Epístola aos Romanos
A Epístola aos Romanos, Epístola
de Paulo aos Romanos, geralmente referida apenas como Romanos,
é o sexto livro do Novo Testamento.
Os estudiosos da Bíbliaconcordam que ela
foi escrita pelo apóstolo Paulo aos romanos para explicar como a salvação
é oferecida por meio do Evangelho de Jesus Cristo. É a primeira e a mais longa
das Epístolas Paulinas,
e é considerada a epístola com o
"mais importante legado teológico".1 2
História
Representação do século XVI de
São Paulo escrevendo sua Epístola. Romanos 16:22 indica
que Tércio atuou como seu copista.
A epístola aos romanos foi
escrita por Paulo, provavelmente na cidade de Corinto, Grécia,
enquanto ele estava hospedado na casa de Caio e
transcrita por um dos Setenta Discípulos, o escriba chamado Tércio de Icônio.3 Há
uma série de razões que convergem para a teoria de que Paulo a escreveu em
Corinto, uma vez que ele estava prestes a viajar para Jerusalém ao
escrevê-la, o que corresponde com Atos 20:3, no qual é
relatado que Paulo permaneceu durante três meses na Grécia.
Isso provavelmente implica Corinto, pois era o local de maior sucesso
missionário de Paulo, na Grécia.4 Adicionalmente Febe,
uma diaconisa da
igreja em Cencréia, um porto a leste de Corinto, teria
sido capaz de transmitir a carta a Roma depois de passar por Corinto. Erasto,
mencionado em Romanos 16:23, também
viveu em Corinto sendo comissário da cidade para obras públicas e tesoureiro da
cidade em várias épocas, mais uma vez indicando que a carta foi escrita em
Corinto.5
O momento exato em que foi
escrito não é mencionado na carta, mas foi obviamente escrito quando a coleta
de ofertas para Jerusalém tinha sido montada e Paulo estava prestes a ir
a Jerusalém, ou seja, no final de sua segunda visita a Grécia, durante o
inverno que precedeu a sua última visita a essa cidade. A maioria dos
estudiosos propoem que a carta foi escrita no final de 55, 56 ou 57.6 Outros
propoem o início de 58 ou 55, enquanto Luedemann
defende uma data anterior, como 51/52 (ou 54/55 ), na sequência de Knox, que
propôe 53/54.7
Contexto de
Romanos na vida de Paulo
Durante
dez anos antes de escrever a carta (aproximadamente 47-57), Paulo tinha viajado
ao redor da fronteira com o Mar Egeu evangelizando. Igrejas foram implantadas
nas províncias romanas da Galácia, Macedónia, Acaia e Ásia. Paulo, considerando a sua tarefa
concluída, queria pregar o evangelho na Espanha.8 .
Isso lhe permitiu visitar Roma no caminho, uma ambição de longa data dele. A
carta aos Romanos, em parte, prepara a comunidade de Roma e dá motivos para sua
visita.8
Além da localização geográfica
de Paulo, suas opiniões religiosas são importantes. Primeiro, Paulo era
um judeu helenístico com
um fundo farisaico,
integrante de sua identidade. Sua preocupação com o seu povo é uma parte
do diálogo e
é retratado ao longo da carta.
Hermenêutica
Hermenêutica bíblica pretende estudar os
princípios da interpretação da Bíblia enquanto uma coleção de livros
sagrados e divinamente inspirados. No Cristianismo,
esta interpretação é estudada e obtida através da exegese.
A hermenêutica bíblica abrange a relação dialética que visa substancializar os
significados dos textos bíblicos para aproximar o mesmo da realidade
fática, na qual se vislumbra o esclarecimento por meio da Bíblia. A
hermenêutica bíblica utliza-se de outros princípios comuns aos demais tipos de hermenêutica,
como por exemplo a hermenêutica jurídica que segue os princípios da
inegabilidade do ponto de partida e a proibição do "non liquet". Em
verdade, a hermenêutica bíblica não deve se afastar do texto bíblico, bem como
não se abstem da problemática inicial do hermenêuta. O principal objetivo da
hermenêutica bíblica é o de descobrir a intenção original do autor bíblico. No
caso dos textos da Bíblia, o leitor, ao menos racionalmente, não tem acesso
direto ao autor original. Por isso é necessário aplicar princípios da
hermenêutica (a ciência da interpretação) ao texto bíblico.
Além do fator de
separação pessoal entre o leitor atual e o autor original, há outras barreiras
para a compreensão. Os últimos e mais recentes livros da Bíblia foram escritos
há cerca de dois mil anos. Além da distância de tempo, há diferenças de idioma,
pois a Bíblia foi escrita originalmente em hebraico, aramaico e grego.
Há ainda diferenças culturais e de costumes que separam os leitores atuais dos
autores originais da Bíblia. Alguns exemplos são o sistema
de sacerdotes e sacrifícios da Lei mosaica do Antigo Testamento,
e o uso do véu por mulheres no Novo
Testamento.
Interpretação
católica
Os católicos aceitam a
necessidade da fé para
a salvação, mas apontam para Romanos 2:5-11 para a
necessidade de viver uma vida virtuosa e praticar as boas obras, assim:9
Mas, segundo a tua dureza e
teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação
do juízo de Deus, o qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber, a
vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e
incorrupção, mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes a
verdade e obedientes à iniqüidade, tribulação e angústia sobre toda a alma do
homem que faz o mal; primeiramente do judeu e também do grego, glória, porém, e
honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao
grego. Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.
Sobre este assunto, São Tiago diz
também que o homem é justificado pelas obras e pela fé (Tg 2, 24), ou então pelas obras
que nascem da fé, porque a fé sem obras é morta (Tg 2, 17).
Interpretação
protestante
Para argumentar a alegação de
que a salvação é obtida somente pela fé em Cristo e não pelas boas obras, os
protestantes sustentam Romanos 4:2-5:
Porque, se Abraão foi
justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus, pois,
que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça,
ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a
graça, mas segundo a dívida, mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que
justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.
Eles também apontam que, para
os escritos de Romanos 2:21-25:
Tu, pois, que ensinas a outro,
não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu,
que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos,
cometes sacrilégio? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela
transgressão da lei? Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado
entre os gentios por causa de vós, porque a circuncisão é, na verdade,
proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua
circuncisão se torna em incircuncisão.
Martinho
Lutero qualificou a carta de Paulo aos romanos como a
"mais importante peça do Novo Testamento. É o mais puro Evangelho. Vale a
pena para um Cristão não somente memorizar palavra por palavra, mas também
ocupar-se com ela diariamente, como se fosse o pão diário da alma".10
Romanos têm estado na
vanguarda de vários movimentos importantes no protestantismo.
As palestras de Martinho Lutero sobre Romanos em 1515-1516, provavelmente
coincidiu com o desenvolvimento de sua crítica ao Catolicismo que
levou às 95 Teses de 1517. Em 1738, na audiência do
"Prefácio de Lutero à Epístola aos Romanos" lido na Igreja de St.
Botolph em Aldersgate Street, Londres, John Wesley disse
que sentiu seu coração "estranhamente aquecido", uma experiência de conversão, que é muitas vezes
vista como o início de Metodismo.
Boas obras
Boas obras é um
chamamento para todo o cristão viver a fé e o mandato de Jesus Cristo,
pois, segundo várias confissões cristãs,
nomeadamente a Igreja Católica, todos seremos julgados pelas
nossas obras praticadas. As boas obras, nomeadamente a esmola, são
particularmente recomendados aos católicos durante
o período anual da Quaresma.
Aprofundamento teológico e suporte bíblico
Segundo
a doutrina católica, "as boas obras são
feitas para agradar a Deus por amor e são as consequências da verdadeira fé, posta em prática".
Esta fé em Jesus Cristo e nos seus ensinamentos traduz-se no nosso desejo e
obrigação de praticar e exprimir a virtude da caridade,
o espírito de misericórdia e, em suma, a vontade de
Deus.
Aliás, é o
próprio Jesus que diz: «nem todo aquele que me diz "Senhor,
Senhor" entrará no Reino dos
Céus, mas aquele que pratica a vontade de meu Pai que
está nos céus» (Mt 7, 21). Apesar de São Paulo defender
«que o homem é justificado pela fé» (Rom 3, 28 - 31), ele afirma
também que «Deus retribuirá a cada um segundo suas obras» (Rom 2, 6).
Sobre este assunto, São Tiago diz também que «o homem é justificado
pelas obras e pela fé» (Tg 2, 24), ou então "pelas
obras que nascem da fé, porque a «fé sem obras é morta1 »
(Tg 2, 17)" .
Jesus manda os seus
crentes, que são «a luz do mundo», que brilhem «brilhem do mesmo modo
a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras,
glorifiquem vosso Pai que está nos céus» (Mt 5, 14-16). Com isto,
pode-se concluir que "o homem deve dar glória a
Deus na terra através de suas obras. Podendo fazer obras, e não as
fazendo, peca o
homem contra Deus e não se justifica pela Fé, visto que sua Fé é morta ao não
produzir os frutos esperados".
Logo, "o
homem é salvo pelas boas obras nascidas da fé", porque "só uma
fé viva pode dar a vida", sendo por isso a prática delas um
instrumento necessário para a salvação,
principalmente para a obtenção dasindulgências.2 Por
isso, a Igreja Católica defende que todos os pecadores que
desejam ser salvos e que ainda têm fé "devem pedir perdão de seus
pecados, mudar de vida" e tentar praticar, com fé, as boas obras, tal
como "nos manda Nosso Senhor: "Ide e não peques mais!".
Aliás, São Paulo insurgiu-se contra a vida pecaminosa daqueles que têm fé,
dizendo: «Que diremos então? Que devemos permanecer no pecado a fim de que
a graça atinja
sua plenitude? De modo algum!»(Rom 6, 1-2).3
Obras de misericórdia
Segundo
a doutrina católica, as boas obras mais perfeitas
e por isso mais usadas para julgar o católico no dia do seu Juízo particular são as obras de misericórdia. Estas obras,
que ao todo são catorze, têm como finalidade socorrer "o nosso próximo
nas suas necessidades corporais ou espirituais".
Elas são portanto divididas, consoante a sua natureza, em dois grupos:
·
as obras de
misericórdia corporais, que são sete:
·
Dar de comer a quem tem fome;
·
Dar de beber a quem tem sede;
·
Vestir os nus;
·
Visitar os presos;
·
Enterrar os mortos.
·
as obras de
misericórdia espirituais, que são também sete:
·
Dar bom conselho;
·
Ensinar os ignorantes;
·
Corrigir os que erram;
·
Consolar os aflitos;
Como
ir para o Céu
O plano de Deus para a sua salvação
Primeiro
você precisa saber:
1) Boas obras não salvam
(Efésios 2:8,9 / João 14:6 / Tito
3:4-7)
2) Todos pecaram inclusive você (Rom
3:23)
3) E por isso todos estão indo para a
morte eterna (o Inferno) (Rom 6:23)
4) Mas Deus nos amou tanto que enviou
Jesus Cristo para nos salvar(João 3:16 / João 14:6 / Romanos 5:8 / Lucas 5:32)
E assim se você...
1) ...
se arrepender e confessar
que é pecador, (2 Cor 7:10 / 1 Jo 1:9)
2) ... crer que Jesus é o Filho
de Deus (Rom 10:9)
3) ...
epedir a Ele: “ Jesus me perdoa, me salva!” (Rom 10:13 /
Lucas 23:33-43)
Então você será salvo!
1) Todos os seus pecados serão
perdoados e lavados pelosangue de Jesus(I João 1:7 / Marcos 1:40-42)
2) Você terá vida eterna no céu com
Deus(João 3:16 / João 14:2-6)
3) A salvação não se perde jamais (João
10:27-30)
“eis aqui agora o dia da salvação” (2
Cor 6:2)
Ninguém sabe quanto tempo vai viver, não
adie a maior decisão que você tem a tomar na vida.
Converse com Deus em uma oração
simples, se arrependa, confesse, creia e clame “Jesus me
perdoa, me salva, me lava, me transforma!”
E assim você poderá ter absoluta certeza
da salvação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário