Mais Além de Qualquer Dúvida Razoável
23 Argumentos para a Validez Histórica da Ressurreição de Jesus Cristo
|
De ser
verdade, a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos é o acontecimento
mais importante da história da humanidade, e por conseguinte é crucial poder
confirmá-lo como um autêntico evento histórico. Na realidade, a ressurreição
é o eixo de rotação da fé Cristã, mantendo unido cada reivindicação e cada
bênção. Se pudesse ser comprovada que a ressurreição é uma fraude, o
Cristianismo se desintegraria como uma invenção total com um pequeno mérito
de redenção. Jesus não poderia sequer ser um exemplo de um "bom professor
moral", como alguns sustentam, porque seu predicação mais importante - é
que ele seria levantado dos mortos – se tornaria uma mentira.
Como
Cristãos, a nossa própria salvação depende em grande parte sobre a
fiabilidade dos quatro registos históricos do nascimento, vida, morte, e
especialmente pela ressurreição de Jesus Cristo. Uma profunda convicção na
ressurreição como um fato da história é um elemento vital para a nossa
salvação eterna. Romanos 10:9 afirma: "Se você confessar com a sua boca
que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os
mortos, será salvo." Estamos a tratar com falta de reflexão os alicerces
da nossa salvação quando duvidamos sobre a veracidade de qualquer parte
histórica da Escritura. Mas as partes mais importantes são aquelas que fazem
reivindicações históricas sobre a qual nossa salvação depende.
Por
isso, aqueles que argumentam que a historicidade da ressurreição não é
provável e incluso até mesmo desnecessários, estão contradizendo as
testemunhas apostólicas. Realmente, todo o ministério do Apóstolo Paulo foi
construído a partir do fundamento da ressurreição, e foi o seu encontro
pessoal com o Cristo ressuscitado que o fez desenvolver uma inatacável
convicção na realidade deste evento. Nos versículos seguintes, nos realçamos
as declarações de Paulo sobre as consequências para a fé cristã se a
ressurreição de Cristo, de fato, não tivera acontecido.
1 Coríntios 15:14-20
(14) e, se Cristo não ressuscitou,
é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm.
(15) Mais que isso, seremos
considerados falsas testemunhas de Deus, pois contra ele testemunhamos que
ressuscitou a Cristo dentre os mortos. Mas se de fato os mortos não
ressuscitam, ele também não ressuscitou a Cristo.
(16) Pois, se os mortos não
ressuscitam, nem mesmo Cristo ressuscitou.
(17) E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados. (18) Neste caso, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. (19) Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de compaixão. (20) Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dentre aqueles que dormiram.
Mais
tarde em sua vida, Paulo testemunho publicamente sobre a ressurreição de Jesus
Cristo e sua proclamação do Evangelho em Éfeso causou um alvoroço tal que as
autoridades Romanas prenderam-lho para sua protecção, sob pena dele ser morto
pelos judeus. Após vários apelos de acordo com a Lei Romana, Paulo
encontrou-se perante o Rei Agripa, sendo seu último nível de recurso prévio
ao próprio Imperador.
Dada a
permissão para falar livremente, Paulo lançou-se em um relato apaixonado de
sua vida, culminando com seu encontro com o Cristo ressuscitado no caminho
para Damasco. Mas quando Paulo ratificou a ressurreição baseado nas profecias
do Antigo Testamento, o governador, Festo, interrompe-lo e disse a ele que
estava louco. A verdade da brilhante resposta de Paulo permanece brasonadas a
traves das páginas de toda a história da humanidade.
Actos 26: 25 e 26
(25) Respondeu Paulo: “Não estou louco, excelentíssimo Festo. O que estou dizendo é verdadeiro e de bom senso. (26) O rei está familiarizado com essas coisas, e lhe posso falar abertamente. Estou certo de que nada disso escapou do seu conhecimento, pois nada se passou num lugar qualquer. Amém! E é por isso que, tomadas em seu conjunto, as seguintes provas históricas da ressurreição de Jesus Cristo apresentam evidencias de que está mais além de qualquer dúvida razoável.
1. As
narrativas da ressurreição têm as características duma verdade histórica
As
narrativas da ressurreição mostram sinais inconfundíveis de serem
historicamente precisas. A narração dos primeiros relatos, numa altura em que
havia testemunhas hostis presentes, teria feito uma história inverosímil,
improvável e perigosa. As narrações concordam nos principais fatos e mostram
uma grande variedade de testemunhas, contudo não são uma mera repetição de
alguma história estandardizada a qual todas as discrepâncias foram
solucionadas. De facto, os relatos dos aparecimentos do Cristo ressuscitado
são claramente independentes um do outro, como sugerem as suas diferenças
superficiais. no entanto, uma análise mais profunda, revela que estas
aparências não são contraditórias. Henry Morris escreve:
Trata-se
de uma bem conhecida regra de provas de que os testemunhos de vários e
diferentes testemunhas, cada um dos quais relata desde seu particular ponto
de referência, fornece a maior evidencia possível, quando os testemunhos
contem contradições superficiais que resolvem-se mediante um exame estreito e
cuidadoso. Isto é exactamente a situação com as várias testemunhas da
ressurreição.
2. A
vida e o ministério do Apóstolo Paulo são um forte testemunho da ressurreição
Na
altura em que Paulo conheceu ao Cristo ressuscitado, ele era um fervoroso
antagonista da fé Cristã. Um homem erudito, não era fácil persuadi-lo de nada
que parecia contrário a, ou incoerente com as tradições Mosaicas. Poderia ser
dito que ele teria sido a última pessoa na terra que aceitaria a ideia de um
Messias crucificado e ressuscitado, com base nas expectativas judaicas da
época. O facto de que ele tornou-se tão plenamente convencido da ressurreição
de Cristo ao ponto de que ele dedicou sua vida completamente a seu Senhor
ressuscitado é uma poderosa evidência da realidade da ressurreição. Canon
Kennett escreve:
Passados
alguns poucos anos da data da crucificação de Jesus, a evidencia da
ressurreição de Jesus era, na mente de pelo menos um homem educado [o
Apóstolo Paulo], absolutamente irrefutável.
3. O
sepulcro vazio é um facto histórico aceitado
Nenhum
respeitado historiador do Novo Testamento dúvida do fato histórico de que o
sepulcro no qual Cristo foi colocado após sua crucificação estava vazio.
Portanto, só há três explicações para isso. Os seus inimigos tomaram o corpo,
seus amigos tomaram corpo, ou Jesus foi levantado dentre os morto. A primeira
possibilidade é extremamente improvável, porque seus inimigos certamente
teriam exibido o seu corpo se eles tiveram podido, a fim de humilhar a seus
discípulos, calar os rumores da sua ressurreição, bem como para cortar
qualquer novo movimento religioso que ameaçavam as suas tradições Mosaicas.
É
igualmente pouco provável que seus amigos levaram seu corpo, porque depois da
sua crucificação, eles estavam profundamente decepcionados e desanimados e
não acreditavam que ele seria ressuscitado. É absurdo pensar que nestas
condições eles iriam inventar um esquema em que roubariam o corpo e depois
inventariam uma história que obviamente não acreditavam.
4. Os
discípulos eram judeus devotos
Os
discípulos eram judeus que assumiam seriamente os seus privilégios e
obrigações Judaicas. Por isso, é impensável que eles tiveram sido parte de
iniciar uma nova religião para benefício pessoal. Para um Judeu do primeiro
século, um acto de tal índole era equivalente a mentir contra o Deus de
Israel, como Paulo argumenta em 1 Coríntios 15:12-19 (onde ele chamou isto
"considerados falsas testemunhas," contrariamente a um dos Dez
Mandamentos). Para um Judeu do primeiro século, mentir contra Deus e
perverter Sua revelação significava arriscar a salvação e uma futura
participação no Reino Messiânico. Tal pessoa arriscaria a retribuição divina
por unos poucos anos de prestígio como líder de uma nova religião? A resposta
só pode ser um enfático não.
5. O
testemunho das mulheres
A
presença das mulheres no sepulcro é uma forte evidência de que o registo
bíblico é verdade. As mulheres não tinham praticamente nenhuma credibilidade
no primeiro século da cultura judaica, e seu depoimento em um tribunal de lei
era considerada de nenhum valor. Por exemplo, se um homem era acusado de um
crime que só tinha sido testemunhado por mulheres, ele não podia ser
condenado com base na declaração delas. Se o relato da ressurreição de Jesus
fora uma fábula adicionada mais tarde em uma tentativa para autenticar o
Cristianismo, porque é que as mulheres neste relato são as primeiras a vê-lo
e testemunharam que o sepulcro estava vazio, a menos que realmente tivesse
acontecido dessa forma? Se as mulheres testemunhavam acerca de sua
ressurreição e logo os discípulos masculinos negavam-lha, eles não ficariam
bem vistos, e estes homens foram os primeiros líderes da Igreja Cristã. Uma
história inventada e acrescentada mais tarde pela Igreja teria feito que os
seus primeiros líderes tiveram uma melhor imagem.
6. A
propaganda Judia pressupõe o sepulcro vazio e ausência do corpo
As
autoridades Judaicas do Templo pagaram aqueles que tinham visto o sepulcro
vazio para mentir e dizer que os discípulos tinham roubado o corpo, e incluso
assassinaram muitos daqueles que pregaram sobre sua ressurreição. Com um
incentivo tão poderoso para esmagar ao novo movimento, eles teriam feito o
impossível para mostrar o corpo morto de Jesus se isto fora possível. O fato
de que não lho fizeram foi porque não puderam, porque ele tinha ressuscitado.
7. Seus
inimigos teriam feito aparecer seu corpo para silenciar aos crentes
Se ele
não ressuscitou dos morto, o que sucedeu com o seu corpo? Se os seus inimigos
roubaram-lho e nunca lho mostraram abertamente, isso teria incentivado os
mesmos rumores de ressurreição que eles estavam muito ansiosos de evitar. Mas
a prova decisiva de que seus inimigos não levaram o corpo é que eles
certamente lho teriam mostrado rapidamente com grande alarde, porque teriam
feito qualquer coisa para desacreditar a história. Como William Lane Craig
argumenta:
"Isto
é evidência histórica da mais alta qualidade, desde que não vem dos cristãos
mas dos mesmos inimigos da ceda fé cristã."
8. O
sepulcro não foi venerado
Se
Jesus não estava ressuscitado, porque é que não existe um registo dos seus
discípulos venerando o seu sepulcro como tão frequentemente acontece com os
líderes religiosos? Embora Deus proibisse isto, a prática continuo entre os
Israelitas, ao ponto de que o Próprio Deus desapareceu os corpos de Moisés e
de Elias porque se não lho fazia, seus seguidores venerariam os seus
sepulcros.
9. Um
historiador não cristãos testemunha em apoio da ressurreição
Josephus,
o historiador Judeu do primeiro século, escreveu sobre Jesus Cristo e do
crescimento do cristianismo da seguinte maneira:
E
quando Pilatos, à sugestão dos principais homens entre nós, tinha-o condenado
à cruz, aqueles que lhe amaram desde o princípio não lhe abandonaram; pões
apareceu vivo novamente ante eles ao terceiro dia, como os divinos profetas
tinham predito estas e dez mil outras coisas maravilhosas respeito a ele. E a
tribo dos cristãos, chamada assim devido a ele, não estão extintas ate este
dia.
Embora
alguns tentaram negar este confirmado testemunho secular chamando-o
fraudulento, isto é pouco provável porque os escritos de Josephus foram bem
recebidos na altura que foram escritos, tanto por Judeus e Romanos. Ainda ele
foi feito cidadão Romano honorário.
Não há
registo de qualquer objecção a esta passagem pelos primeiros detractores do
Cristianismo, e se isto tinha sido uma posterior inserção fraudulenta aos
escritos de Josephus, este facto teria sido debatido abertamente na
literatura do dia. Devido a que isto não aconteceu, o silêncio dos críticos é
condenação para sua causa.
10. Não
existem explicações alternativas nas primeiras fontes não bíblicas
Nas
primeiras fontes históricas, não existe nenhuma explicação alternativa para o
crescimento da Igreja Cristã que intente dar a "verdadeira"
história. No caso em que a história tinha sido inventada, certamente algum
crítico ou "ex-cristão" descontente teria tentado uma tal
explicação alternativa. Mas a única explicação adequada para o crescimento da
Igreja que tenha sido alguma vez dada, é que os primeiros Cristãos
acreditavam que Jesus tinha sido levantada dentre os morto.
11. Os
registos bíblicos das aparições depois da ressurreição, apresentam um
testemunho unificado
Os
quatro evangelhos e o Apóstolo Paulo apresentam um testemunho das dez
aparições depois da ressurreição. Esses registos são harmoniosos e não se
contradizem, portanto o peso da prova está sobre aqueles que dizem que eles
não dizem a verdade.
As dez
aparições depois da ressurreição, em sua provável ordem, são as seguintes:
1. A
Maria Madalena (Marcos 16:9; João 20:11-18)
2. As outras mulheres (Mateus 28:8-10) 3. O Pedro (Lucas 24:34; 1 Cor. 15:5) 4. Aos dois homens no caminho de Emaús (Marcos 16:12; Lucas 24:13-35) 5. Onze dos discípulos (excepto Tomé - Lucas 24:33-49, João 20:19-24) 6. Aos doze uma semana depões (João 20:24-29; 1 Cor. 15:5) 7. A sete discípulos à margem do mar de Tiberíades (João 21:1-23) 8. A quinhentos seguidores (1 Cor. 15:6) 9. O Tiago (1 Cor. 15:7) 10. Aos doze na ascensão (Actos 1:3-12)
12. A
ideia do novo corpo de Cristo era um conceito totalmente estranho
Os
discípulos tinham bastantes dificuldades para acreditar que Cristo morreria e
logo seria levantado, e nunca teriam sequer concebido a ideia de que o
Messias teria um corpo diferente. É virtualmente inconcebível que os
primeiros Cristãos inventaram tal história, que ainda hoje soa como ficção
científica para muitos dos que duvidam.
13. Os
estudiosos e historiadores modernos admitem que há fortes indícios da
ressurreição do seu corpo
JP
Moreland confirma isto e cita outros estudiosos:
Quase
nenhum dos estudantes do Novo Testamento nega hoje que Jesus apareceu a um
certo número de seus seguidores após a sua morte. Alguns estudiosos
interpretam isto como alucinações subjectivas ou visões objectivas dadas por
Deus e que não eram visões dum ser físico. Mas ninguém nega que os crentes
tiveram algum tipo de experiência. O céptico estudioso do Novo Testamento
Norman Perrin admitiu: "Quanto mais estudamos a tradição no que diz
respeito às apariçoes, mais firme começa parecer a rocha na qual elas estão
baseadas." Dunn, professor da divindade na Universidade de Durham,
Inglaterra, concorda: "É quase impossível contradizer o facto de que nas
raízes históricas do Cristianismo encontram-se algumas experiencias oculares
dos primeiros Cristãos, quem as interpretaram como aparições de Jesus,
levantado por Deus dentre os mortos."
Thomas
Arnold, ex-professor de História em Rugby e Oxford, e um dos maiores
historiadores do mundo, fez a seguinte declaração sobre a evidência histórica
para a ressurreição de Jesus Cristo:
Eu não
sei de um fato na história da humanidade, que tenha sido provada por melhores
e maiores evidências de todo tipo, conforme o entendimento de um indagador
imparcial, do que a grande sinal que Deus nos tem dado do que Cristo morreu,
e ressuscitou dentre os mortos.
Simon
Greenleaf é uma das mentes jurídicas mais altamente respeitadas jamais vista
na América. Ele foi um especialista em as leis da evidência, e fundador da
Escola de leis de Harvard. Ele analisou os relatos da ressurreição de Cristo
nos Quatro Evangelhos em termos da sua validade como prova testemunhal
objectiva, e concluiu:
Por
conseguinte, era impossível que eles pudessem ter persistido na afirmação das
verdades que tinham narrado, se Jesus não tivera realmente ressuscitado dos
mortos, e se eles não tiveram conhecido este facto com tanta certeza como
qualquer outro fato.
14. A
convicção dos seus seguidores na ressurreição
Aqueles
que primeiro publicaram a história de que Jesus tinha ressuscitado dos
mortos, acreditavam que fosse um facto. Eles não só apoiavam sua fé com o
facto do sepulcro vazio, mas sobre o fato de que eles próprios tinham visto
Jesus vivo após o seu enterro. Ele não foi visto uma ou duas vezes, sino,
pelo menos dez vezes registadas, e não só um de cada vez, mas em grupos de
dois, sete, dez, onze, e quinhentos.
15. O
martírio dos seus seguidores por sua crença na ressurreição
Os
crentes do primeiro século predicaram e agiram com convicção acerca da
verdade da sua ressurreição, muitos deles mesmo morreram por causa de sua
crença. Se seus amigos tinham roubado o corpo para fazer ver como que ele
tinha ressuscitado, eles teriam sabido que eles estavam acreditando uma
mentira, e os homens não tornam-se mártires por aquilo que sabemos ser falso.
16. O
testemunho unânime dos testemunhos oculares, os quais não podiam ter sido
todos enganados ou iludidos
Alguns
críticos dizem que os primeiros Cristãos tiveram uma visão ou uma alucinação
de Cristo após a sua morte, da mesma maneira como as pessoas de hoje afirmam
ter "visto" o ícone pop Elvis Presley. Poderia ter sido uma visão
eufórica? Um sonho? Uma fantasia de uma imaginação excitada? Talvez foi uma
aparição? Nenhum destes é para nada provável, por que diferentes grupos de
pessoas não têm de contínuo a mesma alucinação. 500 pessoas em uma multidão
não poderiam sonhar o mesmo sonho, ao mesmo tempo. Alguns apologistas
Cristãos modernos têm defendido que é irrelevante se Cristo foi levantado
fisicamente ou não, porque o seu "espírito" foi a ter com Deus.
Deus então, supostamente, deu aos seguidores de Cristo uma "visão"
de Cristo como que continua a viver "espiritualmente" ao lado de
Deus. No entanto, tal conceito místico e espiritualista não teria satisfeito
a mente Hebraica dos discípulos, que acreditavam que os mortos estavam mortos
ate que foram levantados em uma ressurreição corporal e física. [9] Além
disso, teria colocado a fé Cristã sobre uma base subjectiva e mística sem
base histórica, e não explicaria o energético testemunho dos discípulos da
ressurreição corporal de Cristo.
17. A
incredulidade dos discípulos sobre a sua ressurreição
Com a
excepção de José de Arimatéia, os seguidores de Jesus não acreditaram que ele
iria morrer e logo ressuscitaria. Eles não estavam esperando o acontecimento,
e quando aconteceu, ao princípio eles não acreditaram. Consideraram-lho ser
uma "história sem sentido" (Lucas 24:11 - OL). Não acreditaram até
que tiveram que faze-lo, quando foram directamente confrontados por o Senhor
ressuscitado. Henry Morris escreve:
Uma
coisa é certa: os discípulos não poderiam ter inventado a história da
ressurreição de sua própria imaginação. Pelo contrário, de alguma maneira,
eles não conseguiram antecipa-lo, mesmo após de tanta abundância de
preparação profética para a mesma, tanto das Escrituras como de Cristo. Levou
as mais fortes evidências para convencê-los de que efectivamente tinha
sucedido.
18. A
ideia de um Messias ressuscitado foi para os judeus um engano e para os
Gregos um absurdo.
A
imagem de Jesus não estava em conformidade com os conceitos correntes do que
seria o Messias (um governante teocrático que libertaria Israel da opressão
Gentil) e teria sido difícil convencer outros de sua verdade. Os gregos, com
a sua doutrina da imortalidade da alma, creiam que a ideia de uma
ressurreição corporal era absurda e desnecessária (cp. Atos 17:32). Se os
discípulos tiveram inventado um acontecimento ou uma doutrina em torno da
qual edificar uma nova religião, teria estado mais em conformidade com as
expectativas standard da época.
19. Só
poderia ter saído do sepulcro apenas pela ressurreição
A
teoria do "desvanecimento" propôs que Jesus não estava realmente
morto quando ele foi sepultado, e que "raciono" outra vez. Mas,
nesse caso, fraco e esgotado, envolto em pesadas envoltorios mortuários, ele
dificilmente poderia ter-se movido, e muito menos remover a pedra pesada da
porta e sair fora do sepulcro. Além disso, as autoridades romanas tinham
fechado a porta, e mesmo se tivesse podido mover a pedra, os guardas teriam
arrestado novamente, e ainda humilhá-lo mais. Como não há registo de tal
evento, não deve ter acontecido, porque seus inimigos teriam aproveitado
muito esse bizarro acontecimento.
20. A
própria existência e o crescimento da Igreja Cristã não faz sentido se ele
não tivesse ressuscitado
Alguns
críticos dizem que a ressurreição foi um posterior agregado à história de
Cristo, inventada anos mais tarde pela Igreja para glorificar um herói morto.
Mas sabe-se, a partir de registos históricos fora das Escrituras, que a seita
conhecida como Cristãos começou a existir, no reinado de Tibério, e que a
coisa que os fez existir foi sua crença de que Jesus tinha ressuscitado dos
mortos.
A
ressurreição não era uma posterior adição à fé Cristã, mas a própria causa e
o incentivo para ela. Eles baseavam sua fé, não em registos históricos, mas
por aquilo que tinham visto com seus próprios olhos. Os registos foram o
resultado de sua fé, e não a causa do mesmo. O Cristianismo depende do facto
histórico da ressurreição de Cristo, sem ela a fé na sua totalidade fora um
fraude. Se não houvesse ressurreição, não teria havido Novo Testamento, e não
teria havido Igreja Cristã.
21. Os
discípulos não tinham ganhado nada se inventavam uma história e começavam uma
nova religião
Seus
seguidores enfrentaram dificuldades, ridicularização, hostilidade, e morte
dos mártires. Em virtude disso, eles nunca poderiam ter mantido tal motivação
inquebrantável se eles soubessem que o que estavam pregando era uma mentira. A
religião teve a sua recompensa para eles, mas essas recompensas vieram de uma
sincera crença de que o que eles estavam vivendo era verdade.
22. O
testemunho unânime dos primeiros líderes Cristãos
Se o
sepulcro vazio e a ressurreição foram uma invenção, por que não, pelo menos
um dos discípulos separou-se do resto e iniciou a sua própria versão do
Cristianismo? Ou por que não, pelo menos um deles revelou que a afirmação era
uma mentira? As autoridades do Templo estavam dispostos a pagar bom dinheiro
a qualquer pessoa que forneça tal informação. Ou se o dinheiro não fora
suficientemente sedutor, que tal com a possibilidade de provar que a
ressurreição era uma mentira, a fim de aleijar aos discípulos para que
seguiram alguns empreendedor futuro líder de culto? A história tem
demonstrado que esse papel é um rol popular, e esta teria sido uma
oportunidade de ouro. Sem as sólidas e convincentes provas da ressurreição, a
continuação da unidade dos primeiros líderes Cristãos é inexplicável à luz da
tendência dos seres humanos de querer promover-se a si mesmo. A suposição de
que eles estavam todos comprometidos com a verdade de sua mensagem é a única
explicação adequada para sua contínua unidade e o facto de que nunca
revelou-se que tivera havido fraude. Aqueles que mentem para benefício
pessoal não mantém-se juntos muito tempo, especialmente quando as
dificuldades são maiores que os benefícios.
23.
Nenhuma das explicações alternativas propostas para a ressurreição tem
credibilidade
À luz
da evidência do sepulcro vazio, as aparições depois da ressurreição e o
surgimento da Igreja Cristã, uma pessoa razoável deveria concluir que a
ressurreição de Jesus Cristo é um fato histórico bem estabelecido. Em uma
corte de justiça, tal evidência seria obrigatoriamente certa, a menos que
pudera-se apresentar evidências contraditórias para introduzir "uma
dúvida razoável." Mas todas as explicações e teorias alternativas são
extremamente duvidosas e contrarias a qualquer conclusão lógica.
Por
isso, os Cristãos estão a ser racionais, sensatos, e plenamente consistentes
com o senso comum quando baseiam sua fé sobre este acontecimento histórico
bem estabelecido. Não só há convincentes evidências históricas para apoiar a
crença, mas para aqueles que acreditam é prometido esplêndidos benefícios no
futuro. De acordo com Bíblia, a única promessa certa da vida eterna para a
humanidade, tanto a nível individual e colectivo, depende da crença na
ressurreição de Jesus Cristo. Como Halley escreve:
"Que
Grande glória espalha sobre a vida humana esta simples crença. A nossa
esperança de ressurreição e a vida eterna é baseada, não em uma suposição
filosófica sobre imortalidade, mas num fato histórico."
|
|
A volta
do Senhor Jesus Cristo – Como será.
O mundo
inteiro verá a vinda do Filho de Deus.
Eis
que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o
traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém. Ap 1:7.
A esperança de todos os que obedecem a
Deus, que acreditam sem reservas na Sua existência e no Seu poder, está na
vinda do Senhor Jesus, porque mesmo que já estivermos mortos no dia do Senhor,
seremos ressuscitados (I
Tess. 4:16), e se ainda
estivermos vivos, o Senhor nos levará com Ele (I Tess. 4:17).
Vamos estudar a palavra de Deus para não
sermos enganados quanto a esse assunto.
1-Quantos verão a vinda do Senhor Jesus? Ap
1:7
2-O que o Senhor Jesus disse ao sumo
sacerdote? Mt 26:63-64.
Muitos que se dizem mensageiros de
Deus ensinam que Jesus vem buscar o seu povo ocultamente, que o povo vai
desaparecer e os que aqui ficarem entrarão em desespero… O filho procura a mãe,
o pai procura o filho, os aviões ficam sem seus pilotos, o que estava internado
desaparece e os médicos ficam sem entender, então percebem: aconteceu a vinda
do Senhor. Este ensinamento é absolutamente contrário ao que nos revela a
Bíblia Sagrada. Alguns desses mensageiros ensinam desta forma porque aprenderam
com seus superiores e não examinaram as Escrituras para confirmar; outros o
fazem por imposição do seu ministério, para que não percam seus cargos. No
entanto, convém ensinar o que Deus pediu que fosse ensinado. Por isso, Deus
falou: Muitos pastores destruíram a minha vinha (igreja), pisaram o meu campo
(povo); tornaram em desolado deserto o meu campo desejado (Jr. 12:10), ou seja,
deixou seu povo vazio e sem conhecimento. O Senhor Jesus disse ao sumo sacerdote
Caifás que ele mesmo veria o Filho do Homem assentado à direita do poder, e
vindo sobre as nuvens do céu.
SÃO PALAVRAS DO SENHOR JESUS
3-O que profetizou o Senhor Jesus
sobre a Sua vinda? Mt 24:29-31.
Sendo assim, conforme as palavras de
Jesus Cristo, o dia de Sua vinda não passará despercebido. O céu escurecerá e
as estrelas cairão, a lua deixará de brilhar… A verdade é que no dia da sua
vinda, todas as tribos da terra vão se lamentar, vendo o Filho de Deus vindo
sobre as nuvens do céu com poder e grade glória, e seus anjos tocando as
trombetas e ajuntando os salvos do Senhor, aqueles que guardaram os mandamentos
de Deus, e tiveram e fé do Senhor Jesus (Ap 14:12).
4-O que acontecerá com todas as
nações no dia da vinda do Senhor Jesus? Mt 25:31-33.
5-Passará despercebida a vinda do
Senhor Jesus? Lc 17:24
No dia da vinda do Senhor Jesus, Ele
vai reunir todas as nações e vai separar uns dos outros, irá colocar os seus a
sua direita e vai entregar a vida eterna, a qual está preparada antes da
fundação do mundo. O Senhor ainda diz: Como o relâmpago ilumina desde uma
extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho
do homem no seu dia. Um relâmpago não acontece sem que ninguém veja.
Lc 17:26 diz que como aconteceu nos
dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Mas, no dia em que
Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre e consumiu a todos, assim será
no dia em que o Filho do Homem se há de manifestar (v.29-30). Nos dias de Noé o
mundo inteiro viu o dilúvio e por ele foi tragado, exceto Noé e sua família.
Nos dias de Ló choveu enxofre e fogo do céu, todos os moradores de Sodoma viram
e não resistiram, e conseqüentemente morreram. O Senhor Jesus comparou o dia de
Sua vinda com estes episódios. Todo olho verá, esta é a mensagem do Senhor
Jesus.
6-Para onde irão os salvos no dia da vinda do Senhor? João
14:3.
7-O que acontecerá com os que
morreram em Cristo Jesus, no dia da sua vinda? ITs 4:15-17.
8-O que acontecerá com o restante dos
mortos, que quando vivos, não serviram a Deus, no dia da volta do Senhor Jesus?
Ap 20:4-6.
9-Que esperança dois anjos deixaram
para os apóstolos e para a igreja de Deus? At 1:10-11.
10-Considerando as palavras do Senhor
Jesus ao sumo sacerdote (Mt 26:63-64) e os ensinamentos sobre a sua vinda (Lc
17:24-30), como entenderemos as colocações A, B, C e D a seguir?
A. Lc 12:39-40; Mat. 24:43-44: Sabei, porém,
isto: que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão,
vigiaria, e não deixaria minar a sua casa. Portanto, estai vós também
apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não imaginais.
B. Ap 3:3: Lembra-te, pois, do que tens
recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre
ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
C. IIPe 3:10: Mas o dia do Senhor virá como o
ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os
elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se
queimarão.
D. ITs 5:2-3: Porque vós mesmos sabeis muito
bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem:
Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição.
A expressão virei como um ladrão de
noite (Ap 3:3) e virá como um ladrão de noite (IIPe 3:10), entre outras não
significam que Jesus virá escondido sem que ninguém perceba. O ladrão não avisa
a hora da noite em que vai arrombar a nossa porta e roubar a nossa casa, do
mesmo modo o Senhor Jesus não vai avisar a hora em que virá buscar Seu povo.
Então, Ele pede que vigiemos para não sermos pegos de surpresa, porque vai ser
uma destruição total naquele dia. Pedro diz que haverá um grande estrondo, e
que os elementos se queimarão. Por isso Ap 3:3 pede para nos arrependermos. O
Senhor Jesus diz que pode acontecer de dois homens estarem trabalhando no
campo, ou moendo no mesmo moinho, e um ser levado e o outro não (Mt 24:40-41).
Em IIPe 3:10 Pedro diz que os que
ficarem ardendo se queimarão. Pedro apenas confirmou o que fora dito por Deus
em Ml 3:2: Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele
aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos
lavandeiros. Isso é o que Deus ensina a respeito da volta de seu Filho Jesus.
Já o falso profeta, o lobo vestido de
pastor, vem dizendo que o povo salvo desaparecerá, e que os ímpios ficarão aqui
sofrendo. Esses pastores são impiedosos, enganam grandes e pequenos, mas a
passos largos estão correndo para a condenação, pois torcem a verdade e se
opõem à Palavra de Deus. Em seus sermões, estes homens conseguem fazer as
pessoas chorarem, baterem no próprio peito, erguerem as mãos ao céu e se
sentirem perto de Deus, no entanto esses condutores, vivem mentiras e se
apresentam como um deus, uma autoridade, cheios de poder e razão, e normalmente
manipulam as pessoas a crerem em seus ensinos sem que consultem as Sagradas
Escrituras. Por isso o Senhor Jesus alerta: Porque surgirão falsos cristos e
falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam
até os escolhidos (Mt 24:24).
Ah se esta política religiosa, que
causa uma enorme divisão entre os evangélicos, caísse por terra e as lideranças
de todos os ministérios se reunissem para tentar descobrir onde está de fato
tanta diferença… Se realmente todos se preocupassem em fazer a vontade de Deus,
guiando esta enorme multidão que são os evangélicos para dentro da bíblia, para
o caminho da salvação… Tudo ficaria mais fácil se não fosse o volume de
dinheiro arrecadado por cada igreja, se não fosse as lindas casas pastorais,
lindos carros de luxo e os salários altíssimos que muitos pastores
recebem. Isso e muito mais pode atrapalhar o pastor de passar as verdades
bíblicas a seu rebanho, pois o seu ministério não ensina e não permite que ensine,
mesmo sabendo que a Bíblia Sagrada é o único pasto verdejante onde seu rebanho
pode de fato se alimentar e buscar força para a vinda do Senhor Jesus. Mas Deus
diz: Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto (Jr.
23:1).
CONCLUSÃO
Vamos estudar e aprender a obedecer a
Palavra de Deus, pois caso contrário, não resistiremos o dia de Sua vinda (Ap
6:17; IIPe 3:10; Ml 3:2; Ml 4:1-3). Mas se obedecermos estaremos naquele dia
com o Senhor Jesus (Jo 17:24), seremos Seus escolhidos (Mt 24:31) e estaremos
para sempre com Ele (Jo 14:3). Amém.
A Volta do Senhor
A Bíblia ensina que Jesus voltará. Esta volta deveria interessar a todas
as pessoas. Quando Jesus voltará? E como? E o que acontecerá, quando Cristo
voltar? Estas perguntas têm respostas simples na Bíblia, mas tornaram-se
complicadas e confusas por causa do acréscimo de especulações e doutrinas
humanas. Este livreto, primeiro, examinará o que a Bíblia claramente ensina e
depois mostrará as falhas das teorias humanas mais ensinadas.
Quando?
"Mas a respeito daquele dia e hora, ninguém
sabe nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai. Pois assim como foi
nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como
nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em
casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão
quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do
homem" (Mateus 24:36-39). "Mas a respeito daquele
dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o
Pai" (Marcos 13:32). "Irmãos, relativamente aos tempos e às
épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais
inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite.
Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina
destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum
modo escaparão" (1 Tessalonicenses 5:1-3). Ninguém sabe quando Cristo
voltará. O próprio Cristo não sabia. Sabemos somente que ele voltará
inesperadamente, sem aviso. Quem quer que se proponha a marcar uma data para a
volta do Senhor pensa que sabe algo que nem Jesus, nem os anjos sabiam.
Sempre temos que permanecer preparados para a volta
do Senhor. "Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso
Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o
ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai
também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem
virá" (Mateus 24:42-44). Desde que nunca sabemos quando o ladrão
pode chegar, temos que manter nossas casas sempre fechadas. Desde que não
sabemos quando o Senhor voltará, temos que sempre viver fielmente. A natureza
imprevista da volta do Senhor significa que é impossível olhar em volta buscando
sinais, numa tentativa de calcular uma data aproximada. Ninguém tem qualquer
idéia de quando o Senhor pode voltar. Ele pode voltar antes que você termine de
ler isto; ou poderiam se passar outros 2000 anos a partir de hoje. Que possamos
estar sempre prontos!
Como?
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra
de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos
céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os
que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o
encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor"
(1 Tessalonicenses 4:16-17). Quando Jesus retornar, todos saberão. A idéia de
uma volta secreta do Senhor para, em silêncio, carregar uns poucos, é
desconhecida nas Escrituras. A voz do arcanjo e o som da trombeta, com certeza,
não são sinais silenciosos e secretos.
O Quê?
Já vimos que os mortos ressurgirão quando Cristo voltar. Em João 5:28-29
Jesus disse que todos os mortos (os justos e os ímpios) ouvirão sua voz, ao
mesmo tempo, para saírem de suas tumbas. 1 Coríntios 15:50-55 indica que
aqueles que ainda estiverem vivos, no retorno de Cristo, serão transformados de
modo que possam herdar o reino de Deus, com corpos glorificados e
incorruptíveis.
Quando Cristo voltar, o mundo será destruído pelo
fogo. "Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus
passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a
terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas
cousas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo
procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por
causa do qual os céus incendiados serão desfeitos e os elementos abrasados se
derreterão" (2 Pedro 3:10-12). Muitos estão esperando que Cristo volte
e fique na terra por muitos anos; mas isto será impossível, desde que a terra
será destruída quando ele voltar.
Quando Cristo retornar, ele levará todos os homens
para encontrá-lo no julgamento. Mateus 25:31-46 descreve o julgamento,
minuciosamente. Aqui, Jesus disse que isso acontecerá quando ele voltar (v.
31). Paulo, também, falou do julgamento que acontecerá, na volta de Cristo. "E
a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se
manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando
vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao
evangelho do nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna
destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando vier
para ser glorificado nos seus santos, e ser admirado em todos os que creram,
naquele dia (porquando foi crido entre vós o nosso testemunho)" (2
Tessalonicenses 1:7-10).
Quando Cristo voltar, ele devolverá o reino a Deus.
"Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois,
os que são de Cristo, na sua vinda. E, então, virá o fim, quando ele entregar o
reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda
potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os
inimigos debaixo dos seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte"
(1 Coríntios 15:23-26). Cristo está reinando agora. Ele reinará até que o
último inimigo seja destruído. Então ele devolverá o reino ao seu Pai. O último
inimigo é a morte. Cristo destrói a morte pela ressurreição. Portanto, quando
Cristo voltar e levantar todos os homens, ele estará destruindo o último
inimigo e entregará, então, o reino ao Pai, para que ele reine eternamente.
Cristo voltará visível, em tempo inesperado e
desconhecido. Quando ele voltar:
- Todos os mortos serão ressuscitados.
- Os viventes serão transformados.
- A terra será destruída.
- Todos os homens serão julgados.
- O reino será devolvido ao Pai.
Estes pontos são simples e claramente vistos nas
passagens anotadas. O problema começa ao tentar reconciliar estes ensinamentos
bíblicos básicos com as doutrinas produzidas pelos homens. As anotações
seguintes examinam várias objeções freqüentemente levantadas contra estas
claras verdades da Bíblia.
Objeções e Perguntas
E sobre o estabelecimento do reino de Cristo?
O Velho Testamento predisse a vinda do reino de
Cristo. "Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até
que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés. O Senhor enviará de Sião o
cetro do seu poder, dizendo: Domina entre os teus inimigos" (Salmo
110:1-2). É interessante que o Novo Testamento cita esta passagem muitas vezes
e mostra que ela foi cumprida quando Cristo subiu de volta ao Pai. "Exaltado,
pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo,
derramou isto que vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo
declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu
ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. Esteja absolutamente certa,
pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus
o fez Senhor e Cristo" (Atos 2:33-36). Deus já instalou Cristo
como rei. Estude também Mateus 28:18; Efésios 1:20-23; e Apocalipse 19:16. Os
cristãos já estão no reino de Cristo. "Ele nos libertou do império das
trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor"
(Colossenses 1:13). "E nos constituiu reino, sacerdotes
para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos.
Amém. . . . Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulalção, no reino e na
perseverança, em Jesus. . ." (Apocalipse 1:6,9). Freqüentemente,
Apocalipse 20 é citado para tentar provar um futuro reino de Cristo, de 1000
anos, aqui na terra. Mas, de acordo com o contexto de Apocalipse 20, são os
mártires descritos em 6:9-11 que estão ressuscitados, para sentarem-se em tronos
e reinarem com Cristo no céu. Apocalipse 20 não discute um reino com Cristo
fisicamente presente na terra. Às vezes, algumas pessoas argumentam que Cristo
não pode estar reinando sobre a terra agora, porque muitas pessoas o
desobedecem. Mas a desobediência não é prova de que Cristo não está reinando.
Um rei pode reinar sobre um reino físico na terra e, entretanto, alguns podem
desobedecê-lo. No fim, Cristo punirá a desobediência (estude a parábola em
Mateus 13:24-30,36-43). Jesus nunca teve a intenção de estabelecer o tipo de
reino material que alguns pensam que vai acontecer (João 18:36).
E sobre as promessas de Deus aos judeus?
Deus prometeu dar a Abraão e seus descendentes, os
judeus, a terra de Canaã. Ele cumpriu essa promessa completamente (Josué 21:43-45;
Neemias 9:7-8). Se os judeus conservariam essa terra ou não, isso dependeria de
sua fidelidade ao Senhor (Deuteronômio 28:58,63). Por causa de sua infidelidade
os judeus perderam seu direito à terra prometida.
Deus também prometeu abençoar os judeus e todas as
nações com a vinda de Cristo. As bênçãos espirituais em Cristo não foram
destinadas a todos com sangue de Abraão em suas veias, mas àqueles que
compartilham a fé de Abraão (Romanos 2:28-29; 4:16-17; 9:6-8; 11:1-5; Gálatas
3:6-9). O Velho Testamento tinha predito claramente que os gentios fiéis também
seriam trazidos para partilhar igualmente as bênçãos dos judeus fiéis (Gênesis
12:3; Isaías 2:1-4; 11:10-12; Zacarias 8:23). Paulo disse que atualmente: "Não
pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher;
porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gálatas 3:28).
Muitas das promessas dos profetas do Velho
Testamento são mal entendidas e, portanto, mal aplicadas a algum tipo de reino
material de Cristo na terra. Muitas das profecias do Velho Testamento descrevem
o reino de Cristo em um tempo de paz e prosperidade. Há pessoas que compreendem
mal e imaginam que elas estão falando de uma paz e uma fartura material; mas
não estão. Estas profecias do Velho Testamento têm que ser espiritualmente
entendidas. Passagens como Isaías 11:1-10 e Amós 9:11-15, que são freqüentemente
aplicadas a algum futuro reino material de Cristo, são ditas por escritores do
Novo Testamento como tendo sido cumpridas espiritualmente no reino de Cristo
agora (Romanos 15:12; Atos 15:13-18). É muito importante que permitamos que a
revelação que Deus fez no Novo Testamento tenha prioridade na explicação do que
ele pretendia nas profecias do Velho Testamento.
E sobre os sinais dos tempos?
Em contraste com o ensinamento de Jesus em Mateus
24:37-44, que o tempo de sua volta seria um período comum, sem sinais
especiais, há muitos que ensinam hoje em dia que podemos saber que a volta de
Jesus está próxima se olharmos para os sinais dos tempos. Este ponto de vista
está baseado num mau entendimento de "E, certamente, ouvireis falar de
guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário
assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra
nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém
tudo isto é o princípio das dores" (Mateus 24:6-8). Observe o assunto
desta passagem. Em Mateus 24:1-2, Jesus falou sobre a destruição do templo e de
Jerusalém, o que ocorreu 40 anos mais tarde, em 70 d.C. Os discípulos no
versículo 3, perguntaram quando estas coisas aconteceriam e também sobre sua última
volta. Jesus, primeiro, respondeu à pergunta sobre a destruição de Jerusalém.
Ele advertiu, nos versículos 4-14, que muitas coisas aconteceriam, mas que não
ficassem alarmados. Estes não seriam ainda os sinais do fim de Jerusalém.
Então, ele lhes contou o que o sinal realmente seria, no versículo 15, e
advertiu-os para que fugissem quando o vissem. No versículo 34 Jesus disse: "Em
verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça"
(Mateus 24:34). Tudo, até o versículo 34 deste capítulo, tinha que acontecer
antes que aquela geração terminasse. Muitas pessoas olham para achar os sinais
da volta de Cristo neste trecho do capítulo que está falando sobre a destruição
de Jerusalém, e até mesmo no trecho que mostra as coisas que não foram sinais
desta destruição. Quando as pessoas citam os acontecimentos de Mateus 24:6-8
como sinais da volta do Senhor, elas ignoram o contexto. É no versículo 35 que
Jesus começa a falar sobre sua segunda volta, e não antes.
E sobre as duas ressurreições?
A Bíblia ensina que todos os mortos ressurgirão ao
mesmo tempo. "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que
todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que
tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o
mal, para a ressurreição do juízo" (João 5:28-29). Veja também Atos
24:15. De fato, aprendemos em João que a ressurreição e o julgamento ocorrerão
no mesmo dia (João 6:54; 12:48) Algumas pessoas tentam provar que haverá duas
ressurreições da matéria, citando Apocalipse 20. Mas esta passagem não trata de
ressurreições da matéria. O assunto central do Apocalipse é a pergunta de 6:10.
Neste versículo, as almas daqueles decapitados por amor de Cristo estão em
baixo do altar do céu, perguntando por quanto tempo ainda esperariam até que
fossem vingados e quando aqueles que os mataram seriam julgados. É dito a eles
que esperem um pouco mais. Quando o livro se abre, vemos o julgamento de Deus
sobre aqueles que mataram os primeiros cristãos. Finalmente, no capítulo 20,
vemos esses mártires sendo levantados e saindo debaixo do altar do céu, para se
assentarem nos tronos da vitória. Esta ressurreição não tem nada a ver com a
ressurreição de nossos corpos da cova, mas é uma ressurreição das almas no céu.
As passagens que tratam da ressurreição dos corpos mortos da terra (João
5:28-29, etc.) ensinam claramente que todos serão ressuscitados ao mesmo tempo.
E sobre a grande tribulação?
Está na moda ensinar que Jesus voltará secretamente
e arrebatará seus fiéis, e que o mundo então passará por um período de 7 anos
de sofrimentos. A idéia desse período de 7 anos de tribulação, quando o Senhor
voltar, não é nem sequer sugerido na Bíblia, muito menos ensinado. A Bíblia
certamente ensina que os cristãos sofrerão tribulação (João 16:33; Atos 14:22;
2 Timóteo 3:12). E há períodos de tribulação ainda maior, tal como o que
ocorreu quando Jerusalém foi destruída (Mateus 24:21) ou como aquele que as
igrejas do Apocalipse sofreram (Apocalipse 1:9; 2:9-10; 7:14). Mas nenhuma passagem
da Bíblia menciona um período especial de 7 anos de tribulações na volta de
Cristo.
E sobre o anticristo?
A palavra anticristo é mencionada em 3 capítulos da
Bíblia: "Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o
anticristo, também agora muitos anticristos têm surgido, pelo que conhecemos
que é a última hora. Eles saíram de nosso meio; entretanto não eram dos nossos;
porque se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles
se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos. . . . Quem é
o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o
que nega o Pai e o Filho" (1 João 2:18-19,22). "E todo
espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o
espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem, e
presentemente já está no mundo" (1 João 4:3). "Porque muitos
enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo
vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo" (2 João 7). A
idéia moderna do anticristo é a de um futuro líder político, que se levantará
dentre os incrédulos para se empenhar em um conflito militar contra Cristo. Mas
estes textos bíblicos falam de muitos, não de um só. Eles falam de anticristos
que estavam presentes, não de futuros. Eles dizem que eles se levantam dentre
os cristãos, não dentre os incrédulos. As escrituras mostram que os anticristos
são falsos mestres, e não líderes políticos. E falam de um conflito espiritual,
e não militar, contra Cristo. É notável que uma idéia, tão completamente oposta
ao que as Escrituras ensinam, possa ter sido tão largamente aceita.
Em qualquer estudo sério da Bíblia, temos que
deixar as idéias humanas e as especulações de lado e voltar a um exame
cuidadoso das Escrituras em contexto. Quando fazemos assim, o ensinamento sobre
a volta de Cristo fica bem claro.
- por Gary Fisher
Nenhum comentário:
Postar um comentário