A Moeda
Perdida
Parábola A moeda
perdida na Bíblia
"Ou, qual é a mulher que,
possuindo dez dracmas e, perdendo uma delas, não acende uma candeia, varre a
casa e procura atentamente, até encontrá-la? E quando a encontra, reúne suas
amigas e vizinhas e diz: 'Alegrem-se comigo, pois encontrei minha moeda
perdida'. Eu digo que, da mesma forma, há alegria na presença dos anjos de Deus
por um pecador que se arrepende".
Lucas 15:8-10
Lucas 15:8-10
A Dracma Perdida
Escrito por Pr. João Gonçalves.
A dracma tinha um poder aquisitivo muito grande,
era uma espécie de dinheiro da época. Neste capítulo quinze de Lucas, o Senhor
Jesus Cristo nos traz profundos ensinamentos em três parábolas; a ovelha
perdida, a dracma perdida e o filho pródigo.
Embora esta parábola da dracma perdida tenha um
enfoque evangelístico, eu quero compartilhar o aspecto do advento implícito no
texto. Esta parábola nos revela coisas tremendas relativas à segunda vinda de
Cristo. Em primeiro lugar nós sabemos que a mulher na Bíblia representa a
Igreja. E, aquela dracma perdida da mulher fazia parte de dez dracmas que
compunha o seu diadema nupcial. Cada dracma daquele diadema representava uma
virtude da mulher. Ela havia perdido a dracma, que poderia ser, da fidelidade
conjugal. Caso o seu marido chegasse a encontrasse sem aquela dracma, ele
poderia conduzi-la ao sacerdote e repudia-la. Por isto o desespero da mulher em
achar a dracma. Não era apenas pelo valor monetário, mas o valor moral que a
dracma representava. Com isto aprendemos um grande ensino, a verdadeira força
da mulher é moral e não física, assim como a verdadeira força da Igreja é
moral, espiritual e não material.
Agora pergunto: onde está a autoridade da Igreja? A
resposta é na cabeça que é Cristo. Conforme as Escrituras, Cristo é o cabeça da
Igreja assim como o homem é o cabeça de sua esposa. Na primeira carta aos
Coríntios, capítulo onze, você verá que a autoridade está na cabeça e que
fisicamente o cabelo é o sinal desta autoridade. É por isto que o sacerdote não
poderia usar o cabelo desgrenhado, porque seria um sinal de que ele estava
rebelado contra a autoridade que estava sobre ele, no caso Deus. Você sabia que
Jesus Cristo aparece em Apocalipse com os cabelos brancos como a neve? Isto
significa autoridade para impor a justiça perfeita de Deus. Os juizes da idade
média usavam perucas brancas quando estavam julgando, nós podemos ver isto em
filmes antigos, aquilo era sinal de autoridade para julgar com equidade.
Portanto, cuidado como você usa os seus cabelos, pois a autoridade espiritual está
representada na cabeça. E ainda, nós podemos ver símbolos extras para destacar
a autoridade, como por exemplo, a coroa do rei, a mitra do sacerdote e, no caso
específico, a diadema da mulher casada.
Vendo estes exemplos, podemos esclarecer mais o
desespero daquela mulher em achar a dracma perdida antes que seu marido
voltasse. O seu casamento e a sua honra estavam em jogo, caso seu marido
chegasse e a encontrasse faltando a dracma da fidelidade. Aquela dracma
representava tudo para aquela mulher e ela deveria achá-la de qualquer maneira.
Como isto deveria nos chamar a atenção, a dracma tinha sido perdida dentro de
casa e já era quase noite quando ela percebeu. Meus irmãos, tudo isto fala da
Igreja, virtudes tem sido perdidas, o amor, a fidelidade, a bondade, a
misericórdia, o temor, dracmas valiosas estão faltando em nossos diademas e
ainda não demos conta. A noite tem se aproximado rapidamente e o Noivo está
para voltar e ainda não temos percebido que estamos em falta com Ele. Já é hora
de olharmos no espelho da Palavra e reconhecermos o tanto que temos andado
errados. Pessoas chamadas cristãs sem nenhum temor, sem nenhuma reverência a
Deus, odiando os irmãos, profanando seus corpos com a sensualidade, vivendo em
adultério; meus irmãos são dracmas que faltam e nos reprova como noiva de
Cristo. O Noivo espera receber uma noiva que em nada tem faltado para com Ele.
Não que sejamos perfeitos em nós mesmos, mas que, tendo Ele como cabeça, nossa
vida esteja debaixo da autoridade de Sua Palavra. É isto que Ele espera de nós.
Aquela mulher começou uma faxina geral em sua casa,
a poeira subiu longe e logo chamou atenção da vizinhança. Ou a Igreja desperta
para uma faxina geral do púlpito a portaria ou não haverá mais tempo. Mas
parece que o sono da indiferença reina sobre o povo. Temos nos tornados
faladores, mexeriqueiros, caluniadores, gananciosos, irmãos levando outros a
juízo, ninguém quer sofrer a perda; meu Deus o mundo e a Igreja têm se fundido!
Imagine aquela dócil e meiga esposa que te recebe com um beijo depois de um dia
de trabalho, isto é um refrigério. Mas caso ela tenha abraçado a outro homem
aquele beijo é abominável. Agora a Igreja flerta com o mundo, não importa se é
uma igreja bonita, com ótimos assentos, ar-condicionado, sistema de som de
primeira; se tem flertado com o mundo, indo a bailes, ou melhor, promovendo
coquetéis, programações mundanas de televisão, roupas imorais e sedutoras,
ignorando a autoridade da Palavra bem ali, depois esta Igreja O chama de
Esposo; ela tem cometido adultério espiritual e aquele beijo que deste na face
de Cristo é um beijo de Judas.
Quero dizer a todos: o Esposo está chegando!
Converta-se a Deus agora mesmo, Jesus virá um dia destes, meu amigo, e você não
terá mais tempo. A mulher achou a dracma e feliz chamou as amigas para se
alegrar com ela. Agora o noivo iria chegar e a encontraria em condições para
recebê-lo. Que regozijo sermos encontrado assim, por que é exatamente desta
forma que Cristo deseja nos encontrar. Não importa a denominação que façamos
parte, somos irmãos em Cristo e como Igreja do Senhor devemos reconhecer o que
tem faltado e buscarmos desesperadamente. O arrependimento é o caminho para
acertarmos com Deus a nossas faltas. Ainda há tempo para acharmos o que falta
em nossas vidas. E quando encontrarmos, a nossa vida em Deus se completará.
Meu amigo e irmão, já é tempo de acendermos a
candeia e varrermos a casa, pois a vinda do Senhor está próxima. Pense nisto,
se você está flertando com o mundo, se você está fazendo coisas que são
erradas, pense nisso agora mesmo. Reconheça humildemente que você precisa mudar
o seu comportamento para com Deus, ache a sua dracma perdida.
Deus abençoe a todos em Nome de Jesus!
A Serviço do REINO/ Pr. João Gonçalves
A parábola tripla de Lucas 15 Fevereiro 23, 2011
“Interpreta primeiro; depois aplica.” Esta é uma regra básica do estudo
da Bíblia. A falha no cumprimento desta regra conduzirá inevitavelmente à
confusão e ao erro.
Esta parábola tripla[1] de Lucas 15 é um bom exemplo disso mesmo. Estas
palavras, tal como todas as Escrituras, foram escritas “para nosso ensino”
(Romanos 15:14) e “para aviso nosso” (I Coríntios 10:11), mas elas não foram
originalmente dirigidas a nós. Elas foram dirigidas a uma audiência de judeus
numa altura em que Israel ainda era a nação favorecida por Deus. Assim, se
pretendemos ser “ensinados” e “avisados” por estas palavras, devemo-nos
primeiramente colocar no lugar do destinatário original e determinar o que o
nosso Senhor pretendia que eles entendessem das Suas palavras. Só depois poderemos
ver de que forma essas lições se aplicam a nós.
Esta é a única forma para verdadeiramente compreender e tirar proveito
de passagens não dirigidas a nós. Se em vez disso começarmos a aplicar estas
parábolas directamente a nós, como se tivessem sido dirigidas a nós e se
referissem a nós, certamente falharemos na sua compreensão, interpretação e
aplicação.
Quantas vezes a história da ovelha perdida tem sido usada em mensagens
evangelísticas como uma ilustração da salvação nos dias de hoje! Supostamente as
noventa e nove ovelhas representam os salvos, “seguros no curral”, e a ovelha
perdida os perdidos. Mas o que dizer sobre as palavras do Senhor, sobre o serem
muitos os que entram pela “porta larga” e poucos os que entram pela “porta
estreita” (Mateus 7:13-14)? E porque deixa o pastor as noventa e nove? E porque
o Senhor compara estas ovelhas a “justos que não necessitam de arrependimento”?
O mesmo se passa com a história do filho pródigo. Supostamente esta
parábola é uma ilustração da necessidade e do caminho da salvação nesta
presente dispensação da Graça de Deus. Sendo assim, porque são ambos os homens
referidos como sendo filhos e ambos feitos participantes das riquezas do pai
ainda antes de um deles ser salvo? E porque diz o pai ao filho que se considerava
justo: “Todas as minhas coisas são tuas”? Tudo isto é deixado por explicar.
E todas estas questões ficarão sem resposta se não nos ocuparmos
primeiramente com a verdadeira interpretação das palavras do nosso Senhor, e só
depois da aplicação, ou se não tivermos em conta que os destinatários
destas palavras eram judeus, sob a Lei, que eles não tinham as epístolas
Romanos, Gálatas ou Efésios, que Cristo ainda não tinha morrido e que muitos
deles nem o reconheciam como Messias.
Quando o fizermos ficará claro, em primeiro lugar, que esta é uma
parábola gradual relativa a Israel. Quase conseguimos imaginar vozes de
protesto: “Será que nos vão tirar também esta passagem?!”, ao que respondemos
“Não!” Esta passagem, tal como o resto das Escrituras, é para nós, mas
tiraremos mais dela se reconhecermos primeiramente a quem estas palavras foram
originalmente dirigidas. Fazendo isto, cremos que o leitor verá por si mesmo
que não perdeu nada e ganhou muitíssimo.
A
ocasião da parábola
“E chegavam-se a Ele todos os publicanos e pecadores para O ouvir. E os
fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: ‘Este recebe pecadores e come com
eles’.” (Lucas 15:1-2)
Foi a ideia de justiça própria dos fariseus e escribas que provocou esta
parábola tripla. João Baptista tinha exortado estes líderes a produzir frutos
dignos de arrependimento (Mateus 3:8), mas eles não viram necessidade de mudar
os seus caminhos. Sobre eles lemos: “Mas os fariseus e os doutores da lei
rejeitaram o conselho de Deus contra si mesmos, não tendo sido baptizados por
ele (João Baptista)” (Lucas 7:30).
A sua presunção era quase inacreditável. Numa ocasião, o homem a quem o
Senhor tinha curado da sua cegueira de nascença ousou dizer-lhes: “Se Este não
fosse de Deus, nada poderia fazer”, ao que eles responderam muito irritados:
“Tu és nascido todo em pecados e nos ensinas a nós?” (João 9:33-34). Como se
eles não tivessem nascido em pecados!
E agora eles murmuram contra o Senhor por receber pecadores e comer com
eles. Claro que eles não eram pecadores! E eles tinham um surpreendente número
de seguidores em Israel: justos aos seus próprios olhos, satisfeitos consigo
mesmos, não sentindo necessidade de arrependimento.
Foi esta a situação que originou a parábola tripla da ovelha perdida, da
dracma perdida e do filho pródigo.
A ovelha
perdida
O Senhor começa por responder aos seus críticos perguntando-lhes: “Que
homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto
as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?” (Lucas
15.4).
Ele afirma que mesmo eles não seriam capazes de ignorar o balido de uma
ovelha perdida. Eles não seriam capazes de deixar passar despercebida aquele
apelo ou deixar a criatura indefesa a morrer sozinha.
E então ele continua a descrever a satisfação quando a ovelha perdida é
encontrada. Colocando a criatura nos seus ombros, o pastor trá-la para casa e
chama os seus amigos e vizinhos para se alegrarem com ele.
Quem é o
pastor?
Na interpretação da parábola da ovelha perdida, devemos primeiro
perguntar o que representa o pastor. Só pode haver uma resposta a esta questão.
Representa o Próprio Senhor. Os Salmos e os profetas retratavam há muito o Messias
vindouro como um Pastor, e mesmo na Terra Ele mesmo disse: “Eu sou o bom
Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10.11).
Quem são
as ovelhas?
Devemos dizer que elas representam a humanidade? Certamente que não,
porque em lado nenhum nas Escrituras vemos Cristo como Pastor da humanidade.
Nem foram alguma vez os gentios classificados como ovelhas. Eles eram chamados
cães e estranhos, mas nunca ovelhas.[2] É verdade que os membros do Corpo de
Cristo são vistos como ovelhas por ilação[3], mas isso não se pode aplicar
aqui, porque não há ovelhas perdidas entre os membros do Corpo de Cristo. Além
disso, o que poderiam os Seus ouvintes saber sobre o Corpo de Cristo? Nesse
tempo a formação deste conjunto de crentes ainda era um mistério “oculto em
Deus” (Efésios 3:9).
As
ovelhas nesta parábola representam o povo de Israel. Qualquer judeu instruído
teria reconhecido isto imediatamente. Muitos dos Salmos apresentavam Israel
como ovelhas do pasto de Deus (Salmos 78:52, 79:13, 95:7 e 100:3, entre outros)
e os profetas há muito descreviam o Messias como o futuro Pastor de Israel
(Isaías 40:11 e Jeremias 31:10, entre outras).
Isto explica a razão pela qual todas as cem ovelhas na parábola, independentemente do seu estado, são vistas como Suas ovelhas. Hoje, os perdidos não são de maneira alguma Suas ovelhas, mas o povo de Israel, quer salvos quer perdidos, tinham uma relação de concerto com Deus.
Isto explica a razão pela qual todas as cem ovelhas na parábola, independentemente do seu estado, são vistas como Suas ovelhas. Hoje, os perdidos não são de maneira alguma Suas ovelhas, mas o povo de Israel, quer salvos quer perdidos, tinham uma relação de concerto com Deus.
O facto de que as ovelhas perdidas são ovelhas perdidas de Israel, e não
gentias, é provado pelas palavras do próprio Senhor. Quando Lhe foi pedido
auxílio pela mulher siro-fenícia, Ele disse: “Eu não fui enviado senão às
ovelhas perdidas da casa de Israel… Não é bom pegar o pão dos filhos e deitá-lo
aos cachorrinhos” (Mateus 15:24,26).
O nosso Senhor ordenou de forma clara aos seus discípulos: “Não ireis
pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide,
antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10:5-6)
Quantas
ovelhas perdidas?
É um facto interessante que todo o povo de Israel era visto pelos
profetas como ovelhas perdidas que precisavam de ser encontradas e resgatadas.
Falando do povo de Israel, Isaías disse: “Todos nós andamos desgarrados como
ovelhas; cada um se desvia pelo seu caminho…” (Isaías 53:6). E Jeremias:
“Ovelhas perdidas foram o meu povo” (Jeremias 50:6).
Mas o problema era que muito poucos em Israel reconheceram a sua
condição de perdidos. Havia apenas um em cem; os restantes sentiam-se bastante
bem com eles mesmos.
Muita atenção! As noventa e nove ovelhas da parábola não estavam
“seguras no curral”, como alguns dos nossos hinos poderão indicar. Elas estavam
no deserto, se bem que todas juntas. Mas o Senhor diz que o pastor “deixa no
deserto as noventa e nove, e vai após a perdida ate que venha a achá-la. A ideia
aqui é a de que o Senhor veio não para “chamar os (que pensam ser) justos, mas
sim os pecadores” (Marcos 2:17). Ele veio para “buscar e salvar o que se havia
perdido” (Lucas 19:10; comparar com Lucas 15:7).
Contexto
histórico
Antes de começar com a segunda fase da parábola tripla, devemos saber
onde se encaixa cronologicamente a história da ovelha perdida. O nosso Senhor
referia-se ao passado, presente ou futuro de Israel? Não é difícil determinar,
pois houve um único período na História durante o qual o Próprio Pastor veio
buscar os perdidos em Israel, o que aconteceu durante o Seu ministério terreno.
Isto concorda com as Suas próprias afirmações de que Ele foi “enviado… às
ovelhas perdidas da casa de Israel” e que “veio buscar e salvar o que se havia
perdido” (Mateus 15:24; Lucas 19:10).
A dracma
perdida
Quem é a
mulher?
Comecemos a interpretação da parábola da dracma perdida por perguntar
primeiro quem é a mulher. Será que ela representa a Igreja de hoje, como tem
sido dado a entender tantas vezes? Dificilmente, pois a Igreja de hoje era
nesse tempo ainda um mistério escondido em Deus, pelo que o nosso Senhor não se
poderia ter referido a ela, nem poderiam os Seus seguidores mais espirituais
perceber qualquer alusão àquilo que nunca havia sequer sido mencionado.
Deve ser notado que, qualquer que seja a dispensação, o povo de Deus é
sempre visto como a mulher, o vaso mais fraco, amado e cuidado por Ele e
chamada para ser sujeita a Ele.
É o que
acontece com a Igreja de hoje: “Porque o marido é a cabeça da mulher, como
também Cristo é a cabeça da Igreja, sendo Ele próprio o Salvador do Corpo… vós,
maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja e a Si mesmo se
entregou por ela” (Efésios 5:23, 25).
Mas
também acontece com Israel, porque Deus disse, sob a Lei: “… eles invalidaram o
meu concerto, apesar de eu os haver desposado” (Jeremias 31:32).
A Israel foi dado um “libelo (carta) de divórcio” (Isaías 50:1), mas um
dia ela será restaurada a Jeová, como está escrito: “… como o noivo se alegra
com a noiva, assim se alegrará contigo o teu Deus” (Isaías 62:5) e “… ó filha
da Sião… o Senhor, o Rei de Israel, está no meio de ti… poderoso para te
salvar; Ele se deleitará em ti com alegria; calar-se-à por seu amor,
regozijar-se-á em ti com júbilo” (Sofonias 3:14-17).
Em João 3:29, Cristo é apresentado como “Aquele que tem a esposa”,
enquanto que em Apocalipse 21:2 vemos a Nova Jerusalém, de Deus descendo do
Céu, “como uma esposa ataviada para o seu marido”.
Assim, o povo de Deus é visto de forma consistente como a mulher na sua
relação com Ele. Então, a quem se refere a mulher na parábola do Senhor? Aos
remidos em Israel, visto que os seus ouvintes eram israelitas. Dizemos aos
remidos em Israel e não a todo o Israel, visto que aqui a mulher é apresentada
a procurar o que se havia perdido.
A dracma
A dracma perdida, tal como a ovelha perdida, representa os perdidos em
Israel, ou aqueles que se sentem perdidos, mas qual a razão da mudança no
simbolismo? O dinheiro é, claro está, um meio de troca. Representa valor.
Assim, as dez dracmas representam o valor de Israel para as nações.
Na parábola anterior foi a compaixão por uma ovelha perdida que impeliu
o pastor a ir e encontrá-la. O seu primeiro pensamento não foi o de que ele
havia investido dinheiro nela, mas que a criatura indefesa precisava de ser
resgatada do perigo e da morte. Mas nesta parábola a motivação é apenas
a preocupação pelo valor perdido.
Quando a mulher descobre que perdeu uma moeda, ela “acende uma candeia,
e varre a casa, e busca diligentemente até a achar”. Então ela chama as suas
amigas e vizinhas para se alegrarem com ela por ter encontrado o seu dinheiro.
Isto leva-nos ao valor de Israel para as nações, visto que a benção das nações
aguarda pela salvação de Israel.
Deus
havia prometido a Abraão, em relação à sua semente multiplicada: “E em tua
semente serão benditas todas as nações da terra…” (Génesis 22:18)
Mas Israel no seu estado não regenerado não poderia ser uma benção para o mundo. Por isso o profeta Zacarias disse: “E há de acontecer, ó casa de Judá e ó casa de Israel, que, assim como fostes uma maldição entre as nações, assim vos salvarei, e sereis uma benção…” (Zacarias 8:13).
Mas Israel no seu estado não regenerado não poderia ser uma benção para o mundo. Por isso o profeta Zacarias disse: “E há de acontecer, ó casa de Judá e ó casa de Israel, que, assim como fostes uma maldição entre as nações, assim vos salvarei, e sereis uma benção…” (Zacarias 8:13).
Portanto, o povo de Israel era de grande valor potencial para o mundo.
Notemos, no entanto, que toda a atenção é focada na dracma perdida e todo o
regozijo acontece quando é encontrada. As outras nove dracmas, tal como na
parábola anterior, representam aqueles que não se consideravam perdidos e não
sentiam qualquer necessidade de arrependimento.
Contexto
histórico
Mas
também aqui devemos perguntar onde se encaixa cronologicamente a história.
Alguns detalhes na parábola ajudarão a responder a esta questão.
Em primeiro lugar, o facto de que a mulher, e não o Próprio Senhor, é enviada a procurar a dracma, indica que esta parábola fala de um tempo em que o Seu povo, e não Ele, procurava os perdidos em Israel. Isto aconteceu em Pentecostes e depois, quando os doze apóstolos e o “pequeno rebanho” dos seguidores de Cristo chamaram o povo de Israel a arrepender-se e salvar-se daquela “geração perversa” (Actos 2:40).
Em primeiro lugar, o facto de que a mulher, e não o Próprio Senhor, é enviada a procurar a dracma, indica que esta parábola fala de um tempo em que o Seu povo, e não Ele, procurava os perdidos em Israel. Isto aconteceu em Pentecostes e depois, quando os doze apóstolos e o “pequeno rebanho” dos seguidores de Cristo chamaram o povo de Israel a arrepender-se e salvar-se daquela “geração perversa” (Actos 2:40).
É de notar que nesse tempo o valor de Israel para o resto do mundo era
fortemente enfatizado como, por exemplo, no apelo de Pedro no alpendre de
Salomão: “Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez com nossos
pais, dizendo a Abraão: na tua descendência serão benditas todas as famílias da
terra. Ressuscitando Deus a Seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que
nisso vos abençoasse, e vos desviasse, a cada um, das vossas maldades” (Actos
3:25-26).
Esta visão do contexto histórico da parábola da dracma perdida é ainda
mais confirmada pela sua posição entre a parábola da ovelha perdida e a do
filho pródigo, que inquestionavelmente aponta para o futuro.
O filho
pródigo
Israel,
filho de Deus
Certamente ninguém duvidará que o pai nesta Terceira parábola representa
Deus, mas quem são os filhos? Novamente eles representam dois tipos de pessoas
em Israel: os que se consideram a si mesmos justos e aqueles que reconhecem a
sua condição de perdidos.
Claro que nem os pecadores que se consideram justos, nem os pecadores
pródigos são chamados filhos de Deus, mas é aqui que entra novamente a relação
de concerto com Deus. Aquilo que um pai é para um filho, Deus era para a Israel
por causa dos concertos que Ele tinha feito com eles. Com o assunto da salvação
completamente à parte, as pessoas do povo de Israel eram os Seus filhos do
concerto[4] (Ver Mateus 15:26 e Actos 3:25). Assim, Moisés foi instruído para
dizer a Faraó: “Assim diz o Senhor: ‘Israel é meu filho, meu primogénito’ “
(Êxodo 4:22).
Assim nesta parábola o simbolismo mostra-se superior ao da ovelha e da
dracma. É mais do que compaixão por uma criatura perdida ou preocupação por
causa do valor perdido que é contemplado aqui. É a filiação de Israel que está
em consideração, bem como toda a comunhão, privilégio e glória que acompanham
essa posição.
O filho
mais novo
Nesta parábola é o filho mais novo que é “perdido” e depois “achado”. É
para ele que o banquete é feito, o banquete no qual o irmão mais velho recusa
participar. E isto é importante. Foi principalmente a geração mais nova que
seguiu o nosso Senhor. Em geral, a geração mais velha não sentiu necessidade de
arrependimento. Os fariseus e os saduceus, os escribas e os doutores da Lei, os
principais dos sacerdotes e os principais do povo, todos eles se sentiam
“suficientemente bons”. Numa ocasião eles exclamaram a alguns que ficaram
impressionados com as palavras de Cristo: “Creu nEle porventura algum dos
principais ou dos fariseus?” (João 7:48). E quando alguns dos líderes “cria”
nEle, era apenas com o intelecto, e não com o coração, pelo que Jesus não
confiava neles (João 2:23-3:3, 12:42-48).
Contexto
histórico
É
significativo que nesta última parte da parábola tripla não temos nada sobre procurar
o perdido. Em vez disso temos o pai esperando em casa até que o filho errante
torna em si e volta para casa. Assim, esta parábola olha para o futuro, quando
Jeová dará as boas vindas a casa ao Seu filho Israel.
Claro que a presente dispensação da graça não é contemplada nesta parábola. Vemos o filho mais novo, quando torna em si, no mesmo ponto onde uma futura geração de Israel se encontrará nos últimos dias: numa “terra longínqua”, “padecendo necessidades” e chegando-se a “um dos cidadãos daquela terra”.
Claro que a presente dispensação da graça não é contemplada nesta parábola. Vemos o filho mais novo, quando torna em si, no mesmo ponto onde uma futura geração de Israel se encontrará nos últimos dias: numa “terra longínqua”, “padecendo necessidades” e chegando-se a “um dos cidadãos daquela terra”.
O
regresso do filho pródigo
Finalmente o filho pródigo torna em si. Reflectindo no facto de que os
servos do seu pai têm abundância de pão, enquanto ele, o filho, perece de fome,
ele diz:
“Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: ‘Pai, pequei
contra o céu e perante ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me
como um dos teus jornaleiros” (Lucas 15:18-19).
Que mudança foi operada neste jovem! Antes ele dizia “dá-me” (Lucas
15:12); agora pede “faze-me” (Lucas 15:19). Antes ele exigia tudo a que tinha
direito; agora reconhece que não merece nada. Esta é uma notável figura do
arrependimento de Israel quando tornar em si, como é referido por Jeremias:
“Naqueles dias e naquele tempo, diz o Senhor, os Filhos de Israel virão, eles e
os Filhos de Judá juntamente; andando e chorando, virão e buscarão ao Senhor,
seu Deus.” (Jeremias 50:4).
O resto da história é uma comovente descrição do amor do Pai pelo seu
filho renegado.
O que o filho esperava, na melhor das hipóteses, era que o pai lhe
abrisse a porta.
“… E, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima
compaixão, e correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou” (Lucas 15:20).
Ah, o pai estava todo este tempo ansiosamente à espera que ele voltasse!
E agora o errante, humildemente reconhecendo a sua indignidade de ser chamado
filho do seu pai, estava prestes a pedir um lugar de servo.
“Mas o pai disse aos seus servos: trazei depressa a melhor roupa, e
vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés, e trazei o bezerro
cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto
e reviveu; tinha-se perdido e foi achado…” (Lucas 15:22-24).
Da mesma forma Deus receberá um dia Israel com alegria e banquete, como
está escrito:
“Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai benignamente a
Jerusalém e bradai-lhe que já a sua servidão é acabada, que a sua iniquidade
está expiada e que já recebeu em dobro da mão do Senhor, por todos os seus
pecados” (Isaías 40:1-2).
“O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para te salvar; Ele se
deleitará em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com
júbilo” (Sofonias 3:17).
“E folgarei em Jerusalém e exultarei no meu povo; e nunca mais se ouvirá
nela voz de choro nem voz de clamor.” (Isaías 65:19).
“E alegrar-me-ei por causa deles, fazendo-lhes bem; e os plantarei nesta
terra certamente, com todo o meu coração e com toda a minha alma” (Jeremias
32:41).
Mas a geração mais velha, que “não necessita de arrependimento” ficará,
tal como o filho mais velho, de fora do banquete por sua própria escolha.
A
parábola tripla e nós
Agora que procurámos interpretar correctamente as palavras do nosso
Senhor, que lições podemos nós tirar delas e como pode esta parábola tripla
aplicar-se a nós? A resposta é: deixando as coisas no lugar a que elas
pertencem.
As parábolas do nosso Senhor descrevem as suas relações com Israel. As
epístolas de Paulo descrevem o propósito de Deus relativamente ao Corpo de
Cristo. Comparemos as duas e vejamos se perdemos ou ganhamos quando fazemos a
distinção.
Tal como observámos, Deus nunca olhou para os gentios como ovelhas, nem
está de forma alguma obrigado a vigiá-los como Pastor, porque “como eles se não
importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento
perverso…” (Romanos 1:28). Os gentios são antes vistos como cachorrinhos
(Mateus 15:26) e estranhos (Efésios 2:12). Na verdade, também o judeu está
agora de parte (Romanos 11:15; Efésios 2:16-17).
Agora Deus tomou-nos, crentes judeus e gentios desta dispensação, e
deu-nos um lugar muito mais elevado do que aquele que será ocupado por Israel
no futuro. Israel é, afinal, o povo terreno de Deus. A sua vocação e a sua
expectativa são terrenas. Quando convertidos eles habitarão na sua terra com
Cristo como Rei em Jerusalém. Mas nós que temos confiado em Cristo nesta era da
Sua rejeição somos feitos um com Ele através de um baptismo sobrenatural e
é-nos dado um lugar à mão direita de Deus, abençoados com todas as bênçãos nos
lugares celestiais em Cristo (Gálatas 3:26-27; Efésios 1:3). Que graça!
E de que valor eram os gentios no plano profético de Deus? Nenhum![5]
Deus não traria bênção a este mundo através de qualquer gentio. A adopção, a
glória, os concertos, a lei, a adoração no templo, as promessas, todas
pertenciam a Israel (Romanos 9:4). Nós gentios estávamos “sem Cristo, separados
da comunidade de Israel, e estranhos aos concertos da promessa, não tendo
esperança, e sem Deus no mundo” (Efésios 2:12). Mas mesmo Israel, na sua
presente condição, não tem valor para o mundo. Ainda assim Deus tomou-nos,
judeus e gentios, e fez-nos um com o Seu Filho, do qual depende a esperança
deste mundo. Ele fez de nós as obras-primas da sua graça:
“Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da Sua graça,
pela Sua benignidade para connosco em Cristo Jesus” (Efésios 2:7).
Novamente, os gentios não são chamados filhos de Deus nas Escrituras.
Somos antes vistos como estranhos e inimigos (Colossenses 1:21). Na verdade,
Israel é agora Lo-ami: “Não sois Meu povo” (Oséias 1:9). No entanto Deus deu
aos crentes judeus e gentios o lugar de filhos muito mais elevado do que o da
nação de Israel. Israel era filho de Deus por uma relação de concerto. Nós
somos filhos de Deus em Cristo, o Seu Filho unigénito.
“E,
porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de Seu Filho,
que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais servo, mas filho; E se és filho,
és também herdeiro de Deus por Cristo” (Gálatas 4:6-7).
E uma
vez mais dizemos: que graça infinita, maravilhosa e sem par!
Que seja o leitor a decidir: Temos a perder no reconhecimento de que nesta parábola o nosso Senhor não se referia aos gentios ou à salvação nesta presente dispensação? Não temos a ganhar incomensuravelmente com a compreensão e satisfação da Palavra quando deixamos a parábola no sítio à qual ela pertence e depois a examinamos à luz da revelação dada a Paulo?
Que seja o leitor a decidir: Temos a perder no reconhecimento de que nesta parábola o nosso Senhor não se referia aos gentios ou à salvação nesta presente dispensação? Não temos a ganhar incomensuravelmente com a compreensão e satisfação da Palavra quando deixamos a parábola no sítio à qual ela pertence e depois a examinamos à luz da revelação dada a Paulo?
Cristo é
a chave
Cristo é a chave desta parábola tripla, tal como é de todas as Escrituras.
É Ele que cumpriu a redenção daqueles que confiaram nEle durante o Seu
ministério terreno bem como dos que confiam nEle agora. Como ovelhas, o povo de
Israel falhou e dispersou-se. Para salvar as “ovelhas perdidas da casa de
Israel”, o próprio Cristo teve de tomar o seu lugar com eles e tornar-se uma
ovelha (ou cordeiro).
“… Como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda
perante os seus tosquiadores, Ele não abriu a boca” (Isaías 53:7).
E o Seu sacrifício também tira o nosso pecado.
“Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29)
É interessante que foi uma dracma de prata que a mulher perdeu. Isto era
o preço de redenção em Israel e lembra-nos da lei do parente redentor (Levítico
25:47-49). Israel era o parente rico dos gentios através do qual os gentios
deveriam ser redimidos. Mas Israel, longe de redimir os gentios, estava falido
e precisava ele mesmo de redenção. Assim Cristo nasceu, a semente de Abraão,
para que Ele pudesse tornar-se no parente redentor de Israel (e nosso).
“Porque assim diz o Senhor: Por nada fostes vendidos; também sem
dinheiro sereis resgatados” (Isaías 52:3).
“… Eu sou o Senhor, o teu Salvador, e o teu Redentor, e o possante de
Jacó” (Isaías 60:16).
“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro… mas
com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,
o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do
mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós” (I Pedro 1:18-20).
“Em quem temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas,
segundo as riquezas da Sua graça.” (Efésios 1:7)
Outra vez, Israel era o filho de Deus (Êxodo 4:22), mas nunca alcançou o
lugar de adopção, ou de filiação (de filhos adultos). Era necessário mantê-lo,
tal como a uma criança, sob a Lei. Então Cristo, o filho perfeito de Deus, veio
e tomou o lugar de servo, sob a Lei, por amor deles (e nosso). Por duas vezes o
Pai rompeu os céus para exclamar: “Este é o Meu Filho amado, em Quem Me comprazo”,
mas ainda assim morreu como um transgressor, por Israel (e por nós). Mas Ele
ressuscitou dos mortos no terceiro dia e “declarado Filho [adulto] de Deus em
poder… pela ressurreição dos mortos” (Romanos 1:4) Agora todos os crentes são
aceites como filhos adultos de Deus no Amado (Efésios 1:5-6). Assim sendo,
“vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher,
nascido sob a Lei, para remir os que estavam debaixo da Lei, a fim de
recebermos (nós, quer judeus, quer gentios) a adopção de filhos [6]. Assim que
já não és mais servo, mas filho; e se és filho, és também herdeiro de Deus por
Cristo (Gálatas 4:4-5, 7).
(por
Cornelius R. Stam)
Notas:
[1] Na verdade, as três parábolas de Lucas 15 formam um todo gradual. O Senhor contou “esta parábola” (versículo 3); as três parábolas referem-se a coisas perdidas; nos versículos 8 e 11, em vez de começar com outra parábola, continua com a sua ilustração.
[1] Na verdade, as três parábolas de Lucas 15 formam um todo gradual. O Senhor contou “esta parábola” (versículo 3); as três parábolas referem-se a coisas perdidas; nos versículos 8 e 11, em vez de começar com outra parábola, continua com a sua ilustração.
[2] No
julgamento das nações o Senhor “apartará uns dos outros, como o pastor aparta
dos bodes as ovelhas” (Mateus 25:32), mas isto será no futuro. Mesmo que nesta
passagem alguns gentios sejam vistos como ovelhas, os gentios não eram vistos
como ovelhas no tempos do Velho Testamento ou do nosso Senhor.
[3]
Actos 20:28: “rebanho”; Efésios 4:11: “pastores”.
[4]
Embora houvesse o facto de que os crentes podem desfrutar desta relação.
[5] Se
bem que cada indivíduo é de grande valor para Deus.
[6] No
grego, huiothesia, que significa ser colocado como filho adulto.
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