pv 25:16, 27). As
coisas más devem ser totalmente evitadas.
Alimentação adequada e abstinência de tudo que é prejudicial à saúde são
dois dos oito remédios naturais que Deus prescreveu para a manutenção de uma
vida saudável e equilibrada e para a cura de muitas doenças e sofrimento: “Ar
puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de
água e confiança no poder divino – eis os verdadeiros remédios. Toda pessoa
deve possuir conhecimentos dos meios terapêuticos naturais e da maneira de
aplicá-los. [...] Aqueles que perseveram na obediência à suas leis ceifarão
galardão em saúde de corpo e de alma”.
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